Qual e a importância das ações dessas organizações multilaterais

Algumas entidades e organizações internacionais são muito importantes no contexto geopolítico internacional. Algumas delas possuem um poder político muito forte e uma influência que se estende nas mais diversas partes do mundo. Criadas cada uma com uma importante missão, elas fazem parte do cenário que configura as relações internacionais na sociedade atual.

A seguir, vamos conhecer rapidamente as principais organizações internacionais da atualidade e algumas de suas características principais.

ONU – Organização das Nações Unidas

A ONU é considerada como uma das mais importantes entidades multilaterais do mundo. Ela foi criada depois do final da Segunda Guerra Mundial (1939-1945) para promover a paz e o desenvolvimento social em todo o planeta. Assim sendo, ela atua em assuntos de conflitos internos dos países e também internacionais, bem como discute sobre a cultura, a economia, o comércio e assuntos diplomáticos em geral.

Qual e a importância das ações dessas organizações multilaterais

Bandeira da Organização das Nações Unidas

Essa organização estrutura-se em seis diferentes órgãos, dentre os quais merecem destaque: a Assembleia Geral (AG) e o Conselho de Segurança (CS). Na AG, conta-se com a participação de todos os países e aprovam-se resoluções sobre os mais diversos temas políticos do mundo. Já o CS é uma esfera decisória máxima que, no entanto, conta apenas com cinco membros efetivos (Estados Unidos, Reino Unido, França, China e Rússia) e dez que mudam a cada dois anos. Vale salientar que qualquer um dos membros permanentes possui o poder de vetar qualquer decisão da entidade.

Otan – Organização do Tratado do Atlântico Norte

A Otan foi criada durante o episódio histórico da Guerra Fria, uma disputa sem conflitos diretos entre Estados Unidos e União Soviética. Nesse caso, a Otan era uma aliança de cunho militar entre os principais países que formavam o eixo capitalista ao lado dos EUA, em oposição ao pacto firmado pelos países socialistas, o Pacto de Varsóvia, que já foi extinto. Atualmente, a organização conta com mais de 25 países e é a principal frente de atuação militar e de intervenção em conflitos no mundo.

FMI – Fundo Monetário Internacional

O FMI é uma instituição monetária e econômica criada para dar suporte financeiro aos países e controlar os rumos da economia mundial, principalmente no sentido de evitar crises internacionais capitalistas. Assim, quando um país precisa de ajuda financeira, ele pode recorrer ao fundo monetário e receber empréstimos a juros relativamente baixos. Em troca, esse país deverá ajustar as suas perspectivas econômicas, diminuindo os seus gastos. Dessa forma, todos os assuntos referentes ao crescimento econômico, ao desenvolvimento, às trocas comerciais internacionais e ao sistema financeiro estão na alçada de temas tratados pelo FMI.

OCDE – Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico

A OCDE é uma organização criada na década de 1960 para promover o desenvolvimento econômico e o desenvolvimento do comércio internacional, definindo os gastos em políticas públicas por parte dos principais países desenvolvidos. Sua criação veio para substituir a Organização Europeia para a Cooperação Econômica, que havia sido criada pelos EUA para fortalecer o Plano Marshall, uma ajuda econômica para os países europeus em troca de seu apoio durante a Guerra Fria.

OMC – Organização Mundial do Comércio

A OMC é o organismo internacional que regula e define o comércio multilateral entre os países, tendo como meta também a liberalização do comércio em todo o planeta. Assim, essa organização é utilizada quando os países se sentem prejudicados com tarifas protecionistas, ou seja, quando um país importador de um determinado produto coloca impostos muito altos sobre ele, tornando-o mais caro e inviável para a comercialização.

Além desses organismos internacionais, existem outras instituições de grande relevância para a geopolítica global, como a Unesco (Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura), a OIT (Organização Internacional do Trabalho), a OMS (Organização Mundial da Saúde), o Banco Mundial e muitas outras. Todos elas regulam a atividade política, econômica, diplomática e militar em todo o mundo e auxiliam no sistema de cooperação entre os países.


Por Me. Rodolfo Alves Pena

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Multilateralismo é um termo nas relações internacionais que se refere a vários países trabalhando em conjunto sobre um determinado tema.

