Qual alternativa apresenta uma tipologia textual e sua descrição apropriada?

Caros (as) alunos(as)

Nesta data iniciamos os estudos da Atividade 1 da disciplina Compreensão e Produção de Textos.  O objetivo que nos conduz é esclarecer que há uma disciplina denominada Linguística de Texto que se constitui como campo de estudos dos fatores envolvidos no processo de compreensão e produção dos sentidos do texto. Para melhor conhecer a disciplina Linguística de Texto será necessário observar o seu percurso como ciência, considerando três momentos distintos quanto ao modo como o texto tem sido concebido. Será necessário ainda relacionar essa disciplina com outras que também abordam a construção dos sentidos do texto, ainda que de uma perspectiva teórico-metodológica diferente.

Antes do advento da Linguística Textual e de outras disciplinas que também fazem do texto objeto de atenção, os estudos linguísticos se ocupavam da gramática das línguas, voltando-se para a descrição de unidades do sistema linguístico: fonológicas (fonemas e suas combinações), morfológicas (morfema e vocábulo), sintáticas (frase e seus constituintes). Os estudos, portanto, iam até a frase, e isso impossibilitava esclarecer alguns fenômenos que só se revelam quando se considera não a frase isolada, mas o texto.

Leiam, com atenção, os textos selecionados para a Atividade 1 e procurem esclarecer suas dúvidas no fórum. Resolvam o exercício proposto para que possam ter um parâmetro acerca  do entendimento que alcançaram dos conteúdos tratados na Atividade.

Há duas leituras complementares que deverão ser feita para vocês alcançarem mais informações sobre os estudos que têm sido realizados acerca do texto ao longo do tempo.

Fiquem atentos para o calendário de funcionamento de cada fórum, que está indicado em nosso Plano de Curso. Este fórum vai funcionar do dia 23/09 até 06/10/17.

 Bom trabalho!

Caríssimos alunos! Fiquem atentos aos informes dado pela professora para que possamos fluir bem na disciplina!

Bons estudos para todos nós!

Atenção, turma!

Vamos ler o texto anexo, que trata do conteúdo da Atividade 1.

Aguardo participação no fórum.

Boa noite!

Sobre a linguística textual destaco alguns pontos.

✓ Surgiu na Europa no final dos anos 60.

✓ Surgiu como uma nova concepção para os estudos da língua no que se refere ao objetivo e ao método de trabalho. O texto passa a ser visto como unidade de análise.

A linguística textual passa por três momentos distintos: a Transfrástica, que tem como característica um momento de preparação para outro mais complexo. O segundo momento chamado de gramática textual determina os princípios de formação do texto; determina critérios para distribuição dos textos em classes de gênero. O terceiro trata da abordagem do texto em seu contexto de uso, no contexto pragmático.

Olá, turma,

Vi os comentários feitos  por vocês a respeito do percurso da linguística textual  e posso dizer que estão fazendo boa leitura do texto. Havendo dúvidas, perguntem.

Aproveito a oportunidade para transcrever um esclarecimento que prestei a outra turma desta disciplina quanto às características do modelo de gramática textual proposto por van Dijk (1972). As três características estão citadas na p. 24 do livro Introdução à linguística textual: trajetória e grandes temas.

Segue a explicação:

1 O modelo de van Dijk (1972) foi influenciado pela teoria denominada Gramática  Gerativa, proposta por Noam Chomsky (linguista norte-americano),  na década de 1950. Em sua descrição da organização da gramática natural que todo falante domina, Chomsky postula a existência de dois níveis de estruturação da frase: uma estrutura profunda (organização da frase em um nível mais abstrato, que é uma estrutura básica, sobre a qual vão se operar determinadas transformações, que vão manifestar a estrutura superficial), e uma estrutura superficial (organização da frase como esta se apresenta na superfície).  Também van Dijk considera, na organização de seu modelo de gramática do texto, que um texto se constitui de uma estrutura profunda, que é a macroestrutura,  e de uma estrutura superficial, que é a microestrutura (conjunto de enunciados que formam o texto na sua linearidade, isto é, superfície).

2 Van DijK também vale-se, na construção do  seu modelo de gramática, da contribuição da lógica formal, um campo da filosofia que estabelece condições (princípios)  para a expressão do raciocínio lógico; portanto o seu modelo privilegia a linguagem intelectiva,  a que serve à razão, deixando à margem o que foge à esfera da lógica do pensamento.

3  Assim como se descrevem estruturas de enunciados,  Van Dijk procurou especificar (descrever) como se constroem as macroestruturas, isto é , identificar a regras que permitem reduzir as microestruturas de um texto à sua macroestrutura. Portanto ele considera a relação que existe entre a organização do enunciado e a organização do texto.  Van Dijk formula regras que relacionam a  microestrutura  à macroestrura, que aqui exemplifico:

Macro-regra da generalização: duas ou mais proposições podem ser substituídas por uma proposição que as englobe.

Ex.: João tem gripe (microestrutura 1)

      Ele tem febre (microestrutura 2)

      João está doente (macroestrutura).

Macro-regra da supressão: permite suprimir as informações de detalhe

Ex.: Maria brincava com  uma  bola azul enorme.(microestrutura)

       Maria brincava com uma bola. (macroestrutura)

Macro-regra da integração: permite a integração de informações de ordem inferior, no seio de uma unidade de nível mais geral ou superior.

Ex.: Pedro construiu paredes. (microestrutura 1)

       Pedro montou um teto. (microestrutura 2)

  Pedro construiu uma casa. (macroestrutura).

Considerando a leitura da Atividade 1 do livro de Linguística textual posto aqui meu entendimento da leitura realizada no que se refere ao histórico da Linguística Textual apresentada na primeira parte do texto. Espero as considerações dos colegas e professores.

Segundo o texto a linguística textual se constituiu a partir da década de 60 (séc.XX), momento em que alguns linguistas assumiram como objeto de estudo o texto. Desde a sua inauguração até hoje, essa disciplina vem contribuindo para a compreensão de questões referentes à organização e ao funcionamento do texto.

De acordo com o texto as contribuições da LT para o esclarecimento do que é um texto implica na tarefa de desvendar os fatores que explicam como os usuários da língua compreendem e produzem textos nas mais diferentes situações bem como o uso do sistema linguístico como mediador entre as intenções e ações humanas.

