Visivelmente, podemos afirmar que a pirâmide apresenta 5 vértices, 5 faces e 8 arestas. Vamos, agora, demonstrar que a relação de Euler é válida para determinar esses elementos da pirâmide de base quadrangular. Show
Resolução: Vértices V – A + F = 2 Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;) V – 8 + 5 = 2 V = 2 + 3 V = 5 Arestas V – A + F = 2 5 – A + 5 = 2 –A = 2 – 10 –A = –8 x(–1) A = 8 Faces V – A + F = 2 5 – 8 + F = 2 –3 + F = 2 F = 2 + 3 F = 5 Assim, podemos notar que a relação de Euler é realmente válida na determinação dos elementos de um sólido convexo. 3º Exemplo: O número de faces de um poliedro convexo de 22 arestas é igual ao número de vértices. Determine, utilizando a relação de Euler, o número de faces desse poliedro. Resolução: Considerando que o número de faces é igual ao número de vértices, podemos representar os valores desconhecidos pela incógnita x. Dessa forma, F = x e V = x. O octaedro é um poliedro de 8 (oito) faces. Por conseguinte, qual é o número de faces de um poliedro convexo que possui 10 vértices é 15 arestas *? Tem 10 vértices, 15 arestas, 7 faces e duas bases. A base da pirâmide pentagonal é um pentágono. Tem 6 vértices, 10 arestas, 6 faces e 1 base. Além disso, quantos lados tem um poliedro convexo?O número de faces é igual a 8. 2) (Fatec - SP) Um poliedro convexo tem 3 faces com 4 lados, 2 faces com 3 lados e 4 faces com 5 lados. Qual é o número de vértices desse poliedro? Atenção: as faces são unidas, duas a duas, por uma aresta. Então, É um poliedro convexo? Convexo: um poliedro é convexo se qualquer segmento com extremidades dentro do poliedro estiver totalmente contido no poliedro. Exemplo: O cubo é um poliedro convexo. Côncavo: um poliedro é côncavo se algum segmento com extremidades dentro do poliedro possuir pontos fora do poliedro. Eduardo WagnerComit� Editorial da RPMEm todo poliedro convexo com V v�rtices, A arestas e F faces, vale a rela��o . Este � o Teorema de Euler para poliedros. A simplicidade do enunciado, a sua generalidade e a facilidade de ilustr�-lo com belos desenhos o tornam atraente, ou mesmo fascinante, para o estudante. Ao longo da hist�ria (o teorema foi descoberto em 1758), diversas demonstra��es apareceram, mas nem todas corretas ou completas. Na RPM 03, num artigo do Prof. Zoroastro Azambuja Filho, encontra-se uma demonstra��o elementar e muito bonita do teorema; o leitor pode ver tamb�m a mesma id�ia na demonstra��o que se encontra no volume 2 do livro Matem�tica do ensino m�dio, publicado pela SBM. A pergunta natural que se imp�e � a seguinte: dados tr�s n�meros naturais V, A e F tais que , existe sempre um poliedro convexo com V v�rtices, A arestas e F faces? A resposta � gritantemente n�o. Por exemplo, V = 7, A = 9 e F = 4 satisfazem a rela��o de Euler , mas n�o s�o n�meros de nenhum poliedro, uma vez que com 4 faces s� existe o tetraedro, que tem 4 v�rtices e 6 arestas. Portanto, que condi��es os n�meros V, A e F devem satisfazer, al�m da rela��o de Euler, para que possamos garantir a exist�ncia de um poliedro com esses n�meros de v�rtices, arestas e faces? Obter a resposta para essa pergunta � o objetivo deste artigo. Imagine um poliedro (ver a defini��o no Ap�ndice) P com todas as suas faces triangulares (como o tetraedro, por exemplo). Nesse caso, 3F = 2A, uma vez que cada aresta � lado de exatamente duas faces. Entretanto, se P possui alguma face n�o triangular, ent�o 3F < 2A. � portanto condi��o necess�ria que . (1) Imagine agora que, no poliedro P, cada v�rtice seja ponto comum a tr�s arestas (como no cubo, por exemplo). Nesse caso, 3V = 2A, pois, contando as arestas que incidem em cada v�rtice, teremos contado cada uma duas vezes. Entretanto, se P possui algum v�rtice onde incidem mais de 3 arestas, teremos 3V < 2A. � portanto condi��o necess�ria que. (2) Se P � convexo, ent�o ou e, usando (1), obtemos ou seja, Usando (2), obtemos Portanto, para a exist�ncia de um poliedro convexo com V v�rtices, A arestas e F faces, � necess�rio que, al�m da rela��o de Euler, e de que, tenhamos: e Se o n�mero de arestas � pequeno, podemos facilmente investigar o aspecto de alguns poliedros. Por exemplo: Como s�o os poliedros que possuem 10 arestas? Considerando as condi��es que acabamos de estabelecer, se A = 10, devemos ter e . Logo, F = 6 e V = 6. Veja como eles s�o: O primeiro � uma pir�mide pentagonal e o segundo possui duas faces quadrangulares e quatro faces triangulares. Observe que n�o podemos construir um poliedro, com as caracter�sticas estabelecidas, somente com faces triangulares. Como vimos antes, se um poliedro possui apenas faces triangulares, ent�o 3F = 2A, o que n�o ocorre aqui. Vamos