Retratar o movimento humano como um objeto aplicado de estudo à educação física reflete a um conjunto sistemático e articulado de conhecimento, seja “do” “pelo” e “sobre” o se movimentar. Em outras palavras, isso deve estimular as pessoas a fazerem uso de tais saberes em prol deles próprios a partir de uma relação prazerosa, ampla, durável e, ao mesmo tempo, respeitosa aos demais (SOUZA, 2021). Show
Com base nessa definição de movimento humano, devemos destacar a importância das capacidades físicas para a vida diária dos sujeitos. Antes de tudo, quando falamos em capacidades físicas, estamos falando em competências condicionantes da vida humana, ou seja, são qualidades físicas que utilizamos diariamente para realizar os mais diversos movimentos: resistência, força, flexibilidade, agilidade e velocidade. Assim sendo, saber a importância de cada uma delas, seja para a manutenção corporal ou para uma melhora na qualidade de vida, principalmente em tempos pandêmicos, no qual espaços específicos para a prática de exercícios físicos estão limitados, se torna mais que significativo: é algo fundamental. De forma bem sintetizada, trazemos algumas definições: • Velocidade: é a capacidade da realizar atividades em um curto espaço de tempo; Assim sendo, os benefícios fisiológicos de exercícios físicos realizados de forma regular e programada resultam em adaptações do organismo, de modo a trazer benefícios à saúde e, consequentemente, um aumento nos complementos das capacidades físicas. Importante destacar ainda, que o armazenamento fisiológico seja adaptado para que as pessoas possam realizar atividades do dia a dia sem o cansaço excessivo. Por fim, seja qual for sua atividade preferida, caminhar, correr, jogar bola, nadar, andar de bicicleta, patins, enfim... se movimente! Caso queira resultados ainda mais expressivos e potencializados, procure sempre um profissional de Educação Física. REFERÊNCIA
O presente estudo teve como fim uma revis�o bibliogr�fica sobre os m�todos e normativas do treinamento da Velocidade. O desenvolvimento desta capacidade � de extrema import�ncia ao rendimento esportivo, portanto m�todos e normativas s�o importantes ferramentas norteadoras � interven��o do profissional do esporte. Entretanto, o uso destas ferramentas deve ser feito sob an�lise e olhar cr�tico. Unitermos: Velocidade. M�todos. Treinamento. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires - A�o 16 - N� 158 - Julio de 2011. http://www.efdeportes.com/
1. Introdu��o A velocidade � uma capacidade do condicionamento fundamental ao desempenho (Schnabel e Thiess, 1993), sendo conceituada como a capacidade de atingir maior rapidez de rea��o e de movimento, de acordo com o condicionamento espec�fico, baseada no processo cognitivo, na for�a m�xima de vontade e no bom funcionamento do sistema neuromuscular (Grosser, 1992). Ela � amplamente discutida na literatura como sendo uma capacidade f�sica complexa (Weineck, 2003), portanto n�o � uma capacidade pura (Grosser, 1992). Diversos autores t�m destacado componentes distintos que afetam a velocidade (Harre, 1975; Grosser et al., 1991; Weineck, 2003). A capacidade f�sica velocidade depende de fatores como aptid�o, fatores de desenvolvimento de aprendizagem, fatores sens�rio-cognitivos e psicol�gicos, fatores neurais e fatores m�sculo-tendinosos (Grosser, 1992). Muitos trabalhos t�m mostrado que, entre os componentes de for�a e a velocidade de movimento, existe uma rela��o fundamental nos campos estat�stico e fisiol�gico (Schmidtbleicher, 1984).
A capacidade velocidade pode ser classificada em seis formas diferentes (Grosser, 1992):
Devido � import�ncia desta capacidade para a pr�tica esportiva, m�todos e normativas de treinamentos para as formas da velocidade s�o de relev�ncia para an�lise e elabora��o de programas de treinamento. 2. Treinamento da velocidade Sabe-se que um bom desenvolvimento de capacidades f�sicas como flexibilidade, for�a, resist�ncia e de capacidades coordenativas interferem no desempenho da velocidade (Weineck, 2003), assim como a reorganiza��o dos processos de informa��o e da t�cnica (Stein, 2000).Um m�todo universalmente v�lido para o treinamento da velocidade dificilmente poder� ser apresentado devido ao fato de que o desempenho da velocidade em diferentes esportes � muito complexo ou tecnicamente muito espec�fico (Stein, 2000). Entretanto, o m�todo mais recomendado para o treino com adultos � o m�todo de repeti��es (Weineck, 2003).