Neste primeiro momento é apresentado o histórico da linguística textual. A mesma começou a se desenvolver na Europa no final dos anos 60, como uma nova perspectiva para os estudos da linguagem, seja quanto ao seu objeto, seja quanto ao seu método de trabalho. O texto passa a ser visto como unidade de análise visto que antes desse momento a linguística geral considerava como sua unidade maior de estudo a sentença (ou frase), ora considerando sua  perspectiva teórico-metodológica, ora enfatizando o aspecto formal (estrutural), ora o funcional (a frase no seu contexto de uso), ora a competência gramatical dos falantes para construir frases em número ilimitado em sua língua. Seu surgimento deve-se aos linguistas anglo-germânicos iniciando-se a tarefa de expor os princípios constitutivos do texto e os fatores envolvidos em sua produção e recepção.

Segundo o texto Conte (1977), considerando o percurso feito pela disciplina em diferentes gerações de estudiosos, situa o desenvolvimento dessa modalidade de estudo em três momentos utilizando uma diferenciação tipológica, ou seja, é uma distinção que considera modos diferentes de conceber o objeto de estudo da LT e as tarefas que lhe cabe desenvolver. Assim esses três momentos, segundo Conte (1977) se orientam por diferentes pressupostos teórico-metodológicos.

A análise transfrástica seria o primeiro momento e caracteriza como uma fase preparatória para um outro momento mais complexo da LT. Essa é a fase em que os estudiosos concebem que o objeto de estudo da disciplina em questão é o texto na sua microestrutura, ou seja, na sua organização material, que é resultado, o mais das vezes, da articulação de enunciados.  Nesse momento interessa aos linguistas investigar mecanismos de textualização ou seja, o conjunto de recursos pelos quais se faz a tessitura do texto, que têm sido reconhecidos como recursos coesivos.

O segundo momento segundo Conte (1977), refere-se aquele em que é  a LT, reconhecendo que um texto não é meramente um produto assume como objeto a competência textual, o que vai criar para os linguistas de texto novas perspectivas de abordagem que o momento anterior da LT não comportava.

Por fim, o terceiro momento, denominado de teoria do texto, seria aquele em que os estudiosos sentem a necessidade de abordar o texto em seu contexto de uso, ou seja, em seu contexto pragmático.

De acordo como o texto o que distinguem esses três momentos da LT

Seria o objeto por ela utilizado de acordo com o momento histórico estudado. Assim,  o primeiro momento da LT se volta para a organização da superfície do texto, procurando ver quais recursos linguísticos concorrem para a articulação entre segmentos do texto; o segundo momento se orienta para o esclarecimento de fatores da textualidade, que respondem pela produção, recepção e funcionamento do texto, buscando-se, em última análise, explicitar em que consiste o que se chama de competência textual “boa formação de um texto”; o terceiro momento se propõe a desvendar aspectos da competência comunicativa do falante/ouvinte, alçando-se à tarefa de explicar como o texto

funciona nas diversas situações de interação, o que impõe considerar o texto como como atividade pela qual o produtor e o receptor constroem, conjuntamente, sentidos plausíveis para as manifestações linguísticas.

Boa noite!

A parti das leituras propostas, compreendo que o objeto de estudo da lingüística textual, sofreu diversas mudanças no campo de estudo teórico-metodológicos. Mas antes de tudo devemos ter conhecimento da origem da LT. 

A LT começou a se desenvolver na Europa no final dos anos 60, esta surgiu como uma nova perspectiva para o estudo da linguagem, o texto passou a ser objeto de estudo/análise de diversos lingüistas. Vale ressaltar que anteriormente a sentença (ou frase), era considerada como unidade maior estudada pela lingüística em geral.

Conte (1977), situa o desenvolvimento desta modalidade de estudo em três momentos e esclarece que essa distinção não é cronológica - não são etapas de uma sucessão temporal -, mas, sim, tipológica, ou seja, é uma distinção que considera modos diferentes de conceber o estudo da LT e as tarefas que lhe cabe desenvolver. Esses momentos são:

* O da análise transfrástica, entende-se  que este se caracteriza como uma fase preparatória para um outro momento mais complexo da LT.

* O das gramáticas textuais, entende-se que é aquele em que a LT, reconhecendo que um texto não é meramente um produto (conjunto de enunciados), assume como objeto a competência textual, o que vai criar para os lingüistas de textos novas perspectivas de abordagem que o momento anterior da LT não comportava.

* Denominado de teoria do texto, aquele em que os estudiosos sentem necessidade de abordar o texto em seu contexto de uso, ou seja, em seu contexto pragmático.

Esses três momentos da LT, se distinguem porque correspondem a recortes diferentes do que deve ser considerado objeto dessa disciplina. Essa é a trajetória teórico-metodológica da lingüística textual.

 A linguística textual se constitui na década de 60, em um período onde os linguistas tomaram como objetivo de estudo os textos, desde então essa disciplina vem contribuindo para a compreensão e estudo referente a organização e de como funciona o texto.

A LT contribui para o esclarecimento do que são textos, a forma de como os receptores os compreendem e os produtores os produzem.

Romário, Sheila  e Ana Cláudia,

Seus comentários sobre o percurso da LT correspondem à leitura que fizeram. Entendam que o texto é muito complexo, por isso os linguistas sentiram que não era suficiente observá-lo apenas na sua  estrutura superficial, isto é,  nas conexões formais (elos coesivos) que sinalizam as relações semânticas que vão se constituindo no texto. Daí terem surgido outras construções teóricas a respeito do texto, que vão além do momento da chamada "análise transfrástica".

Não devemos ver, no entanto,  as contribuições teóricas da ciência aprisionadas à  linha do tempo, a uma  disposição cronológica, como se, ao se inaugurar uma teoria, outra se anulasse. É preciso entender que  um momento teórico da LT não cedeu lugar a outro, como acontecem com eventos, por exemplo, da história da humanidade. O fato de uma construção teórica ser proposta em uma direção diferenciada de outra já existente não anula a existência da outra. Então, apesar de haver um tempo cronológico relacionado com o surgimento dos referidos momentos teóricos, estes devem ser entendidos como momentos de formulação de concepções teóricas diferenciadas,  e nesse sentido  se anula a importância do tempo em uma perspectiva fisicalista.

obrigado pelas observações.

Boa Noite!

Segundo o texto, a linguística textual surgiu na década  de 1960, e desde então vem tendo um grande desenvolvimento, tendo passado por momentos diferentes e se inspirado em diferentes modelos teóricos.

É preciso que em um texto haja a coerência e a presença da linguística textual para um bom entendimento das ideias repassadas ao leitor, pois um texto não e apenas um conjunto de palavras isoladas, ele apresenta propriedades gramaticais contidas de coesão e coerência, apresentando princípios da constituição de texto e língua. Assim, a linguística textual é responsável pelo padrão da textualidade bem como o processo de produção do texto, ambos visam o relacionamento entre estruturas e interpretações.

