Tiago 25/03/2017 Show 1812 A MARCHA FATAL DE NAPOLEAO RUMO A MOSCOU Para quem gosta de temas voltados a pol�tica externa o capitulo �A guinada para a guerra� � um prato cheio, um autentico mergulho nos bastidores pol�ticos que arrastariam as duas na��es para o conflito. Napole�o, consciente da deteriora��o diplom�tica entre os dois pa�ses, buscou
induzir Alexandre a romper o bloqueio para que este fosse visto como o agressor. Em 31 de dezembro o Czar abriu oficialmente seus portos aos navios americanos e no ver�o de 1811 j� circulavam os boatos de que tropas russas come�avam a se agrupar nas fronteiras. Era o sinal que Napole�o tanto aguardava para mobilizar suas tropas. Para os mais supersticiosos o sinal veio como um cometa, vis�vel a olho nu, que riscou os c�us da Europa na noite de 25 de mar�o de 1811. No contexto de uma gigantesca
guerra iminente um simples fen�meno astrol�gico assumiu contornos de uma profecia: a carnificina estava prestes a come�ar. Marchando em um ritmo de 76 passos por minuto os soldados cobriam uma extens�o de 15 a 35 quil�metros por dia. Era comum ver soldados largar suas forma��es e correr para as margens da estrada arriando as cal�as e sofrendo de dores intensas. O sofrimento da cavalaria foi retratado com brutal realismo no texto: das costas dos cavalos escorria o pus que se acumulava sobre as assaduras criadas pelas celas dos soldados. Os pobres animais
exaustos e enfurecidos pela sede muitas vezes tombavam para n�o mais se levantar. Vespas furiosas por causa do calor se acumulavam aos montes sobre os homens encharcados de suor e cobertos pela poeira amarela que subia das estradas de terra. Um dos piores flagelos, no entanto, era a sede: �Quantas vezes eu n�o me atirei com meu estomago na estrada para beber do rastro dos cavalos um liquido cuja cor amarelada deixa meu estomago enjoado at� hoje.� Contou um dos soldados obrigados a beber urina de
cavalo. Em 14 de agosto Napole�o e seus soldados come�am a percorrer a famosa estrada Minsk-Smolensk. Constru�da por Catarina, a Grande, seria esta a estrada que guardaria as maiores lendas e as maiores trag�dia de toda a campanha. O terceiro grande marco do texto � o inc�ndio de Moscou, episodio que marca o inicio da passividade de Napole�o. O imperador perdeu cinco preciosas semanas nas ru�nas enegrecidas da cidade tentando arrancar do czar um acordo de paz. A essa altura seu gigantesco exercito de aproximadamente 600 mil homens estava reduzido a uma for�a efetiva de apenas 90 mil. Quando Napole�o finalmente decidiu retornar � que os primeiros tra�os do rigoroso inverno come�aram a surgir. Zamoyski preenche dezenas de paginas com um retrato vivo da grand arme descrevendo os uniformes, os armamentos, a log�stica, os tipos de muni��o utilizadas nos canh�es e at� sobre a alimenta��o di�ria dos soldados: 550g de biscoitos, 30g
de arroz, 60g de vegetais desidratados, 240g de carne ou banha de porco, vinho e um pouco de vinagre. Em muitos casos o perigo real n�o eram as tropas inimigas, mas o pr�prio equipamento dos soldados. O mosquete utilizado pelos franceses era uma arma que praticamente n�o havia sofrido nenhuma inova��o no ultimo s�culo. As batalhas mais intensas durante a retirada ocorreram na segunda semana de novembro entre as cidades de Smolensk e Ladi. Miloradovich e Kutuzov fizeram varias tentativas de separar e destruir os exaustos invasores. A descri��o da tentativa de bloqueio da estrada em 2 de novembro pelos russos da inicio a uma serie de narrativas sobre os furiosos combates que ocorreram ao longo da estrada. A retaguarda de Napole�o, formada pelas tropas dos generais Davout e Ney, foram especialmente fustigados pelos canh�es da artilharia russa. Somente em 6 de novembro o inverno russo finalmente mostrou sua for�a: �Aquele dia permaneceria gravado na minha mem�ria. Depois de termos atravessado o Dorogobuzh, come�ou a cair uma chuva muito forte, e comecei a sentir frio; a chuva deu lugar a neve, e em muito pouco tempo o ch�o estava coberto por mais de meio metro de neve� � contou um soldado franc�s. A ca�tica travessia do Berezina marca o fim da campanha, mas n�o do texto em cujas ultimas paginas esta um interessante estudos sobre as baixas sofridas por Napole�o e as conseq��ncias de sua desastrosa campanha para os anos posteriores. AUTOR site: http://cafe-musain.blogspot.com.br/2016/06/1812-marcha-fatal-de-napoleao-rumo.html Quais foram as consequências da Campanha da Rússia para Napoleão Bonaparte?A falta de suprimentos, os ataques surpresas das tropas russas, as doenças e o frio russo dizimaram o exército francês. Dos 600 mil, cerca de 30 mil retornaram com vida para Paris, e o desastre da campanha foi tão grande que deu início à sexta coalizão contra a França.
Qual foi o resultado da campanha militar de Napoleão contra a Rússia em 1812?As tropas que tinham iniciado a campanha na Rússia, já tinha boa parte se perdido pelo caminho, com pequenas batalhas e principalmente doenças, devido a má alimentação e ao clima instável da região, dos aproximadamente 680 mil homens, que foram enviados para a batalha, menos 100 mil conseguiram sair do território russo ...
O que aconteceu após a derrota de Napoleão na guerra contra a Rússia?O exército francês foi embora da Rússia. Muitos soldados franceses acabaram vitimados pelo frio e pela fome. O episódio foi uma grande derrota para a França e fortaleceu a Inglaterra e seus aliados. Em 1814, Napoleão foi obrigado pelos seus inimigos a renunciar e foi exilado na ilha de Elba.
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