Um aquecimento especial � indispens�vel antes do treinamento da velocidade (Weineck, 2003; Stein, 2000), em fun��o das altas exig�ncias de coordena��o e contra��o impostas � musculatura e n�vel necess�rio de ativa��o psicol�gica. A dura��o total do aquecimento deve ser de pelo menos 25 minutos (Grosser, 1991) e deve envolver a realiza��o da eleva��o da tens�o muscular, da coordena��o espec�fica e da estimula��o neuromuscular concluindo com exerc�cios de relaxamento e concentra��o (Stein, 2000). 2.2. M�todos de treinamento Segundo Conde (1999), os m�todos para o treinamento da velocidade s�o:
2.3. Treinamento da velocidade de rea��o A rea��o nos esportes � a resposta comportamental aos sinais que s�o percebidos �tica, ac�stica e tatilmente. Geralmente o treinamento da velocidade de rea��o � muito limitado, ocorrendo melhorias de 10% a 30% (Stein, 2000). E parece n�o haver rela��o direta entre velocidade de rea��o e desempenho em sa�das, por exemplo, um atleta veloz pode apresentar um longo tempo de rea��o e um atleta lento pode apresentar um curto tempo de rea��o (Joch e Hasnberg, 1990), por�m os melhores corredores apresentam uma maior estabilidade de tempo de rea��o do que corredores n�o t�o bons (Dost�l, 1981).Para o treinamento da velocidade de rea��o, sa�das e exerc�cios de rea��o a partir de diversas posi��es inicias, jogos, corridas de revezamento com diversas velocidades e sa�das caracter�sticas de competi��es s�o aplic�veis (Weineck, 2003). Deve-se utilizar no m�ximo 10 exerc�cios com 2 a 3 de minutos de pausa entre eles (Stein, 2000), caracterizando portanto, o M�todo de repeti��es. De acordo com Tabatschnik (1976), sinais (sa�das) que s�o constantemente repetidos levam � estagna��o da velocidade de rea��o. A velocidade de rea��o n�o � treinada isoladamente, mas em conjunto com a for�a-explosiva (Weineck, 2003) e com a velocidade ac�clica, portanto, o m�todo e normativas para o treinamento destas �ltimas tamb�m s�o aplic�veis ao treinamento da velocidade de rea��o. 2.4. Treinamento da velocidade de movimento (ac�clica) Um treinamento espec�fico da velocidade ac�clica deve considerar as capacidades e as habilidades que s�o respons�veis pelos movimentos executados em alta velocidade (Matwejew, 1981). Como exerc�cios gerais para o desenvolvimento da velocidade ac�clica, pode-se utilizar qualquer movimento executado em alta velocidade. Esses movimentos incluem saltos, golpes, lan�amentos, giros r�pidos e exerc�cios com mudan�a do eixo do centro de gravidade corporal. O procedimento metodol�gico fundamental para melhoria da velocidade ac�clica n�o se baseia somente na exig�ncia de alta qualidade de movimentos, mas tamb�m na orienta��o pr�-selecionada da sobrecarga (Stein, 2000). Os procedimentos metodol�gicos para o treinamento da velocidade ac�clica s�o:
Os exerc�cios para o treinamento da velocidade de movimento t�m curta dura��o (m�ximo de 6 segundos) e, inicialmente, s�o executados com intensidade subm�xima, antes que a m�xima velocidade de execu��o seja aplicada (Stein, 2000). A pausa deve ser de 2 a 3 minutos (Weineck, 2003). Portanto o M�todo de repeti��es � o mais apropriado. 2.5. Treinamento da velocidade freq�encial No treinamento da velocidade freq�encial as mais altas freq��ncias de passadas devem sempre ser perseguidas, se necess�rio com um decr�scimo da resist�ncia externa. A eleva��o da sobrecarga nesse treinamento � completamente eliminada (Stein, 2000) e os m�todos mais apropriados s�o o de repeti��es e o de super-velocidade e da for�a reativa Os fundamentos para os m�todos empregados no treinamento da velocidade freq�encial, segundo Grosser (1992), s�o:
2.6. Treinamento da for�a-velocidade (for�a explosiva) A for�a espec�fica e sua subcategoria for�a-explosiva determina, juntamente com a t�cnica de sa�da e de corrida, a acelera��o e o tamanho da acelera��o, por esta raz�o seu treinamento � de grande import�ncia (Weineck, 2003). No treinamento desta forma da velocidade, o m�todo mais apropriado � o de repeti��es. Existem tr�s subcategorias no treinamento da for�a explosiva (Kraemer e H�kkinen, 2002):
