Como se formaram as montanhas da Cordilheira do Himalaia?

Formação da Cordilheira do Himalaia 

Como se formaram as montanhas da Cordilheira do Himalaia?


Como se formou o Himalaia?

O Himalaia é a formação montanhosa mais extensa do mundo. Os picos mais altos do planeta encontram-se nessa cordilheira que se estende por terras de cinco países: Paquistão, Índia, Nepal, Butão e China.

A formação dessa grande cadeia de montanha está ligada á movimentação da placas tectônicas, há cerca de 70 milhões de anos a Placa Tectônica Indiana começou a colidir com a Placa Tectônica Euroasiática. Esse processo fez com que soerguesse ao Himalaia.

O movimento que causou o surgimento dessas montanhas continua até hoje, o Himalaia se eleva 5 milímetros por anos, no tempo histórico parece pouco, mas do ponto de vista geológico é muito significativo.

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Estes portentos da natureza erguem-se um pouco por todo o mundo, incluindo nos oceanos. Geralmente, têm encostas íngremes e cordilheiras pontiagudas ou arredondadas, e um ponto cimeiro, denominado topo ou cume. A maioria dos geólogos define montanha como um acidente geográfico que se ergue, pelo menos, 300 metros acima da área circundante. Uma cordilheira montanhosa é um conjunto ou cadeia de montanhas próximas umas das outras.

Como é que se formam as montanhas?

As cordilheiras mais altas do planeta formam-se quando porções da crosta terrestre — denominadas placas — chocam umas contra as outras, num processo designado por tectónica de placas, e se elevam como o capot de um carro numa colisão frontal. Os Himalaias, na Ásia, formaram-se na sequência de um destes desastres gigantescos, que teve início há cerca de 55 milhões de anos. Trinta das montanhas mais altas do mundo localizam-se nos Himalaias. O cume do Evereste, com 8850 de altitude, é o ponto mais elevado do planeta.

Medindo da base até ao cume, a montanha mais elevada do planeta é o Mauna Kea, um vulcão extinto situado na ilha do Havai, no oceano Pacífico. Medido a partir da base, o Mauna Kea tem 10 203 metros, embora destes apenas 4205 metros sejam acima do nível do mar.

As montanhas vulcânicas formam-se quando a rocha fundida proveniente do interior da Terra é expelida através da crosta terrestre e se acumula sobre si própria. As ilhas do Havai foram formadas por vulcões submarinos, a as ilhas que hoje vemos acima do nível do mar são o que resta do cume dos vulcões. Entre os vulcões subaéreos, ou terrestres, mais célebres, contam-se o monte de Santa Helena, no estado de Washington, e o monte Fuji, no Japão. Por vezes, as erupções vulcânicas destroem montanhas ao invés de as construírem, como é o caso da erupção de 1980 do monte de Santa Helena.

Quando o magma empurra a crosta mas solidifica antes de se dar uma erupção, formam-se os chamados domos. O vento e a chuva esculpem estas formações, originando picos e vales. Como exemplos, temos as Black Hills do Dacota do Sul, e as montanhas Adirondack de Nova Iorque. Os planaltos são semelhantes aos domos, mas formam-se quando a colisão entre as placas tectónicas eleva o terreno sem que ocorram dobras ou falhas. Estas elevações são então moldadas pela desagregação e erosão.

Outros tipos de montanhas há que se formam quando as forças no interior e entre as placas tectónicas originam fissuras e falhas na superfície terrestre, deslocando blocos de rocha para cima e para baixo. Exemplos de horsts incluem a Serra Nevada, entre a Califórnia e o Nevada, as Tetons, no Wyoming, e as montanhas do Harz, na Alemanha.

Impacto das montanhas nos habitats e na geopolítica

Com frequência, as montanhas servem como característica geográficas que delimitam fronteiras naturais entre países. A sua altitude pode influenciar padrões climatéricos, mitigando as tempestades vindas dos oceanos e induzindo as chuvas nessa vertente. Geralmente, o outro lado é muito mais seco. As paisagens acidentadas podem também servir de refúgio — e dar proteção — a exércitos em fuga ou invasores.

Alpinistas que chegam ao topo do Monte Everest talvez não saibam, mas a neve esconde uma extensão de pedras cinzentas manchadas, que um dia esteve no fundo do mar.

As rochas foram levadas a esse local surpreendente, que fica a mais de nove mil metros acima do nível do mar, devido ao movimento lento das placas tectônicas, placas de rocha sólida que formam a crosta externa e fragmentada do nosso planeta. Essas placas disputam lugar entre si, dando forma ao relevo visível na superfície. Em alguns lugares, as placas se separam, criando vales. Em outros, elas se chocaram, dando origem a montanhas.

Erguendo-se na fronteira entre o Tibete e o Nepal, o Monte Everest foi formado devido a uma colisão tectônica entre a placa indiana e a placa da Eurásia há dezenas de milhões de anos.  O choque transformou a paisagem, fazendo emergir montanhas ao longo de 2,4 mil quilômetros, uma cordilheira que conhecemos como Himalaia. Ainda que as etapas precisas dessa colisão continental continuem sendo misteriosas, ela segue acontecendo atualmente, o que se deve, em parte, às alterações de altitude constantes do Everest.

A origem de uma cadeia de montanhas

A história do Himalaia se inicia cerca de 200 milhões de anos atrás, quando o supercontinente da Pangeia se fragmentou. Em algum momento, a placa indiana se desprendeu e viajou em direção à massa de terra que hoje conhecemos como Ásia, ao norte. Em termos geológicos, a placa indiana se compactou em uma velocidade surpreendente, movendo-se cerca de nove metros ou mais por século.

