O que define a sensação térmica no inverno?

� muito comum ver pessoas falando que est�o com calor, no entanto, fisicamente falando, essa fala est� equivocada, uma vez que calor � a transfer�ncia de energia de um corpo para outro. Tamb�m, nem sempre a temperatura registrada no term�metro corresponde ao que sentimos.

Se relacionarmos o efeito combinado entre a velocidade do vento e a temperatura do ar marcada pelos term�metros e a umidade ambiente, o calor ou o frio que sentimos � diferente do registrado nos term�metros. Essa combina��o de fatores chama-se sensa��o t�rmica.

O c�lculo da sensa��o t�rmica, que � a temperatura que realmente sentimos em uma determinada situa��o, deve levar em conta dois fatores: velocidade do vento e umidade relativa do ar. A tabela disponibilizada no site do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) calcula que a sensa��o t�rmica diminui aproximadamente 1�C a cada vez que os ventos chegam a 7 km/h � quanto maior a velocidade do vento, maior o calor retirado da superf�cie da pele, e, portanto, maior a sensa��o de frio.

Por exemplo, em um local com temperatura ambiente de 10�C e ventos de 7 km/h, a sensa��o t�rmica � de 9 �C. Para ter uma ideia, um vento de 7 km/h est� longe de ser um furac�o, que tem ventos de no m�nimo 118 km/h de velocidade. O problema � que as f�rmulas usadas pelos institutos de meteorologia no Brasil consideram apenas a velocidade do vento, e n�o levam em conta a umidade do ar. Numa temperatura xis, com ar seco, sentimos um certo frio. J�, se ocorrer a mesma temperatura com chuva, a tend�ncia � sentirmos ainda mais frio. O frio seco � menos sentido que o frio �mido.

A sensa��o t�rmica tem o mesmo efeito quando voc� sopra a sopa para esfriar. O movimento do ar aumenta a perda de calor da sopa pela convec��o, assim, a sopa esfria mais r�pido. Veja Como funcionam as garrafas t�rmicas para mais detalhes sobre radia��o, condu��o e convec��o.

Para um objeto inanimado, a sensa��o t�rmica tem um determinado efeito se o objeto estiver quente. Por exemplo, digamos que voc� encheu dois copos com a mesma quantidade de �gua a 38� C. Voc� coloca um copo na geladeira, que est� a 2� C, e um fora, onde tamb�m est� 2� C , por�m com o vento soprando a 40 km/h. O copo que est� fora fica frio mais r�pido que aquele que est� na geladeira por causa do vento. Por�m, ele n�o esfriar� mais do que 2� C, pois a temperatura do ar est� a 2� C com ou sem movimento. � por isso que o term�metro l� 2� C, embora a gente sinta como se a temperatura estivesse a -13� C. do globo terrestre. As situa��es de calor extremo afetam de forma diferente as popula��es de regi�es temperadas, como � o caso das regi�es Sul e da Sudeste do Brasil, e as que vivem em regi�es normalmente mais quentes, que possuem uma aclimata��o fisiol�gica e um estilo de vida adaptado.

A temperatura do corpo resulta de um equil�brio entre a produ��o e a perda de calor. No caso da temperatura ambiente subir para valores muito elevados, o nosso organismo tem mecanismos que lhe permitem regular a temperatura, libertando calor. Um dos principais � a transpira��o.

A transpira��o consiste na liberta��o de �gua e sais minerais atrav�s da pele e � a evapora��o da �gua � sua superf�cie que permite o seu resfriamento. Quando o nosso corpo � exposto a temperaturas muito elevadas, numa tentativa de retomar o equil�brio t�rmico, aumenta a produ��o de suor, e assim perde uma maior quantidade de �gua e sais minerais essenciais ao bom funcionamento do organismo.

A sensibilidade do corpo humano a temperaturas elevadas � maior para valores de umidade relativa mais altas. Se a umidade relativa do ar for muito elevada o mecanismo de evapora��o do suor � reduzido ou inibido, tornando a liberta��o de calor menos eficaz.

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Uma massa de ar polar que chegou ao Brasil nesta semana derrubou as temperaturas em diversas regiões do país.