Luziane,

Em seu comentário, você disse: "Assim, a linguística textual é responsável pelo padrão da textualidade bem como o processo de produção do texto, ambos visam o relacionamento entre estruturas e interpretações." Na verdade, a linguística procura desvendar, explicar o que é a textualidade, ou seja, quais são os fatores que determinam que um  conjunto de enunciados tenha o estatuto de texto. Vamos ver adiante que o processamento dos sentidos de um texto (por parte do produtor e do leitor) depende de fatores relacionados ao conhecimento da língua, ao conhecimento de mundo, ao conhecimento de regras de interação social (fator pragmático).

De acordo leitura da Atividade 1, do livro de Linguística textual,  podemos conhecer, quais são as contribuições da LT para o esclarecimento do que é um texto, a linguística geral considerava como sua  unidade maior, a frase, mas a LT começou a se desenvolver na Europa no final dos anos 60, com uma nova perspectiva, para os estudos da linguagem seja quanto ao seu objeto seja quanto ao seu método de trabalho, e passa a ser visto como unidade de analise.

A partir  do surgimento da LT ela tem passado por mudanças que foram divididas em três momentos, no primeiro momento  entende-se que este se caracteriza como uma fase preparatória para um outro momento mais complexo da LT. Essa é a fase em que os estudiosos concebem que o objeto de estudo da disciplina em questão é o texto na sua microestrutura, ou seja, na sua organização material.

No segundo momento, entende-se que é aquele em que a LT, reconhecendo que um texto não é meramente um produto (conjunto de enunciados), assume como objeto a competência textual.

o  terceiro momento tem se uma interação entre falante/ouvinte, o texto deixa de ser uma unidade linguística e produtor e receptor constroem conjuntamente sentidos para as manifestações linguística

De acordo com leitura do livro: Introdução a linguista textual , da leitura complementar diz que, o texto é resultado de múltiplos referenciamentos, pode se dizer então que, o texto é uma sucessão de unidades linguísticas, constituída de uma harmonia pronominal sem interrupções.

Francisca,

No seu comentário, você disse o seguinte: “(...) de acordo com leitura do livro: Introdução a linguista textual, da leitura complementar diz que, o texto é resultado de múltiplos referenciamentos, pode se dizer então que, o texto é uma sucessão de unidades linguísticas, constituída de uma harmonia pronominal sem interrupções”. Vamos entender o que significa  falar em múltiplo referenciamento.

No primeiro momento teórico da LT, o texto foi considerado em sua organização interna, de modo que os linguistas se empenharam em analisar como as relações semânticas (relações de significação) entre os segmentos que constituem um texto são formalmente marcadas. Entendiam os linguistas que a coerência do texto dependia diretamente das conexões formais existentes entre um segmento e outro do texto. A esse mecanismo pelo qual se indicam as relações semânticas que existem no texto chama-se de coesão, e esta pode ser realizada, basicamente, por formas nominais (nomes e pronomes, incluindo o artigo), pelos tempos verbais, e pelos conectores (elementos de conjunção). Daí se distinguirem três tipos de coesão: a nominal, a verbal, e a conexão. Os nomes e os pronomes possibilitam a retomada de informações (referentes) que vão sendo inseridas no texto e garantem, então, a continuidade semântica do texto. Atente para esta passagem:

Um lenhador acordava às 6 da manhã e trabalhava o dia inteiro cortando lenha, só parando tarde da noite. Ele tinha um filho lindo de poucos meses e uma raposa, sua amiga, tratada como bicho de estimação e de sua total confiança. Todos os dias o lenhador ia trabalhar e deixava a raposa cuidando do bebê. Ao anoitecer, a raposa ficava feliz com a sua chegada.

Note que o referente “o lenhador” é inserido no texto por [um lenhador] e depois retomado por diferentes expressões referenciais (formas coesivas): o pronome ele, e sintagmas nominais [sua amiga], [sua total confiança], [sua chegada]. O referente “a raposa” é inserido no texto pelo sintagma [uma raposa] e depois retomado pelo item referencial [a raposa]. Quando os linguistas falam em múltiplo referenciamento estão aludindo a essa cadeia coesiva (exemplificada) que vai se constituindo no texto.

A referenciação pode se dar também por outros recursos, como a elipse. Considere o texto a seguir:

A filosofia não é ciência: é uma reflexão crítica sobre os procedimentos e conceitos científicos. Não é uma religião: é uma reflexão crítica sobre as origens e formas das crenças religiosas. Não é uma arte: é uma interpretação crítica dos conteúdos, das formas, das significações das obras de arte e do trabalho artístico. Não é sociologia nem psicologia, mas a interpretação e avaliação crítica dos conceitos e métodos da sociologia e da psicologia. Não é política, mas interpretação, compreensão e reflexão sobre a origem, a natureza e as formas do poder. Não é história, mas interpretação do sentido dos acontecimentos enquanto inseridos no tempo e compreensão do que seja o próprio tempo [...]    (CHAUÍ, Marilena. Convite à filosofia. São Paulo: Ática, 1994, p. 17)

O referente “a filosofia” é retomado ao logo do texto por apagamento do sujeito(elipse). Não seria bom estilo empregar o pronome ela, como se pode notar: A filosofia não é ciência: ela é uma reflexão crítica sobre os procedimentos e conceitos científicos. Ela não é uma religião (...).

Vamos ter adiante a oportunidade de estudar os tipos de coesão. Koch, em seus estudos, distingue a coesão em referencial e sequencial.

A linguística se constituiu a partir da década de 60 (séc XX), na qual alguns linguísticas assumiram objeto de estudo o texto. Assim a LT surgiu como uma nova perspectiva para os estudos da língua. Antes desse momento, a linguística geral considerava como unidade de estudos a sentença, procurando estudá-la, conforme a perspectiva teórico metodológica, ora estrutural, ora a competência gramatical dos falantes para construir frases em número ilimitado em sua língua.

Conte (1977) apresenta a distinção a respeito do percurso feito pela disciplina em diferentes gerações de estudiosos, situando o desenvolvimento dessa modalidade em três momentos: no primeiro, o da análise transfrástica, fase preparatória para um outro momento mais complexa da LT, onde o objeto de estudo é o texto na sua microestrutura, ou seja, na sua organização material, que é resultado da articulação dos enunciados. Já no segundo momento, o texto não é meramente um conjunto de enunciados, assume como objeto a competência textual. No terceiro, propõe a desvendar aspectos da competência comunicativa do falante/ouvinte alcançando-se para à tarefa de explicar como o texto funciona nas diversas situações de interações, onde o texto não é mais considerado somente unidade linguística, e sim, como atividade pela qual o produtor e receptor constroem, conjuntamente, sentidos plausíveis para a manifestação  linguística.

