Que fatores históricos e econômicos da formação territorial do Brasil contribuíram para a distribuição irregular da população brasileira?

Questão 1

Conforme informações divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil já ultrapassou a marca de onze milhões de pessoas morando em favelas, o que é equivalente a cerca de 6% da população total. Onde está concentrada a maioria das favelas no Brasil?

a) Nas regiões rurais das cidades médias, que mais tarde se integram às cidades próximas, ampliando a extensão da cidade.

b) Em todas as capitais brasileiras, que, sem exceção, possuem favelas com expressivo contingente populacional.

c) Em cidades médias e pequenas que receberam, pela proximidade, as pessoas que saíram do campo.

d) Nas regiões metropolitanas dos grandes centros, onde ocorre a urbanização acelerada e foram as pioneiras da industrialização.

e) No município do Rio de Janeiro, que concentra praticamente todas as favelas do país.

Questão 2

Favelização é o processo de surgimento e crescimento do número de favelas em uma dada cidade ou local. Trata-se de um problema social, pois tais moradias constituem-se a partir das contradições econômicas, históricas e sociais, o que resulta na formação de casas sem planejamento mínimo, oriundas de invasões e ocupações irregulares.

O processo de favelização das cidades ocorre especialmente em virtude:

a) da urbanização desordenada e do processo de industrialização.

b) da crescente falta de postos de trabalho.

c) da ausência de espaços adequados à ocupação nos grandes centros urbanos.

d) da carência dos recursos públicos para investimento em moradias.

e) da desinformação da população sobre a disponibilidade de empregos.

Questão 3

(UFAC) A intensa e acelerada urbanização brasileira resultou em sérios problemas sociais urbanos, dentre os quais, podemos destacar:

a) Falta de infraestrutura, limitações das liberdades individuais e altas condições de vida nos centros urbanos.

b) Aumento do número de favelas e cortiços, falta de infraestrutura e todas as formas de violência.

c) Conflitos e violência urbana, luta pela posse da terra e acentuado êxodo rural.

d) Acentuado êxodo rural, mudanças no destino das correntes migratórias e aumento no número de favelas e cortiços.

e) Luta pela posse da terra, falta de infraestrutura e altas condições de vida nos centros urbanos.

Questão 4

(FURG) Nas grandes cidades brasileiras, a falta de moradia e o aumento do desemprego estão diretamente relacionados com a existência de que tipos de habitação?

a) Favelas e condomínios.

b) Favelas e cortiços.

c) Mansões e vilas.

d) Vilas e bairros.

e) Lugarejos e condomínios.

Respostas

Resposta Questão 1

Letra d)

Das mais de 11 milhões de pessoas que residem nas favelas, 80% delas são de regiões metropolitanas, o que nos ajuda a perceber como a urbanização está diretamente associada ao surgimento das favelas. Não por acaso, as maiores cidades do Brasil são aquelas que apresentam o maior número de favelas, como São Paulo, Rio de Janeiro, Belém, Salvador, Recife e Belo Horizonte. Nem todas as capitais possuem favelas.

Resposta Questão 2

Letra a)

A problemática da formação de favelas no espaço da cidade está diretamente ligada a dois principais fatores: a urbanização e a industrialização.

Resposta Questão 3

Letra b)

A urbanização acelerada provoca o rápido inchamento das cidades, causando problemas urbanos relacionados com a ausência de infraestruturas básicas e com a presença de moradias precárias e irregulares, tais como as favelas e os cortiços.

Resposta Questão 4

Letra b)

A existência de favelas e cortiços está historicamente relacionada com a exclusão social e com o processo de urbanização desordenada.