Naquele período, o Oceano de Tétis preenchia o estreito entre a Índia e a Eurásia, mas com o deslocamento da Índia em direção ao norte, o oceano começou a se fechar. A placa sob a água, composta pela densa crosta oceânica, submergiu na borda sul das rochas mais dinâmicas que formavam a placa continental eurasiana, criando um elemento conhecido como zona de subducção. O deslizamento lento da placa oceânica para o manto carregou uma camada grossa de sedimentos do fundo do mar, que se depositou na borda da placa da Eurásia — uma camada arenosa que mais tarde seria compactada e formaria rochas no topo das montanhas.

Há cerca de 50 milhões de anos, a velocidade de movimentação da placa indiana caiu bruscamente, uma alteração que muitos cientistas interpretam como os estágios iniciais da colisão da placa com a Eurásia. Evidências complementares de sedimentos marinhos sugerem que a última faixa do Oceano de Tétis se fechou entre 50 e 60 milhões de anos atrás.

Diferentemente de uma placa oceânica, que é fria e densa, a placa continental indiana é espessa e flutua. Em razão disso, à medida que os continentes se comprimiam e a Índia abria espaço sob a Ásia, a superfície se transformava, e a crosta se tornava mais densa para dar origem ao que, finalmente, viria a ser a cordilheira do Himalaia. Pelo menos, essa é a versão mais aceita da história há muito tempo.

Mas os cientistas seguem explorando cada dobra, fenda e rocha desse sistema geológico, fazendo diversos mistérios surgirem. O estudo de padrões magnéticos antigos na rocha permite que pesquisadores mapeiem a posição de um continente ao longo do tempo, e pesquisas recentes que utilizam esse método revelaram que no momento em que a colisão que originou as montanhas supostamente ocorreu, cerca de 55 milhões de anos atrás, a Índia estaria a uma distância significativa da Eurásia, ao sul do continente. Essa constatação teria deixado um espaço misterioso e imenso entre os dois continentes.

Será que a placa indiana se chocou inicialmente com uma massa de terra, há muito tempo perdida, localizada entre os dois grandes blocos continentais? E será que a borda norte da placa indiana era muito maior do que se imaginava antes? Por que a placa indiana se movimentava de forma tão rápida antes do impacto? Essas são algumas das muitas perguntas que os cientistas ainda estão tentando responder.

Vista do Acampamento base da face norte do Everest mostra os acessos aos acampamentos mais elevados do trajeto que leva ao topo da montanha.

Foto de Renan Ozturk, National Geographic

Crescendo e encolhendo

Independentemente de quando começou, a colisão que formou o Everest continua ocorrendo até hoje. A Índia se desloca em direção ao nortealguns centímetros por ano, e os cientistas calculam que o impacto ainda em curso com a Eurásia pode levar as montanhas a ficarem cada vez mais altas, com um crescimento médio esperado de aproximadamente 10 milímetros por ano na porção noroeste da cordilheira, e cerca de um milímetro por ano no Everest.

O crescimento pode acontecer de forma irregular, causado por mudanças mais violentas no cenário. Enquanto a Índia desliza sob a Eurásia, o deslizamento nem sempre é suave. Quando a terra é comprimida, a pressão interna aumenta até atingir um ponto de ruptura. Os blocos de terra podem então se deslocar de forma repentina, agitando o solo com a mesma força de um terremoto.

Mas não é sempre que a montanha fica mais alta durante terremotos. Dependendo de onde e quando o abalo sísmico acontece, tremores podem causar o crescimento ou encolhimento da montanha em pequenas medidas. Talvez esse tenha sido o caso durante o terremoto no Nepal em 2015, de acordo com dados de satélites.

Ao mesmo tempo, enquanto as rochas continuam crescendo em altura, a erosão trabalha na direção oposta. O vento e a água limam a superfície, transportando sedimentos para córregos que fluem por trás das montanhas. No Himalaia, a maior parte dos sedimentos é levada para os rios Ganges e Bramaputra. A areia sai da água com a diminuição da inclinação na base da montanha no que é o maior delta fluvial do planeta, formando a região em que se localizam a maior parte de Bangladesh e o estado indiano de Bengala Ocidental.

Mesmo com a erosão e a gravidade preservando as condições das montanhas imponentes, as placas tectônicas mantêm sua dança geológica, e o Everest continuará acompanhando seus passos.

Como se deu formação a cordilheira do Himalaia?

A origem de uma cadeia de montanhas A história do Himalaia se inicia cerca de 200 milhões de anos atrás, quando o supercontinente da Pangeia se fragmentou. Em algum momento, a placa indiana se desprendeu e viajou em direção à massa de terra que hoje conhecemos como Ásia, ao norte.

Como se formaram as cadeias de montanhas dos Andes e do Himalaia?

Esses agrupamentos ocorrem devido à junção de 2 placas tectônicas que, geralmente, apresentam cadeias de montanhas secundárias ou ramos. Entre as cordilheiras mais conhecidas em escala global estão a dos Alpes (Europa), Rochosas (América do Norte), dos Andes (América do Sul) e do Himalaia (Ásia).

Como é o processo de formação das montanhas?

Comumente as montanhas são formadas pela ação das placas tectônicas, que se chocam e geram na superfície dobras ou soerguimentos.

Quais são as placas tectônicas responsáveis pela formação do Himalaia?

De acordo com a moderna teoria das placas tectônicas, sua formação é resultado de uma colisão continental, ou então do processo de orogenia (isto é, processo de formação de montanhas) entre os limites convergentes entre as placas Indo-australiana e da Eurásia.