A fase de transição, segundo anunciou Doria, vai durar até dia 9 (Crédito: Governo do Estado de São Paulo) O governador de São Paulo, João Doria, anunciou nesta quarta-feira (28) que a fase de transição do Plano SP, planejada inicialmente para chegar ao fim no dia 1 de maio, vai durar mais uma semana. Segundo o anúncio, a fase de transição chegará ao fim no dia 9, porém a partir de sábado (1) os horários serão flexibilizados novamente. Dessa vez, os horários ficarão desta forma: as atividades comerciais e serviços em geral deixarão de funcionar das 11h às 19h e poderão funcionar das 6h às 20h. Segundo Doria, a prorrogação foi uma recomendação do Centro de Contingência do Coronavírus em São Paulo. Apesar das quedas nos índices de internações e ocupação de UTIs Covid, a medida serve como uma forma de controlar a pandemia e evitar a retomada de casos. + Variante P1 já responde por 90% das amostras em SP O que funciona na fase de transição?– Atividades comerciais, das 6h às 20h; – Restaurantes e similares, das 6h às 20h; – Salão de beleza e barbearia, das 6h às 20h; – Atividades culturais, das 6h às 20h; – Academias, das 6h às 20h; – Parques estaduais e municipais, das 6h às 8h; – Atividades religiosas com protocolos de saúde; – Toque de recolher das 20h às 5h; – Todos os locais com 25% da capacidade de ocupação; – Escalonamento do horário de entrada e saída de atividades do comércio, serviços e indústrias. Veja também
O governo de São Paulo vai esperar mais alguns dias para decidir se fará uma restrição maior da circulação de pessoas e de atividades econômicas em todo o estado. Na avaliação dos membros do Centro de Contingência contra a Covid-19 do estado de São Paulo, ainda é muito cedo para sentir os reflexões da última mudança da quarentena, feita na semana passada. Em debate está a proibição de cultos religiosos, a modificação dos horários de funcionamento de alguns serviços essenciais, e até a suspensão das aulas. Este novo modelo seria chamado de fase roxa. O lockdown, com o fechamento total, também não é descartado.
Desde o fim de semana todo o estado entrou na fase vermelha da quarentena, a mais restrita em que somente os serviços essenciais podem funcionar. Diferentemente da primeira vez que a medida foi imposta, no ano passado, ficaram liberadas as igrejas e as escolas. O comitê de saúde esperava que com esta medida a pandemia apresentasse um indicativo de redução, o que ainda não ocorreu. "O Centro de Contingência discute a necessidade de novas medidas mais restritivas, estamos trabalhando nisso. Conforme seja necessário, vamos anunciar, em breve, novas medidas. Tudo indica que sim, porque estamos vendo o aumento no número de casos e de internações. O que fazemos hoje vai ter consequências ao longo de pelo menos uma ou duas semanas, não é imediato e é desta forma que estamos trabalhando", Paulo Menezes, coordenador do Centro de Contingência contra a Covid-19 do Estado de São Paulo. Na terça-feira, 9, São Paulo apresentou uma taxa de ocupação de leitos de UTI de 82%, uma das mais altas já registradas na pandemia. Apesar disso, 32 municípios já têm ocupação total, de 100%. Cerca de 120 pacientes buscam UTIs por dia. Trinta pessoas morreram no estado nos últimos dias na fila de espera. A média diária de solicitações de internações de pacientes com a covid-19 em leitos de UTI e de enfermaria bateu recorde: 2.320. Ainda de acordo com dados da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, apenas na terça-feira foram confirmados 517 óbitos, o pior registro desde o início da pandemia. O número de casos foi de 16.058, um dos mais altos. O governo vai abrir ainda mais 338 novos leitos, sendo 167 de UTI, em hospitais estaduais, municipais e filantrópicos. Em uma semana o estado anunciou o aumento da capacidade de atendimento em 1.118 novos leitos, sendo 676 apenas de terapia intensiva. De acordo com o governador João Doria, todos vão estar ativados até o fim de março. Na semana passada, o governo começou a abrir 500 novos leitos, sendo 339 de UTI e outros 161 de enfermaria, em todo o estado. Os leitos estão sendo ativados gradualmente, desde o dia 8 de março. Essas vagas se somam a 11 hospitais de campanha que serão inaugurados em todo o estado nos próximos dias. O modelo é diferente do que já foi adotado e será implementado em unidades de saúde já existentes. O secretário de Saúde do estado de São Paulo, Jean Gorinchteyn, disse que o governo estadual triplicou o número de leitos de UTI desde o início da pandemia, mas fez um apelo para as pessoas seguirem as medidas sanitárias. "Não daremos conta de abrir mais leitos", alertou ele em entrevista coletiva nesta quarta-feira. Restrições da fase vermelha — quarentena válida em todo o estado
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