Não é característica da economia fenícia?

Os fenícios desenvolveram-se na região do Oriente Médio e chegaram ao seu apogeu entre os séculos XII e IX a.C.

Os fenícios, ou a civilização fenícia, desenvolveram-se no Oriente Médio, na região que era conhecida como Canaã, onde hoje se encontram países como Israel, Síria e Líbano. Seu florescimento e apogeu ocorreram entre os séculos XII e IX a. C.

Exímios navegadores, os fenícios expandiram seu domínio através do Mar Mediterrâneo, fundando entrepostos comerciais e colônias. Os mais notórios foram na ilha de Chipre e no norte da África, onde fui fundada Cartago, a cidade que se tornou uma das maiores rivais da civilização romana, com a qual travou as chamadas “Guerras Púnicas”, tendo Roma saído vitoriosa em 146 d.C.

Além das navegações, uma das principais características da civilização fenícia foi a invenção da escrita alfabética, que seria o modelo para as civilizações grega e romana, que influenciaram todos os idiomas europeus modernos.

No âmbito político, os fenícios organizaram-se em cidades-estado independentes, que geralmente eram governadas por dois sufetas, sendo o poder administrado na forma de monarquia ou república plutocrática (isto é, o governo era exercido por cidadãos ricos). Além da economia que era movimentada através das trocas comerciais e das navegações no Mar Mediterrâneo, os fenícios também se caracterizam por usar uma técnica de tinturaria com cor púrpura, extraída de uma concha denominada múrice, que era muito apreciada na região do Oriente Médio.

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Não é característica da economia fenícia?

Assim como as outras civilizações do Oriente Médio, os fenícios também desenvolveram arte em relevo

As principais cidades fundadas pelos fenícios foram Sidon, Tiro, Biblos e Ugarit, todas localizadas na região médio-oriental, às margens do Mediterrâneo. Cada uma dessas cidades desenvolveu sua arte, como arte em relevo, arquitetura, escultura, etc., e cultuava um deus específico, conhecido como Baal.

Aproveite para conferir a nossa videoaula sobre o assunto:

História

Os Fenícios viveram em uma estreita faixa de terra, representada hoje pela República do Líbano, estendia-se por aproximadamente 200 quilômetros, comprimida do lado leste pelos contrafortes das montanhas do Líbano e a oeste pelo mar Mediterrâneo.

Salvo o fundo dos vales, onde os fenícios podiam aproveitar-se da agricultura, tudo o mais são planícies secas, nas quais os pastores apascentavam o gado, ou encostas de montanhas onde crescia em abundância o cedro, madeira ideal para a navegação.

Desde o terceiro milênio antes de cristo, povos de origem semita estabeleceram-se naquele espaço e iniciaram uma movimentação marítima que cobriu a Bacia do Mediterrâneo de leste a oeste. Fenícios, como os gregos os chamaram, organizaram-se em cidades-estado, mantiveram ligações comerciais com vários povos por meio de feitorias e, em alguns casos, de colônias, absorvendo culturas e amalgamando-as em seu universo social.

As cidades-Estado da Fenícia

Os fenícios jamais chegaram a fundar um reino unificado sob as ordens de um só mandatário, como aconteceu com os outros povos. A rivalidade entre as cidades-Estado levou-as, no máximo, a constituir uma confederação.

A cidade de Biblos alcançou prestígio por volta de 2500 a.C., espraiando seu comércio e poderio por uma grande área do Mediterrâneo.

Sidon teve o seu período por volta de 1400 a.C., mantendo durante séculos sua supremacia sobre todo o comércio realizado no mar. Finalmente, coube a Tiro alcançar a hegemonia marítima, tendo acesso às rotas mais longínquas.

Mais tarde, os fenícios entraram em decadência, caindo sob o domínio dos assírios, babilônios e, finalmente, dos persas. A colônia fenícia de Cartago, no norte da África, subsistiu até o século II a.C., quando foi destruída pelos romanos no final das Guerras Púnicas.

Não é característica da economia fenícia?

Economia

Provavelmente, os fenícios eram semitas provenientes da Caldéia. A Natureza deu a esse povo uma opção: ou restringir-se aos minguados recursos da agricultura, ou lançar-se ao mar, em busca do sustento que as terras não proporcionavam. A proximidade do Egito, com sua grande produção de cereais, a abundância de madeira de cedro e um litoral extenso fizeram dos fenícios hábeis navegadores.

Os fenícios desenvolveram extraordinariamente o artesanato comercial, produzindo em série objetos facilmente negociáveis no mundo antigo, tais como armas, vasos, adornos de bronze e cobre, tecidos e até mesmo objetos de vidro, que alcançavam ótimos preços. Conheciam todas as rotas de navegação do Mediterrâneo e, transpondo o estreito de Gibraltar, alcançaram as Ilhas Britânicas. Chegaram mesmo a fazer uma viagem de circunavegação da África, a soldo de um faraó egípcio.

Não é característica da economia fenícia?
As galeras ajudaram a estabelecer a hegemonia comercial e marítima fenícia.

