Qual é o objetivo do Código Internacional de Nomenclatura Zoológica?

Cria��o da Comiss�o Internacional de Nomenclatura Zool�gica � tema de discuss�o

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Nelson Ferreira J�nior, pesquisador do Laborat�rio de Entomologia, do Instituto de Biologia, da UFRJ realizou sua palestra sobre o C�digo Internacional de Nomenclatura Zool�gica durante o I Semin�rio sobre Gest�o e Curadoria de Cole��es Zool�gicas da Fiocruz, que o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) realizou de 21 a 25 de mar�o. A apresenta��o teve in�cio com a hist�ria da classifica��o, que se perde na Antiguidade. Para a comunica��o dos seres humanos � essencial a exist�ncia de nomes e o conhecimento das entidades individuais (objetos) a serem nomeadas. Esses objetos representam cada entidade identific�vel num dado dom�nio e podem ser agrupados em categorias (classes).

Ferreira explicou que as defini��es dessas categorias baseiam-se em semelhan�as compartilhadas entre seus elementos constituintes. E as categorias re�nem objetos com base em algum conjunto de propriedades – caracter�sticas compartilhadas – comuns a todos esses objetos. O n�vel de detalhamento pode variar. Portanto, a rela��o entre categorias e objeto � relativa.

A exist�ncia de nomes � um pr�-requisito fundamental para a classifica��o. A cria��o desses nomes, no entanto, pressup�e um conhecimento dos objetos que ser�o denominados. Os substantivos correspondem � cria��o de categorias (classes) de objetos aos quais se aplica o mesmo nome, constru�das com base em defini��es. Em uma classifica��o, os objetos dentro de categorias derivadas de uma superior possuem as caracter�sticas desta. “Quando uma crian�a de dois anos, ao ouvir um disco com cantos de p�ssaros, se refere aos sons que est� ouvindo como sendo de uma ‘coc�’ (galinha), ela est�, por associa��o, reconhecendo os animais da classe das aves. Quando as coisas s�o reconhecidas, elas s�o ordenadas em diferentes grupos ou categorias. Todas as coisas na natureza fazem parte de diferentes grupos e subgrupos. Como � poss�vel perceber, estamos sempre agrupando objetos em categorias, isto �, classificando-os”, observou Ferreira.

Segundo o pesquisador, o objetivo da classifica��o das esp�cies � manter a estabilidade e universalidade dos nomes cient�ficos dos animais, e assegurar que cada nome seja �nico e distinto. Ele esclareceu que a cria��o da Comiss�o Internacional de Nomenclatura Zool�gica n�o cerceou a liberdade de pensamento do zo�logo, uma vez que n�o importa qual o conceito de esp�cie ou subesp�cie adotado por ele. “O zo�logo deve observar, estudar, fazer experi�ncias e tirar suas conclus�es. Qualquer que seja o conceito adotado, se ele disser que um determinado t�xon - unidade taxon�mica associada a um sistema de classifica��o dos seres vivos - � uma esp�cie, a Comiss�o Internacional regulamenta apenas a forma de nome�-la”, explicou o convidado.

�rsula Neves

31/03/2011

Permitida a reprodu��o sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunica��o / Instituto Oswaldo Cruz).

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Qual é o objetivo do Código Internacional de Nomenclatura Zoológica?

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Qual é o objetivo do Código Internacional de Nomenclatura Zoológica?

Na Biologia, um dos assuntos que gera muitas dúvidas e curiosidades é o uso da nomenclatura binomial (ou binária), ou seja o nome científico das espécies e as atuações das áreas da Taxonomia e nomenclatura dos seres vivos.

Popularmente podemos conhecer uma espécie por diversos nomes e até mesmo conhecer espécies diferentes com nomes populares iguais. A forma de evitar essas confusões no meio científico foi através da Taxonomia.

Formalizada por Carl Nilsson Linnæus no século XVIII, a Taxonomia (classificação dos seres vivos) permite que as espécies sejam reconhecidas e identificadas mundialmente através de seu nome em latim, que é composto por duas palavras: nome genérico e o descritor específico. Essas duas palavras indicam respectivamente o nome do gênero (sempre escrito com a inicial maiúscula) e o epíteto específico (assim chamado na Botânica), sempre escrito em letras minúsculas.