Seja na forma de associação numa aliança ou dentro de uma instituição internacional, o multilateralismo é necessário para vincular os excessos de poder, inibir o unilateralismo e permitir aos poderes menores o espaço de fala e oportunidades de voto os quais não seriam possíveis de outra forma. Especialmente se uma potência menor anseia pelo controle sobre uma potência maior, através da estratégia Lilliput de associação coletiva de pequenas nações, se mostra a alternativa mais eficaz de alcançar o controle compelindo a potência maior. Similarmente, se uma potência maior busca o controle de maneira que vá de encontro com os interesses de uma outra grande potência, nesses casos abordagens multilaterais também são mais indicadas. A potência em questão poderia procurar suporte em laços bilaterais, mas seriam de custo alto; Exigiria barganhar e se comprometer com a outra potência. Incorporar o Estado-alvo numa aliança multilateral reduz os custos originados da meta estabelecida, mas também oferece os mesmos benefícios de associação da estratégia Lilliput. Além do mais, no caso de uma potência de pequeno porte procura dominar sobre uma outra potência de poucos recursos, o multilateralismo talvez seja a única opção, porque potências fracas raramente possuem recursos para exercer controle sozinhas.[1]

As organizações internacionais, tais como as Nações Unidas (ONU) e a Organização Mundial do Comércio (OMC) são multilaterais por natureza. Um dos principais defensores do multilateralismo tem sido, tradicionalmente, as potências médias como o Canadá, Austrália, Suíça, os países do Benelux e os países nórdicos. Grandes Estados costumam agir de forma unilateral, enquanto potências menores podem ter pouca influência direta em casos internacionais exceto pela participação nas Nações Unidas (através de uma integração consolidada apenas no voto contado dentro de um bloco maior, por exemplo). O multilateralismo pode envolver várias nações agindo em conjunto como na ONU, ou pode envolver alianças regionais ou militares, pactos, ou agrupamentos como a OTAN. Como essas instituições multilaterais não foram impostas sobre os estados mas sim criadas e aceitas por eles, em vias de aumentar suas capacidades de atingir seus próprios interesses através da coordenação de suas políticas, muitas dessas instituições internacionais sofrem carência de ferramentas para execução, funcionando substitutivamente como um enquadramento legal para limitar abordagens de teor oportunista, e servem também como pontos de coordenação para facilitação da troca de informações sobre a atuação real dos participantes permitindo referenciação continuada das normas estabelecidas inicialmente.[2]

O inverso do multilateralismo é o unilateralismo, em termos de filosofia política. Não impede que a conversão para o multilateralismo possa ser considerada unilateral dependendo do modo de implementação.

Recentemente o termo "multilateralismo regional" vem sendo proposto, sugerindo que "problemas contemporâneos podem ser melhor resolvidos no nível regional do que ao nível bilateral ou global", portanto aproximar o conceito de integração regional com o multilateralismo é necessário ao mundo de hoje.[3]

Ver também[editar | editar código-fonte]

  • Relações internacionais
  • Unilateralismo

Referências

  1. Cha, Victor D. "Powerplay: Origins of the US alliance system in Asia." International Security 34.3 (2010): 165-166
  2. Keohane, Robert O., Joseph S. Nye, and Stanley Hoffmann. "The End of the Cold War in Europe." Introduction. After the Cold War / International Institutions and State Strategies in Europe, 1989-1991. Cambridge, MA: Harvard UP, 1993. 1-20. Print.
  3. Harris Mylonas and Emirhan Yorulmazlar, "Regional multilateralism: The next paradigm in global affairs",CNN, January 14, 2012.

  • Qual e a importância das ações dessas organizações multilaterais
    Portal das relações internacionais

Qual a importância das organizações multilaterais?

Organizações ou agrupamento multilaterais aconselham os governos sobre as políticas que devem usar para combater a desigualdade. Eles incluem a ONU, o FMI, a OCDE, o Banco Mundial, o Conselho de Estabilidade Financeira e o G20.

Como funciona as organizações multilaterais?

O Organismo Multilateral, também conhecido como Organização Multilateral, é uma organização formada por três ou mais países cujo principal objetivo é trabalhar conjuntamente nos problemas e nos aspectos relacionados com os países que integram a organização.

Quais são os principais objetivos das organizações internacionais?

Organizações Internacionais - também chamadas de Organizações Intergovernamentais - são grupos formados por países que estabelecem acordos e tratados a fim de promover relações benéficas nos âmbitos econômico, social e político (dentre outros) para todos os envolvidos.

Quais são as principais organizações?

Organizações internacionais.
ONU – Organização das Nações Unidas..
Otan – Organização do Tratado do Atlântico Norte..
FMI – Fundo Monetário Internacional..
OCDE – Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico..
OMC – Organização Mundial do Comércio..