Introdução Show Napoleão no poder da França revelou-se contraditório e autoritário, renunciando assim os princípios da Revolução Francesa e iniciando sua expansão pela Europa. O único país que poderia impedir esse projeto expansionista era a Inglaterra. Como as topas francesas não conseguiam desestabilizar a Inglaterra, a França decretou, em 1806, o bloqueio continental (os países europeus estavam proibidos de abrirem seus portos ao comércio inglês). Os países que não aceitassem o bloqueio continental seriam invadidos pelas tropas de Napoleão. A Espanha não aceita e por isso, é invadida em 1808. O rei Fernando VII é deposto e é colocado no poder o irmão de Napoleão, José I. No entanto tanto as colônias espanholas como a Espanha resistiram à ocupação francesa. Com o apoio da Inglaterra e da elite Criolla (descendentes de espanhóis nascidos na América), foram organizadas na colônia Juntas Governativas, que em várias cidades passaram a defender a idéia de ruptura definitiva com a metrópole. Emancipação das colônias A política econômica da Espanha, baseada no mercantilismo, buscava desenvolver as metrópoles explorando as riquezas produzidas nas colônias. De modo geral, as primeiras manifestações de descontentamento que surgiram na América dominada pelos ibéricos não tinham caráter separatista. Exprimiam, antes, o mal-estar dos colonos com os abusos da metrópole, sua oposição à política mercantilista e a sua busca de liberdade econômica. Na América espanhola, a ocupação da Espanha pelas tropas de Napoleão enfraqueceu o controle da metrópole sobre as colônias. Em 1811, o padre Hidalgo tentou sem êxito proclamar a independência do Vice-Reino de Nova Espanha (México). Nova tentativa em 1813, novo fracasso: Hidalgo foi executado. A conquinta da independência veio em 1821, liderada pelo general Itúrbide, que se proclamou imperador. Obrigado a abdicar em 1823, morreu fuzilado. O méxico tornou-se então uma República federal independente. Do Vice-Reino de Nova Granada surgiram Venezuela, Colômbia e Equador, libertados por Simón Bolívar, respectivamente, em 1817, 1819 e 822. O Vice-Reino do Peru deu origem a três países: Peru,
Chile e Bolívia. Diante da revolta generalizada, o rei espanhol Fernando VII chegou a pedir ajuda a Santa Aliança (organização da qual a Espanha participava e que tse arrogava o direito de intervir nas colônias). Mas os Estados Unidos e a Inglaterra se opuseram à intervenção e reconheceram a independência das colônias espanholas. A Posição dos EUA pode ser resumida na política estabelecida, em 1823, pelo presidente James Monroe, a chamada Doutrina Monroe, que declarava "a América para os americanos". A Inglaterra era movida por interesses econômicos, já que os novos países podiam representar mercado seguro para seus produtos. Sem a ajuda da Santa Aliança, o domínio da Espanha na América chegou ao fim. Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;) O imperador francês Napoleão Bonaparte (1769-1821) desejava obter controle total da Europa continental – o que significava não apenas domínio político sobre os Estados europeus, o que Napoleão alcançou com suas campanhas militares vitoriosas, mas também controlar os mares e principais portos comerciais da região. 1/ Napoleão queria “esmagar” a Rússia Em 1807, o imperador Aleksandr 1º da Rússia e Napoleão assinaram o Tratado de Tilsit, que pôs fim à Guerra da Quarta Coalizão (Rússia, Prússia, Saxônia, Suécia e Grã-Bretanha contra França) com a vitória do lado francês. Reunião de Napoleão com Aleksandr 1º no rio Neman. Trato de Tilsit, de Adolphe Roehn Palácio de Versalhes De acordo com o segundo Tratado de Tilsit, assinado entre a França e a Prússia, o rei prussiano cedia quase metade de seus territórios pré-guerra a Napoleão. Nestes, Napoleão criou o Reino da Vestefália, o Ducado de Varsóvia e a Cidade Livre de Danzigue; os demais territórios foram concedidos aos estados clientes franceses existentes e à Rússia. O Tratado de Tilsit entre a Rússia e a França os transformou em dois grandes impérios aliados contra a Grã-Bretanha e a Suécia. Isso criou uma situação complexa que, em pouco tempo, em 1809, resultou na Guerra da Quinta Coalizão – uma coalizão do Império Austríaco e do Reino Unido contra a França de Napoleão e seus estados aliados. A Prússia e a Rússia não participaram da guerra, mas era evidente que a Rússia seria o próximo país na lista de Napoleão. Medalhão francês do período pós-Tilsit; imperadores francês e russo são retratados juntos Domínio público Em 1811, imperador francês disse a Dominique Dufour de Pradt, embaixador francês em Varsóvia: “Em cinco anos, serei o mestre do mundo, só a Rússia permanece; mas eu a esmagarei... Também serei o mestre dos mares, e todo o comércio deve, é claro, passar para minhas mãos”. De todo modo, a ‘amizade’ entre os dois imperadores era, no mínimo, instável. “Ele é realmente um bizantino”, disse Napoleão sobre Aleksandr, que se portava de forma elusiva e não gostava de ser franco. 