Qual é o conceito de transporte

1. INTRODUÇÃO

Os avanços tecnológicos permitem a troca de informações em tempo real, no mundo globalizado integrando diversas regiões do mundo e isso reflete nos sistemas econômicos, sociais, culturais e políticos. Essa capacidade de interação compartilhada no mundo global permite que os avanços na área de produção das indústrias tenham maior eficiência. E um desses setores privilegiados pelo compartilhamento de informações é a Logística que, sendo responsável pelas atividades de transporte, armazenamento e distribuição de produtos e mercadorias a implementação de novas tecnologia é fundamental, para que seja atingido o objetivo central da logística: entregar o produto certo, na quantidade certa, na hora certa, no lugar certo e ao menor custo possível.

Nem sempre foi assim, vejamos o que já dizia Henry Ford em seu livro Hoje e Amanhã, de 1927.

O Limite real de uma empresa é o transporte. Se ela tem que transportar seus produtos para muito longe, restringe-se na sua capacidade de serviços e limita seu tamanho. Transporta-se demais, há excesso de veiculados de mercadorias, há desperdícios. (FORD, 1927, p.23)

Grandes empresas vêm investindo cada vez mais em tecnologia de informação para obterem um melhor planejamento e controle de suas operações bem como, soluções intermodais para conseguir redução maior de seus custos e assim, manter um diferencial competitivo.

Dentro da cadeia de suprimentos o elo logístico transporte compõe uma das atividades primárias da manutenção de estoques. Para que esse elo seja bem organizado é necessário que haja uma integração muito bem administrada entre todas às atividades logísticas e a comunicação entre os setores de recebimento, expedição, movimentação e transporte com isso esse sistema irá abranger também às rotinas referentes ás atividades de compra e de relacionamento com o cliente. E para que haja uma sincronia eficiente entre esses elos é imprescindível fazer o gerenciamento dos processos internos e externos para um total controle dessas operações ligadas a toda cadeia de suprimentos, desde o abastecimento de matéria-prima até a entrega ao cliente final, passando pelo processo de produção. Essa gestão integrada de processos bem controlados possibilita a entrega do produto ao cliente final.

 O fenômeno da globalização permite que as fronteiras geográficas desapareçam e com isso, a expectativa de que gerentes devam estar cada vez mais preparados para enfrentas às adversidades dessa realidade contemporânea. Essa preparação para cargos gerenciais é fundamental para que tenham uma visão internacional dentro da logística e quais as mudanças que regem esse segmento e, portanto, se manter informado e atualizado é questão indispensável para as operações logísticas.

Esta aula pretende identificar a importância da gestão estratégica para a boa eficiência e integração dos setores dentro da empresa e saber como é fundamental pensar em estabelecer parcerias para entendermos como as soluções oferecidas e as tendências em termos de funcionalidade de planejamento podem influenciar as estratégias adotadas pelas organizações para que se mantenham competitivas às pressões do mercado. Planejamento e controle de todas essas atividades são comumente chamados dentro da logística de Supply Chain Management – (SCM).

2. LOGÍSITCA E O MERCADO

Logística segundo o Council of Logistics Management – CLM: Logística é o processo da cadeia de suprimentos que planeja, implementa e controla o fluxo e o estoque de bens e serviços e as informações relativas, do ponto de origem ao ponto de consumo, de maneira eficiente e eficaz, buscando a satisfação das necessidades do cliente.

2.1 Ferramentas de Planejamento Estratégico

           O sucesso de uma empresa está no seu planejamento estratégico aonde se encontram os objetivos em que ela quer chegar e quais as direções estratégicas devem ser adotadas para alcançar esse objetivo, tendo como base de sua conjuntura atual o cenário interno e externo do seu negócio. A gestão logística deve estar sempre atualizada com esse tipo de ferramenta essencial para que a empresa funcione de maneira controlada.

