Qual o risco que um profissional da enfermagem afetado pela Síndrome de Burnout pode oferecer a um paciente?

RESUMO

CONTEXTO: A Síndrome de Burnout (SB) é a resposta prolongada ao estresse crônico no trabalho. Verifica-se que profissionais de saúde são susceptíveis a desenvolver tal síndrome, pois cotidianamente lidam com intensas emoções, cargas excessivas de trabalho e situações estressantes.
OBJETIVO: Descrever as consequências e as implicações da SB nos profissionais de saúde, uma vez que tal acometimento vem mostrando-se cada vez mais prevalente e incidente.
MÉTODOS: Revisão sistemática da literatura do período de 2005–2015, utilizando as bases de dados MEDLINE, LILACS e SciELO. Os descritores foram obtidos por meio do MeSH e DeCs, sendo: "esgotamento profissional", "consequências", "pessoal de saúde", "estresse psicológico" e "médicos", nos idiomas português, inglês e espanhol, totalizando 27 artigos. Como critério de inclusão foram utilizados artigos que focassem nas consequências da SB. e excluídos estudos em que os profissionais de saúde apresentavam outros transtornos psicológicos e/ou psiquiátricos.
RESULTADOS: A SB foi relatada por cerca de 40 a 60% dos profissionais de saúde avaliados, a qual acarreta consequências como exaustão emocional, baixo rendimento profissional e despersonalização, ocasionando efeitos secundários aos ambientes profissional e social.
CONCLUSÃO: Devido à sua alta incidência — porém com dados ainda escassos sobre prevalência —, a SB tornou-se um problema de saúde pública em vários países, incluindo o Brasil. É necessário diagnóstico preciso e precoce, bem como estimativa detalhada da prevalência da síndrome para que suas consequências sejam prevenidas, diminuídas e/ou sanadas.

Palavras-chave: esgotamento profissional; pessoal de saúde; estresse psicológico; médicos; consequências.

ABSTRACT

CONTEXT: Burnout Syndrome (BS) is a prolonged response to chronic stress at work. Health professionals are more prone to develop this syndrome, as they frequently handle intense emotions, excessive workloads, and stressful situations.
OBJECTIVE: To describe the consequences and implications of the BS among health professionals, owing to its increased prevalence and incidence.
METHODS: A systematic literature review of 2005–2015 publications was carried out using databases MeDline, lilACS, and ScielO. The following descriptors were retrieved from MeSH and DeCS in Portuguese, english, and Spanish languages: "burnout," "consequences," "health professionals," "psychological stress," and "physicians," totaling 27 articles. The inclusion criteria were articles focused on the consequences of BS and the exclusion criteria were articles which investigated other psychological and/or psychiatric disorders among health professionals.
RESULTS: The BS was reported by 40 to 60% of health professionals assessed. This syndrome led to emotional exhaustion, poor performance, and depersonalization, and caused secondary effects to the professional and social environment.
CONCLUSION: Owing to its high impact, and despite the scarce data on its prevalence, the BS has become a public health issue in several countries, including Brazil. BS early and precise diagnosis and detailed prevalence estimates are necessary to avoid, minimize, or solve the syndrome consequences.

Keywords: burnout, professional; health personnel; stress, psychological; physicians.

INTRODUÇÃO

A Síndrome de Burnout (SB), também conhecida como esgotamento profissional, foi descrita pela primeira vez pelo psicólogo clínico Herbert J. Freudenberger, em 1974, como um conjunto de sintomas inespecíficos, médico-biológicos e psicossociais no ambiente de trabalho como resultado de uma demanda excessiva de energia, que se refletem principalmente nos profissionais de saúde1.

Atualmente, Burnout é definida por uma combinação de três fatores: exaustão emocional (depleção da energia emocional pela demanda excessiva de trabalho), despersonalização (senso de distância emocional dos pacientes ou do trabalho) e baixa realização pessoal (sensação de baixa autoestima e baixa eficácia no trabalho)2. em outras palavras, Burnout é a resposta prolongada ao estresse crônico no trabalho3.

A motivação no trabalho é resultado de uma série de interações entre esforço individual, rendimento obtido, organização e objetivos pessoais, enquanto o estresse é uma resposta fisiológica e comportamental do indivíduo. este, ao deparar-se com situações, eventos, pessoas ou objetivos potencialmente estressantes, induz essa reação, a qual é essencial para a sobrevivência4.

Diante desse contexto, verifica-se que os profissionais de saúde são susceptíveis a desenvolver tal síndrome, visto que cotidianamente lidam com intensas emoções — sofrimento, medo, morte, sexualidade —, sendo vulneráveis a um alto grau de estresse, bem como a uma crescente exaustão física e psicológica4.

