Como avaliar a oralidade do aluno

O oral é mais espontâneo e efémero do que o escrito, como se sabe. Mas não é imprevisível e pode ser trabalhado, como podem ser avaliados os progressos no seu desempenho. Como? É isso que vamos ver.

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Como avaliar a oralidade do aluno

  Clique para aceder a um texto-síntese. Aborda a didáctica do oral e fornece algumas referências bibliográficas.

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Como avaliar a oralidade do aluno

Carolina

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Diogo

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João

Clique para aceder aos textos orais sobre os quais vai poder trabalhar: a Carolina, o Diogo e o João dão a sua opinião acerca dos exames. Ouça. Escolha um dos ficheiros de som.

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Como avaliar a oralidade do aluno

 Siga os cinco parâmetros da lista de observação. Descreva, na folha de trabalho, as características do desempenho oral do aluno que produziu o texto escolhido por si. Leia, releia, altere a descrição tantas vezes quantas forem necessárias até considerar que ela traduz realmente os seus juízos de valor. Assinale (com cor, sublinhado, negrito,...) os traços mais relevantes: positivos e negativos.  (consultar um exemplo)

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Como avaliar a oralidade do aluno

  Agora, com os dados que acabou de recolher, é a altura de tomar decisões. Que actividades (de remediação, de enriquecimento, de progressão) julgaria útil promover ? Esboce um plano didáctico adequado.
(consultar um exemplo)

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Como avaliar a oralidade do aluno

Consulte a brochura. Indique os procedimentos e respectivos instrumentos de avaliação de que se serviria quando aplicasse o plano referido em 4.

     

(1) Materiais extraídos e adaptados do curso Navegar no Português - 2000- Contributos para a Didáctica da Língua Portuguesa,
para professores de Português do Ensino Secundário - Projecto FALAR, ME-DES- , realizado em Setembro/Outubro 2000,
que envolveu cerca de 240 professores e de foram autores Assunção Caldeira Cabral, Filomena Viegas e João Paulo Videira.
Após a realização dos cursos Navegar no Português, os CDs foram enviados às Bibliotecas e Centros de Recursos das escolas de ensino secundário. O Navegar no Português -2002 contém os materiais dos cursos de 2000 a 2002 dos mesmos autores.

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Jornalismo

Oralidade não se aprende por intuição: gêneros mais formais, como o seminário, devem ser trabalhados com as crianças desde as séries iniciais

Por

01/09/2008

Por alguns instantes, volte ao passado: algum professor ajudou você a saber como falar? Salto para o presente: na sua prática em sala, você se preocupa em abordar conteúdos da oralidade? É possível que a resposta às duas perguntas seja a mesma: um sonoro "não".

Como avaliar a oralidade do aluno

Montagem sobre foto: Edson Reis

Uma apresentação de sucesso

ROTEIRO PRECISO 
Uma cola com tópicos pode ajudar a encaminhar a apresentação. Não vale ler os cartazes nem decorar o trabalho

DISCURSO SEGURO 
As falas devem ser claras, coerentes e concisas: é preciso passar todo o conhecimento no tempo combinado

APOIO CERTEIRO 
Recursos visuais devem trazer informações simples e diretas para facilitar a compreensão do tema geral da apresentação

A razão é compreensível. Existe a idéia corrente de que não é papel da escola ensinar o aluno a falar - afinal, isso é algo que a criança aprende muito antes, principalmente com a família. Meia verdade. Há nessa concepção um erro grave de reduzir a oralidade à fala cotidiana, informal, representada pelos bate-papos e pelas conversas do dia-a-dia. O fato é que, sob a denominação genérica de "linguagem oral", encontram-se diversos gêneros: entrevistas, debates, exposições, diálogos com autoridades e dramatizações. Em relação a todos eles, o professor tem um papel importante.

"Cabe à escola ensinar o aluno a utilizar a linguagem oral nas diversas situações comunicativas, especialmente nas mais formais", afirmou o psicólogo suíço Bernard Schneuwly em entrevista à NOVA ESCOLA em 2002. Considerado um dos maiores estudiosos sobre o Desenvolvimento da oralidade, ele defende que os gêneros da fala têm aplicação direta em vários campos da vida social - o do trabalho, o das relações interpessoais e o da política, por exemplo.

Esforço contínuo

Uma primeira medida para resgatar a importância do tema é investir na abordagem sistemática. A estratégia que deve permear todas as fases da escolarização é iniciar o trabalho pelas situações comunicativas praticadas naturalmente em sala de aula. Partindo dessa perspectiva, o Centro Educacional São Camilo, em Cachoeiro de Itapemirim, a 130 quilômetros de Vitória, decidiu trabalhar o seminário como uma atividade permanente desde o início do Ensino Fundamental (veja a foto à esquerda). E não apenas nas aulas de Língua Portuguesa: pesquisas e trabalhos de campo de História, Geografia e Ciências, antes restritos à entrega em papel, são apresentados para toda a turma na forma de exposição oral. "Com a experiência constante, os estudantes avançam em todas as etapas do trabalho: passam a fazer pesquisas mais profundas, descobrem o que pode ser utilizado na apresentação e mostram mais desenvoltura na hora de expor o assunto", diz a coordenadora pedagógica Edna Valory (leia no quadro acima os conteúdos desse tipo de atividade).