Certamente a mais conhecida das ferramentas do planejamento estratégico,  é a análise SWOT, essa matriz estuda o ambiente interno da empresa (aquele que você pode controlar) em busca de suas forças e fraquezas, e investiga também o ambiente externo (aquele sobre o qual sua empresa não tem como atuar) para identificar oportunidades e ameaças. Embora ainda não seja muito utilizada existe a ferramenta estratégica de análise Matriz de Ansoff que pode atuar em conjunto com as outras ferramentas mais elaboradas.

 Segundo Chiavenato e Sapiro (2009 p.114),"O modelo de análise das cinco forças competitivas amplia a base analítica setorial, na medida em que essas forças mostram que a concorrência em um setor envolve todas as organizações do setor. Fornecedores, compradores, entrantes potenciais, sem falar nos concorrentes, são todos concorrentes entre si pela margem potencialmente a ser gerada pelo setor." 

Figura 1 - Forças que dirige a concorrência na indústria.

1-Ameaça de novos entrantes: No momento que uma nova organização surge, ela traz ameaças para as empresas existentes, por ser uma a mais no mercado, sendo ou não do mesmo ramo de atividade, obrigando as outras empresas estarem mais eficazes e desenvolver novas estratégias. Para barrar essas entradas as empresas devem utilizar-se de: diferenciação de produto, custos de mudança, imagem de marca, necessidades de fundos, economias de escala e etc.

O mercado conta com barreiras de entrada, ou é muito fácil fazer parte dele? Patentes, custos altos de instalação, economia de escala e a força das marcas já instaladas são alguns fatores que podem determinar qual é o grau da ameaça de novos concorrentes saturarem o mercado rapidamente.

2-Poder dos fornecedores: São considerados poderosos quando:

a) Constituem um pequeno número de grandes organizações fornecedoras altamente concentradas;

b) Não há produtos substitutos satisfatórios para o setor;

c) As organizações não são consideradas clientes importantes para os fornecedores;

d) Os artigos dos fornecedores são essenciais ao êxito do comprador no mercado;

e) Os fornecedores representam uma ameaça de integrar-se para a frente no setor dos compradores.

Existem situações típicas de monopólios ou oligopólios, quando os fornecedores praticamente ditam preços e condições, mas outros fatores podem aumentar ou diminuir o poder de negociação dos fornecedores, como o grau de diferenciação entre eles, o custo de produção e até a possibilidade de um fornecedor resolver se tornar seu concorrente.

 3- Poder dos compradores: Os compradores num setor têm poder quando: 

a) Estão adquirindo grande parte do total da produção do setor;

b) O produto adquirido responde por uma parcela significativa dos custos dos compradores;

c) Os produtos do setor não são diferenciados ou padronizados;

d) Os compradores podem apresentar uma ameaça concreta de integração para trás. O setor automobilístico está oferecendo um serviço de vendas nacionais on-line para proporcionar serviços adicionais ao cliente.

Quando os compradores dispõem de diversas opções semelhantes para escolher ou têm tempo para tomar a decisão de compra, podem pressionar o mercado a baixar preços e aumentar a qualidade dos produtos e serviços.

4- Ameaça de produtos substitutos: Produtos substitutos são os variados bens ou serviços que possui mesmo ramo de atividade ou efetua as mesmas funções de um determinado produto. Ex.: recipientes plásticos no lugar de potes de vidro, sacos de papel no lugar de sacos plásticos, etc. Pode ocasionar em custos de mudanças e propensão do comprador para aquisição de produto e serviços.  Pense em como o Uber substitui os taxis convencionais e o aplicativo Waze acabou com o mercado de GPS para automóveis. Produtos substitutos atendem às mesmas necessidades de seus clientes, só que de outra forma e, às vezes, melhor.

5 - Rivalidade entre concorrentes: Todos almejam competitividade estratégica nas variadas organizações e setores, para isso, concorrem intensamente entre si influenciadas por fatores como: crescimento do setor (e/ou mercado), custos fixos, diferença de produtos, custos de mudança, diversidade de concorrentes, barreiras de saída, etc. quanto maior a rivalidade, mais difícil será entrar nesse mercado, pois quem já está por lá investe pesado em marketing e pesquisa, além de praticar baixas margens.

FIQUE ATENTO!

