O que acontece quando come comida estragada

O que acontece quando come comida estragada
O tratamento contra a intoxicação alimentar pode começar em casa, mas é preciso ficar atento a sinais que apontam para um caso mais grave, como desidratação e febre persistente  Foto: Giorgio Trovato/Unsplash/Divulgação

Publicidade

Náuseas, vômito, diarreia e um mal-estar geral são os principais sintomas de uma intoxicação alimentar, que acontece após a ingestão de  água ou alimentos contaminados por bactérias, vírus, fungos ou toxinas. Não há remédio para tratar suas causas em boar parte das vezes – os profissionais administram tratamentos mais para amenizar suas consequências. O que é bom mesmo é tomar muita água, conversar com um profissional de saúde e ter paciência.

O atendimento médico se torna necessário quando os sintomas da intoxicação se agravam, o explicamos melhor aqui.

Intoxicação alimentar ocorre quando uma pessoa consome água ou alimentos contaminados por bactérias e vírus ou, ainda, fungos ou toxinas. O termo médico é gastroenterite aguda.

O rotavírus é um dos micro-organismos mais comuns que causam a intoxicação, mas também há as bactérias Salmonella, Shigella, E. coli, Staphilococus, Clostridium. Produtos químicos e certos vegetais considerados tóxicos também entram na lista de causas da intoxicação.

A incidência desse mal é elevada, segundo a médica Aline de Castro Possi Pinto, gastroenterologista do Vera Cruz Hospital, em Campinas. “De acordo com a Organização Mundial de Saúde [OMS], um terço da população apresentará um episódio de intoxicação alimentar. E há suspeita de subnotificação, já que nem todos precisam ir ao hospital”, relata a médica.

+Leia também: Cefalexina: para que serve esse antibiótico e quais os efeitos colaterais

Quais são os sintomas?

Os primeiros sinais costumam surgir bem rápido, cerca de uma hora após a ingestão do item contaminado. Mas também podem demorar até três dias para darem as caras, a depender do cenário. Os sintomas são:

  • Náuseas
  • Vômito
  • Diarreia
  • Dor abdominal leve
  • Mal-estar geral

A febre é outra consequência, apesar de menos comum. Esses sintomas podem durar até 15 dias. É preciso buscar ajuda médica principalmente se a diarreia líquida persistir após esse prazo.

+Leia também: O que é creatina e para que serve esse suplemento famoso em academias

Como é o tratamento e quanto tempo dura

Em geral, não há muito o que fazer além de esperar e tentar aliviar os sintomas enquanto o ciclo dela não se encerra. O maior risco é a desidratação, por isso a regra é ficar de olho nesse quesito.

O que fazer em casa?

  • Mantenha uma dieta leve. Basta evitar gordura demais e alimentos mais ácidos ou cítricos
  • Beba muita água. Sucos, água de coco e soro caseiro também são recomendados
  • Valorize os repousos

“Os alimentos probióticos ajudam nas diarreias agudas, porque equilibram a microbiota intestinal. Eles competem com os vírus ou as bactérias. Mas, pela minha experiência, não devem ser vistos como solução”, relata Aline. Nessa categoria estão os leites fermentados e iogurtes com essa indicação.

Continua após a publicidade

Há remédios que aliviam a dor, a febre, as náuseas e as cólicas, mas não atacam a causa da intoxicação. Consulte o médico para ver se eles valem a pena. E cuidado: evitar a automedicação, que mascara sintomas mais graves e adia a ida ao pronto-socorro.

Não é preciso, em um primeiro momento, ter a certeza de qual agente infeccioso ou toxina específica causou o problema, segundo os médicos. Independentemente do que está por trás dela, a forma de lidar com a situação costuma ser parecida.

Essa investigação pormenorizada costuma ser feita quando os sinais graves começam a surgir. Aí um hemograma (exame de sangue) e uma análise das fezes são necessários para afunilar o tratamento. Dependendo, antibióticos e outras medicações entram em cena.

