Para que serve a mandioca mansa?

Para que serve a mandioca mansa?


No Brasil há muitas variedades de mandioca. Dentre elas, temos a mandioca de mesa (macaxeira, aipim, mandioca-mansa) e a mandioca tipo indústria (mandioca-brava, mandioca-amarga).


Ambas são bastante semelhantes, o que torna impossível diferenciá-las no campo, por meio da análise visual. Se houver qualquer dúvida, o agricultor deve enviar amostras para exame laboratorial.


Dessa forma, o teor de ácido cianídrico pode ser avaliado. E é isso que diferencia a mandioca de mesa da mandioca-brava.

A mandioca-amarga ou brava possui alto teor de ácido cianídrico (quantidade de linamarina maior que 100 mg/kg), extremamente tóxico ao homem e aos animais. Quando a linamarina sofre a ação de enzimas externas ou existentes na própria raiz, surge o ácido cianídrico, com alto ou baixo grau de toxidade.


A mandioca tipo indústria (brava) deve ser submetida a técnicas de detoxificação (secagem) para ser consumida.
Sendo assim, o processamento industrial da mandioca é necessário, até que se transforme em farinha, polvilho, fécula ou raspa.

Já a mandioca tipo mesa (mansa) é consumida das mais diversas formas: em bolos, biscoitos, pudins, purês, ou simplesmente cozida, frita ou em caldo. Esta variedade não precisa ser processada, pois o seu teor de ácido cianídrico é muito baixo (não tóxico).


Em síntese, no aspecto visual, ambas podem apresentar caules verdes ou rosados, ou pele branca ou rosada, além das folhas e das raízes semelhantes.
Portanto, quem não tiver o histórico da cultura de mandioca, deve fazer uma análise em laboratório.

Por Andréa Oliveira.
Fontes: Globo Rural e Cursos CPT.

Para que serve a mandioca mansa?

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Para que serve a mandioca mansa?

A mandioca é consumida no mundo inteiro, mas principalmente nas regiões tropicais. Tem sido a base alimentar de muitos países em desenvolvimento. No Brasil, o cultivo da mandioca aumentou nos últimos anos e hoje somos o quarto maior produtor global. Naturalmente a mandioca possui compostos cianogênicos, os quais estão presentes na forma de glicosídeos cianogênicos e no Brasil ela é considerada a espécie cianogênica mais importante. A ingestão de altas doses de ácido cianídrico (HCN) ou até mesmo a inalação pode causar danos à saúde.

A mandioca é um alimento rico em fibras, proteínas e excelente fonte de energia, mas ainda é pouco explorada. Mesmo com tantos benefícios a oferecer, tanto nutricional quanto economicamente, ela ainda enfrenta resistência em sua comercialização quando os teores de glicosídeos cianogênicos são conhecidos. Os teores de ácido cianídrico (HCN)  variam no ciclo produtivo da planta e isso gera incerteza nos produtores quanto ao máximo aproveitamento do produto com baixas quantidades de ácido cianídrico.

Vamos entender quantitativamente o quanto este composto é nocivo para nós.

Estudos mostram que doses letais de ácido cianídrico (HCN) são em torno de 10 mg por kg de peso vivo. Em raízes esse teor é um pouco maior. São consideradas como mansas ou de mesas as raízes que apresentam menos de 50 mg de HCN/kg de raiz fresca sem casca; moderadamente venenosas: 50 a 100 mg de HCN/kg de raiz fresca sem casca; e bravas ou venenosas: acima de 100 mg de HCN/kg de raiz fresca sem casca.

Há alguns anos a indústria já conta com métodos de processamento considerados eficazes na redução dos teores de ácido cianídrico nos níveis aceitáveis tornando o alimento seguro para consumo. As populações mais pobres e indígenas que vivem da agricultura de subsistência também dominam técnicas bem antigas de processamento da mandioca, as quais são bem semelhantes.

As etapas envolvidas consistem em imersão em água, ou na volatilização da alfa-hidronitrila, como a maceração, absorção da água, fervura, torrefação ou fermentação das raízes, ou ainda a combinação desses processos. A etapa de maceração combinada com o tempo de exposição em água e temperatura é de extrema importância, pois ela define o ponto crítico de controle relacionado ao teor de compostos cianogênicos. Na fabricação de farinha de mandioca, a temperatura de torrefação também atua como ponto crítico de controle.

Com todas as informações acima, entendemos que para mandioca brava há técnicas de processamento industrial que tornam o alimento seguro para consumo. É muito comum o consumo da mandioca cozida e para essa forma o mais seguro é optar pela mandioca mansa ou de mesa.

Abaixo segue o link https://repositorio.ufba.br/ri/bitstream/ri/8785/1/Daniel%20Costa%20Ferreira.pdf de um trabalho científico bem completo sobre o processamento de mandioca, caso sua curiosade sobre o assunto só aumentou...

Qual a diferença entre a mandioca brava é a mandioca mansa?

A macaxeira também é conhecida como mandioca mansa ou aipim, e possui menos de 50 mg de HCN por kg de raiz fresca sem casca. Já a mandioca, ou mandioca brava, apresenta acima de 100 mg de HCN por kg de raiz fresca sem casca.

Qual o melhor tipo de mandioca para consumo?

Mandioca-mansa (ou de mesa): é a que encontramos em supermercados e feiras e chamamos de aipim, macaxeira etc. Menos fibrosa e de mais fácil cozimento, tem baixo nível de ácido cianídrico e é perfeita para consumo.

O que acontece se eu comer mandioca todos os dias?

A mandioca possui boas quantidades de fibras, compostos que reduzem a absorção de gordura dos alimentos, ajudando a diminuir os níveis de colesterol “ruim”, o LDL, no sangue, prevenindo doenças, como infarto, aterosclerose e derrame.

Para que serve a folha da mandioca mansa?

Complemento alimentar As folhas de mandioca moídas e tostadas podem servir como complemento alimentar, já que são ricas em cálcio e vitamina A. O cálcio presente nesta folha contribui para a melhoria da saúde óssea e a vitamina A é essencial para garantir uma boa visão.