O INÍCIO DA FORMAÇÃO TERRITORIAL BRASILEIRA: UMA REFLEXÃO SOBRE O TERRITÓRIO EM SUAPE

Resumo


A ocupação e formação territorial brasileira foram fundamentalmente pautadas pelos tratados territoriais e ciclos econômicos. Faz-se necessário assim, entender as relações políticas, econômicas e sociais da formação territorial, partindo da colonização do território pela coroa portuguesa. Assim, a ocupação do território pelos colonos portugueses, se estabeleceu com a exploração agrícola das terras (extração do pau-brasil) e com os núcleos de ocupação e reconhecimento da faixa litorânea (divisão do território em quinze capitanias hereditárias), utilizando a mão de obra indígena para seu projeto colonial, indígenas que formavam uma população de cinco milhões de habitantes e que se tornaram atores essenciais no processo de formação brasileira.  Em meados dos séculos XVI e XVII passamos para o ciclo econômico do açúcar, baseado na economia escravista de agricultura tropical (escravos indígenas e africanos), com a finalidade de autofinanciamento da expansão territorial da coroa portuguesa. Com o processo de decadência da produção de açúcar, Portugal iniciou a exploração de metais preciosos, ciclo de mineração no planalto central, interiorizando a ocupação do território brasileiro, atraindo novos europeus para a colônia e modificando a configuração socioespacial, outro fator que merece destaque é o considerável aumento da produção pecuária do Sul do país, com a utilização de animais de carga para escoamento de alimentos e transporte para áreas geograficamente acidentadas. Para compreender tal quadro, o objetivo deste artigo foi o de apresentar uma leitura interpretativa sobre essa formação territorial do Brasil, trazendo, além disso, um recorte espacial de Suape / PE, caracterização e um debate sobre o conceito de território. Se tratando de uma área estratégica de grande desenvolvimento econômico e de visíveis transformações socioespaciais, advindas da elaboração e implantação do Complexo Industrial e Portuário de Suape (CIPS), exigindo a partir desse evento, a criação de novos fixos, a ausência de autonomia territorial frente ao capital, modificações nos hábitos e modos de subsistência dos moradores da região. O presente artigo desenvolveu-se através da abordagem qualitativa, utilizando levantamento bibliográfico, partindo da análise da formação territorial do Brasil na perspectiva da tríade “Terra – Território – Estado”, com o especial recorte para área de Suape. Chegou-se à conclusão de que a formação territorial do Brasil foi baseada nos ciclos econômicos, utilizando as leis territoriais para ocupação de mais terras, acentuando-se ainda mais após o declínio do ciclo do açúcar e posterior interiorização do país com o ciclo da mineração. Já com relação à Suape percebe-se que a implantação do Complexo Industrial e Portuário de Suape (CIPS) através da iniciativa privada e das políticas públicas, trouxeram modificações territoriais bem significativas quando tratamos de autonomia territorial e hábitos pré-adquiridos pelos habitantes das comunidades locais.

Palavras-chave: Território, Terra, Formação Territorial, Suape, Estado.


Que fatores históricos e econômicos da formação territorial do Brasil contribuiu para a distribuição irregular da população do território?

Resposta. Explicação: Olá! Podemos afirmar que os fatores históricos que contribuíram para a ocupação desigual do território brasileiro foi o fato de a economia ter sido focada em regiões específicas, assim como a industrialização, claro.

Quais foram os fatores que contribuíram para a formação do território brasileiro?

Os principais acontecimentos históricos que contribuíram para o povoamento do país foram: No século XVI: a ocupação limitava-se ao litoral, a principal atividade econômica desse período foi o cultivo de cana para produzir o açúcar, produto muito apreciado na Europa, a produção era destinada à exportação.

Como se deu a formação territorial e econômica do Brasil?

A formação territorial do Brasil remonta ao século XV, durante a Era dos Descobrimentos. Para evitar conflitos entre as monarquias ibéricas, Espanha e Portugal assinaram o Tratado de Tordesilhas em 1494. Esse acordo estabelecia os limites das terras a serem ocupadas na América.

Quais foram as principais atividades econômicas que contribuíram para o povoamento do território brasileiro?

A exploração do pau-brasil e das drogas do sertão, o cultivo da cana-de-açúcar, a extração do ouro e o plantio do café são exemplos da evolução da economia brasileira, cuja distribuição espacial era, até século XIX, em formato de arquipélago.