+ Leia também: Por que as diarreias são mais comuns no verão

Caso o cuidado em casa não dê conta dos sinais de desidratação, vale correr para a emergência para garantir uma medicação na veia. Fraqueza, cansaço excessivo, febre persistente, prostração e tontura ao levantar são sinais de alerta.

“Nos cenários mais graves, a diarreia e aqueles outros sintomas clássicos também tendem a ser mais intensos”, completa Maíra Marzinotto, gastroenterologista do Centro Especializado em Aparelho Digestivo do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo. Não perca tempo e vá para o hospital nesses casos.

Crianças e idosos precisam de um cuidado especial. “Ambos os grupos têm a imunidade mais baixa e desidratam rapidamente. Em caso de febre alta, dor intensa e taquicardia, busque atendimento imediato”, recomenda Aline.

Prevenção

A higiene e o cuidado nos processos de armazenar, manipular e conservar alimentos são a chave para evitar a intoxicação alimentar.

Em casa

  • Lave bem as mãos após sair do banheiro e antes de manipular alimentos
  • Evite o consumo de carne crua ou mal passada
  • Higienize corretamente verduras e hortaliças com água. Fique de olho também se há sujeira nos alimentos. Há produtos que ajudam a desinfetar as folhas
  • Embale os alimentos antes de congelar no freezer

+ Leia também: 22 erros na cozinha que afetam sua saúde

No mercado ou nas ruas

  • Não compre embalagens danificadas ou amassadas
  • No caso de alimentos em conserva, dê uma boa olhada pelo vidro para verificar se estão em bom estado
  • Quando um item enlatado ou envasado estiver em mal estado, é sinal de que todo o conteúdo do produto foi contaminado
  • Não beba diretamente das latas de refrigerante, sucos ou cerveja
  • Aproveite a moda do álcool gel e sempre higienize as mãos antes de levar qualquer coisa à boca

Continua após a publicidade

  • Aditivos Químicos
  • Água
  • Água de Coco
  • Alimentação
  • Alimentação - cuidados
  • Armazenamento dos alimentos
  • Bactérias
  • Carne branca
  • Carne vermelha
  • Criança
  • Doenças em geral
  • Dores
  • Exames
  • Febre
  • fezes
  • Frutas e verduras
  • Fungos
  • Hidratação
  • Higiene pessoal
  • Iogurte
  • Leite e derivados
  • Medicamentos
  • Prevenção e Tratamento
  • Sangue
  • Saúde - Gastrointestinal
  • Suco
  • Terceira Idade
  • Vírus

Veja Saúde pelo menor preço do ano!

PRORROGAMOS A BLACK FRIDAY!
Ainda dá tempo de assinar um dos títulos Abril e também ter acesso aos
conteúdos digitais de todos os outros*
Informação, medicina e ciência para cuidar bem do seu corpo e mente.

*Acesso digital ilimitado aos sites e às edições das revistas digitais nos apps: Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Placar, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH. **Pagamento único anual de R$52, equivalente à R$1 por semana.

Quanto tempo demora pra passar mal depois de comer algo estragado?

Esses sintomas podem começar dentro de horas após a ingestão do alimento contaminado, mas pode demorar dias ou até mesmo semanas em alguns casos. A intoxicação alimentar geralmente dura de um a 10 dias. Tudo depende do organismo que causou a infecção e quais as condições de saúde da pessoa infectada.

O que tomar quando comemos comida estragada?

Beber muitos líquidos Assim, é importante que durante o dia seja tomado água, chás, suco de frutas naturais, água de coco, sais de reidratação oral, que pode ser encontrada na farmácia, ou bebidas isotônicas, por exemplo. Veja ótimas opções caseiras para ajudar a repor os líquidos perdidos e aliviar os sintomas.

Quais os sintomas de comer comida estragada?

A nutricionista Alessandra Veggi, pesquisadora da Fiocruz e integrante do Centro Colaborador em Alimentação e Nutrição, ressalta que os sintomas mais comuns após a ingestão de um alimento contaminado são diarreia, vômitos, dores abdominais, mal-estar e febre. "Há casos que podem levar à morte", adverte.