Quando os filhos casam e vão embora

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Uma etapa inevitável da vida é a saída dos filhos de casa depois que crescem. Seja para estudar longe ou porque constituíram uma nova família, ou até mesmo porque querem ter o seu próprio espaço e independência. Mas é importante lembrar que esse é um ciclo natural da vida e tentar encarar com mais naturalidade te ajudará nesse processo.

Reorganizar a própria vida e os espaços da sua casa também podem te ajudar a passar por essa fase com mais tranquilidade. E hoje traremos algumas dicas práticas para solucionar a “síndrome do ninho vazio”. Confira!

Organize

O primeiro passo após a saída dos filhos, é organizar o que ficou para traz. Livros da época da escola, roupas mais antigas, itens decorativos, é preciso decidir o que fazer com esses objetos. Se seu filho foi estudar fora e vai voltar de tempos em tempos, por exemplo, é interessante deixar algumas coisas ainda no cantinho dele para que não perca a identidade e ele se sinta confortável no ambiente. Mas o restante, você pode escolher uma instituição, por exemplo, e fazer uma doação.

Aproveite os espaços vazios

Após a saída dos filhos de casa, é natural que um ou dois cômodos fiquem vazios e que sobre um pouco mais de espaço. Uma boa dica é aproveitar para organizar esses espaços e deixá-los mais funcionais. Você pode fazer um espaço para deixar as suas coisas de artesanato, por exemplo, ou então criar um cantinho de leitura, ou até mesmo um closet.

Ocupe seu tempo decorando com simplicidade

Que tal começar a colocar em prática aqueles planos que você sempre teve mas que antes não os executava porque não tinha tempo? Você pode fazer uma hortinha em casa, por exemplo. Se você tiver espaço pode ser no chão, mas caso não tenha sobrando, pode optar por uma horta vertical. Fazer um jardim também pode ser uma ótima opção para ter algo para cuidar e dar uma renovada no ambiente.

Faça pequenas mudanças

Quem tem filhos em casa gosta sempre de praticidade e geralmente a casa se adapta a eles. Cestos de roupa no banheiro para que as crianças não esqueçam de colocar as roupas sujas lá, ou talvez você tenha um excesso de caixas ou nichos organizadores para colocar as coisas dos filhos. Mas agora que eles já não estão mais por aí, que tal aproveitar para deixar tudo mais do seu jeitinho? É uma boa oportunidade.

Prontinho, agora que a gente já te mostrou um caminho para seguir nesse momento de despedida, é só colocar tudo em prática e deixar a sua casa ainda mais aconchegante e funcional. Quer mais dicas como essa? Siga as nossas redes socais.

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Mesmo cientes de que esse dia chegará, os pais não costumam se preparar para esse momento em que os filhos saem de casa.Mesmo cientes de que esse dia chegará, os pais não costumam se preparar para esse momento em que os filhos saem de casa.| Foto: Bigstock

Até mesmo aqueles pais que dizem “criar os filhos para o mundo”, ao se depararem com a saída deles de casa acabam sentindo bastante. É algo inevitável. A rotina familiar muda, a presença daquele filho já não é mais constante durante a semana e até o relacionamento conjugal agora precisa ser ajustado. Mesmo cientes de que esse dia chegará, os casais não costumam se preparar para esse momento do afastamento. Mas deveriam.

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E a idade para que esse preparo comece pode ser algo assustador, mas tem sua questão lógica: é desde o nascimento da criança que os pais devem compreender que um dia o filho irá embora de casa. Por isso, ao longo da vida, o casal deve criar um lar que acolha em amor e que promova a aceitação. Dessa maneira aquele filho crescerá independente e autônomo, guiado por seus pais. “Acolhidos, amados, aceitos e cuidados eles deverão adquirir um repertório de habilidades em que gradativamente aprenderão o cuidado de si mesmos”, explica Clarice Ebert, psicóloga e terapeuta familiar.