A SB é considerada um problema de saúde pública, visto que sua incidência tem aumentado significativamente nos últimos anos em diversos países, inclusive no Brasil. Manifesta-se com implicações nas saúdes física e mental do trabalhador, prejudicando a qualidade de vida no ambiente profissional5.

Depressão, tendências suicidas, baixa qualidade de vida, insatisfação com o equilíbrio entre vida pessoal e trabalho e, principalmente, Burnout têm sido reportados em todas as especialidades médicas e em todas as profissões relacionadas à saúde6. Devido à alta frequência de tais ocorrências, a SB causa um impacto negativo na condução dos pacientes, bem como na segurança de sua saúde7.

Devido à escassa bibliografia sobre as possíveis repercussões que o estresse ocupacional pode causar e ao aumento de sua prevalência com consequente aumento da busca por atendimento médico e dos custos públicos no atendimento, tratamento e recuperação do indivíduo doente, se faz importante revisar sistematicamente a literatura sobre as implicações e consequências da SB.

METODOLOGIA

Realizou-se revisão sistemática da literatura científica sobre as implicações da SB nos profissionais de saúde. De acordo com o modelo PiCOT (população de pacientes; intervenção ou problema; comparação com outro quadro de intervenção ou problema; outcomes [desfecho]; e tempo), buscou-se por estudos que avaliassem profissionais da área da saúde que desenvolveram a SB, bem como as consequências físicas e mentais inseridas nessa afecção.

Os descritores obtidos pelo Medical Subject Headings (MeSH) e pelo Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) foram: "esgotamento profissional", "consequências", "pessoal de saúde", "estresse psicológico" e "médicos", nos idiomas português, inglês e espanhol. Buscaram-se artigos indexados nas bases de dados: MeDline® (via PubMed®), na literatura latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (lilACS) e Scientific Electronic Library Online (ScielO). Foram utilizados, também, por indicação da especialista em Medicina do Trabalho, Dra. Vera lúcia Ângelo Andrade, três estudos transversais publicados na Revista Brasileira de Medicina do Trabalho, os quais possuem os mesmos descritores acima citados.

Foram incluídos artigos que abordam as consequências da SB nos profissionais de saúde, publicados nos últimos dez anos, em português, inglês e espanhol. e excluídos os estudos em que os profissionais de saúde apresentavam outros transtornos psicológicos e/ou psiquiátricos. Os estudos identificados em cada base de dados foram organizados, sendo excluídas as referências duplicadas.

As estratégias de busca selecionadas foram subdivididas entre os pesquisadores, em uma dupla e um trio. Dessa forma, cada subgrupo avaliou a sua estratégia nas bases de dados e elegeu os artigos significativos. Realizou-se uma discussão entre todos os pesquisadores a respeito desses e as discordâncias que eventualmente ocorreram foram sanadas. (Figura 1)

Qual o risco que um profissional da enfermagem afetado pela Síndrome de Burnout pode oferecer a um paciente?

Figura 1. Fluxograma referente à pesquisa de artigos nos bancos de dados utilizados.

RESULTADOS

no Quadro 1, incluíram-se estudos em que a metodologia utilizada foi do tipo corte transversal, totalizando 17 estudos. Os demais artigos não foram incluídos na tabela, uma vez que são revisões sistemáticas da literatura.

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DISCUSSÃO

CONCEITO

Burnout é uma síndrome psicossocial que afeta profissionais de várias áreas, principalmente os da área de saúde1,5,8,9. Apesar de ainda não possuir uma definição precisa10, a mais aceita atualmente é a proposta por Maslach, que caracteriza a síndrome pela presença de exaustão emocional (esgotamento da energia emocional devido às altas demandas e trabalho contínuo), resposta fria e distanciamento dos pacientes e do trabalho (conhecido como despersonalização), e baixa realização pessoal (diminuição da autoestima e sensação de ineficiência no trabalho)1,2,8,11-16.

FISIOPATOLOGIA DO ESTRESSE

Segundo lima da Silva9, o estresse manifesta-se em três fases (Figura 2): fase de defesa ou alarme, na qual o sistema nervoso central percebe a situação de tensão e o hipotálamo estimula a hipófise, levando-a a aumentar a secreção do hormônio adrenocorticotrófico; fase de resistência, na qual o organismo reage às doenças; e fase de exaustão ou esgotamento, quando o organismo torna-se mais suscetível a doenças.

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Figura 2. Representação das Fases do Estresse, adaptada de Lima da Silva et al.9.