A Matriz Ansoff é uma ferramenta utilizada no Planejamento de Marketing que possibilita determinar as estratégias de produto e de crescimento de mercado. Na prática, auxilia na localização de oportunidades de crescimento em unidades de negócio. Também conhecida como Matriz de produto/mercado, a matriz de Ansoff foi criada por Igor Ansoff (1918 – 2002), um administrador de empresas e matemático russo, conhecido por ser o pai da Administração Estratégica de Empresas. Fonte: PORTAL DO MARKETING – Tudo sobre Marketing.

3. CONCEITOS FUNDAMENTAIS EM TRANSPORTES - CUSTOS

  Em tempos de integração global das economias e a necessidade de expansão dos negócios, as decisões de transportes são cada vez mais avaliadas, no contexto logístico, pois a estratégia de produzir é dependente das condições e custos logísticos, condições de mercado e o retorno sobre o investimento.

3.1      O Papel do Transporte na Logística

Segundo Michael Porter apresenta a logística como “uma maneira sistemática de examinar todas as atividades que uma empresa desempenha e como elas se interagem, para analisar as fontes de vantagem competitiva.” Essa cadeia de desempenho e a forma como desempenham as atividades, refletem “a história, sua estratégia e da economia básica das próprias atividades.”

Ainda segundo Porter (1986), “a meta de qualquer estratégia genérica é criar valor para os compradores” de forma lucrativa. Desse modo, a cadeia de valor exibe o valor total que consiste nas atividades de valor e margem.

 As atividades de valor são as atividades físicas e tecnológicas que a empresa desempenha. São pilares pelos quais a organização cria um produto valioso para seus compradores. Margem é a diferença entre o valor total e o custo coletivo de se desempenhar as atividades de valor.

A atividades de valor podem ser divididas em dois tipos gerais:

a)Primárias (atividade principal) – atividades envolvidas na criação física de produtos, na venda e na transferência para o comprador, assim como a assistência e o pós-venda;

b) Atividades de suporte/apoio – apoiam as atividades primárias e permitem inputs comprados, tecnologia, recursos humanos e várias funções gerais da empresa.

Segundo Baudin (2004) qualquer atividade que envolva transformação e materiais é considerada produção, e não logística; a fronteira entre produção e logística deverá ser formatada de acordo com esses preceitos e dentro da realidade de cada negócio.

Logística de entrada (suprimento)- Inbound: Está relacionado com a gestão de compras correspondendo ao conjunto de operações de compra de insumos e matérias-primas, incluindo a negociação, compra, transporte, armazenamento, controle de qualidade e outros. Ou seja, toda a comunicação entre a empresa e o fornecedor. Está ligada diretamente com redução de custos para manter um bom relacionamento com fornecedores, parceiros e outros envolvidos na administração de materiais.

Logística de movimentação interna: Responsável pelo abastecimento das linhas de produção e seus insumos e também o escoamento da efetiva produção até o armazém de expedição. Tal atividade necessita do planejamento de controle da produção (PCP) para garantir o funcionamento eficiente de cada etapa do processo produtivo sem permitir gargalos ou ociosidades.

Logística de saída (outbound): Envolve armazéns para estocagem de produtos acabados e/ou centro de distribuição avançados (CD’s) filiais, distribuidores ou clientes finais, por exemplo. Portanto, podemos dizer que a logística outbound é a atividade por meio da qual uma empresa entra em contato direto com o mercado e o consumidor e essa gestão deve cuidar de todo o processo de distribuição dos itens até os clientes finais. Isso é feito por meio de uma série de processos integrados ao setor de transporte. Uma logística outbound bem planejada e executada pode garantir diversos benefícios para a empresa e os demais envolvidos (parceiros de negócio e clientes). Quanto a redução de custos nesse processo é fundamental entender o impacto deles na decisão de compra e quais estratégias de acordo com a situação da empresa possam ser adotadas para promover a redução, sem que haja impactos na qualidade dos serviços.

           Pode-se mencionar ainda outros modelos de distribuição, a exemplo o: transit point, cross-docking, entretanto, o foco é transporte do macroprocesso de entrada e saída.

