Dia 1ª de setembro é dia do Profissional de Educação Física. Vamos conhecer um pouco mais sobre esta profissão e a atuação na área da saúde? Show
Publicado em 01/09/2020 08h45 Atualizado em 01/09/2020 09h37 Por Kim Mileski, profissional de Educação Física do CHC-UFPR Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), “Saúde é um estado completo de bem-estar físico, mental ou social e NÃO SOMENTE a ausência de doenças”. Considerando o atual conceito de saúde, não é possível ser saudável sem praticar atividades físicas regularmente. O exercício físico é comprovadamente um medicamento poderoso, uma pílula polivalente capaz de prevenir e tratar doenças como diabetes, hipertensão arterial, hipercolesterolemia, doenças osteomusculares, transtornos de ansiedade e depressão, entre outros. Uma pesquisa recente realizada no Brasil demonstrou, inclusive, que o hormônio que é produzido pelo tecido muscular após a prática de exercícios físicos, a irisina, tem um efeito positivo na expressão de múltiplos genes que são alvos terapêuticos importantes no tratamento da CoViD-19. Fazer atividades físicas é uma necessidade fisiológica diária como comer, dormir, ir ao banheiro. Se você não faz, o corpo reclama. Mas quanto precisamos tomar deste remédio? De acordo com Colégio Americano de Medicina do Esporte, a dose mínima geral recomendada é de pelo menos 150 minutos de atividade física de intensidade moderada por semana. O Profissional de Educação Física nos hospitais Os hospitais da Rede Ebserh contam hoje com 43 profissionais espalhados pelo país e entre suas competências está a prescrição de exercícios físicos. Nos hospitais universitários, os PEFs trabalham em equipes multiprofissionais assistenciais exercendo atividades nos mais variados contextos, como por exemplo: reabilitação cardíaca e pulmonar, recuperação de pacientes após cirurgia bariátrica, na avaliação de pacientes da pediatria, na recuperação de pacientes com doenças renais, nos cuidados com a saúde do trabalhador, entre outros. De acordo com aa resolução nº 391 (26 de agosto de 2020) do Conselho Federal de Educação Física estabelece que, entre outras coisas, o Profissional de Educação Física “possui formação para intervir em contextos hospitalares, em níveis de atenção primária, secundária e/ou terciária em saúde", podendo "atuar em toda e qualquer área da atenção à saúde, às quais se reconhecem os benefícios da atividade física e do exercício físico”. Aqui no CHC-UFPR, devido a pandemia, realiza-se atendimentos online para prescrição de exercícios físicos. Caso você tenha interesse em ser atendido, entre em contato com o SOST através do ramal 7918 para mais informações. A atuação do educador físico na medicina preventiva é fundamental para o bom resultado de inúmeras iniciativas de prevenção e promoção da saúde, em especial aquelas que envolvem o condicionamento físico dos beneficiários. A promoção da atividade física é essencial para combater o sedentarismo e a obesidade, dois dos principais fatores de risco para diabetes, hipertensão e doenças cardiovasculares. Dessa forma, dentro de uma equipe multidisciplinar de profissionais de saúde, cabe ao educador físico orientar a prática de atividades físicas respeitando características individuais e os limites de cada um. Além das atividades práticas, o profissional de Educação Física também pode atuar em ações educativas e na avaliação de diversos indicadores de capacidade física, incluindo a aferição da pressão arterial. Confira a seguir as principais funções do educador físico na medicina preventiva: 1. Orientação para a prática de atividades físicasOs benefícios da prática regular de exercícios são amplamente conhecidos pelos profissionais de saúde. Mas as operadoras precisam ter cuidado ao promover atividades físicas a seus beneficiários, pois se exercitar de maneira incorreta e sem orientação pode acabar agravando alguns problemas ao invés de ajudar. Cada pessoa tem características fisiológicas diferentes, que devem ser respeitadas ao indicar a prática de qualquer exercício físico. E somente um profissional de Educação Física está preparado para dar esse tipo de orientação. O educador físico deve ser capaz de adequar de forma segura a relação risco/benefício do exercício, sugerindo atividades físicas de acordo com a faixa etária e as condições de saúde de cada paciente. Nesse contexto, a atuação do profissional pode se dar de diferentes formas: seja ensinando a forma correta de fazer exercícios em uma academia ou mesmo orientando atividades de alongamento para idosos ou pessoas em recuperação pós-cirúrgica. 