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O estresse cirúrgico desencadeia uma resposta endócrino-metabólica ao trauma, promovendo, entre outros efeitos, liberação de catecolaminas (noradrenalina e adrenalina), pico de secreção do GH, cortisol e glucagon, bem como ativação da produção de citocinas com resposta inflamatória sistêmica. O efeito final é o aumento do catabolismo proteico, glicogenólise, gliconeogênese e, por fim, hiperglicemia. Por isso, o texto de hoje do Especial Risco Cirúrgico vai falar sobre o controle glicêmico. A hiperglicemia pode ser deletéria no per e pós-operatório, pois está associada com poliúria, desidratação, distúrbios hidroeletrolíticos, maior predisposição à infecções (com destaque para urina e ferida operatória) e redução da cicatrização (leia-se: risco de fístula e deiscência). Diversos trabalhos na literatura correlacionam hiperglicemia e complicações pós-operatórias. Contudo, há dúvida quanto ao limite ideal da glicemia. Cada fonte que você consultar provavelmente trará valores diferentes. O mais comum (frisa-se: mais comum, não é consenso) é procurar manter a glicemia até 200 mg/dl, sendo que valores > 400 mg/dl são indicativos de suspensão da cirurgia. Um grande problema é que a hipoglicemia (< 60-70 mg/dl) é tão ou mais deletéria que a hiperglicemia e os protocolos de controle estrito da glicemia, mantendo-a < 110 mg/dl, não conseguiram mostrar benefícios superiores aos riscos e hoje são utilizados apenas excepcionalmente. Veja também: ‘Especial Risco Cirúrgico: como estratificar o risco cardiovascular’ O paciente diabético será seu grande “cliente” no manejo da glicemia. O primeiro passo é a avaliação do seu estado basal/usual no pré-operatório. Quanto mais eletiva a cirurgia que o paciente pretenda realizar, mais tempo você terá para equilibrar a glicemia. Solicite uma glicemia de jejum e a hemoglobina glicada. Os alvos de glicose no pré-operatório são:
O próximo passo é classificar o diabetes do seu paciente e o tempo/complexidade da cirurgia: Diabetes:
Cirurgia:
Conheça a nova seção de risco cirúrgico do Whitebook! Clique aqui e baixe grátis o aplicativo #1 do médico brasileiro. Após ler o algoritmo, você deve estar se perguntando: e aquele diabético tipo 2, que usa drogas orais e uma NPH à noite? Bem, as diretrizes não contemplam, em sua maioria, este caso específicos. A dica é avaliar a glicemia basal e na internação:
Dicas úteis:
Veja mais: ‘Como fazer a reposição de corticoides no peroperatório? – Especial Risco Cirúrgico’ Referências:
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Quais são as principais complicações para o paciente diabético?Vontade de urinar diversas vezes; Infecções frequentes na bexiga, rins, pele e infecções de pele; Feridas que demoram para cicatrizar; Visão embaçada.
O que ocorre se a ferida do diabético não for tratada corretamente?Se não tratado adequadamente e desde o início, o “pé diabético” gera consequências graves, como úlceras crônicas que podem levar a amputação.
Quais são as complicações clínicas e as principais agressões ao corpo em um paciente diabético descompensado?A doença causa má circulação sanguínea e danos aos nervos (neuropatia). Isso acarreta formigamento, fraqueza e perda de sensibilidade nos pés. Por isso, um pequeno corte nos pés pode causar uma amputação, já que a pessoa demora a perceber o machucado e, por não cuidar da infecção, ela se agrava.
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