O imperialismo do século XIX resumo

Olá! Esta aula de História é destinada a educandos da 8ª Série da Eaja.

Esta aula trata do imperialismo europeu no século XIX concentrando-se na experiência do império britânico e relacionando-o com a eclosão da Primeira Guerra Mundial.


Assista a videoaula abaixo, com a temática – História – O imperialismo europeu no século XIX

HISTÓRIA| Eaja | 8ª SÉRIE | PROF.: ANÍSIO FILHO

O imperialismo europeu no século XIX

No século XIX, a Europa assistia à materialização de novas ideias na economia, na política, no modo de vida, na organização social, etc. A Revolução Industrial espalhava-se para outros países além da Inglaterra e alcançava novas etapas em seu desenvolvimento tecnológico; o capitalismo fincava raízes através da economia industrial; a burguesia estabelecia-se definitivamente como a classe social dominante; as metrópoles tornavam-se o modo de vida predominante; a ciência alcançava níveis de desenvolvimento e disseminação nunca vistos.

Desde o final do século XVIII, viajantes europeus começaram a se interessar por explorar e escrever sobre lugares como o interior da África e da Ásia, organizando viagens que chamavam de expedições científicas. Ao mesmo tempo, acontecia a organização de missões religiosas. Expedições e missões foram as formas iniciais como os europeus entraram no interior desses continentes. Mas, no século XIX, houve uma grande invasão motivada por interesses econômicos.

A colonização na Ásia

No século XVII, negociantes ingleses criaram a Companhia das Índias Orientais para a comercialização de produtos das Índias e da China. Portugueses, holandeses, espanhóis e franceses também criaram suas companhias. As especiarias das Índias continuavam a despertar interesse, mas entre os séculos XVI e XVIII mercadorias como o algodão indiano e a porcelana chinesa se destacaram. O principal produto que os ingleses buscavam, entretanto, era o chá chinês.

Os chineses apreciavam muito o ópio, droga extraída da semente da papoula, uma planta indiana. A Índia não era como conhecemos hoje, mas um território formado por vários reinos e principados. Para conseguir o chá chinês os ingleses estabeleceram acordos comerciais com líderes indianos que garantiam a exclusividade no comércio do ópio, do algodão, do ferro e do carvão. Eles compravam o ópio na Índia e trocavam na China pelo chá.

Os ingleses foram dominando o território da Índia e quando a Companhia das Índias Orientais foi extinta, esses territórios foram incorporados ao Império Britânico nascendo, assim, o Vice-reino da Grã-Bretanha das Índias. A partir dessa experiência os ingleses foram se infiltrando em outros territórios sempre se aliando com os soberanos locais.

A colonização na África

O interesse dos ingleses pela África aumentou quando ocorreu a ampliação das estradas de ferro na Inglaterra. O ferro, então, passou a ser a matéria-prima mais procurada não só pelos ingleses mas por todos os países que quisessem construir ferrovias.

A Inglaterra possui muitas minas de ferro, mas a extração ficava muito cara principalmente por causa do custo da mão de obra. Era preciso encontrar a matéria-prima num lugar com mão de obra barata. A África atendia a essas condições. Possuía mão de obra barata e um subsolo rico não só em ferro mas também em cobre, estanho, platina, ouro, diamante, etc. Os europeus iam descobrindo tais riquezas através das expedições exploradoras que eram financiadas pelos próprios exploradores e contavam com o apoio político e militar do governo.

A principal colônia britânica na África foi estabelecida no sul do continente. No final do século XVIII, os ingleses dominaram a Cidade do Cabo, surgida em torno de um forte construído pelos holandeses no século XVII. Parte da parte da população holandesa, os bôeres (camponeses) que não concordaram em se submeter aos ingleses seguiram para o norte e criaram os territórios da Orange, Natal e Transvaal. Em meados do século XIX, eles descobriram diamante e ouro. Os ingleses, então, avançaram sobre os territórios bôeres e no ano de 1902 transformaram todo o sul da África em colônia britânica com o nome de União Sul-Africana.

Durante o século XIX, empresas e governos começaram a se interessar pela exploração das riquezas africanas. Além da Inglaterra, França, Portugal, Bélgica, entre outros estabeleceram colônias. Começaram a se acirrar as disputas entre estas nações. Em 1885, alguns países europeus, Estados Unidos e Império Otomano se reuniram numa conferência em Berlim, capital da Alemanha, para estipular os princípios que regeriam a conquista da África. Criaram regras como, por exemplo: somente a ocupação do litoral não bastava para reivindicar as terras do interior, era preciso ocupá-las e quando isso acontecesse era preciso informar oficialmente as demais potências; as bacias dos rios Níger e Congo foram declaradas áreas livres para a navegação e o comércio internacional.

O resultado da Conferência de Berlim pode ser observado no mapa a seguir. Em 1880 só 10% do território estava dominado pelas potências. Em 1900, o continente africano estava quase todo dominado.

O imperialismo do século XIX resumo

Fonte: VAINFAS, Ronaldo. et al. História.doc, 8º ano: ensino fundamental, anos finais. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2018. p. 230.

A Conferência de Berlim amenizou os conflitos entre as potências mas não os resolveu. Ela teve o efeito de adiar a radicalização das disputas. Essa colonização da África e da Ásia no século XIX fazia parte do processo de expansão econômica demandada pelo desenvolvimento do capitalismo industrial. Uma economia baseada na competição colocou as potências em franca disputa por mercados consumidores e matérias-primas. Essas disputas, amenizadas pela Conferência de Berlim, é um dos principais fatores que fizeram desencadear a Primeira Guerra Mundial, em 1914.

Atividade

Questão 1 – Quais eram os objetivos da colonização europeia na África e na Ásia?

Questão 2 – De que forma esse imperialismo europeu contribuiu para desencadear a Primeira Guerra Mundial?


Objetivos de aprendizagem e desenvolvimento (EAJAHI0828) Relacionar a expansão imperialista no final do século XIX e início do século XX com a eclosão da Primeira Guerra Mundial em 1914.
Referências  VAINFAS, Ronaldo. et al. História.doc, 8º ano: ensino fundamental, anos finais. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2018.

O que foi o Imperialismo no século 19?

O imperialismo ou neocolonialismo do século XIX se constituiu como movimento de domínio, conquista e exploração política e econômica das nações industrializadas europeias (Inglaterra, França, Alemanha, Bélgica e Holanda) sobre os continentes africano e asiático.

Quais as principais características do Imperialismo no século XIX?

Resumo das principais características do Imperialismo Baseia-se em ideias etnocêntricas e no darwinismo social (superioridade dos povos dominantes em relação aos dominados); Processo de expansão das potências europeias; Capital industrial fundido ao capital financeiro.

Quais são as causas do Imperialismo no século XIX?

Uma causa que explica, em grande parte, a expansão colonial da segunda metade do século XIX é a busca por novos mercados consumidores, segundo aponta Eric Hobsbawm|3|. Isso porque acreditava-se que a grande quantidade de mercadorias produzidas seria absorvida com a expansão dos mercados consumidores.

O que foi o Imperialismo resposta?

Imperialismo consiste numa política de expansão e o domínio territorial, cultural e econômico de uma nação sobre outras. Nessa perspetiva, estados poderosos procuram ampliar e manter seu controle ou influência sobre povos ou nações mais fracas.