Qual é o tipo de câncer de pele mais perigoso?

Publicado em: 01/12/2021 - 09:12:17

Alguns sinais e sintomas pedem atenção e uma consulta com um dermatologista

Conhecer os tipos de câncer de pele e quais de suas características são importantes para a detecção precoce da doença, que pode alcançar altos índices de cura quando tratada nos estágios iniciais.

Os tumores na pele podem ser divididos em dois grupos: melanomas e não melanomas. Dr. João Pedreira Duprat Neto, head do Centro de Referência de Tumores Cutâneos do A.C.Camargo Cancer Center, explica a diferença entre eles e quais os sinais e sintomas que indicam atenção.

Câncer de pele tipo melanoma 

Os tumores de pele do tipo melanoma têm sua origem nos melanócitos, que são as células produtoras de melanina - pigmento marrom que dá cor à pele para proteger suas camadas mais profundas contra os efeitos nocivos da radiação do sol. Apesar de serem mais comuns em pessoas de pele clara, os negros, os orientais e seus descendentes não estão livres da doença.

Nos estágios iniciais, normalmente o melanoma se manifesta em forma de pinta, que se diferencia das demais por algumas características que podem ser agrupadas em uma regra chamada “ABCDE”:

Qual é o tipo de câncer de pele mais perigoso?

Câncer de pele tipo não melanoma

Os tumores não melanoma representam cerca de 95% do total dos casos de câncer de pele e são os mais frequentes no Brasil. Originam da camada superficial da pele e apresentam menor mortalidade quando comparados ao melanoma. Este tipo de câncer é mais comum em pessoas acima de 40 anos.

Os sinais e sintomas variam de pessoa para pessoa, mas é preciso ficar atento às seguintes mudanças:

  • Pinta ou sinal que apresente crescimento, coceira, sangramento frequente ou mude de cor, tamanho, consistência ou espessura.
  • Lesão rosada ou avermelhada de crescimento lento, mas constante.
  • Qualquer ferida que não cicatrize em quatro semanas.
  • Qualquer mancha de nascença que mude de cor, espessura ou tamanho.

Procure um dermatologista

Caso tenha algum dos sinais e sintomas listados acima para melanoma e não melanoma, procure um dermatologista. O médico poderá avaliar melhor se será necessário fazer biópsia ou exames complementares ou se não há necessidade de preocupação.
 

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Você sabe quais são os tipos de câncer de pele? Decorrente principalmente da exposição excessiva ao sol devido à ação dos raios ultravioleta, a doença está relacionada ao crescimento anormal e sem controle das células cutâneas. Logo, é fundamental ficar alerta quanto aos sinais, como a presença de pintas e manchas.

Aliás, o câncer de pele é o tipo de maior incidência no Brasil — corresponde a 33% de todos os diagnósticos dessa doença. A cada ano, o Instituto Nacional do Câncer (Inca) registra cerca de 180 mil novos casos. A prevenção é a melhor forma de evitar a enfermidade, que tem maiores chances de cura quando detectada precocemente.

Neste artigo, mostrarei quais são os tipos de câncer de pele, os principais sintomas, os fatores de risco, de que forma o diagnóstico e o tratamento são realizados e como prevenir a doença. Confira!

Quais são os tipos de câncer de pele?

Há dois tipos de câncer de pele, o melanoma e o não melanoma. Esse último divide-se em carcinoma basocelular e carcinoma epidermoide. Entenda sobre eles a seguir!

Melanoma

O câncer melanoma afeta principalmente os adultos brancos. Ele surge nas células que produzem melanina, substância responsável pela cor da pele. No entanto, além desse órgão, pode atingir as mucosas. Caracterizada por pintas, manchas e sinais, a doença representa somente 3% das neoplasias malignas.

Em geral, esse tipo de câncer de pele aparece em regiões do corpo mais submetidas à radiação solar. No início, ele é percebido em camadas superficiais, logo, as chances de uma resposta positiva ao tratamento são boas. Porém, em um estágio avançado, a lesão se torna mais profunda e pode causar metástase, isto é, espalhar-se para outros órgãos.

Não melanoma

Quando diagnosticado de forma precoce, esse tipo de câncer tem grandes chances de cura. A doença é caracterizada por dois tipos de tumores. Veja abaixo quais são eles!

Carcinoma basocelular

O carcinoma basocelular é o câncer de pele mais comum e menos agressivo, o qual apresenta evolução lenta e letalidade baixa. Na maior parte das vezes, é caracterizado por uma borbulha vermelha e brilhosa, com uma crosta no centro que pode sangrar facilmente.

Ele surge nas células basais, camada mais profunda da epiderme, atingindo principalmente a orelha, o couro cabeludo, o pescoço, os ombros, as costas e o rosto. Além da exposição ao sol, seu aparecimento está relacionado a lesões não cancerígenas, como psoríase e eczema.

Carcinoma epidermoide

Por sua vez, o carcinoma epidermoide surge em células escamosas, que formam a maior parte das camadas superiores da pele. A doença apresenta-se por meio de uma ferida ou acima de uma cicatriz devido, principalmente, à queimadura. Tem cor avermelhada e, algumas vezes, sangra. Pode, ainda, ter a aparência de verrugas.

Mais recorrente em homens, esse tipo de câncer é de alta gravidade quando provoca metástase. As regiões mais atingidas também são as mais expostas ao sol, embora a doença possa afetar qualquer parte do corpo. Quando isso acontece, a pele sofre alterações na pigmentação, enrugamento e perda de elasticidade.