2. Avaliação da capacidade físicaUma das funções do educador físico na medicina preventiva é fazer a avaliação da capacidade física do beneficiário, para que possa ser indicado o tipo de atividade mais adequada (e segura) para cada caso. Cabe ao profissional de Educação Física medir a composição corporal (massa magra, massa gorda, água corporal, percentual de gordura), a bioimpedância,o índice de massa corpórea, a relação cintura/quadril, a taxa metabólica basal, a flexibilidade, a força muscular, a capacidade cardiopulmonar, as pressões arteriais, a frequência cardíaca, entre outros indicadores. Além de avaliar a forma física, o profissional deve acompanhar a evolução dos seus indicadores ao longo do tempo para poder atingir objetivos de forma segura e saudável, respeitando as limitações do indivíduo. Reunindo todas estas informações é possível ter um retrato fiel da capacidade física de cada pessoa e, a partir daí, orientar e/ou prescrever um programa de atividades e exercícios adequado às suas necessidades. 3. Palestras e ações de educação em saúdeComo a formação em Educação Física é muito voltada à atuação no campo da Educação, os profissionais dessa área têm noções de técnicas pedagógicas e conhecem algumas metodologias de ensino-aprendizagem que os profissionais da área de saúde não dominam. Isso os torna extremamente capacitados para fazer palestras, cursos e outras atividades que envolvam conscientização e educação. A ideia é usar essa capacidade de comunicação e a energia característica do educador físico para difundir a prática da atividade física de forma eficiente e segura. 4. Coordenar grupos de caminhada e corridaUma atividade que costuma obter um bom engajamento por parte dos beneficiários é promover encontros periódicos para a prática de caminhada ou corrida. Nesses casos, a participação do educador físico é o diferencial que separa uma simples “corridinha com os amigos” de uma atividade supervisionada por um profissional capacitado. Desenvolver o hábito de caminhar é algo indicado para todas as idades. E com o acompanhamento adequado, além de evitar excessos, é possível otimizar os benefícios da caminhada para a saúde. A corrida, por sua vez, é uma atividade mais intensa. Por isso deve ser praticada somente sob a orientação de um educador físico, principalmente quando envolve pessoas envolvidas em algum tratamento de saúde. 5. Atuar em programas de ginástica laboralOutra função importante do educador físico na medicina preventiva é nos programas de ginástica laboral em empresas. Sua participação é fundamental tanto na promoção de atividades práticas quanto em palestras sobre saúde e ergonomia no ambiente de trabalho. Cabe a esse profissional orientar sessões de alongamento e exercícios periódicos com o objetivo de promover a saúde e prevenir a ocorrência de casos de Lesão por Esforço Repetitivo (LER) e Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT). Nas atividades educativas, podem ser abordados temas como reeducação postural e alívio de estresse no ambiente de trabalho, sempre de acordo com as necessidades da área profissional em foco no programa. Integração é essencial para o sucesso do educador físico na medicina preventivaUma última observação que consideramos importante para garantir a boa atuação do profissional de Educação Física nas ações de medicina preventiva é a sua integração com o restante da equipe. Nesse sentido, é preciso haver um esforço por parte do gestor destes programas para que a equipe seja realmente interdisciplinar e consiga trocar impressões e informações entre si, para o benefício dos pacientes e da própria operadora. É preciso evitar que o educador físico trabalhe isolado, desintegrado do trabalho geral realizado pela equipe. Seguindo essas orientações básicas, o gestor de saúde pode avaliar melhor a atuação do educador físico na medicina preventiva e utilizar os serviços este profissional da forma mais proveitosa possível. Qual o papel do profissional de Educação Física na saúde?O profissional de educação física é capacitado para intervir através da prevenção, promoção e reabilitação da saúde por meio da educação, oferecimento de eventos, lazer e esportes, desempenhando deste modo, atividades muito importantes no âmbito da saúde coletiva. Conforme Mendes et al.
Qual ações o professor de Educação Física pode desenvolver para contribuir na promoção da saúde?Esse profissional, em conjunto com outros da área da saúde, é capaz de desenvolver ações de prevenção, proteção e recuperação da saúde, proporcionando práticas de vida saudável, dando suporte ao processo como um todo, facilitando o êxito do trabalho proposto pelos programas do governo que objetivam uma boa qualidade de ...
Qual é o papel do profissional de Educação Física na área hospitalar?Nos hospitais universitários, os PEFs trabalham em equipes multiprofissionais assistenciais exercendo atividades nos mais variados contextos, como por exemplo: reabilitação cardíaca e pulmonar, recuperação de pacientes após cirurgia bariátrica, na avaliação de pacientes da pediatria, na recuperação de pacientes com ...
Qual a importância do profissional de Educação Física na atenção primária a saúde?O Profissional de Educação Física, em 2008, foi incluído no Núcleo de Apoio a Saúde da Família, passando a trabalhar de forma direta no Sistema Único de Saúde, atuando na Atenção Básica para promover ações que proporcionem qualidade de vida e diminuição da vulnerabilidade para a população.
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