Qual estado brasileiro possui a menor densidade demográfica

A população brasileira, por motivos históricos e econômicos, está distribuída de forma irregular no território. Embora essa característica tenha se alterado nas últimas décadas com o avanço para o interior do País, a população ainda está bastante concentrada ao longo do litoral, onde também são encontradas as maiores densidades demográficas.

A distribuição da população no território gaúcho também não é uniforme. O eixo que liga Porto Alegre a Caxias do Sul constitui a área mais povoada do Estado. Conforme dados de estimativa para 2020¹, 66,2% dos municípios gaúchos possuem população de menos de 10 mil habitantes. Os municípios com população entre 10 e 50 mil habitantes somam 123 (24,7%), e aqueles com população entre 50 e 100 mil são 26 (5,2%). E, finalmente, somente 19 municípios possuem população superior a 100 mil habitantes; no entanto, concentram 48,3% da população total do Estado.

A densidade demográfica média² no Rio Grande do Sul é de 42,5 hab/km² em 2020. Entre os estados da Região Sul, é o que apresenta a menor densidade, mas ainda assim está acima da média brasileira, que é de 24,9 hab/km². A área de maior densidade demográfica se encontra no eixo Porto Alegre-Caxias do Sul. Dos 38 municípios com densidade superior a 200 hab/km² do Estado, 22 fazem parte desse eixo.

De outro lado, existem áreas de baixa densidade no Estado. Estas estão mais fortemente localizadas na faixa oeste, centro e norte do RS. Com densidade abaixo de 20 hab/km², estão as regiões que correspondem aos COREDEs Fronteira Oeste, Campanha, Vale do Jaguari, Central, Nordeste, Alto da Serra do Botucaraí, Hortênsias e Campos de Cima da Serra.

1 IBGE/Estimativas de População 2020
2 Densidade calculada com áreas territoriais do IBGE 2019

Municípios do RS por faixas de número de habitantes – 1980-2020*
Qual estado brasileiro possui a menor densidade demográfica

Fonte: IBGE/Censos Demográficos e Estimativas de População
*População estimada

A Capital roraimense, Boa Vista, tem uma densidade de 49,9, que n�o � t�o baixa, mas a qualidade de vida ainda � boa

Roraima tem a menor densidade demográfica do País, segundo o mais recente mapa divulgado no começo desta semana pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A densidade é calculada pelo número da população, dividido pelo tamanho territorial do Estado. Roraima tem 2,02 habitantes por quilômetro quadrado. A maior densidade é a do Distrito Federal: 502,39.

O técnico do IBGE em Roraima, Vicente de Paulo Joaquim, disse que, no caso de Boa Vista, a baixa densidade demográfica permite viver melhor, uma vez que o cidadão tem mais tempo para desenvolver suas atividades e, com isso, tem uma vida com menos estresse. Mas ele faz uma ressalva: apenas a densidade baixa, sem outros fatores, não significa melhor qualidade de vida.

"Municípios do Maranhão e do Piauí, por exemplo, mesmo com uma baixa densidade demográfica, apresentam os piores indicadores de qualidade de vida. Portanto, vários fatores devem ser levados em consideração. Os números dependem muito da dinâmica da economia local", observou.

Boa Vista tem uma densidade de 49,9. Não é tão baixa assim, mas a qualidade de vida é boa, segundo o técnico. O mapa é um registro fundamental para a discussão a respeito da utilização do território brasileiro.

A pesquisa foi elaborada levando em consideração os conjuntos topográficos, hidrográficos, rodovias, ferrovias, hidrelétricas, além dos limites municipais, das unidades de conservação e das terras indígenas.

Ainda de acordo com o IBGE, os mapas constituem um dos retratos mais fiéis e complexos do Brasil: a confecção utilizou-se do sistema de Base Cartográfica Contínua do Brasil ao Milionésimo (BCIM) de 2010, que inclui os temas hidrografia, infraestrutura, transportes, unidades de conservação e toponímias (nomes de lugares). (AJ)

Um Brasil povoado no litoral e vazio no interior: é o que mostra o mapa de Densidade Demográfica de 2010, uma imagem detalhada da distribuição espacial da população brasileira no território nacional, a partir dos resultados do Censo Demográfico 2010. Ele revela as enormes diferenças encontradas nas formas de povoamento do país, sendo um registro e um elemento fundamental para a discussão da geografia atual e das estratégias futuras de apropriação e uso do território brasileiro. Para sua elaboração, foram hierarquizadas 10 classes de densidades demográficas, permitindo-se identificar desde setores de baixíssima densidade populacional (até 1 habitante/km²) até aqueles de densidade mais elevada (100 hab/km² em diante). O mapa utilizou a escala 1:5.000.000 (1 cm = a 50 km), que constitui a dimensão de um mapa mural.

O Mapa de Densidade Demográfica de 2010 está disponível em formato PDF no link ftp://geoftp.ibge.gov.br/cartas_e_mapas/mapas_do_brasil/sociedade_e_economia/mapas_murais/densidade_populacional_2010.pdf.

