São atividades típicas de uma auditoria segundo a NBR ISO 19011 2012 Exceto?

A ISO 19011 é uma norma criada para fornecer orientações para a realização de auditorias dos sistemas de gestão, descrevendo também:

  • 6 princípios de auditoria;
  • Gestão do programa e realização de auditorias;
  • Avaliação dos envolvidos no processo de auditoria e equipe de auditores;
  • Contribuição na melhoria contínua do sistema de gestão da qualidade da empresa.

A norma está estruturada da seguinte forma:

  1. Escopo
  2. Referências Normativas
  3. Termos e Definições
  4. Princípios de Auditoria
  5. Gerenciando um Programa de Auditoria
  6. Executando uma Auditoria
  7. Competência e Avaliação de Auditores

Neste post daremos destaque para os Princípios de Auditoria (diretriz 4), onde são abordados os 6 princípios de auditoria que servem de base para a definição do comportamento e postura pessoal dos auditores, para assegurar a confiabilidade dos resultados das auditorias.

Conheça agora um pouco sobre cada um dos seis princípios de auditoria:

São atividades típicas de uma auditoria segundo a NBR ISO 19011 2012 Exceto?

  1.  Integridade

Este item aborda as questões de idoneidade da equipe de auditores, bem como as características competentes de cada um (honestidade, responsabilidade, dedicação), executando as auditorias de forma correta, mantendo a imparcialidade e sem desigualdades, observando inclusive possíveis influência por parte dos auditados.

  1. Apresentação justa

Trata da importância de apresentar as conclusões das auditorias de forma verdadeiras e objetivas, levando em consideração também a necessidade de registrar possíveis problemas de divergência de opiniões no momento da auditoria. Outra questão é sobre a comunicação do auditor, que deve ser clara e objetiva.

  1. Devido cuidado profissional

Refere-se a agilidade em que o auditor deve aplicar a auditoria e a responsabilidade envolvida em fazer os seus julgamentos. Deve-se trabalhar com diplomacia durante as auditorias, agindo de forma cautelosa para obter a confiança dos clientes e demais partes interessadas.

  1. Confidencialidade

Menciona sobre a importância da discrição que os auditores devem ter para proteger as informações obtidas das atividades executadas e também da preservação para que estas não sejam usadas de forma inapropriada e/ou para ganhos pessoais tanto para o auditor quanto para o auditado.

  1. Independência

Fala sobre a imparcialidade e objetividade perante as conclusões da auditoria, de forma que possam realizar as atividades de forma livre e não tendenciosa.

Para isso é fundamental que os auditores mantenham objetividade durante todo o processo e que, em caso de auditoria interna, não realizem as auditorias nos mesmos locais de suas funções, para garantir que as conclusões sejam baseadas somente nas evidências identificadas.

  1. Abordagem baseada em evidência

Para se alcançar um processo de auditoria sistematizado, de forma que todas as auditorias sejam confiáveis e com reprodutibilidade, é essencial que seja baseado em um método planejado e racional. As evidências devem ser possíveis de serem verificadas, geralmente baseadas nas informações disponíveis no momento da auditoria, e a amostragem de análise deve ser coerente com a auditoria, a fim de garantir a confiabilidade das conclusões obtidas.

Como vimos, a ISO 19011 estabelece as diretrizes para execução das auditorias, bem como os princípios relacionados com a parte comportamental da equipe envolvida.

É de fundamental importância que todos os auditores tenham conhecimento do que ISO 19011 e os seus seis princípios de auditoria, para que possam executar e obter resultados semelhantes nas auditorias, mesmo trabalhando independentemente.

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Diretrizes de Auditoria conforme a Norma ISO 19011 11/07/2017

A ISO 19011 fornece diretrizes para usuários em todos os níveis de organizações, seja pequena, média ou grande, que venha a realizar auditorias de primeira, segunda ou terceira parte para sistemas de gestão. Além das diretrizes para auditoria, a ISO 19011 também estabelece requisitos para a competência e a avaliação de um auditor e de uma equipe auditora.

De acordo com a própria norma, a ABNT NBR ISO 19011 foi elaborada no Comitê de Qualidade (ABNT/CB-25) pela Comissão de Estudo de Tecnologia de Suporte (CE-25:000.03). Sua primeira edição foi publicada em 2002. Em 2006 foi desenvolvida a ISO/IEC 17021 (ABNT NBR ISO 17021), que estabelece requisitos para sistemas de gestão de certificação de terceira parte e que se baseou parcialmente nas diretrizes contidas na primeira edição desta Norma.

