Qual obra da antiguidade narra a história de um rei sumério em sua jornada em busca da imortalidade?

Curiosidades

A Epopeia de Gilgamesh é um poema épico que narra a jornada do rei sumério de Uruk em sua busca pela imortalidade contra a ação dos deuses.

Qual obra da antiguidade narra a história de um rei sumério em sua jornada em busca da imortalidade?
Fonte: Ensinar História

Em primeiro lugar, a Epopeia de Gilgamesh é um antigo poema épico escrito pelos sumérios. Ou seja, trata-se de um documento mesopotâmico datado em torno de 2000 a.C. Resumidamente, aborda os feitos e a história de Gilgamesh, rei de Uruk, em sua busca pela imortalidade.

Sobretudo, pode ser considerada uma das lendas mais fantásticas dessa civilização. Ademais, historiadores e pesquisadores posicionam esse poema épico como a obra da literatura mais antiga da humanidade. Em outras palavras, estima-se que o texto tenha surgido 1500 anos antes dos poemas de Homero, a Ilíada e a Odisseia.

Além disso, essa história desapareceu da história mesopotâmica durante o Grande Incêndio, em  612 a.C. Eventualmente, a Epopeia de Gilgamesh desapareceu da cultura popular, levando consigo os registros desse documento. Sendo assim, somente após dois mil e quatrocentos anos obteve-se conhecimento da obra.

Em outras palavras, o arqueólogo britânico Austen Henry Layard descobriu as ruínas da soterrada biblioteca de Nínive, por volta do século XIX. Desse modo, a missão arqueológica revelou cerca de trinta mil placas de argila com escrita cuneiforme, fragmentos que formavam 1.200 textos distintos.

Curiosamente, dentre eles estavam as doze placas que compunham a história da Epopeia de Gilgamesh. Portanto, estima-se que esse poema épico foi recuperado a quase cinquenta séculos após seu reinado. Por fim, retornou ao imaginário popular e à cultura da humanidade.

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História da Epopeia de Gilgamesh

Antes de mais nada, é preciso de uma contextualização história para compreender a história da Epopeia de Gilgamesh. Desse modo, Gilgamesh foi o quinto rei da primeira dinastia de Urak, ou seja, reinou por volta de 2650 a.C. Além disso, entrou para a história da Mesopotâmia como um dos mais ilustres governantes sumérios.

Como consequência, inspirou incontáveis lendas e poemas, até ser divinizado eventualmente. Por outro lado, cabe citar que Urak foi uma das primeiras cidades do mundo. Nesse sentido, tinha uma grande influência na cultura, na arquitetura e na formação de governos na região mesopotâmicas.

Primeiramente, o poema da Epopeia de Gilgamesh inicia exaltando as virtudes, feitos e qualidades do rei sumério. A princípio, cita sua própria composição como sendo dois terços divinos e um terço humano. Ademais, cita seus feitos pela população de Urak, como a construção da muralha e do templo para a deusa Enna.

Entretanto, o poema épico apresenta o rei como uma figura arrogante e que a população não suportava. Apesar de seus importantes feitos, todos o achavam prepotente, de modo que o povo passe a clamar que a deusa Aruru crie um ser como Gilgamesh para desafiá-lo. Portanto, a deusa atende o pedido e cria Enkidu a partir do barro, um homem selvagem que vive no meio da floresta.

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Desfecho da narrativa

Em resumo, essa figura vive como um selvagem, convivendo com os animais e tendo uma constituição bárbara. Porém, Gilgamesh descobre sobre a existência dele e exige que uma cortesã sagrada o seduza e traga para a civilização. Desse modo, Enkidu é civilizado por meio de uma transformação estética e levado ao reino de Urak.

No geral, existem duas versões sobre o encontro de ambos. Comumente, os relatos apresentam que eles lutam, porém há discordância no final. Por um lado, há quem diga que Enkidu venceu Gilgamesh ao fazê-lo se ajoelhar. Em contrapartida, outras versões afirmam que o rei de Urak o derrotou.

