A Doença de Parkinson é uma doença degenerativa, que pode ocorrer em qualquer fase da vida. Contudo, é muito mais frequente na terceira idade. Requer cuidados e acompanhamento, ainda mais quando o doente é cuidado em casa, pela família. Há comprometimento dos movimentos e do equilíbrio. Confira tudo sobre este problema e saiba como prestar o melhor atendimento aos seus familiares idosos com dicas úteis e simples. Show
O que é o Mal de Parkinson? Quem acompanhou as Olimpíadas de Atlanta (EUA) de 1996 viu uma cena curiosa e de muito valor: o ex-pugilista e medalhista de outro em 1960 Muhammad Ali (antigamente chamado de Cassius Clay) acendeu com dificuldades a pira olímpica na abertura dos jogos. Muitas pessoas passaram a ter conhecimento da Doença de Parkinson nestas imagens. O boxeador acendeu a pira com visíveis restrições dos movimentos e de equilíbrio. Muhammad Ali possuía a Doença de Parkinson na ocasião e veio a falecer 20 anos depois (em 2016) por complicações da degeneração causada pela doença e pela idade. A ideia de colocá-lo com destaque na abertura das Olimpíadas não foi apenas para homenageá-lo, como para divulgar a doença ao grande público. A Doença de Parkinson, também conhecida como Mal de Parkinson, é uma síndrome clínica que compromete o controle muscular. Uma pequena área do cérebro que ajuda no controle do movimento e equilíbrio fica comprometida devido às células e deixam de funcionar, e as suas causas ainda são desconhecidas. A doença ocorre em uma região do cérebro chamada de substância negra, e as células simplesmente param de funcionar, diminuindo assim a produção de uma substância denominada dopamina (responsável em ajudar a enviar mensagens para as áreas do cérebro que controlam os músculos). O corpo passa a não obedecer mais aos comandos cerebrais, limitando os movimentos e o equilíbrio, causando tremor e rigidez dos membros. Percebe-se ainda a bradicinesia, que é a lentidão geral dos movimentos e das atividades diárias; ausência de expressão facial; expressão de espanto, pois os olhos passam a piscar menos; problemas para engolir os alimentos; fala monótona; dificuldades para andar; pé arrastando; diminuição do balanço dos braços; dificuldades posturais, etc. Fatores de risco A Doença de Parkinson ainda é um desafio para a medicina. Mesmo que ainda não se sabe a sua causa, há estudos que indicam alguns fatores, tais como:
Veja neste vídeo feito pelo Canal Minha Saúde algumas explicações úteis sobre o Mal de Parkinson: Sintomas do Mal de Parkinson Os sintomas da Doença de Parkinson são bem visíveis: a pessoa passa a apresentar tremor, rigidez e os movimentos lentos gradativamente. Os especialistas apontam ainda que os sintomas do parkinsonismo estão relacionados à exposição a determinados produtos químicos ou medicamentos, traumatismo crânio-encefálico, certos tipos de infecção, hidrocefalia de pressão normal, hipóxia e tumores, entre outros problemas. Contudo, é importante lembrar que os sintomas da Doença de Parkinson podem variar conforme a pessoa. Se alguns indivíduos apresentam sintomas graves, em outros, os sintomas são mais leve. É comum perceber estes sintomas em apenas um dos lados do corpo inicialmente, avançando para os dois lados com o tempo. A memória e o raciocínio não são comprometidos em nenhuma das fases da doença. Aprenda a diagnosticar os sintomas da Doença de Parkinson mais comuns:
A Doença de Parkinson e os idosos Como já dissemos, a Doença de Parkinson é mais frequente entre idosos. Desta forma, se a família tem um paciente idoso em casa, deve ter a atenção redobrada. É preciso diagnosticar o quanto antes – percebendo os sintomas já citados, busque levar o idoso a um neurologista – só ele poderá fazer um estudo sobre a condição do paciente. Ao constatar a doença, é preciso ainda compreender que os sintomas se modificam com o tempo, podendo ficar mais complexos. A Doença de Parkinson é uma doença crônica e uma condição lentamente progressiva. É preciso compreender o padrão evolutivo da doença para oferecer ao idoso os tratamentos mais adequados com a sua condição. É importante ainda observar as suas dificuldades durante a rotina diária, para auxiliar da melhor forma possível nas tarefas que não conseguem mais o mesmo desempenho. Veja algumas dicas: Na hora de se vestir:
