Porque os países em desenvolvimento são considerados emergentes?

5 minutos para ler

O ambiente global de alta liquidez – considerando a “Onda Azul” nos EUA e novos estímulos econômicos no mundo inteiro – podem despertar boas oportunidades de investimento em ativos emergentes, mesmo diante de um cenário desafiador.

Segundo alguns especialistas, as ações de países emergentes se valorizaram, principalmente, devido a alguns fatores: maiores gastos fiscais, política internacional mais estável, dólar mais fraco e juros reais negativos.

Porém há ainda riscos pela frente. Um deles é relacionado ao Covid-19 que segue avançando no mundo, em especial na América Latina. A região possui países com recursos mais limitados para lidar com tal aumento.

Além disso, não podemos deixar de monitorar as chances de uma alta da inflação no mundo. Em um cenário de recuperação global mais rápida que a esperada – principalmente nos EUA – poderia levar a uma revisão nas expectativas de aumento de preços e por consequência, um possível aumento nas taxas de juros reais.

Assim, os países emergentes têm se tornado cada vez mais atrativos no cenário do mercado globalizado, em virtude da desaceleração da economia mundial.

O que é um país emergente?

Os países emergentes são aqueles que não apresentam um nível de desenvolvimento econômico elevado como os países ricos ou desenvolvidos, mas, que estão em crescimento acelerado.

Ademais, esses países também entraram em um processo de industrialização recente e apresentam altas taxas de desenvolvimento econômico.

De acordo com algumas previsões de instituições financeiras, as principais economias em 2030 serão formadas por países que hoje são considerados emergentes.

O Brasil está inserido na lista de países em desenvolvimento. Além disso, a economia brasileira está incluída num grupo conhecido pelo acrônimo de BRICS.

BRICS

Este termo foi batizado em 2001 pelo Goldman Sachs. Inicialmente a sigla contava com quatro países sendo eles: Brasil, Rússia, Índia, China.

Passado alguns anos, a África do Sul foi incorporada ao grupo, formando os BRICS. Trata-se de um acrônimo composto por grandes países emergentes cuja ideia principal é de engajamento internacional e cooperação política e diplomática.

São diversas as características em comum dos BRICS, sendo que as principais são o crescimento acelerado das economias e o aumento nos investimentos internacionais. Atualmente, o grupo representa mais de 21% do PIB mundial, formando o grupo de países que mais crescem no planeta.

Vitória de Biden nos EUA pode favorecer bolsa brasileira

A denominada “Onda Azul” nos EUA, confirmada com a vitória de Joe Biden para a presidência dos EUA, tende a favorecer o mercado brasileiro. Além do nosso mercado, as ações de demais países emergentes seriam, em teoria, beneficiadas por diversos aspectos.

Isto porque Biden se mostra menos protecionista e retoma a agenda da Organização Mundial do Comércio para as tratativas com a China. Logo, a Trade War tende a perder força em 2021 e já reduz a percepção de risco-país para outras economias.

Com menos restrições de ambos os lados, a demanda internacional pode surpreender tanto pela retomada do setor de serviços quanto pelos estímulos fiscais que o congresso democrata nos EUA tende a aprovar.

Dólar fraco: liquidez abundante e perene no mundo

Em resposta à pandemia, o Federal Reserve – FED (Banco Central americano) retomou a política expansionista (quantitative easing) que vinha sendo reduzida de maneira gradual desde meados de 2014.

As novas “doses do remédio” provocaram o enfraquecimento do Índice Dólar (DXY), fortalecendo as moedas emergentes e reduzindo seus respectivos juros de longo prazo. Portanto, a “normalização” da liquidez, quando ocorrer, será um processo gradual e com probabilidade reduzida nos cenários de médio prazo.

Questões internas no Brasil ainda preocupam

Apesar da oportunidade, há questões internas que ainda preocupam: risco fiscal, votação das reformas e questões ambientais – sendo que este último tema é particularmente sensível para o presidente Biden.

O desequilíbrio das contas públicas no Brasil já vem sendo discutido há tempos, porém ganhou mais força durante a pandemia, uma vez que a dívida pública bruta já compromete quase 90% do Produto Interno Bruto (PIB).

Pontos de atenção para se investir em mercados emergentes

Vale destacar algumas recomendações ao investir nos mercados emergentes:

  • Considerar estratégias de volatilidade, oscilações mínimas e de acordo com o perfil de cada investidor;
  • Ajustar o portfólio em mercados emergentes conforme países ou regiões;
  • Considerar uma ampla exposição, porém gerenciando o risco de eventos políticos;
  • Considerar a dívida dos mercados emergentes como possível complemento a um portfólio de ações em mercados emergentes, sempre respeitando o perfil de investidor.

Por isso é necessário procurar o seu assessor de investimentos para uma escolha consciente.

O conteúdo acima exposto possui finalidade meramente informativa/educativa, desta forma não deve ser compreendido como oferta ou recomendação de serviços ou produtos. A One Agentes Autônomos de Investimentos Ltda é uma empresa de agentes autônomos de investimento devidamente registrados na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), na forma da Instrução Normativa nº 497/11.

Ouvidoria BTG Pactual: 0800 722 0045

Por que são considerados países emergentes?

Os países emergentes são um agrupamento de nações de médio desenvolvimento econômico e social. São características desses países a presença de grande mercado consumidor, médio desenvolvimento humano e considerável crescimento econômico.

O que são países desenvolvidos e países emergentes?

Um país desenvolvido é aquele que possui um alto nível de industrialização e renda per capita. Eles apresentam um alto IDH, nível de educação e qualidade de vida. Um país subdesenvolvido é aquele pouco industrializado e tem uma baixa renda per capita.

O que são os emergentes?

Em síntese, os emergentes são aqueles que apresentam um grande potencial de desenvolvimento, mas que ainda precisam lidar com diversos obstáculos. Esse potencial está ligado à renda, nível de industrialização e ao Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do país em questão.