Quais foram os fatores que levaram ao surgimento do renascimento na Península Ibérica?

Lista de perguntas sobre o renascimento, retiradas de prova de vestibulares.
Ler artigo Renascimento.

Exercício 11: (Unespar 2017)

O Renascimento italiano pode ser caracterizado:

A)

Por uma sociedade teocêntrica, baseada na produção agrícola, predominantemente alfabetizada e rural;

B)

Por uma visão predominantemente antropocêntrica, com intensas trocas comerciais e cujas obras de arte foram, em boa medida, inspiradas nos modelos da antiguidade clássica;

C)

Por uma contraposição direta à “Idade das Trevas”, sobretudo porque os artistas renascentistas tinham, majoritariamente, aversão ao cristianismo;

D)

Pela inexistência de estudos da anatomia humana, já que essa era uma proibição expressa da Igreja Católica;

E)

Pela invenção da imprensa, ainda no século XV, o que gerou uma sociedade alfabetizada, em sua maioria.


Exercício 12: (Unespar 2016)

O Renascimento foi considerado um marco de renovação artística, filosófica e cultural ocorrida na Europa ocidental, a partir do século XV. Por que as cidades da península itálica foram o berço desse renascimento?

A)

Porque tinham uma das mais fortes economias no final da Idade Média, em contato com o mundo oriental, possibilitando importante intercâmbio cultural. Além disso, possuíam burguesias comerciais que atuavam como mecenas, patrocinando pintores, escultores e arquitetos;

B)

Porque haviam estabelecido intenso comércio com o continente americano, o que enriqueceu a burguesia comercial que passou a investir no movimento cultural que surgia naquele momento, especialmente no campo da literatura, pintura e arquitetura;

C)

Porque receberam grande fluxo migratório de diversos Estados a partir do século XV, especialmente da Alemanha, o que possibilitou o surgimento de um movimento de renovação cultural e que teve maior representação nas artes com artistas como Leonardo da Vinci e Michelangelo;

D)

Porque haviam sido atingidas com menor intensidade pela peste negra que havia se alastrado pela maior parte das cidades europeias, por esse motivo as cidades italianas conseguiram a manutenção da estabilidade econômica e desenvolveram estratégias de atração populacional, garantindo uma diversidade e renovação cultural;

E)

Porque haviam desenvolvido técnicas agrícolas inovadoras, permitindo com que o território italiano fosse conhecido como um “celeiro de alimentos”, o que permitiu maior estruturação das cidades italianas e um crescimento populacional, atraindo pessoas das mais diversas regiões do planeta com suas diferenças culturais, impactando no que passou a ser conhecido como renascimento italiano.


Exercício 13: (UDESC 2020/1)

Observe a imagem a seguir:

Quais foram os fatores que levaram ao surgimento do renascimento na Península Ibérica?

Disponível em https://www.historiadasartes.com/sala-dos-professores/o-homem-vitruviano-leonardo-da-vinci/, acesso em outubro/2019.

A imagem "O homem vitruviano", criada por Leonardo da Vinci, em fins do século XV, exprime algumas das características do movimento conhecido como Renascimento.

A respeito do movimento renascentista, analise as proposições.

I. O Humanismo foi um dos principais fundamentos do Renascimento. Preconizava que o homem deveria ser valorizado como centro do mundo e da história, e tinha por inspiração a Antiguidade Clássica.

II. Conforme pode-se observar na imagem, é marcante a valorização da produção artística e intelectual do Oriente, marcadamente do Egito, pela centralidade que delegavam à Bíblia e ao catolicismo primitivo.

III. O Renascimento, ao anteceder a Baixa Idade Média, promoveu uma sorte de divinização do ser humano, conforme pode-se observar na imagem de da Vinci.

Assinale a alternativa correta.

A)

Somente a afirmativa I é verdadeira.

B)

Somente a afirmativa II é verdadeira.

C)

Somente a afirmativa III é verdadeira.

D)

Somente as afirmativas I e II são verdadeiras.

E)

Somente as afirmativas II e III são verdadeiras.


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A Europa ocidental sofreu grandes transformações econômicas e sociais entre os séculos 11 e 14. Pouco a pouco, desmoronou o sistema feudal que vigorou no continente ao longo de quase toda a Idade Média. Para isso, entre outros fatores, contribuíram as Cruzadas, que foram expedições militares patrocinadas pela Igreja católica e organizadas pela cristandade medieval para libertar Jerusalém do domínio muçulmano.

As Cruzadas ocorreram entre os anos de 1096 e 1270 e conduziram a Europa a um momento de renascimento comercial: ao voltarem das batalhas em terras orientais, os cruzados traziam consigo produtos de luxo, como tapetes persas, porcelanas chinesas, tecidos finos ou especiarias (temperos como cravo, canela e pimenta), que atraíam a população europeia, que já não conhecia esses requintes.

Por haverem estabelecido feitorias nessas regiões mais afastadas, os europeus abriram um novo eixo comercial ligando o Ocidente ao Oriente. As principais rotas de comércio eram feitas pelo mar Mediterrâneo e estavam sob o controle de cidades como Gênova, Veneza, Pisa, Constantinopla, Barcelona e Marselha. No mar Báltico e no mar do Norte, o domínio ficava por conta de cidades como Hamburgo, Bremen e pela região de Flandres (Países Baixos).

Burgos e burgueses

Graças a essa retomada do comércio, muitos europeus deixaram o campo e foram viver dentro dos burgos - vilas fortificadas com muralhas, construídas entre os séculos 9 e 10 e posteriormente abandonadas -, onde esperavam encontrar melhores condições de vida. Em pouco tempo, contudo, esses lugares tomaram-se pequenos e as pessoas viram-se obrigadas a se instalar do lado de fora de suas muralhas.