No seminário, como em qualquer outro gênero, o fundamental é conseguir que ele faça sentido aos alunos. Para isso, o professor deve debater com a turma o propósito da atividade: por que estamos fazendo essa pesquisa? Quais os critérios para selecionar o que aprendemos e merece ser apresentado? De que forma ele pode interessar ao público? "O seminário tem de ter uma finalidade maior do que ser apenas uma apresentação. Caso contrário, o trabalho corre o risco de se tornar desmotivante", explica Roxane Rojo, professora do Departamento de Lingüística Aplicada da Universidade de Campinas. Depois, é partir para o detalhamento dos procedimentos que sustentam a apresentação oral (leia se qüência didática com etapas da atividade ao lado).

A melhor forma de conseguir bons resultados é acompanhar o aluno em todos os processos. No Colégio Sete de Setembro, em Fortaleza, a orientação dos seminários vai desde a discussão sobre o tema até a avaliação da apresentação. "No momento em que o aluno vai pesquisar, por exemplo, não adianta ele reunir um monte de indicações bibliográficas ou simplesmente copiar trechos de sites da internet. É tarefa do professor auxiliar na seleção de informações e na articulação das diversas fontes", explica a coordenadora pedagógica Rachel Ângela Rodrigues.

Ainda que a exposição oral seja mais comum nas séries finais do Ensino Fundamental, ela pode ter lugar desde os primeiros anos. A recomendação dos Parâmetros Curriculares Nacionais é que as expectativas de aprendizagem acompanhem a evolução dos alunos. A partir do 3º ano, é possível exigir mais formalidade no uso da linguagem, preparação prévia e manutenção de um ponto de vista na apresentação. A avaliação deve contemplar esses aspectos - desde, claro, que o professor os tenha ensinado.

O que ensinar nos seminários

Quem disse que uma apresentação se aprende espontaneamente? Um seminário possui uma série de procedimentos formais que devem ser abordados em sala. Primeiro, é preciso estudar a fundo o assunto a ser apresentado por meio de pesquisas e leituras. Em seguida, é necessário triar as informações e preparar a exposição, estruturando-a para que ela seja assimilada pelos colegas. Só então chega o momento de partir para a apresentacão propriamente dita. Nessas etapas, há quatro aspectos que não podem ser esquecidos: 

- Planejamento do texto: além de cuidar do conteúdo (uma preocupação comum a todas a situações comunicativas), um seminário exige a preocupação com a forma como as informações são passadas, que não pode ser a mesma usada com os colegas no dia-a-dia. Por isso, é necessário trabalhar as diferenças entre a língua formal e a informal.

- Estrutura da exposição: o conteúdo precisa ser apresentado de forma clara e coerente - o objetivo é facilitar a compreensão de seu sentido geral. Para que isso ocorra, o texto oral deve ter uma seqüência organizada: fase de abertura, introdução ao tema, desenvolvimento, conclusão e encerramento.

- Características da fala: o tom e a intensidade da voz do expositor devem criar um clima propício para a interação com a platéia.

- Postura corporal: olhares, gestos, expressões faciais e movimentos corporais são importantes para complementar as informações transmitidas pela fala. Esses recursos auxiliam a mobilizar a escuta atenta.

Quer saber mais?

BIBLIOGRAFIA

Gêneros Orais e Escritos na Escola, Bernard Schneuwly, Joaquim Dolz e outros, 278 págs., Ed. Mercado de Letras, tel. (19) 3252-6011, 58 reais

INTERNET

Neste site você faz o download de As Práticas Orais na Escola, de Cláudia Goulart

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O que avaliar em oralidade?

Por exemplo, para avaliar a oralidade pode-se prever a observação de parâmetros como (i) apreende uma informação em linguagem corrente; (ii) reage com frases adequadas em qualquer tipo de comunicação; (iii) usa vocabulário variado e adequado; (iv) encadeia as ideias com facilidade; (v) expressa as ideias com facilidade ...

Quais são as habilidades da oralidade?

Escutar, falar, ler e escrever são quatro habilidades básicas que nos permitem agir socialmente no uso da língua. Ou seja, essas são as habilidades linguísticas que as pessoas desenvolvem ao se relacionarem e comunicarem umas com as outras.

Como identificar a oralidade?

As marcas de oralidade são traços de gírias, abreviações, expressões populares, ou comuns em diálogos, e erros de português que aparecem em textos. Por vezes, dependendo do gênero escrito, essas marcas podem ser propositais. Por exemplo, na literatura e em crônicas, para representar um diálogo orgânico.

Como avaliar a oralidade na educação infantil?

– Não adivinhe o que a criança quer. – Fique sempre na mesma altura da criança quando for falar com ela. – Propicie situações em que ela precise expressar-se como contar seu final de semana, falar do seu animal de estimação, etc… – Use palavras simples e frases curtas.