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A especialista conta que é importantíssimo que o casal compreenda seu papel parental, onde a nobre missão é a de educar os filhos para a vida. E aqui há de se cuidar para que o relacionamento conjugal não perca a força. É um movimento realizado simultaneamente por parte do casal de pais que, ao mesmo tempo em que educam as crianças também cuidam de seu relacionamento. “O papel parental jamais deve solapar o papel conjugal. Ambos precisam e podem coabitar”, diz Clarice.

Todo esse trabalho de planejamento facilitará a rotina familiar no momento em que o filho sai de casa para construir a própria vida. “Ao chegar à essa fase marcante do ciclo de vida familiar, ninguém sentirá esse movimento como uma perda dramática”, comenta a psicóloga. E inclusive, segundo ela, a saída dos filhos de casa pode ser um notável desenvolvimento aos cônjuges. Se eles, como indivíduos e como casal, aproveitarem suas experiências acumuladas, seus sonhos e suas expectativas para realizar possibilidades não alcançadas enquanto se dedicavam à criação dos filhos, esse momento será muito mais especial.

Elas sofrem mais do que eles?

É uma questão cultural. Isso porque em muitas culturas as mulheres são socializadas para o papel de cuidadoras da vida familiar, especialmente quando diz respeito aos cuidados domésticos e cuidados dos filhos. “Especialmente mulheres que assumem a maternidade como uma função que se configura como o principal sentido de suas vidas”, pontua Clarice.

Por isso, a impressão de que são elas as que mais sofrem quando os filhos saem de casa. Mas os pais também se ressentem com esse momento, principalmente quando se percebe a evolução positiva na vida familiar dos últimos tempos, em que os pais também se colocam nessa função de atender às crianças.

Por nem sempre se prepararem para o momento em que os filhos deixarão a sua casa, muitos pais tendem a sofrer com o que se chama deSíndrome do Ninho Vazio. Nesse momento, o sentimento de tristeza e desânimo costuma acometer os pais, além de alguns demonstrarem excessiva preocupação com a maneira como os filhos viverão dali em diante.

Mas Clarice explica que aos pais que fizeram um bom trabalho na educação desses filhos, este será um momento em que eles poderão assistir e saborear a independência deles e a nova fase da vida de todos com alegria. “Os pais ao abdicarem da função parental poderão assumir novas posturas em que estarão mais abertos para renegociar o próprio sistema conjugal”, avalia.

O casal nesse momento pode retomar os projetos que por alguns instantes foram deixados de lado enquanto criavam os filhos. O ideal é que durante a vida os dois se envolvam com amor, dedicação e responsabilidade na educação de seus filhos e não se esqueçam que deverão simultaneamente dar atenção também à sua relação de casal.

“Os filhos tendem a admirar o amor de seus pais e a sentirem-se mais seguros em seguir em sua caminhada adulta, ao saírem do ninho de seus pais para organizarem seus próprios ninhos, sabendo que seus pais seguirão parceiros em novos projetos de vida conjunta”, finaliza a especialista.

O que fazer quando os filhos saem de casa?

É importante que os pais estejam atentos aos próprios sentimentos e ressignifiquem esta etapa da vida, buscando atividades que lhe despertem a razão de outros papéis que não sejam apenas o de mãe ou pai. Atividades remuneradas, passeios, engajar-se em algum grupo, aumentar a rede social, são algumas das sugestões.

Como os pais se sentem quando os filhos saem de casa?

É um estado emocional que alguns pais sentem, caracterizado por sentimentos de solidão, tristeza, vazio, por vezes até angústia e depressão, devido à saída de casa dos filhos (as), pela primeira vez, por irem estudar ou trabalhar fora de casa.

Por que os filhos vão embora?

Síndrome do Ninho Vazio – Tratamento O principal fator que acarreta essa dor de perda sentida pelos pais que desenvolvem a Síndrome do Ninho Vazio é a falta de preparo antes que isso aconteça. Ou seja, é importante que todo pai crie a consciência de separação ao decorrer da criação de seus filhos.

Quando os filhos crescem e vão embora?

Depois que os filhos crescem e vão viver suas vidas longe de casa, muitos casais se deparam com a “síndrome do ninho vazio”. O termo popularmente usado para indicar um dos períodos mais desafiantes na vida dos pais, faz com que muitas famílias percam o ritmo do casamento.