Quais são as principais indústrias da região Sul

A Região Sul é a segunda mais industrializada do Brasil, atrás apenas do Sudeste. O desenvolvimento de pequenas unidades agrícolas familiares deu origem a pequenas e médias indústrias. Inicialmente ligadas ao setor de transformação e beneficiamento de produtos primários, elas passaram a se associar às indústrias metalúrgicas e de máquinas agrícolas. 

Além de um parque industrial diversificado, o Sul conta com boas condições de infraestrutura — como rodovias e ferrovias — e fontes de energia, que favorecem seu desenvolvimento. Destacam-­se os setores metalúrgico, alimentício, calçadista, têxtil e de bebidas. 

Também contribui para o desenvolvimento industrial da Região Sul a proximidade com o grande mercado consumidor do Sudeste, o que gera integração entre as duas regiões.

Áreas de concentração industrial

As áreas de maior concentração industrial do Sul são a região metropolitana de Porto Alegre e a região metropolitana de Curitiba, que apresentam grande mercado consumidor, mão de obra qualificada e polos industriais bastante diversificados. 

No Rio Grande do Sul, os municípios de Caxias do Sul e Rio Grande se destacam pelo forte crescimento industrial com base na produção de óleos vegetais, no refino do petróleo e na fabricação de fertilizantes. 

No Paraná, os municípios de Londrina, Maringá, Cianorte, Ponta Grossa e Foz do Iguaçu são outros importantes centros industriais da Região Sul. 

No estado de Santa Catarina, as atividades econômicas se concentram nas cidades de Joinville, Blumenau, Jaraguá do Sul, Gaspar e Brusque. 

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A economia do Sul do Brasil forma-se essencialmente a partir dos seguintes setores: indústria, comércio e serviços, agropecuária e extrativismo. O território que forma o Sul é composto pelos estados do Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. De acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em 2018 esta região contabilizou PIB (Produto Interno Bruto) de R$ 1.195.550.000, com PIB per capta de R$ 40.181.

A atividade da pecuária é responsável por ocupar grande parte do território da região Sul do Brasil. No entanto, nesta localidade do país, o segmento economicamente mais notável é o da agricultura, que também gera milhares de postos de trabalho anualmente. O setor agrícola da região tem as seguintes características:

Monocultura

Este tipo de atividade agrícola refere-se às grandes propriedades. Incide sobremaneira na região norte do Paraná, em que há o predomínio da cultura comercial de café, trigo, laranja, soja, cana-de-açúcar e algodão. Já nas áreas de campos localizadas no Rio Grande do Sul ocorre o cultivo de arroz, soja e, em menor número, trigo. De acordo com dados da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), os produtos de maior destaque produtivo da região Sul são: erva-mate, feijão, mandioca, cana-de-açúcar, maçã, uva, tabaco, arroz, trigo, milho e soja.

Policultura

A policultura na região Sul funciona a partir da pequena propriedade gerida por famílias, ou seja, a agricultura familiar. Este tipo de atividade agrícola na localidade tem suas origens no movimento de imigração europeu, primeiramente com a presença de alemães ocupando as regiões de florestas, e depois com a presença dos italianos na serra gaúcha. Os principais produtos são: fumo, laranja, maçã, batata, mandioca, feijão e milho.

De acordo com o IBGE, em 2020 a região Sul do Brasil foi responsável pela produção de 32% do total no segmento de oleaginosas, leguminosas e cereais. A atividade neste segmento acumulou 77,2 milhões de toneladas, sendo o Paraná responsável por 14% da produção nacional, seguido pelo Rio Grande do Sul, com 14,3%.

O estado que mais produz tabaco no Brasil é o Rio Grande do Sul, impulsionando a atividade no país, notadamente o maior exportador em escala mundial. Além disso, o Rio Grande do Sul produz mais de 70% do arroz do mercado nacional. Somente em 2020, o estado chegou à marca de 7,3 milhões de toneladas, seguido por Santa Catarina, com 1,1 milhão.

Indústria

Segunda região com o maior índice de atividade industrial do Brasil, o Sul apresenta segmentos de indústria química, siderúrgica, de bebidas, couro, produtos alimentícios, têxteis, entre outras de menor expressão. Em Curitiba destacam-se as madeireiras e as metalúrgicas, além das fábricas de alimentos, indústrias automobilísticas e químicas. Outras cidades do Sul que apresentam grande destaque neste setor são: Chapecó, Joinville, Blumenau, Lages, Londrina, Pelotas e Caxias do Sul.