Essa população, formada principalmente por artesãos, operários e comerciantes, acabou dando origem a novos burgos em vários pontos da Europa. Seus habitantes, por oposição aos nobres que viviam em castelos, ficaram conhecidos como burgueses. Com o tempo, os centros urbanos tomaram-se mais importantes que as regiões rurais. Os negócios ali aumentaram, os artesãos abriram suas próprias oficinas, comerciantes passaram a organizar feiras nas quais vendiam seus produtos.

O dinheiro

Por essa razão, o uso de moedas tornou-se essencial, substituindo o escambo ou troca de mercadorias. Isso possibilitou o aparecimento das primeiras casas bancárias, responsáveis pelas operações de câmbio e empréstimos a juros. Toda essa dinâmica fez com que o dinheiro passasse a ganhar importância e a terra e a produção agropecuária deixasse de ser a base da riqueza na Europa.

Gradativamente, os mercadores e banqueiros, cada vez mais ricos, conquistavam maior status social e passaram a ansiar pelo poder político. A burguesia ganhava prestígio e aproximava-se dos reis, emprestando-lhes dinheiro em troca de medidas políticas favoráveis ao comércio. Ao mesmo tempo, os senhores feudais viam-se envolvidos em dívidas, muitas delas decorrentes das altas despesas com as Cruzadas.

Humanismo

Além de empreendimentos comerciais, o maior contato entre os burgueses e os monarcas financiou o surgimento de novas universidades. Com a expansão comercial tomou-se necessário encontrar pessoas que entendessem de direito e comércio. A difusão do conhecimento deixou de ser algo exclusivo da Igreja católica - voltado para assuntos teológicos ou religiosos -, e o ensino tomou-se laico, voltado cada vez mais para questões mundanas.

Desse modo, o homem passou a se preocupar mais com as coisas terrenas do que com as espirituais. As aulas voltavam-se para os textos clássicos, principalmente os dos gregos e romanos, e as atenções dos estudiosos dirigiam-se a diversas áreas do saber e das artes. Iniciava-se o Humanismo, movimento cultural que viria a influenciar a Europa por quase três séculos. Até então hegemônico, o pensamento da Igreja passou a ser questionado por religiosos e filósofos leigos.

Guerra, fome e peste

Todo esse crescimento, no entanto, sofreu um forte golpe no século 14, quando a Europa entrou em crise. Mudanças climáticas geraram um grave colapso no abastecimento agrícola. Apesar dos diversos avanços tecnológicos verificados no campo - como a invenção da charrua, da ferradura, a difusão dos moinhos de vento -, as safras não eram suficientes para toda a população europeia - que duplicara entre os anos 1000 e 1300. Milhares de pessoas passaram a conviver com o problema da fome.

Entre 1346 e 1352, para piorar esse quadro, o continente foi assolado pela Peste Negra, uma epidemia decorrente das péssimas condições de higiene das cidades, que matou cerca de 30 milhões de pessoas, mais de um terço da população europeia. A situação ficou ainda mais grave depois que a nobreza da França e Inglaterra deram início à chamada

Guerra dos Cem Anos

, conflito que se estendeu de 1337 a 1453 provocando grande número de mortos em ambos os países. Outras guerras ocorreram também na Península ibérica, na Itália e na Alemanha.

Mercantilismo ou capitalismo comercial

Em meio a essa situação de fome, doenças, guerras e mortes, as camadas mais baixas da população sofriam também com a elevada carga de trabalho e com os altos impostos cobrados pelos reis. Todos esses fatores provocaram diversas rebeliões populares em vários pontos da Europa. Fugindo da exploração, novas levas de servos abandonaram os feudos e dirigiram-se para as cidades, onde passaram a trabalhar como assalariados.

A ascensão da burguesia, a expansão do comércio, o aparecimento da mão-de-obra assalariada, aliados ao fortalecimento do poder real - e a consequente formação dos Estados nacionais -, foram fatores que abalaram de vez a estrutura feudal da Europa e provocaram o fim desse sistema no continente. No século 15, os europeus já viviam sob uma nova ordem socioeconômica: o capitalismo comercial.

Essas transformações políticas, sociais, econômicas e religiosas marcaram a passagem da Idade Média para a Idade Moderna e produziram reflexos também no campo cultural, em especial das artes plásticas e da arquitetura. Todo esse processo de renovação e revigoramento cultural também recebe o nome de Renascimento.

Quais foram os fatores que levaram ao surgimento do Renascimento?

A queda de Constantinopla, a chegada dos povos bizantinos na Itália e o desenvolvimento de uma cultura clássica foram os elementos que contribuíram para o surgimento do renascimento. Aliado a isso, estava o passado cultural rico de Roma que os italianos do período renascentista tentavam reviver.

Quais foram os fatores que levaram ao surgimento do Renascimento da península italiana?

O desenvolvimento do Renascimento na Itália foi favorecido pelo importante crescimento comercial e urbano que ocorreu em várias cidades do norte da Itália a partir do século XIV.

O que favoreceu o surgimento do Renascimento na Península Itálica?

As condições que favoreceram o início do Renascimento na Itália foram a tradição comercial das cidades de Veneza, Gênova, Florença, entre outras, com o comércio de especiarias, de modo que os mercadores das mesmas já o vinham praticando via Mar Mediterrâneo desde o final da Idade Média.

Por que a península foi importante para o Renascimento?

Por que as cidades da península itálica foram o berço desse renascimento? Porque tinham uma das mais fortes economias no final da Idade Média, em contato com o mundo oriental, possibilitando importante intercâmbio cultural.