Qual é o radical de entender?

A vogal temática é uma das partes que formam as palavras e tem a função de ligar o radical às desinências, constituindo o tema.

Qual é o radical de entender?
A vogal temática é o morfema que liga o radical às desinências, constituindo o chamado “tema”

Como sabemos, as palavras da Língua Portuguesa são formadas e estruturadas por elementos mórficos, como radical, raiz, tema, afixos (prefixos e sufixos), desinências (nominais e verbais), vogal e/ou consoante de ligação e vogal temática.

Cada partícula é fundamental para que possamos compreender as palavras, pois representa uma unidade mínima de significação chamada de morfema. Neste artigo, refletimos a respeito do morfema intitulado de “Vogal Temática”. Vamos lá?

Vogal temática

A vogal temática é um morfema cuja função essencial é ligar o radical às desinências que formam as palavras. Essa junção constitui o tema (radical + vogal temática), ao qual são acrescentadas as desinências. Tanto os verbos quanto os nomes apresentam vogais temáticas. Por isso, elas podem ser classificadas em nominais e verbais.

Vogais temáticas nominais

Quando são átonas e se encontram no final das palavras, as vogais /A/, /E/ e /O/ são consideradas nominais. As vogais temáticas nominais juntam-se à desinência indicadora de plural.

Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;)

Exemplos:

  • Mesas

  • Postos

  • Casas

  • Não apresentam vogal temática as palavras terminadas em vogais tônicas (cajá, olé, bobó).

  • As vogais temáticas não devem ser confundidas com as desinências indicadoras de gênero (feminino [gata] e masculino [gato]), já que alguns substantivos não sofrem flexão de gênero, como podemos observar nas palavras “igreja” (não existe a palavra “igrejo”) e “supermercado” (não existe a palavra “supermercada”).

Vogais temáticas verbais

Na Língua Portuguesa, existem três grupos de conjugações verbais, sendo a primeira marcada pela Vogal Temática –A, a segunda é marcada pela Vogal Temática –E, e a terceira, pela Vogal Temática –I.

Observe os exemplos abaixo:

Primeira conjugação – AR

  • amar

  • ensinar

  • voar

Segunda conjugação – ER

  • comer

  • saber

  • viver

Terceira conjugação – IR

  • parir

  • decidir

  • ouvir

Ouça este artigo:

As palavras são formadas pelo radical, vogal temática, tema, desinência e afixo. Esses 5 elementos, chamados Morfemas, compõe a estrutura das palavras. Abaixo, uma representação do que seria cada um desses Morfemas:

Qual é o radical de entender?

Radical é o morfema base, onde consta o significado principal da palavra. Exemplo:

Pedra – pedreiro – pedrinha – apedrejar

Perder – perdido – perdedor - imperdível

Existem palavras formadas apenas de radical, como é o caso de sofá, amor, café, animal, dor, paz, tatu.

Vogal Temática é a vogal que aparece seguida do radical, caracterizando nomes e verbos. Os nomes são distribuídos em 3 classes: -a, -e, -o, quando em posição final e átona. Exemplo:

Banana, poeta, rosa, mesa

Estudante, leite, dente, triste

Livro, rico, menino, sono

Já, as vogais temáticas dos verbos que são -a, -e, -i, caracterizam as conjunções verbais. Exemplo:

Falar

Entender

Sorrir

Tema é o radical acrescido da vogal temática e do radical, pronto para receber outros morfemas. Exemplo:

Chorar = chor + a

Rosa = ros + a

Livro = livr + o

Desinência é o morfema que indica o gênero e número dos nomes e de pessoa, número, modo e tempo dos verbos. Abaixo, vamos entender a diferença de cada uma delas.

Desinência nominal: indica o gênero feminino ou masculino e o plural dos nomes como substantivos, adjetivos, numerais e pronomes. Por exemplo:

Menin – a – s

    • Menin: radical
    • -a: desinência de gênero
    • s: desinência de número

Desinência verbal: indicam número e pessoa (desinências número-pessoais) e modo e tempo (desinências modo-temporais) dos verbos.

Cant – á – va – mos

    • Cant: radical
    • -á: vogal temática
    • -va: desinência modo-temporal
    • -mos: desinência número-pessoal

Afixo é o morfema acrescentado ao radical que possibilita a formação de novas palavras. Há dois tipos de afixos:

Prefixos: são afixos colocados antes do radical. Exemplos:

INfeliz

ANTEbraço

INativo

IMpermeável

SOBREpor

ULTRApassar

Sufixos : são afixos colocados depois do radical. Exemplos:

felizMENTE

homemZARRÃO

caldeiRÃO

dentUÇA

partÍCULA

cãoZINHO

Além disso, existem vogais e consoantes de ligação que surgem para facilitar a pronúncia. Abaixo, algumas situações destas:

Plen i – tude
Vogal de ligação

Carn – í – voro
Vogal de ligação

Cha –l – eira
Consoante de ligação

Pau – l – a - da
Consoante de ligação

Referência Bibliográfica:

LIMA, Rocha. Gramática Normativa da Língua Portuguesa. 27 ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1986. 506p.

PASCHOALIN, Maria Aparecida. Gramática: teoria e atividades. 1. Ed. São Paulo: FTD, 2014. 512p.

Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/portugues/estrutura-das-palavras/

Como saber qual é o radical?

Radical é o elemento básico e significativo das palavras, consideradas sob o aspecto gramatical e prático. É encontrado através do despojo dos elementos secundários (quando houver) da palavra.

Qual é o radical?

Radical é o elemento que contém o significado básico de uma palavra e a partir do qual pode constituir-se uma família de palavras. Ao contrário da raiz, ele não concentra sua significação de um aspecto diacrônico (histórico), e sim sincrônico (independente da raiz histórica).

Qual é o radical de sorrir?

Nesse caso, o radical i- é completamente alterado, apesar de algumas desinências serem as mesmas do verbo paradigma da terceira conjugação, como o verbo sorrir: sorri, sorriste, sorriu, sorrimos, sorristes, sorriram.

Qual é o radical da palavra leitura?

Qual o seu processo de formação e a sua forma de base? A palavra leitura é uma palavra complexa, analisável do seguinte modo: leit- + -ura. Note-se que o radical é semierudito, mantendo o t do radical do particípio passado latino (lectu-) que lhe serve de base de derivação.