O que provoca a inversão térmica?

Fenômeno é mais comum no inverno e prende poluentes nas camadas mais baixas da atmosfera. Baixa umidade e ar seco podem atacar vias aéreas e causar prejuízos até ao coração

A Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta: a diminuição da umidade relativa do ar somada à poluição representa um risco à saúde, sobretudo se o valor da umidade estiver abaixo dos 20%. Essa queda na umidade costuma acontecer em dias de inversão térmica, fenômeno metereológico em que uma camada de ar frio é encoberta por uma de ar quente, o que impede a dispersão dos poluentes da atmosfera. Algo que acontece com mais frequência em grandes centros urbanos industriais, e geralmente no inverno. 

O ar que ocupa os primeiros dez quilômetros da atmosfera circula em movimentos verticais. Por causa dos raios solares, a parte mãos próxima da terra é a mais quente, portanto, menos densa. Assim, esse ar quente sobe e leva embora os poluentes que estão soltos na atmosfera. 

Em paralelo, a parte superior do ar, mais densa, acaba descendo, ficando mais próxima da terra. Quando se aproxima de nós, esquenta e aí se mantém o ciclo de ar quente subindo e ar frio descendo. 

Por ser mais leve, o ar quente sobe e dissipa o ar poluído produzido na superfície. Só que a inversão térmica impede esse movimento. O que impede também a circulação do ar frio, mais denso que o quente. Com isso, ele fica preso nas regiões mais próximas da superfície e se mistura ao ar poluído, o que impede sua dissipação. 

Esse processo é muito comum no inverno, época em que as chuvas são mais raras, o que dificulta ainda mais a dispersão dos poluentes. E faz com que uma camada escura de poluição seja perceptível a olho nu nos céus de grandes cidades. 

E aí, a procura por consultórios de otorrinolaringologia aumenta, já que ficam mais evidentes e incômodos os sintomas de garganta irritada, tosse e dificuldades para respirar. O ar seco, causado pela baixa umidade e a poluição, torna a secreção nasal mais espessa. É ela que filtra os microorganismos que prejudicam a saúde. Mais grossa, seu fluxo normal é interrompido, o que deixa o organismo mais vulnerável a infecções como gripe, rinite, faringite, laringite, sinusite, otite e bronquite. 

Hidratação, vaporizantes e olho na pressão arterial

Assim, a melhor prevenção é a hidratação. Beber bastante água, pelo menos dois litros por dia, vai auxiliar a dissolver a secreção mais espessa. Lavar o nariz com soro fisiológico também é outra arma poderosa para evitar o problema. Para isso, é só colocar um pouco de soro na mão devidamente higienizada e inspirar.  Se os sintomas permanecerem, consulte um médico especialista.

Varporizantes ou umidificadores de ar, que ajudam a controlar a umidade do ar em locais fechados, também são uma boa pedida para esses dias de clima mais seco. 

Se puder, evite locais e horários em que a concentração de poluentes é maior, como por exemplo, a hora do rush nas grandes cidades. Nos engarrafamentos, há mais gases poluentes sendo jogados à atmosfera. Evite correr, caminhar, andar de bicicleta ou fazer exercícios ao ar livre perto de vias congestionadas. 

Nesses dias, o ideal, se for possível, é sair dos grandes centros e procurar locais mais distantes – o ar costuma ser menos poluído em cidades pequenas. E se você for hipertenso, saiba que a inversão térmica pode também ser prejudicial ao coração. Assim, mantenha-se bem agasalhado para que sua pressão arterial permaneça em níveis saudáveis. O ideal é monitorar e controlar a pressão nesta época do ano. Faça um check-up com orientações de um cardiologista. 

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A Inversão Térmica é um fenômeno atmosférico responsável pela retenção do ar próximo à superfície em áreas cercadas por serras e montanhas, o que impede ou diminui a circulação dos ventos. Nas grandes cidades, esse fenômeno dificulta a dispersão dos poluentes emitidos pelas fábricas e pelos carros, fazendo com que esses permaneçam “parados”, tornando o ar mais impuro e causando inúmeros problemas respiratórios.

Esse fenômeno é natural, ou seja, existe com ou sem a participação do homem. No entanto, a emissão de poluentes na atmosfera torna-se um problema quando a inversão térmica manifesta-se em espaços geográficos urbanizados.

Para entender como funciona a inversão térmica, é preciso considerar uma premissa básica: o ar quente é mais leve que o ar frio, portanto, o ar quente tende a subir e o ar frio tende sempre a descer.

Quando a superfície aquece o ar em sua volta em função da reflexão dos raios solares, esse ar quente sobe e o ar frio que está mais acima desce, provocando a movimentação dos ventos e contribuindo para a dispersão dos poluentes presentes na atmosfera.

O que provoca a inversão térmica?

O céu da Cidade do México sem inversão térmica

No entanto, em dias frios – mais comuns nas manhãs de inverno –, a superfície não consegue aquecer o ar o suficiente para fazer com que ele suba, formando uma camada de ar quente logo acima dele. Como o ar frio, mais pesado, já se encontra abaixo do ar quente, não há movimentação do ar, diminuindo a circulação dos ventos e impedindo a dispersão dos poluentes.

O que provoca a inversão térmica?

O céu da Cidade do México em dias de inversão térmica

Na cidade de São Paulo, os invernos são conhecidos pelo aumento das taxas de poluição do ar, provocando frequentes problemas respiratórios oriundos desse fenômeno. Pessoas portadoras de doenças como asma, bronquite e enfisema pulmonar tendem a sofrer mais com esse problema. Além disso, a ausência da circulação do ar somada à grande concentração de pessoas nas cidades também contribui para a difusão de vírus e doenças contagiosas.

Em virtude dessas questões, é muito importante que o ser humano condicione a sua vivência no sentido de emitir uma menor quantidade de poluição na atmosfera, pois, nas grandes cidades, esse problema pode ser facilmente sentido e as consequências podem ser graves.


Por Rodolfo Alves Pena
Graduado em Geografia

Quais são as causas da inversão térmica?

Inversão térmica: causas.
dias de inverno;.
emissão de gases poluentes na atmosfera;.
ausência de chuvas;.
queimadas..

Quais as causas e consequências da inversão térmica?

Embora natural, a inversão térmica é potencializada pela ação antrópica. Tendo em vista que esse fenômeno impede a dispersão da poluição, ele resulta no aumento de doenças respiratórias, irritação nos olhos e na pele, alergias e redução da qualidade do ar nas cidades.

Quando ocorre a inversão térmica e quais seus efeitos?

A inversão térmica é um fenômeno natural, potencializado pela ação antrópica, no qual o ar frio fica retido próximo à superfície terrestre. Esse fenômeno é típico de dias mais frios, especialmente nas grandes cidades, onde há uma concentração de poluentes atmosféricos.

Qual é o problema da inversão térmica?

A inversão térmica se torna um problema quando o ar possui altas concentrações de poluentes. A retenção de poluentes na atmosfera pode provocar ou agravar problemas de saúde, principalmente relacionados a doenças respiratórias, como pneumonia, bronquite e asma.