EPIDEMIOLOGIA

De acordo com Fabichak, Silva-Junior e Morrone17, a prevalência da SB em estudos internacionais, incluindo professores médicos, enfermeiros e residentes, variou de 50,0 a 74,0%. e, no Brasil, a síndrome foi encontrada em 78,4% dos residentes médicos de várias especialidades18. Os demais dados em relação à prevalência da SB, encontrados na revisão dos artigos, estão dispostos no Quadro 1.

Vários estudos pesquisaram os fatores epidemiológicos na SB, como idade, sexo e estado civil10. em relação à idade, os profissionais de saúde mais acometidos foram os mais jovens6,8,10. Acredita-se que, em relação à medicina, isso se deve ao fato de os médicos mais jovens serem residentes e, por isso, se sentirem despreparados, além de possuírem carga exaustiva de trabalho, incluindo plantões noturnos. entretanto, alguns estudos revisados não demonstraram correlação significativa entre idade e Burnout, como, por exemplo, o de ishak et al.15.

O estudo de Diaz Araya18, publicado em 2007, observou maior incidência de Burnout em homens (55,6%) — fato que pode ser explicado pela pequena amostra utilizada. Posteriormente, os estudos de West et al.6, Aldrees et al.10, Ishak et al.15, Fuß et al.19, Prins et al.20, e Shanafelt e Dyrbye21 concordaram que as mulheres são mais afetadas. Uma possível explicação para esse fato é que as mulheres sofrem mais com o estresse no trabalho e possuem menor capacidade de resolução dos problemas, quando comparadas aos homens6. Contradizendo tudo que já havia sido dito até o momento, Bernhardt et al.3, em 2009, não constataram associação de gênero com Burnout.

Estudos de Sanfuentes8, Aldrees et al.10 e Trigo, Teng e Hallak16 enfatizaram que indivíduos solteiros possuem maior tendência ao Burnout, contrariando o que expôs Diaz Araya18 ao afirmar que não observou significância estatística entre SB e estado civil. Entretanto, Paredes e Sanabria-Ferrand14 afirmam não haver relação de Burnout com as variáveis sociodemográficas.

PROFISSIONAIS ACOMETIDOS

Entre os profissionais de saúde mais acometidos por Burnout, destacam-se os enfermeiros, uma vez que estabelecem contato estreito com os pacientes e que realizam atividades estressantes no ambiente de trabalho5,8,9. Médicos de todas as especialidades podem ser acometidos por Burnout,10, porém se destacam, nos estudos incluídos por esta revisão sistemática, cirurgiões10,14,20, médicos internos2,20, psiquiatras22 e oncologistas21,23. De maneira geral, existem diversos fatores que justificam o acometimento desses médicos, como carga horária excessiva e turnos de trabalho em horários não habituais14, além de arrependimento na escolha da especialidade2.

Os oncologistas possuem, também, altos níveis de Burnout devido ao grande número de óbitos de seus pacientes, mesmo com intervenções e tratamentos adequados. Além disso, faz parte do cotidiano do oncologista a comunicação de más notícias, tendo em vista a elevada incidência de óbitos em sua especialidade. Tais fatos acarretam sentimento de falha e/ou impotência16,21,23.

CAUSAS

Algumas condições podem ser associadas ao Burnout, como a privação do sono, a sensação de tempo insuficiente por parte dos médicos para com seus pacientes20, as horas excessivas de trabalho10,21,24, a ineficiência, a baixa autonomia21, a relação prejudicada entre trabalho e vida pessoal10,21 e a área de atuação8.

Foram detectadas quatro dimensões para a identificação dos fatores desencadeantes de Burnout, conforme apresentado no Quadro 28,16.

Qual o risco que um profissional da enfermagem afetado pela Síndrome de Burnout pode oferecer a um paciente?

Observou-se, também, que a situação econômica, quando afeta o sistema de saúde de um país, influencia e justifica o maior acometimento dos profissionais de saúde por Burnout, uma vez que tais fatos acarretam maior burocracia, maior carga de trabalho e menos recursos humanos e materiais disponíveis.

INSTRUMENTO DE INVESTIGAÇÃO DO BURNOUT

O questionário Maslach Burnout Inventory (MBI) é o instrumento mais utilizado na investigação da doença, bem como na sua quantificação2,8,10-12,15. De acordo com Sanfuentes8, em 2008, 90% das investigações de Burnout foram realizadas por meio do MBI. Esse questionário é composto por 22 itens, distribuídos da seguinte maneira: nove itens relacionados à exaustão emocional, cinco à despersonalização e oito à baixa realização pessoal10,11,15. Cada item marcado é classificado em uma escala de Likert de zero a seis (em que o zero significa "nunca"; o um corresponde a "algumas vezes por ano"; o dois equivale a "uma vez por mês"; o três indica "algumas vezes por mês"; o quatro aponta para "uma vez por semana"; o cinco representa "algumas vezes por semana"; e, finalmente, o seis remete a "todos os dias"). O Burnout é, então, detectado segundo uma nota de corte para cada uma das três categorias: exaustão emocional ≥27, despersonalização ≥10 e baixa realização pessoal ≥3315.