           Atento a esse cenário, a definição para logística segundo o Council of Supply Chain Management Professionals diz que: Logística é o processo de planejar, implementar e controlar de maneira eficiente o fluxo e a armazenagem de produtos, bem como os serviços de informações associados, cobrindo desde o ponto de origem até o ponto de consumo, co o objetivo de atender aos requisitos do consumidor.

           Percebe-se a ideia clara do ciclo PDCA quando se fala em “planejar, implementar e controlar”. Todo esforço logístico tem como objetivo principal atender a necessidade do cliente em quantidade, qualidade, prazo e custo.

FIQUE ATENTO!

O ciclo PDCA, ciclo de Deming ou ciclo de Stewart , é um ciclo de desenvolvimento que tem foco na melhoria contínua. O PDCA é utilizado para se atingir resultados dentro de um sistema de gestão e pode ser utilizado em qualquer empresa de forma a garantir o sucesso nos negócios, independentemente da área de atuação. Plan (planejamento), Do (execução), Check (verificação), Action (ação).

       4. MATRIZ MODAL DE TRANSPORTES

            4.1 O custo do Transporte

  Com a maior integração entre os mercados dos diversos blocos e países mundiais, a necessidade de aumentar a produtividade para o consequente aumento da competitividade torna-se cada vez mais urgente. Particularmente, a formação de blocos econômicos tem se dado com o objetivo de aumentar o comércio entre os países e, também, buscar a integração em seus diversos níveis: produtivo, social, político e cultural.

O QUE É MATRIZ DE TRANSPORTE?

Matriz de transporte é o conjunto dos meios de que um país dispõe para transportar pessoas e, principalmente, mercadorias. A ideal é aquela que consegue equacionar de forma adequada as distâncias e a geografia das regiões a ser atravessadas, as características do produto transportado e as exigências econômicas e sociais, minimizando custos financeiros e ambientais incluindo todas as modalidades de transporte.

Parâmetros Internacionais

Percebemos que o Brasil ainda é muito dependente do modal rodoviário. O país não tem investimentos suficientes na malha ferroviária, que é destaque em países como a Rússia e o Canadá.

É comum confundir custo do transporte de distribuição com o custo logístico, sendo facilmente apurado o custo do transporte de distribuição, entretanto, para efeito de controle e gestão, é necessário incluir nessa avaliação outros custos gerados por cada tipo de operação ou atividade logística. Que quando identificados permitirão eventuais reduções de custos. Por isso, a necessidade de saber quais são, e o que são esses custos para poder otimizá-los e assim, garantir a competitividade empresarial.

Os principais tipos de custos:

Função logística de entrada (suprimento, inbound)

a) Custos de transporte e suprimentos;

b) Custos de armazenagem (almoxarifado);

c) Custos de aquisição.

Função logística de movimentação interna

ü Custos de movimentação interna

Função logística de saída (distribuição outbound):

a) Custos de transporte de distribuição;

b) Custo de transporte reverso;

c) Custo de estoque;

d) Custo de armazenagem.

O transporte é uma das áreas mais significativas dentro de uma empresa ele representa em torno de 60% de seus custos totais. Como as demais atividades, o transporte necessita de um sistema integrado para gerenciá-lo. Esse sistema deve ser projetado de acordo com as necessidades da empresa que aplicados à logística tem a função de tornar mais eficaz às atividades operacionais com o objetivo de serem sistemas mais competitivos e que seja um diferencial na percepção dos clientes.

5. COMPLEXIDADE NOS NEGÓCIOS

            Diante da complexidade dos negócios e a forte expansão da logística impulsiona as empresas a buscar novas alternativas para enfrentar as pressões impostas à logística das cadeias de suprimento (Supply Chain), embora, poucas empresas estão realmente preparadas tecnologicamente, principalmente em relação aos quesitos:

a) Competição entre empresas mais acirradas;

b) Diversificação da produção, crescimento dos SKU’s;

c) Segmentação de clientes, mercados e produtos;

d) Clientes mais informados e exigentes;

e) Expectativa de vida dos produtos cada vez menor;

f) Redução de custos;

g) Local de produção não é o mesmo de consumo;

h) Estoques menores (JUST IN TIME – JIT);

i) Alto nível de incertezas;

j) Variabilidade.

