Quem escreveu O Fantástico Mistério de Feiurinha?

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Quem escreveu O Fantástico Mistério de Feiurinha?

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Boa idéia! Vamos repassar toda a história da Feurinha, sem 
esquecer nenhum detalhe. Depois vai ser fácil localizar os personagens secundários. 
Você começa, Rapunzel! 
Rapunzel: Bem... não me lembro direito da história dela... sabe? É uma 
história meio boba, não tem o charme da minha... 
Bela-Fera: Ora, deixe de ser presunçosa! A sua história não passa de um 
monte de baboseiras. Charme tem a minha história, onde... 
Branca: Calem a boca! As duas! Vamos deixar a vaidade de lado. O perigo 
que nós corremos é muito mais sério. Não há tempo a perder! 
Chapéu: Tem razão, Branca. Comece você então a contar a história da 
Feiurinha. 
Branca: Eu... eu não me lembro direito... Talvez, se você começar... 
Chapéu: Sabe? Eu também não me lembro da história da Feiurinha... 
 
Dona Branca olha para cada uma das outras Princesas. Todas balançam a 
cabeça e baixam os olhos, envergonhadas por não se lembrarem da história da 
Feiurinha. 
 
Cinderela: O que vamos fazer agora? Como vamos investigar o 
desaparecimento sem conhecer a história da desaparecida? Com quem vamos falar? 
A quem vamos perguntar qualquer coisa? 
Chapéu: É... o lacaio disse que ninguém viu a Feiurinha e, o que é pior, 
ninguém sequer sabe quem é essa tal Feiurinha... 
Rapunzel: Só tem um jeito! 
Bela-Fera: Que jeito? Não tem jeito... 
Rapunzel: Tem sim! Pense só: como é que as pessoas ficam conhecendo as 
nossas histórias? 
Cinderela: Nos livros de histórias, é claro. 
Chapéu: Entendi! Vamos procurar o livro onde está narrada a história da 
Feiurinha! 
Bela-Fera: Grande idéia! Agora a coisa fica fácil! Quem escreveu a história da 
Feiurinha? 
Chapéu: Da Feiurinha, eu não sei. Mas a minha eu sei que foi Charles 
Perrault. Um francês mara-vi-lho-so que só esqueceu de botar um Príncipe Encantado 
no final. 
Branca: Acho que não foi ele. Vai ver foram Wilhelm e Lacob, os irmãos 
Grimm, aqueles dois alemãezinhos adoráveis que contaram as minhas aventuras pela 
primeira vez... 
Bela-Fera: Os Grimm? Não, não foram eles. Não terá sido Andersen? 
Cinderela: Hans Christian Andersen? O sapateiro? Não, vai ver foi Esopo. 
Rapunzel: Muito antigo! Na certa foi La Fontaine. 
Chapéu: Talvez tenha sido Lobato... 
Bela-Fera: O do Sítio do Pica-pau Amarelo? Já estive lá. Não foi ele não. Não 
terá sido Carroll? 
Cinderela: O da Alice? Sei não... 
Branca: Um momento, meninas. Descobrir onde foi parar a Feiurinha não é 
tarefa para nós. (Dona Branca puxa o cordão de chamar lacaio.) Isso é um trabalho 
para quem nos inventa. É trabalho para um escritor! 
 
No momento em que Dona Branca puxa o cordão, apagam-se as luzes da 
cena e acendem-se as luzes do ambiente do Escritor. As Princesas saem de cena no 
escuro. Na sala do Escritor, está Caio, sentado na poltrona em frente à mesa de 
trabalho, muito à vontade, como se tivesse acabado de narrar tudo o que acabou de 
ser mostrado. 
 
Caio: E foi assim que saí pelo mundo à procura de um escritor, senhor 
Escritor. Procurei por todos os grandes escritores de contos de fadas. Vasculhei em 
busca de Perrault, de Lobato, de Andersen, de Grimm, de Esopo, de La Fontaine, de 
Lewis 
Carroll. Só que foi impossível encontrar qualquer um deles. Por isso acabei 
aqui, em vosso castelo, rogando vosso auxílio para impedir que todos nós, os 
personagens dos contos de fada, acabemos desaparecendo, como desapareceu a 
senhora Princesa Dona Feiurinha Encantado... 
Escritor: Encantado estou eu, Caio, pela honra de ter sido escolhido para 
uma missão tão fascinante. Quer dizer que você resolveu me procurar como o melhor 
escritor de contos de fadas? 
Caio: Não, senhor Escritor. Como o único que encontrei... 
 
O Escritor volta-se rapidamente para a platéia, como se procurasse distraí-la 
da pequena ofensa proferida por Caio. Caio, inabilmente, fica examinando livros. 
 
Escritor: E lá estava eu com um grande problema nas mãos. Para um escritor, 
criar uma personagem faz parte do ofício, mas descobrir uma heroína desaparecida 
dos reinos encantados era um desafio que eu não sabia como enfrentar. Caio, o 
Lacaio, não saía de perto de mim, aguardando a solução do mistério, que era 
ansiosamente esperada pelas Princesas, lá nos distantes reinos encantados. Tentava 
me ajudar, como um bom lacaio, mas sua experiência como qualquer coisa além de 
lacaio era nula, e ele só atrapalhava. Acabei por mandá-lo ajudar a velha Jerusa nas 
tarefas domésticas. 
 