A linguística textual, assume relação com outras disciplinas: como a análise do discurso, que tem relação com os gêneros de discurso trabalhados nos setores do espaço social, ou nos campos discursivos; a sociolinguística, tem o objeto de estudo a diversidade linguística, fenômeno natural em qualquer língua. Esta não se confunde com a LT, pois enquanto esta esclarece o que é um texto, a sociolinguística se constitui como uma área dentro da linguística para tratar das relações entre linguagem e sociedade; a análise da conversação, onde o objeto de estudo é a conversação. Esta não se confunde com a LT, embora ambas tenham em comum o fato de que seu interesse é por fenômenos que só se constam na dinâmica do uso da língua; a retórica, cuja origem é anterior ao surgimento da linguística, como ciência da linguagem, com objetivo de identificar em discursos os chamados recursos retóricos, entre os quais a linguagem figurada e outros expedientes que possibilitam alcançar a persuasão.

A Linguística de Texto surgiu no final dos anos 60. Ela trouxe uma nova forma de estudo da linguam tanto no que se refere ao método quanto ao modo de trabalho, daí o texto passa a ser estudado como unidade de análise dentro da linguística. Nota-se, que antes do surgimento da LT os linguístas consideravam como estudo principal a sentença (ou frase), ora destacando o aspecto formal ora funcional dentre outras competências para construir frases.

Concomitantemente a LT, outras modalidades de estudos tem-se ampliado na área da linguística como: o texto, o discurso, a enunciação, a interlocução e suas condições de produção, agora não apenas a frase em si, mas considerando-se esses fenômenos linguísticos.

Segundo Conte (1977) a linguística se divide em três momentos de sucessão temporal. No primeiro momento destaca-se a análise transfrástica, nessa fase os estudiosos percebem que o objeto de estudo da disciplina é o texto na sua microestrutura (organização material) efeito da ligação do enunciado. O segundo momento é o das gramáticas textuais, em que a LT reconhece que o texto não é apenas um produto mas objeto de competencia textual que permitirá que os linguístas tenham novas perspectivas de abordagem. Enquanto que o terceiro momento faz referência ao tratamento do texto em seu contexto pragmático procurando esclarecer a questão da competência comunicativa do falante/ouvinte, com intuito de explicar como o texto funciona em situações de interações diversas.

Boa tarde Professoras e caros colegas! é bem interessante os marcos presentes nos três momentos da LT e mesmo sendo em momentos históricos distintos uma "corrente" não sobrepuja a outra 

Boa tarde!

Levando em consideração a leitura do texto proposto, observei que a Linguística Textual, constituiu-se a partir da década de 60 e teve seu desenvolvimento na Europa neste mesmo período, quando alguns linguistas passaram a assumir o texto como objeto de estudo. Sendo que, anteriormente o objeto de estudo que a linguística considerava era a sentença (frase). O texto foi visto como uma nova perspectiva, e desde então a linguística textual contribui para a compreensão de questões referentes ao funcionamento do texto e sua organização geral. 

Conte estabelece 3 momentos dessa modalidade e especifica que a distinção não segue um modelo cronológico (seguindo uma ordem temporal), e sim um modelo tipológico, como se definisse por diferentes categorias.

O primeiro momento o da análise transfrásticas, caracteriza-se como uma fase de preparação para um momento mais complexo da LT. Este primeiro momento se volta para a organização da superfície do texto, procurando ver quais recursos linguísticos concorrem para a articulação entre segmentos do texto. 

O segundo momento, entende-se que é aquele que a LT, reconhece que um texto não é apenas um conjunto de enunciados, antes ela assume como objeto de estudo a competência textual, o que criaria para os linguistas  novas perspectivas de abordagem que não havia no primeiro momento. Este momento se orienta para o esclarecimento de fatores da textualidade.

O terceiro momento, refere-se ao tratamento do texto do texto em seu contexto pragmático. Neste sentido a pesquisa se entende do texto ao contexto. 

A linguística textual ocupa-se do texto observando como se processam por meio dele, os sentidos.Especificando, a LT procura identificar as estratégias relacionadas a organização do texto na sua superfície linguística.

TEXTUALIDADE

"Textualidade é o conjunto de características que fazem com que um texto seja um texto, e não apenas uma sequência de frases". (COSTA VAL,M.G.1991). Parte-se agora
para analise dos princípios constitutivos do texto e os fatores envolvidos em sua produção e recepção. Deixa de lado o propósito da frase de ser apenas enunciado.
A textualidade para Beaugrande e  Dressler,1983, (apud COSTA VAL, p.13, 2006) aponta sete fatores responsáveis pela textualidade de um discurso qualquer: a coerência e a coesão,
a intencionalidade, a aceitabilidade, a situacionalidade, a informatividade e a intertextualidade.

Todavia, dois fatores, a coerência e a coesão, estão diretamente envolvido com a semântica e outros fatores, a intencionalidade, aceitabilidae, situacionalidade, informatividade e intertextualidade, direcionam -se a pragmática.   
 

A LT surge na Europa no final dos anos 60, e tem como o texto a sua unidade de análise, que segundo Conte(1977), considera três momentos diferentes e as tarefas que lhe cabe desenvolver o abjeto de estudo da LT.

O primeiro momento, caracteriza pelo surgimento da  análise transfrásticaou seja, o estudo do texto em sua microestrutura, na sua organização material, que é resultado da articulação de enunciados , assim, nesse momento investiga mecanismos de textualização e o conjunto de recursos reconhecidos como recursos coesivos.

O segundo momento, é aquele em que o texto não é meramente um conjunto de enunciados que assume uma competência textual e novos perspectivos de abordagem, mas sim uma unidade lógica semântica que tem  como objetivo descrever e explicar a competência textual, estabelecendo os princípios constitutivos, determinando uma tipologia de textos.

O terceiro momento denominando teoria do texto, segundo Conte (1977), refere-se ao tratamento do texto em seu contexto pragmático,ou seja, os aspectos de competência comunicativa do falante/ouvinte, mostrando como o texto funciona em uma situação de interação, que nesse momento não considera mais o texto como somente uma unidade linguística, mas sim como uma construção de sentidos coerentes para as expressões linguísticas.

Boa tarde à todos.

Pude perceber que o estruturalismo de um texto revela o processo que da fala, e neste âmbito se encontra os conectores anáforicos e catáforicos que influenciam a  progressão de um texto. Já que as estruturas dos enunciados se dimensionam em macro e micro estrutura, a qual determina a generalização, supressão e integração das macro-regras.