Na hora da alimentação:
Na hora do banho:
Na hora de ouvir:
Além dos problemas motores, o idoso com Parkinson pode ter problemas de autoestima, sexuais e até depressão. Mantenha o diálogo franco com o paciente e veja como poderá ajudá-lo e oferecer o melhor tratamento possível. Converse ainda com o médico sobre como melhorar as condições do idoso em casa. Como há comprometimento dos movimentos, organize a casa de modo a não oferecer perigo ao idoso – retire objetos pontiagudos, tapetes, objetos menores e difíceis de perceber que podem ocasionar uma queda, etc. Mantenha os acessos às dependências da casa e à rua livres para que o idoso possa se locomover. As atividades físicas são essenciais – há grupos de apoio espalhados pelo país, bem como clínicas de fisioterapia. É preciso ver com o médico quais as melhores soluções para o com texto do idoso – até mesmo os exercícios na água, com acompanhamento, podem ser uma ótima solução. Caminha, dançar, fazer jogos, entre outras atividades também são bastante indicados. A intenção é deixar os músculos mais flexíveis. Tratamentos para a Doença de Parkinson O caso deve ser analisado por um especialista. Ele irá indicar os tratamentos complementares mais indicados e fazer o gerenciamento da doença. O comprometimento da família é essencial para garantir a segurança e a qualidade de vida do idoso. Há ainda os medicamentos, que podem auxiliar na redução dos sintomas, facilitando as atividades diárias. Apenas o médico pode indicar os medicamentos mais adequados. O tratamento, em geral, é multidisciplinar – envolve médicos, cirurgiões, psicólogos, fisioterapeutas, enfermeiros, cuidadores, educadores físicos, nutricionistas, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, e claro, a família. Muitas vezes, é necessária uma mudança transformadora no estilo de vida da pessoa, ainda mais se for idosa. Veja algumas dicas:
Conheça outras informações no site Associação Brasil Parkinson acessando este link. Dicas extras Você já conhece o e-book exclusivo do site Cuidar dos pais em casa? É um material gratuito que você poderá baixar hoje mesmo em seu computador e garantir que o seu idoso tenha os melhores cuidados e qualidade de vida. Este material foi escrito e produzido pelo Dr. Sérgio Munhoz. Para ter acesso ao e-book, clique neste link e faça o seu cadastro. Você receberá no seu e-mail um link para o material gratuito, que com certeza irá ajudá-lo a oferecer o melhor atendimento e apoio ao seu pai ou mãe idoso (ou outro parente idoso) em casa. Confira! Veja também: Depressão na terceira idade – O que é? Como tratar? O que o cuidador pode fazer para ajudar um paciente com Parkinson?É ele quem está presente para incentivar nos exercícios de reabilitação motora e não-motora, acompanhar nos atendimentos médicos e nos exames de laboratório, ajudar a manter uma regularidade nos exercícios físicos. O cuidador do paciente de Parkinson exerce uma função importantíssima no tratamento dessa pessoa.
Qual o papel da enfermagem no manejo de paciente com doença de Parkinson?As possíveis intervenções são: realizar irrigação intestinal, controle da dieta e monitorização da Page 9 8 ingestão e eliminação de líquidos. Para o controle da ansiedade, o enfermeiro trabalha com técnicas para acalmar e melhorar no enfrentamento da doença pelo paciente (15).
Quais os cuidados de enfermagem para com o idoso com Parkinson?Mal de Parkinson: 8 formas do cuidador de idosos ajudar no tratamento. 2.1 Tratamento adequado.. 2.2 Suporte no dia a dia.. 2.3 Orientações básicas.. 2.4 Alimentação e medicamentos bem administrados.. 2.5 Cuidados com a higiene.. 2.6 Aumento da mobilidade física no Parkinson.. 2.7 Momentos de lazer e interação.. 2.8 Amparo emocional.. Quais devem ser as metas da assistência de enfermagem ao cuidar de um paciente com D de Parkinson?O profissional enfermeiro poderá ter como metas melhorar a auto-estima do paciente com parkinson, melhorar a mobilidade física e comunicação e ajudar o Page 18 8 mesmo, bem como, a família com relação ao enfrentamento a ser vivido com o passar do tempo, contribuindo para o bem estar do cliente e de sua família.
|