Todos esses fatores exigem operações logísticas muito bem planejadas e otimizadas, entretanto a grande dificuldade ainda é o alto custo, que, para algumas empresas fica inviável se manter em patamares competitivos. Por isso, o tópico custo, é fator determinante no sucesso ou fracasso de qualquer produto ou serviço, dentro do atual cenário macroeconômico de comoditização, principalmente de produtos industrializados.

6. MODELO CONCEITUAL DE LOGÍSTICA INTEGRADA

 Segundo Ronald H. Ballou a logística empresarial estuda como a administração pode prover melhor nível de rentabilidade nos serviços de distribuição aos clientes e consumidores, através de planejamento, organização e controle efetivos para as atividades de movimentação e armazenagem que visam facilitar o fluxo de produtos.                                                      

Como o próprio nome sugere, ela representa a integração de todo o processo logístico, da origem dos produtos às mãos do consumidor final. Tais processos são integrados em sistemas que aumentam a eficiência das ações empresariais e melhoram seus resultados. O fluxo logístico, bem como as atividades gerais que o envolvem, são coordenados através desses sistemas inteligentes, com o intuito de oferecer o melhor para um consumidor que se mostra cada vez mais exigente.

A logística integrada trabalha em união com outras áreas como: serviço ao cliente, transporte, armazenagem, processamento de pedidos, estoques, compras.

A equipe de logística integrada é responsável por planejar, implementar e controlar todos os passos, tornando os processos mais simples e ágeis, prevenindo falhas e aumentando a eficiência. Um trabalho extremamente importante quando se pensa no contexto atual de mercado.

7. GESTÃO DE TRANSPORTE E ESTOQUE

No Brasil, mais de 60% dos produtos e mercadorias são distribuídos por meio de rodovias, e isso coloca as transportadoras em uma posição de destaque no mercado. Mas, para conseguir atender a toda essa demanda, é necessários investimentos em tecnologia e gestão. Portanto, para se manterem na concorrência tanto as transportadoras quanto as empresas que contratam os seus serviços para a distribuição dos produtos é imprescindível que invistam na melhoria da gestão e monitoramento do transporte que deve atentar para diversos aspectos, como:

a) Sistema de distribuição;

b) Controle de estoque;

c) Centros de distribuição e galpões bem localizados;

d) Frota de veículos moderna;

e) Manutenção de veículos em dia;

e) Custos com mão de obra.

Todos os processos logísticos envolvem muitas pessoas manuseando a mercadoria em vários elos ao longo da cadeia de suprimento. Por isso a necessidade de trabalhar com a logística enxuta, baseada nos conceitos do Sistema Toyota de Produção (STP).

O objetivo dos gestores de um negócio é diminuir a variabilidade (alterações) de seus processos para que eles sejam tão padronizados quanto possível. Para isso, é preciso contar com o apoio de toda equipe e colher dados reais da operação, que serão analisados atentamente.

Como se pode perceber proporcionar uma boa experiência de compra a clientes cada vez mais exigentes por qualidade, bons preços e atendimento personalizado, é um dos principais desafios dentro de uma empresa. Aqui, mais uma vez, a logística aparece como um setor a ser explorado, visando reduzir custo, acelerar processos e impulsionar o relacionamento com o cliente de forma eficiente e competitiva.

 8. CONCLUSÃO

Um dos itens que compõem o Logistics Performance Index (índice de Performance Logística) é justamente a qualidade da infraestrutura dos países. No caso do Brasil, caímos da 47ª posição no ranking de infraestrutura para a 55ª, com mais da metade dos entrevistados reclamando das tarifas praticadas em todos os modais. É importante ressaltar que as entrevistas foram realizadas entre setembro de 2017 e fevereiro de 2018, ou seja, muito antes da bastante criticada tabela de frete rodoviário lançada pelo governo brasileiro no final de maio e que trouxe aumento de custos de transporte para boa parte das empresas nacionais.