Sabe-se que nos anos 60 surgiu a linguística de texto e que esse novo método de estudo favoreceu a a língua. Antes que surgisse o LT os estudiosos consideravam apenas as frases como cerne de suas pesquisas, e isso tem mudado e propiciando o surgimento de novos âmbitos de pesquisa.

Mesmo que a linguística teve três momentos temporais segundo Conte, nenhum deles se anula entre si, pois, na verdade são essenciais para a construção e surgimento um do outro. Estes são: a análise transfrástica, gramáticas textuais e a teoria do texto no contexto também pragmático.

Boa tarde!

A linguagem se constituiu a partir da década de 60 (séc.XX) na Europa.  Daí então, os linguistas assumiram como objeto de estudos o texto, que passa a ser visto como unidade de análise, e essa área denominou-se de linguística de texto (LT) que surgiu como uma nova perspectiva para o estudo da linguagem e desde o inicio a LT vem contribuindo para a compreensão do funcionamento de texto, procurando desvendar os fatores que determinam o conjunto de enunciados.

 A Linguística de Texto (LT). Surgiu na Europa no final dos anos 60 (séc.XX), no momento em que alguns linguístas assumiram como objetivo de estudo de texto. E  esses estudos vem contribuindo até hoje para a compreensão de questões referentes à organização e ao funcionamento do texto.

A  Linguística textual iniciou-se  na segunda metade da década de 1960 até meados da década de 1970. 

Trazendo um nova concepção de estudo da língua, seja quanto ao seu objeto, seja quanto ao seu método  de trabalho, o texto passa a ser visto como unidade de análise, Propiciando desta forma, os três momentos temporais da LT que configuram a concepção linguística que temos atualmente.

Estes são; a transfrástica, a gramática textual e a teoria do texto. Porém, é licito evidenciar que, esses três momentos temporais não se anulam no quesito de importância, mas se completam já que um depende do outro para se fundamentar no que é hoje.

Ola,professora!

De acordo com as leituras realizadas dos textos propostos,compreendi que a LT contribui de forma relevante para o entendimento do que é de fato um texto, buscando ao longo do tempo,por intermédio dos estudos dos vários teóricos formas adequadas para a integração da língua,no contexto linguístico social,histórico e cultural.

Assim,por intermédio dos três momentos do percusso teórico-metodológicos da LT,constatei que a função de cada item que identifica cada momento(transfrástica,gramáticas textuais e teoria do texto)está direcionada a uma competência que trata o texto de formas distintas,inicialmente com o estruturalismo da frase,com outros estudos passa para o sentido lógico-semântico,até se aperfeiçoar adequadamente pela dimensão pragmática,tendo o texto como interação social contextualizada.

A LT,não se restringe em si,mas interagem com outras áreas de conhecimento,como:AD,AC,sociolinguística e retórica (poética e estilística).Cada uma das áreas supracitadas contribuem para o melhor esclarecimento e aplicabilidade do uso da linguagem textual no contexto universal.

Espero está na direção certa,mesmo assim espero suas considerações para primorar ainda mais os conhecimentos por mim adquiridos.

A linguística de texto (LT) surgiu na Europa no século XX, lá pelo final da década de 60. Desde seu surgimento até hoje, a área da linguística de texto vem contribuindo para a compreensão de questões referentes à organização e ao funcionamento do texto.

A LT surgiu como uma nova perspectiva para o estudo da linguagem, a partir daí passa ser vista como unidade de análise, o que não acontecia anteriormente, quando a linguística geral considera como unidade maior de estudo a sentença, procurando estuda-la como a perspectiva teórica- metodológica enfatizando aspecto formal, funcional e competência gramatical dos falantes para construir frases em número ilimitado em sua língua.

O surgimento da LT está ligado aos linguístas anglo-germânicos , a partir deles inicia-se a tarefa de expor os princípios constituitivos do texto e os fatores envolvidos em sua produção e recepção. Além da LT, no campo da linguística há outras modalidades de estudos voltados para outros fenômenos que ultrapassam os limites da frase como o texto e o discurso interessados menos no produto e mais nos processos de enunciação, interlocução e nas condições de produção. Esses estudos são conhecidos pela denominação de Análise do Discurso, Teorias da Enunciação, Pragmática, Análise da conversação.

A LT ocupa- se do texto como se processam através do mesmo, os sentidos e procura identicar as estratégias relacionadas a organização do texto na sua superfície linguística, por meio de recursos q envolvem o léxico é a gramática e também as estratégias relativas a cognição bem como as referentes ao bom êxito das relações humanas que se dão através da interatividade da linguagem e das práticas sociais.

Antes da linguística textual existiam três grandes linhas de pensamentos precursoras à esta:

A Retórica: a qual Roland Bathes atribuiu o seu aparecimento devido aos juris populares realizados em Siracusa (Itália- Sec. V a.C) que tinha por principal objetivo persuadir a o outro em prol da causa de quem a utiliza. Das cinco partes da antiga retórica, duas ainda interferem ao menos parcialmente no que se entende por linguística textual hoje: a dispositio (ordenação do pensamento) e a elocutio (sua formulação linguística).

A Estilística: há pouco tempo em que a frase era considerada a mais alta unidade linguística e qualquer outra relação que estivesse acima ao nível da frase era considerado objeto da estilística.

A estilística bebeu nas fontes da retórica, da gramática e da filosofia e apesar de ser precursora da L.T, hoje é a Linguística que fornece recursos à estilística tanto no plano da análise da frase como no do texto, porém a linguística textual não se limita apenas na análise de textos políticos, jurídicos ou literários. Sua principal característica é a análise das propriedades inerentes à estrutura dos textos em geral.

O Formalismo Russo: essa linha de pensamento busca no texto o princípio da imanência, que tem por alvo a estrutura do texto em si e por si mesmo, descartando toda e qualquer consideração exterior a ele, para alcançar a literariedade.

Nesta atividade foi apresentado que na década de 60, alguns linguísticas assumiram o texto como objeto de estudo, dando início a Linguística Textual como disciplina. Isto ocorreu juntamente com outros estudos no campo a Linguística voltados para os fenômenos que vão além do limite da frase, texto e discurso, observa-se que esses estudiosos passaram a ter mais interesse na enunciação, interlocução e suas condições de produção e menos no produto (estrutura, no uso da frase no seu contexto, entre outros).