Em Santa Catarina, a Grande Florianópolis tem destaque nos segmentos de tecnologia, construção civil e serviços. A região norte do estado é o polo da tecnologia, setores metalomecânico e moveleiro. A área oeste apresenta larga produtividade no segmento de imóveis e no alimentício. No Planalto Serrano o predomínio é de indústrias de celulose, papel e madeireiras. No sul de Santa Catarina o destaque é direcionado aos setores de cerâmica, carbonífero, plásticos descartáveis e de vestuário. O Vale do Itajaí é uma região com forte indústria de vestuário, tecnologia, naval e têxtil.

Riquezas naturais

Ao contrário de outras regiões brasileiras, o Sul não dispõe de grande variedade em recursos naturais. Isso ocorre devido à formação de sua estrutura geológica. Porém, o Rio Grande do Sul apresenta grande quantidade de cobre, e o Paraná é rico em chumbo. Mas o maior destaque de riquezas minerais está em Santa Catarina, estado que concentra alto índice de carvão em pedra, elemento importante devido à sua utilização na siderurgia e nas usinas termoelétricas, setores chave para o abastecimento energético.

Ocorre com ênfase na mata das araucárias, que tem como principais características a homogeneidade e facilidade para acesso, tornando mais fácil a transformação de seus recursos. Destacam-se como principais produtos deste segmento o cedro, a imbuia e o pinheiro-do-Paraná, utilizados nas fábricas de celulose e papel, além das serrarias. Outro destaque deste setor é a erva-mate.

Pecuária de corte

Com pastagens ocupando áreas extensas na região Sul, a prática da pecuária de corte extensiva é impulsionada pela criação de gado dentro do sistema de grande propriedade. Após o crescimento do consumo devido ao aumento populacional, surgiram também os frigoríficos na região, com destaque no setor da pecuária leiteira.

Turismo

No setor de turismo, locais bastante procurados da região Sul são: Cataratas do Iguaçu, Balneário Camboriú, Beto Carrero World, Jardim Botânico de Londrina, Rota de carro de Florianópolis a São Pedro de Alcântara, São Miguel das Missões, Vale Europeu, Ilha do Mel, Garopaba, entre outros.

  • Economia do Brasil
  • Economia do Sudeste
  • Economia do Centro-Oeste
  • Economia do Norte
  • Economia do Nordeste

Fontes:

BAER, Werner. A Economia Brasileira. São Paulo: Nobel, 1996, 416p.

https://www.paranacooperativo.coop.br/ppc/index.php/sistema-ocepar/comunicacao/2011-12-07-11-06-29/ultimas-noticias/122983-economia-sul-se-destaca-e-cresce-mais-que-media-do-pais

https://www.embrapa.br/memoria-embrapa/regiao-sul

https://www.sc.gov.br/conhecasc/economia

https://guiadonomadedigital.com/pontos-turisticos-da-regiao-sul/

https://www.ibge.gov.br/explica/pib.php

Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/geografia/economia-do-sul/

Quais as indústrias da Região Sul?

Industrialização. Grandes indústrias estão instaladas na Região Sul do Brasil, entre elas, a Vivo e a Renault no Paraná; a Bunge Alimentos, a Sadia, a Brasil Foodes, a Weg e a Hering, em Santa Catarina e a Refap e a Renner no Rio Grande do Sul.

Quais são as maiores indústrias da Região Sul?

Catarinenses lideram ranking das 500 Maiores do Sul.

Quais os principais centros industriais da Região Sul?

Região Sul A capital Porto Alegre é o maior destaque do Estado como centro poli-industrial, e como centros periféricos destacam-se Esteio, Canoas, Gravataí. Além desses, outras cidades ganham destaque, como: Caxias, Novo Hamburgo e Pelotas.

Quais são as principais atividades econômicas da Região Sul?

A economia da Região Sul do Brasil é distribuída nos setores de agropecuária, extrativismo, indústria, comércio e serviços. A região é responsável por 16,2% do PIB (Produto Interno Bruto Nacional), segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).