Romantismo caminhante sobre o mar de névoa

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Caminhante Sobre o Mar de Névoa
Der Wanderer über dem Nebelmeer'

Romantismo caminhante sobre o mar de névoa

Autor Caspar David Friedrich
Data cerca de 1817
Gênero pintura de paisagem, figurativismo
Técnica tinta a óleo, tela
Dimensões 94,8 centímetro x 74,8 centímetro
Localização Hamburger Kunsthalle

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Caminhante sobre o mar de névoa (em alemão: Der Wanderer über dem Nebelmeer, também conhecido como Viajante Sobre o Mar de Névoa) é uma pintura a óleo de 1818 do artista alemão Caspar David Friedrich.[1] A obra está no acervo da Kunsthalle de Hamburgo desde 1970.

Descrição[editar | editar código-fonte]

A pintura encarna a essência dos princípios da estética romântica de paisagem, mostrando uma figura solitária contemplando uma imponente paisagem alpina de cima de um pico rochoso. Nos arredores da paisagem os cumes próximos assomam no mar de névoa que se dissolve, além de uma montanha distante que se eleva sobre a cena, contra um céu luminoso. O autor usa um nevoeiro denso para obscurecer o que está entre as montanhas e, dessa maneira, criar um ar de mistério. Ao se observar a natureza imensa, dá se a sensação de perda no infinito.

Em contemplação e autorreflexão, a personagem representada por Friedrich, apresenta-se em posição ereta, mostrando sua dominância perante ao todo, em contraste com a imponência da paisagem que parece absorver seus pensamentos, refletido em estar de costas para o apreciador da obra, mas sem ignorar esse apreciador, mas o convidando para apreciar o próprio horizonte ao qual está contemplativo.

História[editar | editar código-fonte]

Apesar de aparentar estar em altas altitudes, a rocha onde o viajante está retratado provavelmente fica em um terreno baixo, num prado próximo ao rio Elba, nas cercanias de Dresden. O casaco verde que o personagem usa não é adequado para uma caminhada em montanhas, sendo na verdade utilizada pelas pessoas na cidade. Assim, o personagem não é um alpinista solitário, mas foi inspirado nas pessoas do povoado de Dresden, onde o pintor viveu por muito tempo.[2]

A imagem tornou-se um ícone do indivíduo romântico.[3]

Influência[editar | editar código-fonte]

O quadro foi utilizado na tampa de um jogo de tabuleiro chamado Fantastiqa[4] e foi usado para promover um festival canadense de música.[5]

Referências

  1. «Friedrich, Caspar David: Wanderer Above the Sea of Fog». www.artchive.com. Consultado em 30 de janeiro de 2017
  2. «O Caminhante sobre o Mar de Névoa». Deutschland.de. 15 de março de 2013. Consultado em 13 de junho de 2013. Cópia arquivada em 2 de fevereiro de 2017
  3. «Conheça Viajante Sobre o Mar de Névoa, de Caspar David Friedrich». Notícias Universia. 4 de maio de 2012. Consultado em 7 de fevereiro de 2014
  4. «Fantastiqa». www.fantastiqa.com (em inglês). fantastiqa.com. Consultado em 30 de janeiro de 2017. Cópia arquivada em 27 de maio de 2012
  5. Tristan - 2006 Shaw Festival Cast (em inglês), consultado em 30 de janeiro de 2017

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

  • «Caspar David Friedrich - Wanderer Above the Mist» (em inglês). Boston College

Qual a mensagem que o artista passa por meio da obra caminhante sobre o Mar de Névoa?

"Caminhante Sobre o Mar de Névoa" é a obra-prima da carreira de Caspar David Friedrich. O quadro é comumente interpretado como uma metáfora para a incerteza do futuro, e o papel do ser humano nele.

Qual movimento caracteriza a obra de Caspar David Friedrich?

Caspar David Friedrich (Greifswald, 5 de setembro de 1774 - 7 de maio de 1840) foi um pintor, gravurista, desenhista e escultor romântico alemão, grande paisagista. Friedrich é o mais puro representante da pintura romântica alemã. Suas paisagens primam pelo simbolismo e idealismo que transmitem.

Que obra de Caspar Friedrich é considerada alegoria e quais os seus significados?

“As fases da vida” (em alemão: Die Lebensstufen) é uma pintura alegórica do paisagista romântico alemão Caspar David Friedrich. Pintada apenas cinco anos antes de sua morte, esta imagem, como muitos de seus trabalhos, forma uma meditação tanto sobre sua própria mortalidade, como sobre a transitoriedade da vida.