2/ Rússia não aderiu ao Bloqueio Continental do Reino Unido De acordo com o Tratado de Tilsit, a Rússia deveria aderir ao Bloqueio Continental contra o comércio marítimo britânico: por meio deste, a Inglaterra deveria ser proibida de exportar mercadorias para a Europa continental. Imperador Napoleão Bonaparte 1º (1769-1821), de Jacques-Louis David Museu de Arte de Harvard Mas o que eles mais exportavam na época? Ferro e têxteis – necessidades básicas de qualquer Exército que precise de armas e uniformes. Assim, com o bloqueio, Napoleão também queria privar os exércitos dos países europeus, incluindo o da Rússia, de suprimentos. Além disso, devido à iniciativa, a exportação de grãos da Rússia diminuiu quatro vezes, segundo o historiador russo Lubomir Beskrovni. Bloqueio contra Bloqueio, 1807 Biblioteca da Universidade de Washington O bloqueio era o oposto do que a Rússia, como potência política, desejava e precisava – assim como os outros estados europeus. As ordens diretas de Napoleão à sua Marinha para capturar e restringir os navios comerciais de diferentes países que quebravam o bloqueio muitas vezes não surtiam efeito. Em 1810, a Rússia não só continuou o comércio com a Grã-Bretanha, como também aumentou os impostos sobre os produtos franceses. Isso foi uma ofensa explícita. 3/ Napoleão foi insultado por duas recusas de casamento de princesas russas Napoleão não tinha sangue real e queria ao menos se casar com algum membro da realeza. Por duas vezes, o imperador francês fez propostas de casamento com princesas russas. Ao fazer isso, ele também esperava obter controle sobre a política russa por influência privada. Em 1808, logo após o Tratado de Tilsit, o então ministro das Relações Exteriores da França Charles-Maurice de Talleyrand transmitiu pessoalmente a proposta de Napoleão a Aleksandr 1º para casar-se com a grã-duquesa Ekaterina Pavlovna (1788-1819), irmã de Aleksandr. A proposta foi recusada pelo imperador russo – no característico seu estilo de não dizer nada específico. Ekaterina Pavlovna, de Johann Friedrich August Tischbein Domínio público Em 1810, Napoleão fez uma nova proposta, desta vez a Anna Pavlovna, de 14 anos (1795-1865), mais tarde rainha da Holanda e também irmã de Aleksandr. Depois que a nova proposta foi rejeitada, Napoleão se casou rapidamente com Marie Louise (1791-1847), filha do imperador austríaco Francisco 1º (1768-1835). Esta foi uma jogada óbvia: Napoleão precisava da aliança com a Áustria se quisesse guerra contra a Rússia – e o casamento intensificou a relação entre os países, já muito prejudicados. Grã-duquesa Anna Pavlovna, 1813 Museu Regional de Arte de Murmansk 4/ Rússia aliou-se à Suécia, que deixou a coalizão de Napoleão Naquela época, Napoleão estava montando um exército europeu internacional. Apenas um Estado se recusou a apoiar o Grande Exército: a Suécia, liderada pelo ex-marechal do Império Francês Jean-Baptiste Bernadotte (1763-1844), que havia se transformado em rei como Carlos XIV João da Suécia graças a suas sábias intrigas políticas. Com o desejo de ser um soberano independente, Bernadotte (então Carlos XIV João) não se encaixava no sistema de Napoleão e eles se tornaram inimigos. Jean Baptiste Bernadotte, marechal da França, rei da Suécia e da Noruega, de Francois Joseph Kinson Palácio de Versalhes Em janeiro de 1812, Napoleão ocupou a Pomerânia sueca. Em março daquele mesmo ano, Bernadotte decidiu se aliar à Rússia. Aleksandr havia prometido ajudar Bernadotte a se tornar também o rei da Noruega (o que mais tarde aconteceu, de fato). A aliança com a Suécia foi decisiva para a Rússia. Pouco depois, em 28 de maio de 1812, a Rússia assinou o Tratado de Bucareste com o Império Otomano, encerrando uma guerra de seis anos. Os otomanos também se comprometeram a se retirar da aliança com a França. O tratado, assinado pelo comandante russo Mikhail Kutuzov, foi ratificado por Aleksandr 1º trezes dias antes da invasão de Napoleão à Rússia. Exército napoleônico cruzando o rio Neman Domínio público LEIA TAMBÉM: Que países conquistaram a Rússia? Autorizamos a reprodução de todos os nossos textos sob a condição de que se publique juntamente o link ativo para o original do Russia Beyond. Receba em seu e-mail as principais notícias da Rússia na newsletter: O que foi o Bloqueio Continental e quais foram as razões que levaram o Governo napoleonico?O Bloqueio Continental foi uma medida imposta pelo imperador francês Napoleão Bonaparte, em 1806, a partir da qual os países europeus estavam proibidos de manter qualquer relação comercial com a Inglaterra. O objetivo desse bloqueio era arruinar a economia inglesa e expandir o domínio da França sobre a Europa.
O que foi o Bloqueio Continental na era napoleônica?O Bloqueio Continental foi um decreto assinado pelo imperador francês Napoleão Bonaparte em 1806. Essa resolução proibia países europeus de comercializarem produtos ingleses. Napoleão Bonaparte foi imperador da França e decretou o Bloqueio Continental para arruinar a economia da Inglaterra.
O que era o Bloqueio Continental Brainly?Resposta: O Bloqueio Continental foi decretado em 1806 pelo imperador francês Napoleão Bonaparte, com o objetivo de deter o poder inglês e promover a industrialização da França. Ele consistia na proibição de comércio entre os países europeus e a Inglaterra.
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