Qual o tipo de acessibilidade para deficientes?

Conheça as diferentes dimensões de acessibilidade e entenda qual é a função e a importância de cada uma delas

Você sabia que existem diversas dimensões dentro da acessibilidade? Neste post vamos falar sobre sete delas. Que a acessibilidade vai muito além de rampas e banheiros com barras, provavelmente você já sabe, mas quais são as outras dimensões de acessibilidade e para que servem? Por que são classificadas separadamente? 

Por Que A Acessibilidade É Classificada Em Diversas Dimensões? 

Para garantir uma melhor organização e compreensão pelas pessoas, a acessibilidade é dividida e classificada em diferentes grupos de acordo com os objetivos mais específicos de cada um deles, mas todas têm um objetivo em comum: garantir uma melhor qualidade de vida às pessoas com deficiência. 

Com essa divisão feita, fica mais fácil perceber quais acessibilidades determinada empresa ou estabelecimento já possuem, e quais ainda precisam ser melhor desenvolvidas (embora acreditemos que sempre há espaço para melhorias).

Por exemplo, certa empresa pode ter a acessibilidade arquitetônica bem desenvolvida em sua sede e, ainda assim, precisar melhorar a acessibilidade metodológica e/ou atitudinal. Ou seja, as dimensões de acessibilidade são desenvolvidas individualmente, embora haja uma ligação entre todas elas.

  1. Acessibilidade Atitudinal
  2. Acessibilidade Arquitetônica
  3. Acessibilidade Programática
  4. Acessibilidade Metodológica
  5. Acessibilidade Instrumental
  6. Acessibilidade Comunicacional
  7. Acessibilidade Natural

O Que Cada Dimensão Quer Dizer?

A Acessibilidade Atitudinal se refere às atitudes das pessoas; ou seja, quando conseguem perceber a pessoa com deficiência sem criar preconceitos ou estereótipos e, assim, tratá-la do mesmo jeito através do qual tratariam qualquer outra pessoa, sem que haja estigmas e discriminações. Para que essa acessibilidade possa ocorrer dentro de empresas, por exemplo, é necessário que haja conscientização dos gestores e funcionários em relação à inclusão. Portanto, a Acessibilidade Atitudinal é a base para o desenvolvimento de todas as outras, uma vez que começa com as ações de cada um.

Já a Acessibilidade Arquitetônica é, provavelmente,  a dimensão de acessibilidade mais conhecida, uma vez que trata estrutura física em geral. Refere-se às mudanças mais “palpáveis” e visíveis feitas nos estabelecimentos e lares, para garantir maior comodidade e bem-estar das pessoas com deficiência (por exemplo: rampas, barras de acesso em sanitários, disponibilização de braille em elevadores, entre outros).

A Acessibilidade Programática, por sua vez, refere-se às normas, regimentos e leis existentes em relação aos direitos das pessoas com deficiência. Temos como exemplo a Lei nº 16.146/2015 – Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência), que visa, segundo a Constituição: “assegurar e a promover, em condições de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social e cidadania”. 

A Acessibilidade Metodológica é também chamada de “acessibilidade pedagógica”, pois diz respeito às metodologias de ensino para pessoas com deficiência, seja no contexto escolar (o uso de materiais em braile pelos professores ou de textos com as letras ampliadas, por exemplo), ou no contexto profissional (na avaliação de processos seletivos – se são inclusivos e permitem que todos os candidatos participem plenamente, por exemplo).

Para superar barreiras existentes em utensílios, instrumentos e ferramentas de estudo dentro das escolas, por exemplo, é que existe a Acessibilidade Instrumental, além de visar a superação das barreiras também nas atividades profissionais, de recreação e de lazer. Temos como exemplo da acessibilidade instrumental, a situação de um deficiente visual que tem acesso a um software de leitura de tela.

A Acessibilidade Comunicacional é a dimensão que busca garantir o acesso a comunicação interpessoal – por meio de um intérprete de língua de sinais em sala de aula, por exemplo, ou da audiodescrição de imagens e filmes para pessoas cegas.

Por último, a Acessibilidade Natural se refere à tentativa de extinção de barreiras da própria natureza. Ou seja, a acessibilidade em trilhas e praias, por exemplo. No caso de praias, a acessibilidade se dá por meio do uso da cadeira de rodas anfíbia, que permite aos cadeirantes se locomoverem pela praia e entrarem no mar! 

E aí, você já conhecia todos esses tipos de acessibilidade? Qual deles você achou mais interessante? Escreva aqui nos comentários!

E, para mais matérias, confira o Blog do Guiaderodas.


Qual o tipo de acessibilidade para deficientes?

Giovanna Naddeo 

Escritora, professora e tradutora formada em Letras pela UNICAMP. Apaixonada por viagens, bordados e animais. Acredita que um mundo melhor se faz com pessoas que se incentivam.

Quais são os tipos de acessibilidade para deficientes?

Segundo estudos desenvolvidos por Sassaki (2002), podemos identificar seis tipos de acessibilidade: atitudinal, arquitetônica, comunicacional, instrumental, metodológica e programática.

Quais são os seis tipos de acessibilidade?

O consultor em inclusão e conselheiro consultivo da Escola de Gente, Romeu Kazumi Sassaki explica em estudo realizado por ele e hoje disseminado em todo o Brasil quais os seis tipos de acessibilidade: atitudinal, arquitetônica, comunicacional, instrumental, metodológica e programática.

Quais são os exemplos de acessibilidade?

Acessibilidade instrumental Abrange a superação de barreiras em instrumentos, ferramentas e utensílios de estudos, nas escolas, em ambientes profissionais, de recreação e lazer. Os softwares de leitores de tela são um exemplo disso, assim como o sistema braille.

O que é acessibilidade metodológica para deficientes?

Definição: a acessibilidade metodológica (também conhecida como acessibilidade pedagógica) tem como objetivo derrubar barreiras nas metodologias de ensino e promover total acesso à educação às pessoas com deficiência.