Além de ser decorrente de cicatrizes na pele e feridas crônicas, o carcinoma epidermoide é observado, ainda, em indivíduos que se expõem frequentemente à radiação e a determinados agentes químicos ou em pacientes que utilizaram drogas para evitar a rejeição após o transplante de órgãos.

Quais são os principais sintomas da doença?

Os sinais mais comuns do câncer de pele são os seguintes:

  • lesões de cor rósea, avermelhada e escura, se forem malignas;
  • manchas descamativas na pele;
  • aumento lento e progressivo da lesão;
  • pintas que sangram, coçam, sofrem alterações de cor, textura e tamanho e expandem vagarosamente;
  • assimetria e bordas desiguais da lesão.

É fundamental observar tais indícios e agendar consulta médica o mais rápido possível para que as lesões sejam analisadas. Apenas o profissional especializado terá condições de identificar o problema e recomendar o recurso terapêutico mais adequado para cada caso, a fim de eliminar ou manter a doença sob controle.

Quais são os fatores de risco?

Embora o câncer de pele possa afetar qualquer pessoa, ele é mais percebido em indivíduos inseridos em determinados grupos. A saber:

  • idade acima de 40 anos;
  • pele e olhos claros;
  • albinos, com vitiligo e sensíveis à ação dos raios solares;
  • com histórico familiar da doença;
  • expostos ao sol constantemente, inclusive de forma prolongada;
  • com doenças cutâneas prévias.

Como é feito o diagnóstico?

O profissional incumbido de realizar o diagnóstico de câncer de pele é o dermatologista. Ele recorre aos seguintes recursos:

  • dermatoscopia: o aparelho permite visualizar camadas da pele não vistas a olho nu;
  • biópsia: é o exame recomendado para confirmar o câncer de pele. O material coletado é enviado ao laboratório especializado, que fica responsável por emitir o laudo;
  • demais exames: necessários para determinar a extensão do câncer e a sua localização, de forma a auxiliar no tratamento mais apropriado.

Como é o tratamento do câncer de pele?

O tratamento do câncer de pele varia conforme o tipo e a extensão. Portanto, cabe ao médico avaliar qual o melhor recurso para cada paciente. De forma geral, os procedimentos executados abarcam o uso de medicamentos tópicos e orais, a imunoterapia, a radioterapia e a quimioterapia.

Além disso, os cânceres — principalmente os carcinomas — podem ser tratados por meio de intervenção cirúrgica. Veja, a seguir, quais são as alternativas disponíveis:

  • cirurgia excisional: retirada do tumor e de borda da pele sadia com bisturi;
  • criocirurgia: eliminação de tumores pequenos por meio do congelamento com nitrogênio líquido;
  • curetagem e eletrodissecção: raspagem do tumor com cureta ao mesmo tempo em que ocorre a destruição das células cancerígenas com bisturi elétrico;
  • cirurgia micrográfica de Mohs: retirada do tumor e fração de pele com cureta. A técnica é repetida até o desaparecimento total das células cancerígenas;
  • cirurgia a laser: remoção de células tumorais com o emprego de laser;
  • terapia fotodinâmica (PDT): aplicação de agente fotossensibilizante e exposição das áreas à luz intensa, a fim de destruir as células tumorais.

De que forma prevenir a doença?

Confira, abaixo, formas de prevenir o câncer de pele que podem ser adotadas por qualquer pessoa:

  • use filtro solar contra os raios ultravioleta UVA e UVB;
  • lance mão de óculos escuros e chapéus;
  • evite expor-se ao sol entre 10 e 16 horas;
  • se você trabalha sob o sol, utilize roupas apropriadas, que protejam todo o corpo;
  • observe a pele. Veja se há pintas, manchas ou “verrugas” surgindo;
  • vá ao médico dermatologista com regularidade, principalmente se você tem a pele clara e sensível ou histórico de câncer na família.

Agora, sim, você está ciente de quais são os tipos de câncer de pele, como tratá-los e preveni-los. Aliás, a melhor maneira de evitar a doença é por meio da prevenção, logo, a recomendação é adotar as boas práticas listadas acima. Com a saúde em dia, temos condições de viver bem e aproveitar cada momento de forma plena.

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Qual é o pior câncer de pele?

Embora o câncer de pele seja o mais frequente no Brasil e corresponda a cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados no país, o melanoma representa apenas 3% das neoplasias malignas do órgão. É o tipo mais grave, devido à sua alta possibilidade de provocar metástase (disseminação do câncer para outros órgãos).

Qual o tipo de câncer de pele que não tem cura?

O câncer de pele não melanoma é o tipo mais comum no Brasil. Pessoas com pele clara ou com doenças cutâneas são as mais atingidas. Marcas ou “lesões” que coçam, ardem, descamam ou sangram e feridas que não cicatrizam são sintomas.

Como saber se o câncer de pele se espalhou?

Ele vai examinar você e verificar tamanho, forma, cor, textura da lesão, se ela sangra ou descama, se há outras manchas e pintas suspeitas e se há inchaço dos gânglios linfáticos do pescoço, das axilas e da virilha, que pode indicar que o melanoma se espalhou.

O que é mais grave carcinoma ou melanoma?

O que é mais grave: carcinoma ou melanoma? De maneira geral, o melanoma é um tumor mais agressivo por apresentar maior risco de se disseminar da pele para outros órgãos, mesmo com lesões pequenas, quando comparados aos carcinomas de pele.