Entre os três fatores presentes no Burnout, identificou-se a exaustão emocional como sendo o mais prevalente1,10,12,14,18 (chegando a 54%, de acordo com Aldrees et al.10), uma vez que é o sintoma que mais representa as consequências que o estresse no trabalho pode causar aos profissionais de saúde. O segundo quesito mais prevalente é a despersonalização, seguida da baixa realização pessoal1,10,14.

CONSEQUÊNCIAS

O Burnout pode levar a várias consequências, conforme exposto no Quadro 3.

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LIMITAÇÕES

As limitações encontradas nesta revisão sistemática consistem, principalmente, no fato de a amostra ser numericamente pequena e, em sua maior parte, da classe médica, como se pôde observar nos estudos de Cialzeta1, Diaz Araya18, Fuß et al.19, Avendaño et al.22, Camps et al.24, Beltrán25 e Hyeda e Handar26; ou seja, avalia-se um grupo homogêneo3 e, por isso, a validade interna é mais alta do que a validade externa. Desse modo, não se pode generalizar a toda sociedade os fenômenos observados. Fato reafirmado por Aldrees et al.10, Arrogante11 e Fabichak, Silva-Junior e Morrone17 ao realizarem estudos em um único hospital. Verifica-se, também, que o corte transversal, utilizado na maioria dos estudos, limita a compreensão da natureza causal de Burnout, gerando apenas hipóteses6,19,20. Outra restrição constatada é a perda da amostra13 ao longo da pesquisa, podendo superestimar a presença de emoções negativas e subestimar as positivas7. Além disso, de acordo com Gonçalves et al.27, a maioria dos médicos desconhece a existência da SB, dificultando, assim, seu diagnóstico e pesquisas a respeito do tema.

CONCLUSÕES

A SB acarreta inúmeras consequências aos profissionais de saúde nos âmbitos físico, psicológico e mental, ocasionando sequelas secundárias aos ambientes profissional e social. E, devido à sua alta incidência — porém com dados ainda escassos sobre sua prevalência — tornou-se um problema de saúde pública em vários países, incluindo o Brasil. A partir disso, é notável a necessidade de diagnósticos precisos e precoces, bem como a estimativa detalhada da prevalência da síndrome para que, dessa forma, suas consequências sejam prevenidas, diminuídas e/ou sanadas.

AGRADECIMENTOS

Agradecemos especialmente à Professora Doutora Ana Beatriz da Silveira Moretti, responsável pela disciplina de Odontopediatria da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Alfenas (UniFAl), pelo apoio e incentivo durante todo o processo de realização desta revisão sistemática da literatura e, também, à Kely Alves, bibliotecária da Universidade José do Rosário Vellano (UniFenAS), pela ajuda com as correções das normas bibliográficas.

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Recebido em 6 de Julho de 2015.
Aceito em 2 de Maio de 2016.

Trabalho realizado na Universidade José do Rosário Vellano (UNIFENAS) – Belo Horizonte (MG), Brasil.

Fonte de financiamento: nenhuma

Quais riscos um profissional diagnosticado com Síndrome de Burnout pode oferecer a um paciente?

Nos casos mais graves, a pessoa pode desenvolver uma depressão, que muitas vezes pode ser indicativo de internação para avaliação detalhada e possíveis intervenções médicas.

Quais são os fatores de riscos da Síndrome de Burnout?

Quem tem essa síndrome pode ainda desenvolver problemas de saúde como pressão alta, doenças cardíacas, enfraquecimento do sistema imunológico, dores musculares, distúrbios gastrointestinais, depressão, ansiedade e abuso de álcool e drogas.

Como o Burnout afeta os técnicos de enfermagem?

Os profissionais da área da saúde estão entre os mais vulneráveis a sofrer a Síndrome de Burnout, doença caracterizada por sintomas como irritabilidade, dores musculares, esgotamento físico e mental, subdividida em três dimensões: exaustão emocional, despersonalização e realização profissional.

Como a Síndrome de Burnout afetando os profissionais da saúde?

RESULTADOS: A SB foi relatada por cerca de 40 a 60% dos profissionais de saúde avaliados, a qual acarreta consequências como exaustão emocional, baixo rendimento profissional e despersonalização, ocasionando efeitos secundários aos ambientes profissional e social.