Segundo Conte (1977), a LT no seu estudo apresenta três momentos em que esclarece e distingue que o desenvolvimento não é cronológico e sim tipológica. O primeiro momento a pesquisa “transfrástica”: onde o objeto de indagação não é o texto em si, mas as ligações referenciais; o segundo momento os das gramáticas textuais: deve sua capacidade de explicar os fenômenos linguísticos inexplicáveis em que o texto não é somente uma sucessão de enunciados, onde a linguística passa a desenvolver outras formas de abordagem, analisando sua significação e integração das partes que o constituem; o terceiro momento: refere-se ao tratamento do texto no seu contexto pragmático onde é possível compreender o sentido além do texto, ou seja, não encerra nas ações escritas ou faladas.

Após conhecer o percurso teórico-metodológico da LT, outras disciplinas realizam estudos do fenômenos que vão além do enunciado considerado como unidade sintática, na sua organização interna, entre essas disciplinas estão a Análise do Discurso: que vincula o texto a um determinado âmbito social; a Sociolinguistica:  estuda as relações entre linguagem e sociedade; Análise da Conversação: nos anos 70 preocupou-se com a descrição da estrutura da conversação, e hoje, ultrapassa a análise de estruturas, onde os interlocutores mudam sua fala para trocar um ou mais conhecimento para alcançar o mesmo objetivo; a Retórica: esta disciplina que precede a Linguística, tem como objetivo conseguir o que deseja, através do discurso de quem possuía essa técnica de falar, argumentar e persuadir.

Então, com o surgimento da Linguística Textual que tem como objeto de estudo, o texto, apresentando em sua trajetória três momentos: transfrática, as gramáticas textuais e aspectos pragmáticos onde, vários estudiosos mostraram que o texto vai além da produção e compreensão e sim de fatores sociais, culturais entre outros, também foi mostrado que algumas disciplinas tem até certo ponto uma relação com Linguística Textual, mas que não se confundem com ela.

A Linguística Textual tem por objeto específico os processos de construção textual, por meio dos quais os participantes do ato comunicativo criam sentidos e interagem com outros seres humanos.

Em um primeiro momento, o interesse predominante voltava-se para a análise transfrástica, ou seja, para fenômenos que não conseguiam ser explicados pelas teorias sintáticas e/ou pelas teorias semânticas que ficassem limitadas ao nível da frase; em um segundo momento,  postulou-se a descrição da competência textual do falante, ou seja, a construção de gramáticas textuais; em um terceiro momento, o texto passa a ser estudado dentro de seu contexto de produção e a ser compreendido não como um produto acabado, mas como um processo, resultado de operações comunicativas e processos linguísticos em situações sócio comunicativas; parte-se, assim, para a elaboração de uma teoria do texto.

Na análise transfrástica, parte-se da frase para o texto. Os linguistas apontam a existência de fenômenos que não conseguiam ser explicados pelas teorias sintáticas e/ou pelas teorias semânticas: o fenômeno da co-referenciação, por exemplo, ultrapassa a fronteira da frase e só pode ser melhor compreendido no interior do texto.

Harweg (1968), aponta em seus estudos  que um texto é “uma sequência pronominal ininterrupta” e que uma de suas principais características era o fenômeno do múltiplo referenciamento. Um outro conceito de texto importante é o de Isenberg (1970): um texto era definido como uma “sequência coerente de enunciados”

Análises transfrásticas

As análises transfrásticas ainda não consideram o texto como o objeto de análise, pois o percurso ainda é da frase para o texto. Aliás, as análises transfrásticas surgiram a partir da observação de que certos fenômenos não poderiam ser explicados pelas teorias vigentes na época (estruturalismo e gramática gerativa) , por ultrapassarem os limites da frase simples e complexa: a co-referenciação (anáfora); a correlação de tempos verbais ; o uso de conectores interfrasais.

O papel atribuído aos elementos coesivos no estabelecimento do sentido global do texto, porém, foi questionado quando se verificou que os citados elementos não são essenciais para a compreensão do sentido global do texto. Como podemos observar pelo exposto nos exemplos  os exemplos a seguir:

Não assisti ao filme : não sei como terminou.=> Relação de conclusão (portanto, logo )

Não assisti ao filme : tive aula nesse dia => Relação de explicação (pois, por que)

Não assisti ao filme: disseram-me que é muito bom => Relação de adversidade ( porém , mas , contudo , todavia )

Mesmo com a ausência de conectivos; ouvinte/leitor tem a capacidade de construir o significado global da sequência, porque pode estabelecer as relações lógico-argumentativas entre as partes dos enunciados, caberia ao ouvinte/leitor construir o sentido global da sequência, estabelecendo mentalmente as relações argumentativas adequadas entre os enunciados.

A necessidade de considerar o conhecimento intuitivo do falante na construção do sentido global do enunciado e no estabelecimento das relações entre as sentenças, e o fato de vínculos coesivos não assegurarem unidade ao texto e ainda o fato de nem todo texto apresentar o fenômeno da co-referenciação conduzem à construção de outra linha de pesquisa. Nessa nova linha,  considera-se o texto não apenas como uma lista de frases, como uma simples soma ou lista dos significados das frases que o mas um todo, dotado de unidade própria. Surgindo então  a partir desta problemática o conceito de Gramáticas Textuais.

Gramáticas de texto

De acordo com MARCUSCHI (1999) , as gramáticas textuais, pela primeira vez, propuseram o texto como o objeto central da Linguística e, assim, procuraram estabelecer um sistema de regras finito e recorrente, partilhado (internalizado) por todos os usuários de uma língua. Esse sistema de regras habilitaria os usuários a identificar se uma dada sequência de frases constitui (ou não) um texto e se esse texto é bem formado.

Esse conjunto de regras constitui a competência textual de cada usuário e permite aos usuários diferenciar entre um conjunto aleatório de palavras ou frases, ou um texto dotado de sentido pleno. Outras manifestações dessa competência são a capacidade de resumir ou parafrasear um texto, perceber se ele está completo ou incompleto, produzir outros textos a partir dele, atribuir-lhe um título, diferenciar as partes constitutivas do mesmo e estabelecer as relações entre essas partes.

As gramáticas de texto estabeleceram noções para a consolidação dos estudos do texto/discurso. O texto constitui a unidade linguística mais elevada e se desdobra ou se subdivide em unidades menores, igualmente passíveis de classificação. As unidades menores (inclusive os elementos léxicos e gramaticais) devem  ser considerados a partir do respectivo papel na estruturação da unidade textual

CHAROLLES (1983) admite que o falante possui três competências básicas:

Competência formativa: permite ao usuário produzir e compreender um número infinito de texto e avaliar, de modo convergente, a boa ou má formação de um texto.

Competência transformativa: refere-se à capacidade de resumir um texto, parafraseá-lo, reformulá-lo, ou atribuir-lhe um título, assim como de avaliar a adequação do resultado dessas atividades.