Qual estado brasileiro possui a menor densidade demográfica

População brasileira se concentra nas zonas litorâneas

O mapa revela que as maiores densidades demográficas - acima de 100 hab/km² -, estão situadas no entorno de São Paulo, do Rio de Janeiro e de eixos espaciais intensamente urbanizados, como a região do Vale do Paraíba e as áreas litorâneas ou próximas ao extenso litoral brasileiro, consequência de um passado que implantou próximo à costa os primeiros e mais estáveis pontos de povoamento.

A implantação da capital federal no interior do país foi responsável, em grande parte, pelos demais pontos de maior densidade demográfica fora das áreas próximas ao litoral, localizados entre o eixo formado por Brasília e Goiânia – e que atualmente começa a se articular longinquamente com Cuiabá. As capitais planejadas de Belo Horizonte e Teresina também interiorizaram grandes manchas urbanas nas regiões Nordeste e Sudeste, enquanto Manaus se identifica como uma extensa mancha urbana situada em posição central na Região Norte e na Amazônia sul-americana.

Condições naturais e produção de commodities agrícolas respondem por baixas densidades demográficas no Norte e Centro-Oeste

As extensões territoriais de densidades demográficas mais baixas (até 1 hab/km²) abrangem os estados da região Norte e Centro-Oeste, além de áreas do interior nordestino, como o oeste baiano e o sul do Maranhão e Piauí. Áreas contíguas a essa mancha nordestina, situadas no noroeste mineiro, e manchas descontínuas situadas no sudoeste mineiro e nos Pampas gaúchos, de tradição pastoril, também estão dentre as áreas de menor povoamento.

Essa vasta porção do território brasileiro de densidades populacionais muito baixas encobre uma grande diversidade geográfica, seja associada mais diretamente às condições naturais, seja à própria dinâmica histórica que alterou funções e usos tradicionais que a sociedade fazia dos espaços menos densos. Nesse sentido, situam-se nas classes de mais baixas densidades populacionais tanto as enormes extensões de cobertura florestal da Amazônia, ainda pouco alteradas pela ação humana e muitas vezes destinadas a Terras Indígenas ou Unidades de Conservação, como as superfícies intensamente apropriadas e comprometidas com a produção de commodities agrícolas do cerrado do Planalto Central, que abrangem áreas não só do Centro-Oeste como do Nordeste oriental.

Essas enormes extensões do país vieram, em grande parte, de um passado pastoril/minerador de baixos índices de ocupação para um presente cuja modernização do processo produtivo gera uma paisagem “vazia”, dominada por intensa mecanização agrícola ou especialização pecuária (Mato Grosso do Sul) associada a uma urbanização dispersa e/ou com cidades linearmente distribuídas ao longo dos rios, como no caso da parte ocidental da Região Norte, ou ao longo das estradas, como no Centro-Oeste e porção oriental da Região Norte.

Zonas de ocupação intermediária encobrem pequenas propriedades rurais e áreas de colonização planejada no Sul e no Nordeste

Entre esses dois extremos, nas classes intermediárias de densidade populacional (de 15 a 100 hab/km), permeia um povoamento relacionado ora às áreas de ocupação agrícola mais intensa, localizadas em zonas úmidas da Região Nordeste, ora às áreas cuja ocupação agropecuária esteve associada a uma malha fundiária de pequenos estabelecimentos rurais, como no noroeste do Rio Grande do Sul e oeste de Santa Catarina e Paraná.

É também a malha fundiária mais fragmentada responsável pelas densidades um pouco maiores do agreste nordestino e de manchas de pequenos estabelecimentos associados a projetos de colonização públicos e privados distribuídos ao sul do Mato Grosso do Sul, a leste e norte de Mato Grosso e a leste do Pará.

Qual é o estado com menor densidade demográfica do Brasil?

Já o estado de menor densidade demográfica é Roraima com 2,33 hab/km2. Os estados de maior densidade demográfica encontram-se na Região Sudeste e os de menor densidade nas Regiões Norte e Centro-Oeste.

Quais os estados com menor densidade demográfica?

Dentro do espaço geográfico nacional, os estados de Roraima (2,33 hab/Km²), Amazonas (2,61 hab/ Km²), Mato Grosso (3,70 hab/ Km²), Acre (5,05 hab/ Km²) e Tocantins (5,58 hab/ Km²) são os de menor densidade.

Qual a cidade com menor densidade demográfica do Brasil?

Com 7.326 habitantes e área total de 55.791,9 km², o município de Japurá possui a menor densidade demográfica do país: índice de 0,13 habitante/km².

Qual o país apresenta a maior densidade demográfica e o menor?

O país com maior densidade demográfica do mundo é um país da Europa, chamado Mônaco, com 15.102,9 hab/km² e o país com menor densidade demográfica se localiza na Ásia Oriental, com nome "Mongólia", possuindo 1,89 hab/km².