De qualquer modo, o combate serve para uni-los em uma amizade que contraria os planos da população e da deusa Aruru. Nesse sentido, ambos passam a viver aventuras juntos, como derrotar Humbaba, um gigante feroz que vomita fogo. Como consequência da bravura do rei, a deusa Ishtar se apaixona e o pede em casamento.

Contudo, arrogante como era, Gilgamesh recusa e desdenha da deusa. Sendo assim, Ishtar fica terrivelmente ofendida e envia um gigante touro celeste para destruir o herói e seu reino. Porém, ele é derrotado por Gilgamesh e Enkidu, mas o amigo do rei acaba morrendo por ação da deusa.

Porque estava entristecido e amedontrado com a possibilidade de morrer, a Epopeia de Gilgamesh apresenta que o protagonista em uma jornada em busca da imortalidade.

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Fonte: Ensinar História

Simbologia e associações da Epopeia de Gilgamesh

Eventualmente, Gilgamesh cumpre uma complicada jornada, repleta de perigos, desafios e provações, mas consegue descobrir o segredo da imortalidade. Desse modo, ele descobre por meio da esposa de um ancião imortal que ele precisa encontrar uma planta que está no fundo do mar e comê-la para também ser imortal.

Sendo assim, o rei de Uruk segue sua jornada na Epopeia de Gilgamesh, enfrentando novos desafios e encontrado a planta em questão. Contudo, ao percorrer o caminho de volta ao seu reino ele acaba dormindo com a planta em mãos, pois decidiu dividi-la com os sábios de Uruk.

Por fim, uma serpente sente-se atraída pelo cheiro da flor e acaba comendo-a, ficando rejuvenescida e tornando-se imortal. Apesar de não atacá-lo, Gilgamesh acorda e descobre que falhou em sua missão, desistindo de ser imortal. Entretanto, ele retorna para Uruk e a Epopeia de Gilgamesh é concluída com grandes reflexões do rei sobre seus feitos.

Desse modo, o poema épico aborda incontáveis questões da natureza humana, como felicidade, amizade, poder, cobiça, inveja e afins. Ademais, uma das histórias mais antigas da humanidade apresenta um rei importante para o desenvolvimento das sociedades. Por outro lado, a jornada do herói também aborda assuntos relacionados à transformação interior e autoconhecimento.

Em contrapartida, ainda discute sobre temáticas relacionadas à civilização através de Enkidu. Por fim, cria uma relação do poder dos deuses em relação aos homens e as consequências de atos contra as divindades.

E aí, gostou de conhecer sobre a Epopeia de Gilgamesh? Então leia sobre Cidades medievais, quais são? 20 destinos preservados no mundo.

Fontes: Ensinar História | Mundo Educação | Brasil Escola | BBC

Imagens: Ensinar História

Qual obra da antiguidade narra a história de um rei sumério?

A Epopeia de Gilgamesh foi um poema épico mesopotâmico que foi escrito por volta de 2000 a.C. Narrava os feitos de Gilgamesh, um rei sumério. Essa história foi encontrada no século XIX, quando tabuletas em escrita cuneiforme foram encontradas em escavações na antiga cidade de Nínive.

Qual é a história mais antiga do mundo?

Os feitos de Gilgamesh, rei de Uruk, na antiga Mesopotâmia, foram cantados por dois mil anos até que um grande incêndio, em 612 a.C. devastou a biblioteca de Nínive, que guardava os registros escritos.

Quem teria sido Gilgamesh?

Rei de Uruk, pequena cidade da Suméria, Gilgamesh foi guerreiro e herói. Conheceu os segredos dos deuses, tornou-se sábio e deixou gravada, em pedra, a história do dilúvio. Não se sabe exatamente se ele existiu ou se faz parte da rica mitologia dos povos da Mesopotâmia.

Quem era Gilgamesh descreva Gilgamesh sua aparência qualidades e defeitos seus poderes e obras?

Gilgamesh tinha o corpo perfeito, era bonito e corajoso. Era dois terços divino e um terço humano. Era sábio, conhecia todas as coisas, viu os mistérios e conheceu as coisas secretas. Construiu as muralhas de Uruk e o templo Eanna dedicado aos deuses Anu e Ishtar.