Por exemplo: a planta do alho é a espécie cientificamente chamada Allium sativum, onde Allium é o gênero. (Ilustração abaixo de Icones plantarum medico-oeconomico-technologicarum cum earum fructus ususque descriptione =. Wien :herausgegeben von Ignatz Albrecht und verlegt bey Phil. Jos. Schalbaecher .,[1800]-1822.)

As palavras em latim ou latinizadas por muitas vezes trazem características da espécie que nomeia, ou indicativos de sua origem ou de alguma peculiaridade.

Termos como sativa, sativum e sativus significam 'cultivado' ou 'plantado' e são frequentemente encontrados nos nomes científicos das plantas domésticas. Outro exemplo: Coriandrum sativum (coentro, acima na ilustração de Franz Eugen Köhler, Köhler's Medizinal-Pflanzen, 1896.)

A Taxonomia é a disciplina das Ciências Biológicas que define os grupos de seres vivos, através da classificação e da nomenclatura. A classificação é o sistema que organiza os seres vivos em categorias, conforme alguns critérios e características em comum, como por exemplo relações de parentesco evolutivo. Essas categorias são ordenadas do maior grupo para o menor, conforme a sequência básica: Domínio, Reino, Filo, Classe, Ordem, Família, Gênero e Espécie. Entre esses grupos ainda é possível encontrar pequenas divisões, como Subfamílias ou Subespécies, por exemplo. A tarefa de nomear os indivíduos e os grupos aos quais pertencem é realizada pela nomenclatura.

Atualmente cada Ciência dentro da Biologia que aborde a nomenclatura, tem seu próprio corpo de regras. Na Botânica, essas regras são determinadas pelo ICBN - o Código Internacional de Nomenclatura Botânica.

O Código Internacional de Nomenclatura Botânica é o conjunto de normas e recomendações que regem a atribuição formal da nomenclatura binomial às espécies no âmbito da Botânica e da Micologia, ou seja é aplicado não apenas às plantas, incluindo outros organismos tradicionalmente estudados pelos botânicos, como algas azuis (cianobactérias), fungos, liquens e protistas fotossintéticos, mesmo que taxonomicamente estejam relacionados com grupos não fotossintéticos.

Existem regras específicas para esses grupos, estabelecidas pelo ICBN, em particular os casos de anamorfismo (que engloba organismos com diferentes graus de diferenciação e especialização) e os fósseis.

As plantas cultivadas são regidas por um código específico, que é o Código Internacional de Nomenclatura de Plantas Cultivadas (ICNCP), que é um complemento que aborda o uso e registro dos nomes de cultivar, sinônimos comerciais, cultivares de origem híbrida e quimeras de enxerto.

O principal objetivo desses códigos é o de assegurar que cada grupo taxonômico (cientificamente chamado "taxon", de plural "taxa") de plantas, algas, cianobactérias e fungos tenha um único nome reconhecido e aceito universalmente.

Desta forma, o nome científico tem a finalidade de identificar cada espécie, de modo que em qualquer lugar do mundo haja este entendimento, evitando as confusões de nomes populares e o intercâmbio de informações científicas.

Por: Patrícia Dijigow

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Quais os objetivos do Código Internacional de Nomenclatura Zoológica?

O código se destina a orientar apenas a nomenclatura dos animais, deixando aos zoólogos liberdade na classificação de novos táxons.

Qual a importância do Código de Nomenclatura Zoológica?

A importância da nomenclatura Sem um nome científico universal, ditado segundo regras aceitas por toda a comunidade científica, que caracteriza cada espécie estudada e catalogada, ficaria difícil a comunicação entre os diversos campos da biologia. Quem dita tais regras é o código de nomenclatura zoológica.

Qual a importância das regras internacionais de nomenclatura zoológica na parasitologia?

NOMENCLATURA ZOOLÓGICA A finalidade da nomenclatura é promover nome para os táxons (= populações ou grupo de populações suficientemente distintas para ser distinguido por um nome e ser classificado em uma categoria definida), a fim de permitir a comunicação entre os profissionais de diferentes lugares do mundo.

Quais as finalidades da classificação zoológica?

CLASSIFICAÇÃO Finalidades: * conveniência (divisões acima do nível “espécie” são construções humanas/ não existem na natureza); * mostrar parentescos baseados na filogenia (história evolutiva de um grupo). - Regida pelo Código Internacional de Nomenclatura Zoológica (1985).