Qual a profissao mais antiga do mundo

Crónicas d.C.
Há um mundo antes, durante e depois do novo corona vírus. A comunidade organiza-se, a sociedade reinventa-se e a economia treme. Entre manifestações comoventes de humanismo e vestígios desoladores de um certo “salve-se quem puder”, tudo parece indicar que testemunhamos um momento histórico com poder para reformular o modo como vivemos. É, portanto, tempo de observar, antecipar e repensar a realidade d.C (depois de Corona), no sentido de garantir que saímos desta crise para um mundo melhor.

Voltamos ao confinamento. Apesar de tudo, a civilidade das longas filas para o voto antecipado trouxe ao fim-de-semana um sorriso nos lábios, vermelhos como o batom. Enquanto o fantasma da abstenção tira o sono aos democratas convictos, a classe governante enfrenta um dos maiores desafios de que há memória – a pandemia -, ao mesmo tempo que lida com outro enorme problema: uma tendência de descrédito total da atividade política. Em Portugal, como no mundo, ganha terreno um discurso que desvaloriza a política e os políticos, promove um clima de suspeição conspiratória e condena uma classe inteira pelos erros de uma minoria criminosa e corrupta. Esta pode ser a opinião mais impopular do momento, mas é tempo de contrariar esse ceticismo. Ressuscitar a confiança na democracia passa por elevar o escrutínio e a vigilância, reforçando a justiça, como passa por dignificar coletivamente aquele que é um dos mais nobres desígnios da Humanidade: a política.

Uma frase que comece por “os políticos” raramente acaba bem. Da mesa dos cafés às caixas de comentários, a concepção generalizada é a de que “os políticos” são um grupo distante de seres, de uma espécie à parte, que se passeia por aí, diz umas coisas, corta umas fitas e vive à grande. Mas porquê, se é óbvio que a realidade não é esta?

Tudo começa na distância. O cidadão comum sente-se a milhas da política – tanto por falta de interesse próprio, como por incapacidade da governação de se aproximar dele – e esse afastamento é um tapete estendido que, da incompreensão, conduz à desconfiança. O coração não confia naquilo que o cérebro não entende. É humano. Para piorar, a História está minada de casos em que o poder é corrompido por criminosos que se servem dele em benefício próprio. Portugal sabe-o bem, infelizmente, e a justiça está atrasada. Com a ineficácia da justiça, está semeado um sentimento de roubo, desilusão, impunidade e injustiça, que funciona como acendalha para o discurso destrutivo. Enquanto a Justiça não separar o trigo do joio, os dignos dos criminosos, os verdadeiros dos falsos, e isso não for claro, continuaremos a ouvir que “são todos uns ladrões” e “andam todos a gamar” – porque é isso que muita gente sente. Este discurso é corrosivo da democracia, em especial porque vai ao encontro de um sentimento legítimo de insatisfação, que passa a ser canalizado na direção de quem dá a cara pelo estado da situação pública. Escolher fazer política é, para a maioria das pessoas que o fazem, um ato de coragem, paixão e abnegação em prol de uma ideia para o bem-estar coletivo, cores políticas à parte, mas nunca será visto assim enquanto as águas estiverem turvas. Em particular, se os populistas correrem a surfar essa onda, convertendo-a em discursos fáceis e demagógicos, como é sua especialidade.

O exercício político está, modo geral, tão malvisto junto de certas franjas da sociedade, que há novos candidatos cuja estratégia eleitoral é, na base, dizer “eu não sou político” ou “eu sou diferente dos outros políticos”, como se isso fosse necessariamente bom. A política não está, como é evidente, reservada a políticos de carreira, mas acreditar que alguém é melhor apenas por vir de fora é uma falácia. Basta ver que isso não funciona em mais área nenhuma, da medicina à construção civil. Numa entrevista de emprego, é raro contratarmos alguém tão empenhado em deixar claro que não tem a mínima experiência para o cargo.

A profissão. É frequente ouvirmos dizer que a profissão mais antiga do mundo é a prostituição. Sempre me pareceu uma ideia insípida e desprovida de encanto. Para já, é óbvio que a troca de favores sexuais por alimentos ou bens não foi nunca o mais primário reflexo da nossa espécie. Depois, é uma gracinha machista, por ter, por norma, as mulheres como alvo, como se a prostituição fosse inerente ao feminino. Mais: moralismos à parte, promove uma visão muito infeliz da génese humana. Nesse campo, prefiro inspirar-me na noção aristotélica de que o Homem é um animal político, social, que se completa, e se eleva, na relação com o outro. Se a política se define pela organização de um grupo, tendo como vista um rumo coletivo, é mais realista acreditarmos que foi esse o primeiro desígnio a emergir no seio das tribos primitivas: a vontade de organizar o grupo em nome de uma vida melhor para todos. Em nome de um mundo melhor, no fundo. Remontando aos cavernícolas, os tetravôs dos nossos tetravôs, a profissão mais antiga do mundo pode muito bem ter sido a política. É bastante mais dignificante acreditar que sim. A política é um reflexo nobre.

O momento é decisivo. Há quase um ano mergulhados na pandemia, estamos, perante um xadrez político peculiar, a uma semana das eleições. Descredibilizar a política, as instituições, a ciência e a comunicação social integra a agenda dos oportunistas que querem destruir a democracia. A confusão, o medo e a paranoia em relação aos governantes formam o campo de batalha das miniaturas de Trump. Salvar a democracia passa por dignificar a política, educando para a cidadania, indo ao encontro do cidadão, reforçando o escrutínio, a transparência e a justiça. A nível individual, é essencial estarmos atentos, reconhecendo o papel fundamental da política e de quem a exerce na vida de todos.

Isso e ir votar, claro está. Votar é um passo decisivo.

Qual é a profissões mais antiga do mundo?

Há estudos que dizem que a profissão mais antiga do mundo é a de prostituta, porém, segundo a revista Mundo Estranho a profissão mais antiga do mundo é a de COZINHEIRO.

Quais foram as primeiras profissões do mundo?

Conheça as 5 profissões mais antigas do mundo.
1 – Pintores. ... .
2 – Cozinheiros. ... .
3 – Contadores de histórias. ... .
4 – Músicos. ... .
5 – Costureiras e alfaiates..

Qual é a profissão antiga?

1. Lanterninha. Os cinemas contavam com um funcionário para guiar as pessoas até seus lugares, com ajuda de uma lanterna para iluminar o caminho –– daí o nome da profissão. O lanterninha também era o responsável por fiscalizar as sessões, pedindo silêncio a quem fazia muito barulho ou algazarra dentro das salas.

Qual foi a primeira profissão na Bíblia?

(Bíblia Sagrada: Almeida Revista e Corrigida, SBB). Esta foi a primeira função que um homem recebeu, ele deveria lavrar a terra e vigiar ou guardar. A profissão de lavrador foi muito importante para os povos antigos que eram essencialmente agrícolas e tinham que exercer esta profissão para dali tirar o sustento.