Qual a diferença da dieta enteral e parenteral

Os pacientes hospitalizados apresentam grandes dificuldades para manter um estado nutricional adequado. Segundo a Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral, cerca de 30% destes pacientes tornam-se desnutridos nas primeiras 48 horas de internação.

Até o sétimo dia internado, esse percentual pode chegar a 45%, principalmente entre acometidos por infecções graves, traumatismos ou pacientes recém-operados. Mas, como a nutrição enteral e parenteral pode ajudar nesses casos? Nós vamos explicar no restante deste artigo!

Terapia Nutricional como solução da desnutrição

Um dos efeitos da desnutrição é a perda de massa magra, que eleva o risco de infecção, diminui a cicatrização e aumenta o risco de mortalidade. Para evitar esse quadro, normalizar a síntese proteica, atingir o equilíbrio nitrogenado e, enfim, recuperar o estado nutricional do paciente, as equipes multidisciplinares recorrem à terapia nutricional (TN).

Na terapia nutricional, dietas para fins especiais são administradas através da boca, sonda nasal ou ostomias (estômago, intestinos), o que configura a chamada nutrição enteral (NE). Porém, quando a passagem do alimento pelo aparelho digestório não pode ser realizada, a terapia parenteral (TP/NP) apresenta-se como alternativa, utilizando a via intravenosa para administração do alimento em forma de solução especial parenteral.

‘’A enteral é composta por nutrientes que necessitam passar pelos processos de digestão e absorção para serem utilizados pelo organismo. Já a parenteral contém nutrientes prontos para serem utilizados pelo organismo’’, explica a nutricionista Érica Serra, do Departamento Científico da Prodiet Medical Nutrition.

Ambas possuem basicamente o mesmo objetivo, que é o de nutrir o paciente, a fim de prevenir ou tratar casos de desnutrição e suas complicações.

Importante dizer que a terapia nutricional e o tipo de administração são prescritos por médicos e nutricionistas de acordo com critérios como quadro clínico, idade, riscos de complicação e tempo previsto para a terapia.

Cabe ao profissional de saúde avaliar a melhor opção para cada paciente. A utilização da nutrição enteral ou parenteral de forma apropriada se torna um importante instrumento para a recuperação do indivíduo.

Nutrição Enteral x Nutrição Parenteral

Para não haver nenhuma dúvida, vamos mostrar um comparativo entre os dois tipos de terapia nutricional, para você entender claramente e com detalhes. Confira:

Nutrição Enteral

É um tipo especial de alimentação utilizada para complementar a alimentação convencional ou substituir as refeições de um indivíduo que:

  • apresente risco nutricional ou algum grau de desnutrição;
  • apresente incapacidade de se alimentar via oral;
  • apresente o trato digestivo funcionante;
  • apresente algum problema no processo de digestão ou absorção de nutrientes;
  • apresente alguma necessidade especial devido à patologia (como diabetes, insuficiência renal e oncologia, entre outras)

‘’A preferência é sempre pela via oral. Caso não seja possível nutrir o paciente dessa forma, a segunda opção é por sonda’’, explica a nutricionista Érica Serra.

Nutrição Parenteral

É a oferta de nutrientes pela via intravenosa (pela veia) em um paciente que:

  • apresente risco nutricional ou algum grau de desnutrição;
  • apresente o trato digestivo não funcionante;
  • apresente traumas graves que impossibilitem a alimentação via oral ou via sonda;
  • apresente estado hemodinâmico estável, ou seja, a circulação de sangue normalizada.

E a bomba de infusão, qual a sua importância?

As bombas de infusão trazem benefícios ao ambiente hospitalar, pois possibilitam a administração automatizada de fluidos, como medicamentos e nutrição, em volumes muito pequenos, de maneira precisa e programada.

Elas têm papel crucial em determinados casos clínicos, em que o paciente precisa de medicamentos em um ritmo mais controlado.

Para atender a dieta enteral ou parenteral, existem bombas de infusão específicas para atender essas dietas.

A Bomba de Infusão Enteral é uma bomba eletrônica que fornece dieta enteral e medicamentos diretamente no trato digestivo do paciente, com controle preciso do tempo e da quantidade correta que é precisa ser administrada ao longo do dia.

Já a Bomba de Infusão Parenteral é um dispositivo eletromecânico capaz de gerar, monitorar e controlar o fluxo de um dado fluido a pressões superiores à do sangue no local da infusão.

É muito importante lembrar: a escolha entre a terapia enteral ou parenteral é uma decisão da equipe multidisciplinar, que leva em consideração diversos fatores, sem o principal a condição clínica de cada paciente.

Se você ainda tiver alguma dúvida ou precisar de mais informações sobre o assunto, é só clicar no link abaixo e falar com a nossa equipe.

linktr.ee/alveolarsaude

Fontes: Universidade Federal de Goiás (UFG) e Prodiet Medical Nutrition

Qual a diferença entre alimentação enteral e parenteral?

Então, a principal diferença entre a nutrição enteral e parenteral é que a enteral recebe uma alimentação líquida processada pelo gastrointestinal enquanto que a parenteral recebe a nutrição líquida processada pela veia.

Qual a diferença da dieta enteral?

Lembrando sobre a Dieta Enteral A Dieta Enteral é uma forma líquida de tratamento nutricional utilizada quando o paciente não pode ingerir sólidos por via oral. Nessa dieta todos os nutrientes que podem ser obtidos através da alimentação sólida são mantidos na alimentação líquida.

Qual a indicação de dieta enteral e parenteral?

5.4 Indicação da Terapia Nutricional Enteral e Parenteral A indicação de nutrição enteral (NE) deve estar associada ao funcionamento do trato gastrointestinal (TGI) + ingestão via oral (IVO) insuficiente + grau de desnutrição/ catabolismo/percentual de perda de peso e presença de disfagia.

Como funciona a dieta parenteral?

A nutrição parenteral é, por definição, administrada por via intravenosa. A nutrição parenteral parcial fornece somente parte das necessidades nutricionais diárias, suplementando a ingestão oral. Muitos pacientes hospitalizados recebem glicose ou soluções de aminoácidos por esse método.