Em 2011 foi publicada uma nova versão da ISO/IEC 17021, dando contexto para a segunda edição de 2012, podendo ser utilizada para qualquer sistema de gestão nas organizações, considerando que suas diretrizes passam a ser genéricas.

Em 2006 foi desenvolvida a ISO/IEC 17021 (ABNT NBR ISO 17021), que estabelece requisitos para sistemas de gestão de certificação de terceira parte e que se baseou parcialmente nas diretrizes contidas na primeira edição desta Norma. Em 2011 foi publicada uma nova versão da ISO/IEC 17021, dando contexto para a segunda edição de 2012, podendo ser utilizada para qualquer sistema de gestão nas organizações, considerando que suas diretrizes passam a ser genéricas.

Entendendo sobre as diretrizes de Auditoria

A ABNT NBR ISO 19011 é bem flexível quanto as diretrizes de auditoria, podendo variar de acordo com cada tipo de organização, quanto ao seu tamanho e complexidade de processos. Considerando as novas versões da ISO 9001 e ISO 14001, atualizadas no ano de 2015, é importante frisar que a ISO 19011 já introduz o conceito de risco para as auditorias de sistemas de gestão. De acordo com a própria norma:

“O enfoque adotado se relaciona com o risco do processo de auditoria em não atingir seus objetivos e com a possibilidade de a auditoria interferir com os processos e atividades da organização auditada. Esta Norma não fornece diretrizes específicas sobre o processo de gestão de risco da organização, mas reconhece que as organizações podem focar o esforço de auditoria em assuntos de importância para o sistema de gestão”.    

A norma inclui os Princípios de auditoria, que nos ajudam a entender a natureza essencial de uma auditoria, o Gerenciamento de um programa de auditoria, que fornecem orientação para gestão de um programa de auditoria, considerando responsabilidade, objetivos, coordenação de atividades e disponibilização de recursos, além das Atividades de auditorias, que englobam as orientações sobre a realização de auditorias, inclusive a seleção da equipe auditora, e a Competência e avaliação de auditores com orientação sobre a competência necessária a um auditor.

Com o intuito de especificar melhor cada termo utilizado em um processo de auditoria, abaixo, seguem as principais definições que podem nortear os estudos da norma conforme a [1]ABNT.

AUDITORIA: Processo sistemático, documentado e independente para obter evidências de auditoria e avaliá-las objetivamente, determinando a extensão na qual os critérios de auditoria são atendidos.

ANÁLISE CRÍTICA DA DOCUMENTAÇÃO: É a comparação da documentação com os requisitos do sistema de gestão para determinar sua adequação.

AUDITORIA IN LOCO: Comparação da documentação com a implementação do sistema de gestão para determinar sua eficácia.

CRITÉRIO DE AUDITORIA: Conjunto de políticas, procedimentos ou requisitos.

AUDITOR: Pessoa com competência para realizar uma Auditoria de acordo com atributos pessoais e capacidade para aplicar conhecimentos e habilidades.

EQUIPE AUDITORA: Um ou mais Auditores que realizam uma Auditoria suportada, se necessário, por [2]especialistas.

Saiba mais a respeito da História da Auditoria de Sistemas de Gestão – ISO 19011

EVIDÊNCIA DE AUDITORIA: Registros, apresentação de fatos ou outras informações pertinentes aos Critérios de Auditoria e verificáveis.

CONSTATAÇÃO DE AUDITORIA: Resultado da avaliação da evidência de auditoria coletada, comparada com os critérios de auditoria.

CONCLUSÃO DE AUDITORIA: Resultado de uma auditoria, após levar em consideração os objetivos de auditoria e todas as constatações de auditoria.

CLIENTE DE AUDITORIA: Organização ou pessoa que solicita uma auditoria.

AUDITADO: Organização que está sendo auditada

OBSERVADOR: Pessoa que acompanha a equipe de auditoria, mas não audita.

GUIA: Pessoa indicada pelo auditado para apoiar a equipe auditora

PROGRAMA DE AUDITORIA: Conjunto de uma ou mais auditorias, planejadas para um período de tempo específico e direcionado a um propósito específico.

ESCOPO DE AUDITORIA: Abrangência e limites de uma auditoria.

PLANO DE AUDITORIA: Descrição das atividades e arranjos para uma auditoria

RISCO: Efeito da incerteza nos objetivos

COMPETÊNCIA: Capacidade de aplicar conhecimentos e habilidades para atingir resultados pretendidos.

CONFORMIDADE: Atendimento a um requisito

NÃO CONFORMIDADE: Não atendimento a um requisito

SISTEMA DE GESTÃO: Sistema para estabelecer política e objetivos, e para atingir estes objetivos.


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Raíssa Urzedo
Consultora de Sistema de Gestão

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