O comércio de escravos propiciava grandes lucros; muitos, porém, eram trazidos para a Fenícia a fim de trabalhar nas oficinas de artesanato. Os fenícios descobriram onde e como obter materiais raros para a época, como o cobre e o estanho. Dado o aumento de sua densidade populacional, os fenícios fundaram colônias na orla do Mediterrâneo, as quais funcionavam como entrepostos de comércio e abastecimento. As mais conhecidas colônias fenícias foram as cidades de Cartago, no Norte da África, e Cádiz, na Espanha.

Os fenícios detiveram a hegemonia comercial do Mediterrâneo (talassocracia) e foram sérios concorrentes dos gregos, etruscos e romanos.

Organização política e Sociedade

Embora nos primórdios dessas cidades o poder estivesse nas mãos da aristocracia (realeza), constituída por linhagens antigas reconhecidas pela sociedade e que atuavam principalmente no âmbito religioso, aos poucos houve o deslocamento dessa influência para homens que se destacavam nas atividades náuticas e comerciais, constituindo uma talassocracia.

Contudo sempre existiu um espaço considerável para sacerdotes que conformavam vontades a partir da revelação dos desígnios dos deuses, alinhando interesses aristocráticos com comerciais.

A grande massa da população fenícia era constituída de marinheiros e artesãos pobres, os quais trabalhavam em função de uma classe rica que vivia do comércio marítimo. Essa classe de mercadores definha não só o poder político das cidades-Estado, mas também a riqueza e o controle das atividades comerciais.

Os escravos e mercenários eram facilmente conseguidos nas viagens pelo Mediterrâneo; enquanto os primeiros trabalhavam como remadores ou artesãos, os segundos protegiam as naus e as muralhas das grandes cidades-portos.

Cultura

A produção cultural foi marcadamente funcional, contemplando aprimoramento das atividades marítimo-comerciais, o que os fez desenvolver mapas celestes para estabelecimento de rotas comerciais. Os fenícios orientavam-se pelo sol durante o dia e, à noite, guiavam-se pela ursa Menor.

Em razão de suas atividades marítimas e do contato com outros povos, os fenícios absorveram elementos de outras culturas, incorporando-os aos seus costumes, por exemplo, utilização de artefatos de bronze, politeísmo, antropomorfia. Outro exemplo são as sepulturas, decoradas de forma bastante similar às dos egípcios e mesopotâmios.

A religião dos fenícios

A adoração a diversos deuses, em especial àqueles ligados aos elementos da natureza, constituiu a religião do povo fenício. Alguns dos principais deuses celebrados eram Baal (deus da justiça e das chuvas), Astarté (deusa da fecundidade e beleza) e Aliyan (deus das fontes).

Em homenagem a essas divindades, sacerdotes realizavam rituais ao ar livre — nos quais ocorriam sacrifícios de animais, e até de humanos —, além de práticas animistas (culto às árvores, às montanhas etc.).

Os sacerdotes também cultuavam os deuses locais, protetores de cada uma das cidades. No entanto, mesmo tratando- se de uma sociedade dependente das atividades marítimas, as divindades ligadas ao mar não possuíam importância para os fenícios.

Escrita

O povo fenício desenvolveu conhecimentos sobre correntes marítimas, ventos e suas direções e sentidos comuns, observava a migração das aves, pelas quais se dirigia, entre outros aspectos. Além disso, a necessidade de registrar atividades comerciais, uma espécie de contabilidade, contribuiu para a simplificação dos sinais hieroglíficos egípcios, por meio da associação aos sinais cuneiformes.

Disso resultou a criação de uma escrita conhecida como alfabeto. Essa sistematização simplificada foi adotada e adaptada por gregos, etruscos e latinos, originando a escrita ocidental em suas várias versões.

Veja também:

  • Descoberta do Alfabeto
  • Guerras Púnicas

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O que não foi característica da economia Fenícia?

Resposta. Os fenícios dedicavam-se ao artesanato chegando a inventar o vidro transparente. Na agricultura, cultivavam olivas e vinhas, e se dedicaram especialmente à pesca e ao comércio marítimo. Não desenvolveram grandes atividades agropecuárias tendo em conta que a região que habitavam era montanhosa e pouco extensa.

Qual era a característica da economia dos fenícios?

Como era a economia dos fenícios? A economia dos fenícios era baseada no comércio marítimo. A princípio, eles estavam restritos ao Mediterrâneo Oriental e concorriam com a navegação cretense, mas eventualmente, atingiram o Estreito de Gibraltar e até mesmo o ultrapassaram.

Quais são as características dos fenícios?

A Civilização Fenícia destacou-se pelo desenvolvimento da navegação e pela criação de um sistema de escrita, o alfabeto. A Civilização Fenícia desenvolveu-se na região litorânea noroeste do Oriente Médio, onde hoje se localiza o litoral da Síria e do Líbano.

Quais são as principais atividades econômicas dos fenícios?

A principal atividade econômica dos fenícios era o comércio. Em razão dos negócios comerciais, os fenícios desenvolveram técnicas de navegação marítima, tornando-se os maiores navegadores de Antiguidade.