Competência qualificativa: concerne à capacidade de o usuário identificar o tipo ou gênero de um dado tipo, bem como à possibilidade de produzir um texto de um tipo particular.

Segundo Fávero e Koch (1983), se todos os usuários da língua possuem essas habilidades, que podem ser nomeadas genericamente como competência textual, poderia justificar-se, então, a elaboração de uma gramática textual que deveria ter basicamente as seguintes tarefas:

  1. verificação do que faz com que um texto seja um texto, ou seja, a busca da determinação de seus princípios de constituição, dos fatores responsáveis por sua coerência, das condições em que se manifesta a textualidade;
  2. levantamento de critérios para a delimitação de textos, já que a completude é uma das características essenciais do texto;
  3. diferenciação de várias espécies de textos.

Apesar dos avanços apontados, os linguistas detectaram alguns problemas na formulação das Gramáticas Textuais. Os quais seriam : a conceituação do texto como uma unidade formal, dotada de uma estrutura interna e gerada a partir de um sistema finito de regras, internalizado por todos os usuários da língua.Outro problema das gramáticas de texto é a separação entre as noções de texto (unidade estrutural, gerada a partir da competência de um usuário idealizado e descontextualizado) e discurso (unidade de uso). Foi a partir dessas considerações que os estudiosos iniciaram a elaboração de uma teoria de texto, que discutisse a constituição, o funcionamento, a produção dos textos em uso numa situação real de interação verbal, ao contrário das gramáticas textuais, preocupadas em descrever a competência textual de falantes/ouvintes idealizados, propõe-se a investigar a constituição, o funcionamento, a produção e a compreensão dos textos em uso.

Segundo Marcuschi (1998), no final da década de setenta, a prioridade não era a gramática de texto, mas a noção de textualidade, compreendida por Beaugrande como um “modo múltiplo de conexão ativado toda vez que ocorrem eventos comunicativos”. As mudanças ocorridas em relação às concepções de língua (não mais vista como um sistema virtual, mas como um sistema atual, em uso efetivo em contextos comunicativos), às concepções de texto (não mais visto como um produto, mas como um processo), e em relação aos objetivos a serem alcançados (a análise e explicação da unidade texto em funcionamento em vez da análise e explicação da unidade texto formal, abstrata), fizeram com que se passasse a compreender a Linguística de Texto como uma disciplina essencialmente interdisciplinar, em função das diferentes perspectivas que abrange e dos interesses que a movem. Ou ainda, mais atualmente, segundo Marcuschi (1998a), pode-se desenhar a LT como “uma disciplina de caráter multidisciplinar, dinâmica, funcional e processual, considerando a língua como não autônoma nem sob seu aspecto formal”.

Três grandes linhas podem ser citadas como precursoras LATO SENSU da linguísticas textual: a retórica, a estilística e o formalismo russo.

Roland Barthes atribui o surgimento da Retórica no final do século V a.C. com a formação de júris populares, onde era considerado vencedor o orador que defendesse sua causa com mais eloquência.

Para Torodov, 1971, a Retórica tinha o propósito de convencer o interlocutor da justeza da causa do locutor, se este possuísse o domínio da retórica.

A Estilística, alimentada pela Retórica, pela Gramática e pela Filosofia, surge como segundo precursor.

Até pouco tempo, a frase era considerada a mais alta unidade linguística. Dessa forma, todas as relações que possuíam um nível mais alto que a frase, eram consideradas estilísticas.

No século XXI, o primeiro passo para o estudo do discurso foi dado na década de 20, pelo grupos de linguistas pertencentes ao Círculo Linguístico de Moscou, conhecidos como formalistas russos. Seus integrantes romperam com os padrões tradicionais de análise de texto então vigentes e procuraram estudar a estrutura do texto em si por si mesmo, rejeitando toda e qualquer consideração exterior a ele, em busca da literariedade.

A partir do século XX, a linguística textual começou a desenvolver-se. Nesse momento o texto passou a ser usado como objeto de estudo, ou seja, passou a ser visto como unidade de análise. Nesse período a frase que era estudada pela linguística geral, abriu margens para a linguística anglo- germânicos, iniciando a tarefa de expor os princípios constitutivos do texto e os fatores envolvidos em sua produção e recepção.

Até hoje essa área de estudos, vem auxiliando para a compreensão de questões referentes a organização e ao funcionamento de textos.

Com o desenvolvimento da Linguística textual, foi consolidado outras categorias de estudos voltadas para fenômenos que transpõem os limites da frase, como o texto e o discurso, interessadas mais no processo, a enunciação, a interlocução e suas condições de produção.

Boa noite!

Na minha leitura da atividade 1 pude compreender que até meados da década de 1970, a linguística Textual teve por preocupação básica, primeiramente, o estudo dos mecanismos interfrasticos que são parte do sistema gramatical da língua, cujo uso garantiria a duas ou mais sequências estatuto de texto.

Portanto, conclui-se que no campo dos estudos da linguagem, uma corrente de estudiosos que se ocupa do estudo do texto com a proposta de identificar não só fatores linguísticos envolvidos no processamento textual (produção e compreensão), mas também outros fatores de ordem sociocognitiva (conhecimento de mundo internalizado na memória e conhecimento das regras que devem ser observadas quando interagimos por meio da linguagem nas situações sociais), que também concorrem para que o sentido do texto seja construído.

Olá,professor e colegas,

De acordo com a leitra,a linguística textual iniciou-se na década de 60,tinha como objeto  o signo linguístico,a língua,e durante todo o processo de desenvolvimento,a linguística passou a ter outros objeto.

Na gramatica textual o texto passou a ser um objeto de estudo pela linguística.

Boa noite, professora e colegas!

A linguística de texto, vem contribuindo para a compreensão de questões referentes à organização e ao funcionamento do texto.

Nesta unidade podemos conhecer as contribuições da LT para o esclarecimento do que é um texto, onde ele passa a ser visto como unidade de análise, o surgimento dessa disciplina deve-se sobretudo, a linguistas anglo-germânicos.

Na leitura desta unidade fica explícito também que paralelamente ao desenvolvimentoda LT, têm-se fortalecido e ampliado, no campo da linguística, outras modalidades de estudos voltadas para fenômenos que ultrapassam os limites da frase, como o texto e o discurso, e interessadas menos nos produtos (as unidades liguísticas em sí mesmas) e mais nos processos: a enunciação, a interlocução e suas condições de produção.

Nas passagens do texto de Marquesi(1995), com base no que propõe Conte(1977), podemos identificar três momentos que se orientam por diferentes pressupostos teóricos-metodológicos da LT.