A cidade de São Paulo registrou, na quarta-feira (18), a temperatura máxima de 12,6°C, a menor desde 1961 para o mês de maio, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). O Distrito Federal registrou temperatura mínima de 1,4°C nesta quinta-feira (19), índice mais baixo desde o início das medições, em 1963, segundo o Inmet.

No entanto, os índices registrados pelos termômetros podem ser percebidos de maneira ainda mais intensa pelos indivíduos, de acordo com diversas variáveis. A chamada sensação térmica pode ser calculada de diversas maneiras dependendo das condições momentâneas de tempo e não existe um modelo que seja universal ou definitivo.

No Brasil, a sensação térmica geralmente está associada a dois modelos utilizados pela comunidade científica, que consideram nos cálculos a combinação da temperatura do ar, da umidade relativa do ar e da velocidade do vento.

Um dos indicadores é o Índice de Resfriamento (ou Wind Chill), que expressa o efeito do resfriamento do ar em movimento ou o vento a diferentes temperaturas. O dado é amplamente utilizado no inverno, quando são registradas as menores temperatura do ar.

Em situações de baixa temperatura, o vento influencia mais no desconforto térmico, pois ele remove continuamente a camada de ar quente que envolve nossa pele e que funciona como um isolante. Como a temperatura corporal humana é mais quente que o ambiente nesse período, acontece um fenômeno em que passamos a ceder calor para o meio de forma mais rápida aumentando a sensação de frio.

Outro método utilizado é o Índice de Calor (ou Heat Index), que considera o efeito da umidade sobre a temperatura. Quanto maior a umidade e a temperatura do ar, maior a sensação térmica, pois com o ar saturado de água é mais difícil de suar, processo responsável por “esfriar” o nosso corpo. Este modelo é adotado nas análises dos períodos quentes, como no verão, quando a temperatura do ar alcança os valores máximos e a umidade relativa do ar permanece alta em boa parte da estação.

O estudo dos modelos de previsão de sensação térmica ou índices de conforto térmico revela uma quantidade extensa e variada. São mais de 200 contabilizados na bibliografia e a quantidade continua a aumentar à medida que novos elementos são englobados nos cálculos.

A tendência é a utilização de índices que considerem fatores ambientais, tipo de vestimenta, características fisiológicas e socioculturais. A sensação térmica também considera combinações de elementos do clima como radiação, temperatura do ar, umidade relativa do ar, velocidade e direção do vento.

As características fisiológicas e metabólicas de cada indivíduo também fazem parte dos cálculos. Uma pessoa com sobrepeso e sedentária vai ser mais afetada pela alta sensação térmica do que um indivíduo com peso ideal para sua idade e altura e que se exercita, por exemplo.

As roupas também vão influenciar a sensação térmica, pois elas podem contribuir ou prejudicar as funções reguladoras da temperatura corporal. Características socioculturais também fazem parte das variáveis relacionadas à sensação térmica: pessoas que vivem em localidades comumente afetadas pelo frio intenso adquirem tolerância ao frio e podem perceber quedas bruscas de temperatura de maneira diferente.

Fonte: Mauricio Sanches Duarte Silva, doutor em Ciências da Engenharia Ambiental da Escola de Engenharia de São Carlos (USP), com ênfase em conforto térmico e índices climáticos para turismo.

Quais são os fatores que contribuem para a sensação térmica?

O cálculo da sensação térmica, que é a temperatura que realmente sentimos em uma determinada situação, deve levar em conta dois fatores: velocidade do vento e umidade relativa do ar.

O que é frio sensação térmica?

Mas afinal, o que é a sensação térmica e o que a influencia? De acordo com Josélia Pegorim, meteorologista da Climatempo, a sensação térmica é a temperatura aparente que o nosso corpo sente quando está exposto a determinadas situações de umidade do ar e velocidade do vento.

Qual o conceito de temperatura e sensação térmica?

Então, só para deixar claro, a temperatura é uma grandeza física, objetiva que pode ser mensurada. Por definição, consiste na energia cinética associado ao movimento aleatório de partículas que compõem um determinado sistema físico. A sensação térmica é a temperatura que nós sentimos.