Qual o nome do documento que determinava os direitos e deveres dos donatários?

Donatários das capitanias - quem eram, direitos e deveres, resumo

Quem eram os donatários, deveres e obrigações, donatários e suas capitanias hereditárias do Brasil, resumo

Qual o nome do documento que determinava os direitos e deveres dos donatários?

Martim Afonso de Souza: donatário de 2 capitanias

Quem eram

Os donatários eram fidalgos leais ao rei de Portugal e membros da alta aristocracia, que receberam da coroa portuguesa extensos lotes de terra (total de 14) no Brasil Colonial, entre os anos de 1534 e 1536. Estes territórios eram chamados de capitanias hereditárias. Os donatários receberam da coroa portuguesa a posse perpétua destas capitanias, além de títulos de capitão e governador.

Ao todo, 12 donatários receberam capitanias, que poderiam ser transferidas hereditariamente ao filho mais velho.

Principais direitos e deveres dos donatários

Principais Direitos:

- Explorar os recursos naturais e minerais da terra.

- Desenvolver a agricultura e a pecuária, obtendo lucro com estas atividades.

- Exercer o poder politico-administrativo em sua capitania.

- Doar sesmarias aos colonos.

- Escravizar índios para serem usados como mão de obra.

- Exercer o poder judiciário (justiça) em sua capitania.

- Cobrar impostos dos moradores e comerciantes que atuavam na capitania.

- Estabelecer engenhos de açúcar.

Deveres:

- Fazer a proteção do território, principalmente da faixa litorânea, contra os invasores (holandeses, ingleses e franceses).

- Desenvolver a colonização dos territórios.

- Combater tribos indígenas que dificultavam a colonização do Brasil.

- Fundar vilas na colônia.

- Fiscalizar as ações econômicas na capitania, com o objetivo de garantir o monopólio da coroa no comércio colonial e na exploração de pau-brasil.

As capitanias hereditárias e seus donatários:

Maranhão (Lote 1) - Aires da Cunha associado a João de Barros.

Maranhão (Lote 2) - Fernando Álvares de Andrade.

Ceará - Antônio Cardoso de Barros.

Rio Grande do Norte - João de Barros associado a Aires da Cunha.

Itamaracá - Pero Lopes de Sousa.

Pernambuco (Nova Lusitânia) - Duarte Coelho

Bahia de Todos os Santos - Francisco Pereira Coutinho

Ilhéus - Jorge de Figueiredo Correia

Porto Seguro - Pero do Campo Tourinho

Espírito Santo - Vasco Fernandes Coutinho

São Tomé - Pero de Góis

São Vicente (dividida em dois lotes: São Vicente e Rio de Janeiro) - Martim Afonso de Sousa.

Santo Amaro - Pero Lopes de Sousa

Santana - Pero Lopes de Sousa

Você sabia?

- As capitanias eram gigantescas, com largura entre 200 e 700 quilômetros. Iam do litoral até a linha do Tratado de Tordesilhas.

Última revisão: 09/09/2019.
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Por Jefferson Evandro Machado Ramos
Graduado em História pela Universidade de São Paulo - USP (1994).

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Por:   •  28/6/2014  •  Seminário  •  537 Palavras (3 Páginas)  •  1.571 Visualizações

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Direitos e deveres dos donatários

Apesar de hereditárias, as capitanias não eram propriedades privadas dos donatários, já que a legítima propriedade das terras era atributo do Estado. Hereditário era tão-somente o poder do donatário de administrar a capitania como província do Estado.

Isto quer dizer que a capitania não era um feudo, onde o senhor governava com poderes absolutos. Pelo contrário, pois o sistema de Capitanias Hereditárias era regulamentado por dois instmmentos jurídicos que definiam os direitos e os deveres dos donatários: a Carta de Doação e o Foral.

A Carta de Doação era um documento pelo qual o governo português cedia ao donatário uma ou mais capitanias, a administração sobre ela e suas rendas e o poder legal para interpretar e ministrar a lei. A capitania doada era intransferível e indivisível. Geralmente, só com a morte do donatário - também intitulado governador - a posse da capitania e os direitos sobre ela eram transferidos para o filho mais velho, que passava a ser o novo donatário, com direito aos títulos a que fazia jús. Pela Carta de Doação os atos do donatário só poderiam ser julgados pelo rei, e só em caso de traição à Coroa a capitania lhe seria tomada.

O Foral estabelecia os direitos e deveres dos donatários. Um dos deveres era o de promover a prosperidade da capitania em benefício próprio e, em especial, em benefício da Coroa.

Devia o donatário conceder sesmarias a colonos - portugueses ou não - que professassem a fé católica. A pessoa beneficiada com uma sesmaria, isto é, o sesmeiro, passava a ser o legítimo proprietário da área concedida. A sesmaria era, portanto, uma propriedade privada. Diferentemente do donatário da capitania, o sesmeiro podia dispor livremente de sua propriedade - inclusive vendê-la.

O donatário também tinha direito a uma sesmaria dentro de sua capitania. Esta sesmaria lhe era concedida pelo rei e possuía em média de l0 a 16 léguas de terra ao longo da costa e se estendia, ao fundo, até os limites extremos da capitania, definidos pela linha de Tordesilhas.

O donatário podia fundar vilas e povoações e criar instrumentos administrativos, jurídicos, civis e criminais para regê-las; podia julgar e condenar, inclusive à morte, exceto pessoas sob a proteção da Coroa, que só poderiam ser condenadas à pena máxima por crime de traição, heresia, cunhagem de moeda falsa e sodomia.

Pelo Foral os donatários ficavam obrigados a respeitar os direitos dos colonos, cujas regalias eram, teoricamente; comparáveis às dos portugueses na metrópole. O Foral estabelecia que os impostos seriam pagos em espécie. À Coroa pertencia o monopólio das especiarias (drogas do sertão) e a ela deveria ser paga a quinta parte do ouro e das pedras preciosas extraídos. Ao donatário reservava-se o direito à redízima (1/10) das rendas da metrópole e à vintena (5%) da comercialização do pau-brasil e do pescado.

Como único recurso para atingir os objetivos mercantis, promover o desenvolvimento da colonização e criar condições efetivas de resistência às incursões estrangeiras em terras brasileiras, Portugal resolveu participar direta e efetivamente da vida colonial instalando no Brasil um sistema político centralizado: o sistema de Governo Geral.

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Qual o documento que determinava os direitos e deveres dos donatários?

A carta de doação era um documento da Coroa Portuguesa pelo qual fazia a concessão de uma capitania a um capitão donatário.

Quais foram os documentos entregues aos donatários?

A doação de uma capitania era feita através de dois documentos: a Carta de Doação e a Carta Foral. Pela primeira, o donatário recebia a posse da terra, podendo transmiti-la para seus filhos, mas não vendê-la.

O que é a Carta de Doação e o foral?

A carta de doação da capitania era o documento pelo qual o rei fazia a concessão da terra aos capitães, que gozariam do título de governadores de sua donataria, enquanto o foral fixava os direitos, foros e tributos que cabiam ao rei e a parte relativa ao capitão (Tapajós, 1966, p. 47).

Quais eram os direitos e deveres do donatários?

Direitos e deveres Tinham o dever de povoar, repartir as terras, entregar colonos, explorar economicamente recursos naturais, defender o seu território e manter ordem, aplicando justiça, sendo-lhes vedadas apenas as penas de talhamento de membros e de execução.