Análise transfática

Gramáticas textuais

Teoria dos textos  

A LT relaciona-se ainda por certa afinidade com outras disciplinas;

Análise do discurso;

Sociolinguística;

Análise da conversação;

Retórica.

Boa noite, 

         Os estudos da linguagem desde a sua inauguração até hoje, vem contribuindo para a compreensão de questões referentes à organização e ao funcionamento do texto. Essa área de estudos é denominada de lingüística de texto - LT.

          A LT, pode ser destacada em três momentos distintos:  

1 - análise transfrástica – caracterizada como uma fase preparatória para um outro momento mais complexo da LT.

2- A LT, reconhece que um texto não é meramente um produto, mas assume como objeto a competência textual, o que vai criar para os lingüistas de texto novas perspectivas de abordagem que o momento anterior da LT não comportava.

3 -  Teoria do texto – aquele  em que os estudiosos sentem necessidade  de abordar o texto em seu contexto de uso, ou seja, em seu contexto pragmático.

      Portanto a LT procura identificar as estratégias, relacionadas à organização do texto na sua superfície lingüística, por meio de recursos que envolvem o léxico e a gramática, mas também as estratégias relativas à cognição propriamente dita e as referentes ao bom êxito das relações humanas que se estabelecem por meio da linguagem nas mais diversas práticas sociais. 

Bom dia!

De acordo com a leitura do texto, a LT começou a se desenvolver na Europa no final dos anos 60. Existem três fases na LT, o qual a primeiro momento  (transfrática), tem como objetivo de fazer ligações entre enunciados em uma série de enunciados, o segundo momento (as gramáticas textuais), o objetivo é de explicar fenômeno linguísticos inexplicáveis segundo uma gramática do enunciado, e o terceiro miomento a LT desvenda aspectos comunicativos do falante/ouvinte, buscando explicar como o texto funciona nas diversas situações de interação.

E a LT se relaciona com outras disciplinas, como:

1) Análise do Discurso  (AD)

2) Sociolinguística 

3) Análise da Conversação  (AC)

4) Retórica 

A linguística textual tem como objeto de estudo o texto. Lá pelos anos 60 a linguística apresentada por Saissure (que era pai da linguística) tinha como objeto de estudo o signolinguístico a língua, mas com o decorrer do tempo a linguística textual sofreu mudanças, mais especificamente 3 fases e todas elas iam se distanciando da influência teórico metodológico estruturalista de Saissure.

Na 1º fase a transfrástica, ela partiu da frase para o texto, ou seja, como o sentido era construido a parti das relações entre uma frase e outra como elas se relacionavam através de mecanismo interfrásticos sendo assim um estudo focado nas utilizações dos conectivos para construir o sentido do texto.

Na 2º fase a das gramáticas textuais, o texto passa a ser um objeto de estudo pela linguística textual. Nela estariam um conjunto finito, ou seja, todas as regras para a construção de um texto. O texto passa a ser um objeto passivo de analise textual mas era um objeto estável, abstrato e uniforme.

Na 3º fase a da teoria do texto, o texto passa a ser analisado em seu contexto pragmático, passando assim a ser foco da 3º fase. Então ele não só analisava o que estava ali diante do leitor mas todas as condições de produção como quem tinha escrito, em que época escreveu, pra que escreveu. A linguística textual se transformou em interdisciplinar, pois a linguística entendia que a língua não era tão autônoma assim precisaria de fatores extras linguísticos como as condições de produções e recepção para que o texto fosse analisado de maneira mais eficaz.

   Considerando a leitura do livro, a LT surgiu como uma nova perspectiva para os estudos da linguagem, seja quanto ao seu objeto, seja quanto ao seu método de trabalho: o texto passa a ser visto  como unidade de análise. É bom lembrar que antes desse momento a lingüística geral considerada como sua unidade maior de estudo a sentença (ou frase), procurando estudá-la, conforme a prespectiva teórico-metodológica, ora enfatizando o aspecto formal (estrutural), ora o funcional (a frase no seu contexto de uso) ora, a competência gramatical dos falantes para construir frases em número ilimitadas em sua língua.

A língua e os níveis da linguagem pertence a todos os membros de uma comunidade e é uma entidade viva em constante mutação , deste modo, considerando a leitura do livro, a LT, Pode-se perceber toda a trajetória dos estudos da linguagem, dentro do contexto de seu objeto e do método de trabalho: o texto passa a ser visto  como unidade de análise juntamente com o discurso construídos pelos sujeitos sociais, com o contexto específicos de uso da língua . De fato, quem determina as transformações lingüísticas e os níveis de linguagem é o conjunto de usuários, independentemente de quem sejam eles, estejam escrevendo ou falando, uma vez que tanto a língua escrita quanto a oral apresentam variações condicionadas por diversos fatores: regionais, sociais, intelectuais etc.

 Dentro  da leitura do texto  LT, pode-se perceber:  

a - análise conversação – Procura explicitar como s constitui essa forma prototípica de expressão oral

b- Sociolinguística- Orientada para variedades do uso sociais da língua( normas)determinadas por fatores de ordem social( escolaridade, classe social, rede de relações sociais).

c -  Linguística Funcional – Outra vertente teórica de estudos linguísticos, que tem como objeto de atenção o discurso.

d- Retórica- Se preocupa com os recursos da língua que podem ser empregados na argumentação.

      Deste modo, pode-se perceber a função indispensável da LT dentro da linguagem falada e escrita, pois sua estrutura busca  estratégias para a compreensão e analise de uma forma completa dentro de todos os aspectos do texto.

Quais são as 4 tipologias textuais?

Tipos textuais.
narrativo..
descritivo..
dissertativo..
expositivo..
injuntivo..

Quais as 5 tipologias textuais?

Tipos de textos: conheça 5 tipos textuais que caem no Enem.
1 Texto injuntivo..
2 Texto dissertativo..
3 Texto narrativo..
4 Texto descritivo..
5 Texto expositivo..

Quais são os exemplos de tipologia textual?

Exemplos de gêneros textuais narrativos: romance, conta e novela. Exemplos de gêneros textuais descritivos: biografia, cardápio e notícia. Exemplos de gêneros textuais dissertativos: monografia, artigo e resenha. Exemplos de gêneros textuais expositivos: seminário, palestra e entrevista.

Quais são as 6 tipologias textuais?

São tipos textuais o narrativo, o descritivo, o dissertativo, o injuntivo, o explicativo e o preditivo. Gêneros textuais (romances, poemas, relatórios, e-mails, teses, verbetes etc.) são compostos por tipos textuais. Por exemplo: para escrever um conto (gênero textual), é indispensável o uso da narração (tipo textual).