A busca por novas formas de imunização é uma constante na humanidade

Antígeno, anticorpo e vacinação são três importantes termos que devemos conhecer melhor para entendermos como ocorre o processo de imunização. A seguir, definiremos o que é antígeno, anticorpo e vacina e compreenderemos melhor a relação existente entre eles.

Tópicos deste artigo

  • 1 - O que são antígenos?
  • 2 - Diferença entre antígeno e anticorpos
  • 3 - Vacinação
  • 4 - 5 mitos sobre vacinação
    • O que são anticorpos?
    • → Função dos anticorpos
  • 5 - → Relação entre antígeno, anticorpo e vacinação

O que são antígenos?

Os antígenos podem ser definidos como substâncias capazes de se ligar a um anticorpo. Na literatura, fala-se ainda que qualquer substância que é capaz de produzir uma resposta do sistema imune pode ser considerada um antígeno, entretanto, essa definição apresenta algumas falhas, uma vez que nem todo antígeno é capaz de ativar uma reposta imune.

Vale destacar que uma substância capaz de desencadear uma resposta do sistema imune é mais corretamente chamada de imunógeno. Todo o imunógeno é considerado, portanto, um antígeno, porém nem todo antígeno é imunógeno. Existem ainda as moléculas chamadas de hapteno, que são moléculas capazes de reagir com um anticorpo, porém não são capazes de induzir uma resposta imune adaptativa.

Moléculas presentes em vírus, bactérias, protozoários e fungos são exemplos bastante conhecidos de antígenos.

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O que são anticorpos?

Os anticorpos são glicoproteínas plasmáticas que interagem de maneira específica com determinado antígeno que estimulou sua produção. Essas glicoproteínas são produzidas por plasmócitos, que são células formadas a partir da diferenciação dos linfócitos B.

A busca por novas formas de imunização é uma constante na humanidade

Os anticorpos atuam garantindo a destruição ou inativação de antígenos.

→ Função dos anticorpos

Osanticorpos atingem, de diferentes formas, o agente que causou sua produção. Eles atuam ligando-se aos antígenos, interferindo na sua atividade normal ou os marcando de modo a garantir sua destruição ou inativação.

Veja, a seguir, alguns mecanismos de ação dos anticorpos:

  • Neutralização: Nesse processo, os anticorpos ligam-se na superfície dos antígenos, impedindo a infecção de uma célula, tornando o antígeno, portanto, inofensivo.

  • Opsonização: Nesse processo, os anticorpos ligam-se aos antígenos, sinalizando aquela estrutura para células que farão a sua fagocitose (macrófagos ou neutrófilos).

  • Ativação do sistema complemento e formação de poro: Nesse processo, os anticorpos atuam garantindo a ativação do sistema complemento, que desencadeia um ataque à membrana da célula estranha, formando um poro. Esse poro permite a entrada de íons e água, desencadeando o rompimento da célula.

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Diferença entre antígeno e anticorpos

Podemos dizer, de uma maneira resumida, que os antígenos são moléculas que reagem com os anticorpos, enquanto os anticorpos são proteínas, produzidas pelos plasmócitos, que atuam basicamente para garantir a inativação ou destruição do antígeno.

Antígeno

Anticorpo

Molécula que reage com o anticorpo.

Proteína que atua de modo a tentar inativar ou destruir um antígeno.

Vacinação

As vacinas são agentes imunizadores fabricados a partir de antígenos inativos ou atenuados, (incapazes de provocar doenças) que provocam a estimulação do nosso sistema imune. Após tomar a vacina, o indivíduo passa a produzir anticorpos contra aquele agente e células de memória, sendo essas últimas responsáveis por desencadear uma resposta rápida, caso o nosso corpo seja posteriormente submetido ao encontro daquele antígeno.

A busca por novas formas de imunização é uma constante na humanidade

A vacinação foi responsável pela erradicação de várias doenças.

As vacinas, que são formas de imunização ativa, atuam na prevenção de certas doenças, não sendo eficazes quando uma pessoa já adquiriu a doença. Atualmente, várias doenças apresentam vacinas eficazes, sendo esse o caso de doenças, como a rubéola, caxumba, hepatite B, febre amarela, tétano, sarampo, entre várias outras.