O fato é que as empresas brasileiras não têm opção. Problemas como falta de infraestrutura, má qualidade da infraestrutura existente e burocracia acabam levando mais de 60% das empresas a escolherem o modal rodoviário, enfrentando estradas de má qualidade. Além disso, a malha rodoviária nacional é muito aquém das necessidades de um país com dimensões continentais como o Brasil, com densidade de apenas 0,025 km/km2 de área nacional, cerca de 20 vezes menor do que China e Estados Unidos.

Muito mais do que investir em outros modais de transportes, o Brasil precisa verdadeiramente investir em transportes, ou seja, construir mais rodovias, mais ferrovias, viabilizar suas hidrovias e integrar esses modais aos seus portos e aeroportos, para garantir uma logística eficiente. Além disso, com uma costa tão extensa como a nossa, é importante garantir a competitividade da cabotagem, que permite custos menores, transporte mais limpo ambientalmente e com mais segurança, mas que acaba prejudicada pela burocracia e pela política nacional.

Proporcionar um nível de serviço ao cliente diferencia e requer investimentos constantes em infraestrutura, modernização da legislação aplicada e principalmente forte investimento em qualificação de pessoas e tecnologia intensiva, o resultado é sempre melhores custos operacionais totais, logo maior vantagem competitiva e geração de riquezas para o país e maior inserção do país na economia global.

9.REFERENCIAS:               

BANZATO, Eduardo - Tecnologia da Informação Aplicada a Logística - São Paulo – IMAM – 2017p.98 (adaptado).

BALLOU, Ronald H. - Logística Empresarial: transportes, administração de materiais e distribuição física. Tradução de: YOSHIZAKE, Hugo T. Y. São Paulo: Atlas,1993. 13.ª tiragem. 388 p.

BAUDIN, Michel. Lean Logistics: the nuts and bolts of delivering materials and goods. USA: Productivity Press, 2004

BERTAGLIA, Paulo R. - Logística e Gerenciamento da Cadeia de Abastecimento. São Paulo: Saraiva, 2003.

Connecting to Compete – Trade Logistics in the Global Economy – 2018. The International Bank for Reconstruction and Development/The World Bank 1818 H Street NW Washington, DC.https://openknowledge.worldbank.org/handle/10986/29971 Acesso em 02.11.2019 10 p.

CSCMP – COUNCIL OF SUPPLY CHAIN MANAGEMENT PROFESSIONALS. Supply Chain Management/logistics management definitions. Lombard: CSCMP, Estatística da Matriz Brasileira de Transportes disponível em: https://guiadoestudante.abril.com.br/blog/atualidades-vestibular/transportes-as-concessoes-e-os-problemas-da-matriz-brasileira/. Acesso em 29.07.2019

CHIAVENATO, Idalberto; SAPIRO, Arão, Planejamento Estratégico: Fundamentos e aplicações – 2ª edição – Rio de Janeiro: Elsevier, 2009.

FORD, Henry; CROWTHER, Samuel. Hoje e Amanhã. Tradução de Monteiro Lobato. São Paulo; Companhia Editora Nacional, 1927.

O que é conceito de transporte?

Usualmente, utiliza-se o termo transporte para designar o deslocamento para o trabalho, escola, para atividades de lazer, compras, o des- locamento de encomendas e cargas diversas e outra gama de fenômenos semelhantes e de evi- dente importância na vida cotidiana.

Qual o conceito de transporte na logística?

Já o transporte é uma etapa operacional da logística, sendo responsável por movimentar as mercadorias de um ponto ao outro sem nenhum comprometimento para a carga e para o destinatário.

Qual é a função do transporte?

As principais funções do transporte na Logística estão ligadas basicamente às dimensões de tempo e utilidade de lugar. Desde os primórdios o transporte de mercadorias tem sido utilizado para disponibilizar produtos onde existe demanda potencial, dentro do prazo adequado às necessidades do comprador.

O que são tipos de transporte?

Distinguem-se entre aéreos, terrestres e aquáticos. Os modais de transporte são: rodoviário, ferroviário, aquaviário, aeroviário e dutoviário.