Recomenda-se para este tipo de treinamento (Bisanz, 1983): realiza��o de movimentos explosivos; 6 a 10 repeti��es; Iniciantes - 2 a 3 saltos, avan�ados - 3 a 5 saltos, atletas de alto desempenho - 6 a 10 saltos; 2 min de pausa entre os saltos. De maneira geral o exerc�cio para o treinamento de for�a explosiva deve consistir em 3-6 repeti��es, 3-4 s�ries, com pausas de 3-4 min, de 2 a 3 vezes por semana (Kraemer e H�kkinen, 2002). 2.7. Treinamento de resist�ncia explosiva e resist�ncia de velocidade m�xima Os movimentos c�clicos em alta freq��ncia, combinados �s contra��es musculares intensivas, caracter�sticas da for�a r�pida, imp�em grandes exig�ncias n�o somente sobre a ativa��o neuromuscular, mas tamb�m sobre o metabolismo muscular (Stein, 2000). Portanto este tipo de treinamento � essencial � manuten��o da velocidade m�xima assim como da capacidade de realizar movimentos explosivos seq�enciais. O treinamento destas duas formas da velocidade se confunde na literatura, e � escasso m�todos e normativas para o treinamento das mesmas, por�m, Viru (1995) sugere os m�todos intervalados e o de competi��o, que no presente estudo se assemelham aos m�todos intensivos de intervalos e da melhoria de velocidade integrada no jogo, respectivamente, propostos por Conde (1999). Weineck (2003) sugere para o treinamento da resist�ncia de velocidade:
Por sua vez, Reilly e Bangsbo (2000) sugerem para o treinamento desta forma da velocidade:
Estas refer�ncias apresentadas por Reilly e Bangsbo (2000) tamb�m s�o pass�veis de aplica��o para o treinamento da resist�ncia explosiva. 2.8. An�lise das vantagens e desvantagens dos m�todos e normativas De maneira geral, as vantagens dos m�todos e normativas s�o que estas constituem importantes ferramentas norteadoras para os profissionais do esporte. Entretanto, em n�vel de desvantagens, m�todos e normativas s�o restritos e limitados, uma vez que n�o consideram a risca os princ�pios do treinamento. 3. Considera��es finais O treinamento da capacidade velocidade, assim como de outras capacidades f�sicas e cognitivas, � de extrema import�ncia para a pr�tica esportiva ou outros objetivos de um treinamento. M�todos e normativas s�o importantes se usados como norte e sobre um olhar cr�tico para a prescri��o e an�lise de programas de treinamento. Por�m, de maneira geral, o grande problema dos m�todos e normativas � que estes n�o consideram os princ�pios do treinamento. Portanto, o bom conhecimento da capacidade velocidade somado ao conhecimento das possibilidades e limites dos m�todos e normativas, s�o de extrema import�ncia para o profissional do treinamento. Refer�ncias
Outros artigos em Portugu�s
Qual é a capacidade de executar movimentos no menor tempo possível?Velocidade: É a capacidade de realizar movimentos no menor tempo possível. Resistência: É a capacidade de vencer uma resistência por meio de ações musculares. Agilidade: É a capacidade de realizar movimentos rápidos com mudança de direção.
Qual é a capacidade que permite realizar movimentos no menor tempo possível ou reagir rapidamente a um sinal?( ) Velocidade é a capacidade física que permite realizar movimentos no menor tempo possível ou reagir rapidamente a um sinal.
É a capacidade que o nosso corpo tem de realizar um movimento em menos tempo possível ou seja o mais rápido possível?Agilidade: É a capacidade de mudar de direção rapidamente. Ela é dependente da velocidade e da força.
Qual é a capacidade de realizar movimentos mais rápido possível?VELOCIDADE: "Capacidade de executar movimentos cíclicos na mais alta velocidade individual possível." VELOCIDADE DE DESLOCAMENTO: Capacidade máxima de uma pessoa deslocar-se de um ponto a outro.
|