Existem vacinas que podem ser aplicadas por injeção ou ainda ser fornecidas por via oral. Nesse último caso, podemos citar a Vacina Oral Poliomielite (VOP), que protege contra a poliomielite, também conhecida como paralisia infantil.

5 mitos sobre vacinação

São cada vez mais comuns pessoas que não fazem uso de vacinas por temerem alguns problemas que podem ser causados por esses agentes imunizadores. O fato é que as vacinas são seguras, entretanto, muitos mitos ainda rondam a vacinação. Separamos, a seguir, 5 mitos sobre a vacinação e a explicação do porquê você não deve acreditar neles.

Mitos sobre vacinação

  1. Vacina causa autismo: Essa afirmação é um mito e surgiu após a publicação de um artigo em 1998 que mostrava a relação entre a tríplice viral e o autismo. Posteriormente, descobriu-se que a pesquisa era falha e o artigo foi retirado da revista que o havia publicado, porém o dano causado por sua publicação já havia sido feito.
  1. As vacinas possuem mercúrio, portanto, fazem mal à saúde:  Nas vacinas multidose, observa-se a presença de um componente chamado de tiomersal, o qual contém mercúrio. Suas concentrações são muito baixas, e estudos mostram que não representam um risco à saúde.
  1. Vacina contra gripe causa gripe: A vacina contra a gripe não causa gripe, pois trata-se de uma vacina feita com o vírus inativado. Após a vacinação, entretanto, alguns efeitos adversos podem correr, como dor local e vermelhidão, febre baixa e dor de cabeça. Essas manifestações, no entanto, somem, em média, em 48 horas.
  1. Gestantes nunca devem ser vacinadas: Algumas vacinas são realmente contra indicadas para gestantes, entretanto, não são todas as vacinas que devem ser evitadas. A vacina contra a gripe, por exemplo, é segura para gestantes. O melhor é consultar um médico e ver quais vacinas deverão ser tomadas.
  1. Tomar mais de uma vacina no mesmo dia sobrecarrega o sistema imunológico:  A aplicação de mais de uma vacina em um mesmo dia não causa danos ao sistema imunológico, sendo esse, portanto, um procedimento que não causa riscos ao indivíduo.  Essa prática é, inclusive, recomendada, pois reduz as visitas aos locais de vacinação e aumenta as chances de a pessoa completar seu esquema vacinal.


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→ Relação entre antígeno, anticorpo e vacinação

Depois de entender o que é antígeno, anticorpo e vacina, fica fácil compreender a relação entre eles. Os antígenos são agentes que reagem com um anticorpo e que podem desencadear doenças em nosso organismo, já os anticorpos são proteínas que tentam proteger nosso corpo contra os antígenos.

A vacinação, por sua vez, garante que antígenos inativos ou atenuados sejam colocados em nosso corpo de modo a garantir a produção de anticorpos específicos e células de memória. Desse modo, quando uma pessoa é exposta àquele antígeno, o corpo já está preparado para garantir a proteção.

Qual o objetivo da imunização e os tipos?

A imunização é o processo pelo qual uma pessoa se torna imune ou resistente a uma doença infecciosa, normalmente pela administração de uma vacina. As vacinas estimulam o próprio sistema imunológico do corpo a proteger a pessoa contra infecções ou doenças posteriores.

Quais são os 4 tipos de imunização?

Imunização.

É correto afirmar que a vacinação produz a imunização do tipo?

Graças à capacidade da vacina de estimular a produção de anticorpos, dizemos que essa é uma forma de imunização ativa.

Quais os tipos de imunização fale sobre uma delas?

Os meios de imunização são a vacina, imunoglobulina ou soro de anticorpos. Imunidade ativa: são induzidas pela vacina, que ao ser administrada induz uma resposta biológica do nosso corpo com a produção de anticorpos específicos ao mesmo micro-organismo que foi administrado, protegendo contra futuras infecções.