Qual a principal política pública do serviço social?

Qual a principal política pública do serviço social?

Com a proximidade do dia da (do) Assistente Social, o CRESS-PR reforça a importância da profissão para a sociedade. Reforça ainda, diferenças muito importantes entre o que é o Serviço Social, a Assistência Social e o Assistencialismo. Afinal, embora um e outro expressam semelhanças nos termos seus significados são bem distintos.

O Serviço Social é uma profissão que surgiu em 1957 e foi regulamentada oficialmente com a Lei nº 8662/1993. Em 1993 também foi instituído o Código de Ética da Profissão. Posteriormente, a Lei nº 12.317/2010 acrescentou um dispositivo sobre a carga horária de trabalho da (do) Assistente Social.

A formação da (do) Bacharel em Serviço Social e sua capacidade de atuar em diversas áreas após inscrição no Conselho Regional de Serviço Social (CRESS) é balizada pelas Diretrizes Curriculares da Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social (ABEPSS) de 1996. Desde 2012, o conjunto CFESS/CRESS lançou a Política de Educação Permanente, para a constante capacitação de profissionais, que contribui na garantia da formação continuada de assistentes sociais.

Já a Assistência Social é uma política pública, que desde a promulgação da Constituição Federal de 1988 compõe o tripé da Seguridade Social Brasileira, junto com a Saúde e a Previdência Social. Dessa maneira, o Sistema Único de Assistência Social (SUAS), Sistema Único de Saúde (SUS) e o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) englobam a organização das três áreas.

A Política Pública de Assistência Social é uma das áreas de atuação da (do) Assistente Social, assim como a área da Saúde, Previdência Social, Judiciário, Habitação, Educação, Organizacional, dentre outras áreas.

Cabe lembrar, que a (o) assistente social que atua na Política de Assistência Social atua na orientação, na garantia e na luta pelos direitos da população, seja em relação a benefícios; a direitos constitucionais, atendimento e acompanhamento da população em situação de vulnerabilidade social; mulheres, idosos e crianças e adolescentes em situação de violência e desproteção social; realização do Cadastro Único, identificação de famílias para verificação de necessidades e na realização de ações para a garantia do acesso às políticas públicas. Sua atuação se dá em locais como em Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), serviços de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, Centros de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), unidades de acolhimento, entre outros.

Todas as ações são fundadas em políticas e estratégias de viabilização de direitos. Tais ações não podem ser confundidas com o assistencialismo, que são práticas relacionadas a benesse e a caridade, como campanhas e mobilizações para doações de dinheiro, de comida e materiais diversos.

“Um dos principais determinantes para ocorrência desses equívocos guarda relação com contexto sócio-histórico, a julgar que, enquanto prática de caridade, que se direciona por questões de mérito e bondade, a assistência social está presente desde os primórdios na sociedade. Entretanto, enquanto política pública que tem relação com direitos sociais e proteção social é uma ação recente, onde o Estado brasileiro assume, na perspectiva de direito de cidadania e dever do Estado em garantir programas, projetos, serviços e benefícios com vistas à materialização da proteção social e defesa de direitos daquelas e daqueles que se encontram em situação de vulnerabilidade e risco social”, afirma a assistente social e uma das coordenadoras da Câmara Temática de Assistência Social, Cristiane Gonçalves.

Cristiane explica, que o assistencialismo como prática social recebeu distintas nuances históricas. Historicamente buscava adquirir uma face humanitária e mascarar o lado autoritário, garantindo a neutralidade de tensões e sem elevar as condições de vida ou o acesso aos serviços e políticas públicas, de acordo com o pensamento da autora Aldaiza Sposati. “As ações de cunho assistencialista desconsideram a situação de classe e a desigualdade que deriva dessa situação de classe que é prenhe de contradições. Elas têm como suposto uma leitura de realidade que moraliza e particulariza as expressões da questão social que na verdade dizem respeito à estrutura da sociedade e não à estrutura particular de um indivíduo”, ressalta.

A profissional explica que a pandemia elevou a desigualdade social, levando muitas pessoas a procurarem a Política de Assistência Social, o atendimento  através dos programas, projetos, serviços e benefícios socioassistenciais.  Especialmente, as pessoas que tiveram suas rendas afetadas por conta de relações de trabalhos não protegidos e estavam em setores que sofreram com as restrições sanitárias ou acabaram sendo demitidas. Cristiane ressalta que a Assistência Social é essencial para esse momento. “Neste cenário de crise, a Política de Assistência Social tem se mostrado fundamental para a garantia da sobrevivência de muitas famílias e indivíduos brasileiros, e enquanto profissional inserida(o) nesse espaço, a(o) Assistente Social tem atuado na linha de frente, seja porque o Serviço Social é uma profissão histórica de atuação na Política de Assistência Social, seja porque no contexto da pandemia mostra-se ávido ao atendimento das velhas/novas demandas provenientes da questão social a ela atreladas”, finaliza.

Qual a principal política pública relacionada ao Serviço Social?

Já a Assistência Social é uma política pública, que desde a promulgação da Constituição Federal de 1988 compõe o tripé da Seguridade Social Brasileira, junto com a Saúde e a Previdência Social.

O que são políticas sociais no Serviço Social?

As políticas sociais se constituem em espaço para a consolidação da profissão e o assistente social se insere no mercado de trabalho, enquanto trabalhador assalariado, com a função de executar políticas sociais voltadas ao atendimento das expressões da questão social, majoritariamente propostas pelo Estado.

Quais são as políticas sociais?

As políticas sociais são aquelas políticas públicas voltadas para a oferta de bens e serviços básicos à população, compreendendo às áreas da educação, saúde, alimentação, trabalho, moradia, transporte, lazer, segurança, previdência social, proteção à maternidade e à infância, e assistência aos desamparados (BRASIL, CF, ...

Qual o papel do Assistente Social no campo das políticas sociais?

O assistente social, intervindo através das políticas sociais locais nas expressões da questão social, tem sua atuação respaldada por leis e documentos que atribuem competências e deveres ao profissional, na execução das políticas sociais, além de nortear sua intervenção.