Durante o restante da fala do Escritor, Jerusa cruza várias vezes a cena, 
sempre acompanhada de Caio, o Lacaio, que a auxilia, varrendo, carregando cestos 
de roupa, passando roupa, enxugando louça, tirando o pó dos móveis. 
 
Escritor: Jerusa era gorda e resmungona, mas era ótima pessoa e acabou 
aceitando a ajuda daquele sujeito esquisitíssimo, que parecia vestido para um baile de 
carnaval. Assim, desvendar o fantástico mistério de Feiurinha estava sob minha única 
e inteira responsabilidade. Só que havia um problema: eu não me lembrava da história 
de Feiurinha. Não me lembrava nem de ter ouvido falar nessa Princesa antes de 
receber a visita vermelha e amarela de Caio, o Lacaio. E olhe que eu pensava já ter 
lido todos os contos de fadas, fora os que me contava minha falecida avó. 
E eu os lia e relia mesmo adulto, sem vergonha de confessá-lo. Mas não me 
lembrava jamais de ter lido ou ouvido falar da história da Feiurinha. Procurei em todas 
as bibliotecas e coleções particulares, mas não encontrei nem sombra de uma 
personagem chamada Feiurinha. Falei com todos os escritores conhecidos que pude, 
escrevi para os desconhecidos, para os folcloristas, para bibliotecários e historiadores 
do mundo inteiro, mas a solução do fantástico mistério de Feiurinha não caminhava 
nem um pouco. 
Mas, lá nos reinos encantados, as Princesas começaram a perder a 
paciência. Foi assim que, um dia, tocou a campainha... 
 
Toca a campainha. Caio vai atender. Perfila-se solenemente e anuncia. 
 
Caio: A senhora Princesa Dona Branca Encantado! 
 
Entra Dona Branca Encantado. Dona Branca e Caio ficam paralisados 
enquanto o Escritor ainda fala para a platéia. 
 
Escritor: Branca de Neve! Ali, na minha frente! É claro que um pouco mais 
velha e ligeiramente mais grávida, mas ainda a grande, a incomparável Branca de 
Neve! Meu queixo caiu. Até ali, eu aceitara a tarefa proposta pelo lacaio, não por 
acreditar nele, mas pela emoção inusitada de perseguir a alucinação de um louco. 
Mas a coisa agora tinha mudado de figura, pois até eu, com toda a minha segurança e 
maturidade, tinha de reconhecer que aquela só poderia ser, sem sombra de dúvida, a 
verdadeira Branca de Neve, só que um pouquinho mais velha e mais grávida. 
Branca: (Para Caio:) É esse o Escritor? 
Caio: Sim, senhora Princesa. É esse o Escritor. 
Branca: Você não poderia ter arranjado coisa melhor? 
Caio: Tentei, senhora, mas só havia esse disponível... 
Branca: Então temos de nos virar com ele mesmo. (Para o Escritor:) Então, 
senhor Escritor. Já encontrou a Feiurinha? (O Escritor continua pasmo e não 
responde.) Pare de ficar com a boca aberta feito um palerma e responda à minha 
pergunta. Encontrou ou não encontrou a Feiurinha? 
Escritor: Eu... bem... Estou investigando. E já há progressos consideráveis... 
Branca: Muito bem. O que já conseguiu? 
Escritor: Bom, quer dizer... até o momento... 
Branca: Seja claro! 
Escritor: Até o momento, pouca coisa, na verdade... 
Branca: Pouca coisa? O que descobriu, afinal? 
Escritor: De concreto nada, mas... 
Branca: (Com contida impaciência na voz:) Senhor Escritor, acho que meu 
lacaio não foi bem claro. A Feiurinha é uma de nós. Mas desapareceu, mesmo tendo 
terminado a história dela com a promessa de ser feliz para sempre. O senhor sabe o 
que isso significa? Significa que não há mais garantias de felicidade nem de 
eternidade para qualquer heroína. Significa que, de uma hora para outra, qualquer 
uma de nós poderá desaparecer! E o senhor diz que não encontrou

Quem é a editora do livro Feiurinha?

Livro o Fantastico Misterio De Feiurinha Editora Moderna Você se lembra, não é? Quase todas as histórias antigas que você leu terminavam dizendo que a heroína casava-se com o príncipe encantado e pronto.

O que realmente aconteceu com Feiurinha?

Eles descobrem que a princesa Feiurinha desapareceu, porque sua história não está sendo contada verbalmente, e jamais foi escrita. As princesas então saem em busca de Feiurinha, juntamente com um escritor, e conseguem achar alguém que conhece sua história e pode relembrá-la, para que ela possa de fato existir.

Qual é a editora do livro O Fantástico Mistério de Feiurinha?

o fantÁstico mistÉrio de feiurinha - pedro bandeira ftd - 1999 - 96pg você se lembra, não é? quase todas as histórias antigas que você leu terminavam dizendo que a heroína se casava com o príncipe encantado e pronto. iam viver felizes para sempre e estava acabado. mas o que significa "viver feliz para sempre"?

Como a história da princesa Feiurinha foi encontrada?

Na história, Branca de Neve reuniu as outras princesas do reino, que também são suas cunhadas, pois todas se casaram com um Príncipe Encantado, para encontrar a princesa Feiurinha, que havia desaparecido.