prosseguir para encontrar condi��es suficientes para a exist�ncia de um poliedro convexo com V v�rtices, A arestas e F faces. Representaremos por (V, A, F) qualquer um dos poliedros da fam�lia de todos os poliedros que possuem V v�rtices, A arestas e F faces. Por exemplo, (6, 10, 6) representa qualquer um dos dois poliedros que est�o ilustrados na figura anterior. Existe um poliedro convexo com V v�rtices, A arestas e F faces se, e somente se: i) ii) iii) iv) Prova: Inicialmente observamos que as condi��es i) e iv) podem ser obtidas de ii) e iii); logo, n�o seria necess�rio escrev�-las, mas optamos por faz�-lo para maior clareza. J� vimos que as condi��es s�o necess�rias. Vamos ent�o provar a sufici�ncia. a) Inicialmente, definimos os poliedros (fam�lias) que chamaremos de primitivos. S�o os seguintes: (4, 6, 4): o tetraedro, (5, 8, 5): a pir�mide de base quadrangular, (6, 10, 6): os poliedros que ilustramos na p�gina anterior. b) Vamos agora definir duas transforma��es a serem aplicadas nos poliedros primitivos: A transforma��o denotada por (2, 3, 1) acrescenta a um poliedro dois v�rtices, tr�s arestas e uma face. Ela � realizada ajustando as arestas que incidem em um v�rtice, acrescentando uma nova face triangular como mostra a figura a seguir. As arestas e os v�rtices novos est�o em negrito. A transforma��o denotada por (1, 3, 2) acrescenta a um poliedro um v�rtice, tr�s arestas e duas faces. Ela � realizada, introduzindo duas faces triangulares novas a partir de duas arestas adjacentes de uma face do poliedro. As arestas novas e o v�rtice novo est�o em negrito. A id�ia dessas transforma��es deve-se a Edward Bender, da Universidade da Calif�rnia, que as publicou no artigo �The number of three dimensional convex polyhedra�, da American Mathematical Monthly, volume 94, January, 1987. Washington, D.C. Os poliedros primitivos satisfazem as condi��es i) a iv) e, aplicando-se a eles qualquer n�mero de transforma��es (1, 3, 2) ou (2, 3, 1), continuamos obtendo poliedros que satisfazem essas condi��es. Por exemplo, se aplicarmos x vezes a transforma��o (1, 3, 2) ao poliedro (4, 6, 4), obtemos o poliedro, que claramente satisfaz a condi��o i); satisfaz ii), pois 4 + x � 6 � 3x + 4 + 2x = 2; satisfaz iii), pois ; satisfaz iv), pois . Um trabalho an�logo mostra que os tr�s poliedros primitivos submetidos �s transforma��es (1, 3, 2) e (2, 3, 1) conservam as condi��es i) a iv). A parte final vem a seguir, onde mostraremos que se V, A, e F satisfazem as condi��es i) a iv), existe um poliedro com esses n�meros de v�rtices, arestas e faces. c) Dado (V, A, F), satisfazendo i) a iv), existem inteiros n�o negativos x e y e existe um poliedro primitivo tais que , ou seja, (V, A, F) pode ser constru�do a partir de um dos poliedros primitivos. Para provar isso, observe inicialmente o n�mero de arestas dos poliedros primitivos. No primeiro, o n�mero de arestas � m�ltiplo de 3, no segundo, deixa resto 2 quando dividido por 3 e, no terceiro, deixa resto 1 quando dividido por 3. Veja tamb�m que, para quaisquer x e y, o n�mero A permanece inalterado (m�dulo 3), ou seja, seu resto na divis�o por 3 permanece o mesmo. Suponhamos que A0 (mod 3), ou seja, A � divis�vel por 3. Se x e y satisfazem a primeira e a terceira equa��es, ent�o tamb�m satisfazem a segunda, uma vez que somando a primeira e a terceira equa��es obtemos, usando a rela��o de Euler, Devemos ainda mostrar que as solu��es x e y do sistema Vamos provar que x � inteiro: Como estamos no caso A0 (mod 3), temos A + 22 (mod 3) ou 2(A + 2)1 (mod 3). Como 3V0 (mod 3) e 41 (mod 3), temos 2FV4 = 2F + 2V3V4 = 2(A + 2)3V4 = 0(mod3). Assim, � divis�vel por 3, o que mostra que x � inteiro. Da mesma forma, mostra-se que y � inteiro. Com procedimento an�logo mostra-se que, se A1 (mod 3), conseguimos encontrar x e y inteiros tais que: e que, se A � 2 (mod 3), conseguimos encontrar x e y inteiros positivos tais que NOTA DA RPM: A id�ia deste artigo foi inicialmente apresentada pela professora Silvana L. Vincenzi Bortolotti � CEFET � Medianeira � PR, que enviou � RPM uma proposta de artigo tratando do assunto. Agradecemos a ela o interesse pela RPM e por ter chamado nossa aten��o sobre o tema. No livro Meu professor de Matem�tica, do prof. Elon Lages Lima, o leitor encontrar� material interessant�ssimo sobre poliedros, sua hist�ria, a dificuldade em conseguir uma defini��o e duas demonstra��es do teorema de Euler. Refer�ncia bibliogr�fica: BENDER, E. A. The number of three dimensional convex polyhedra. The American Mathematical Monthly, volume 94, number 1, January, 1987. Washington, D.C. Quantas faces tem um poliedro convexo com 6 vértices e 10 arestas?Determine o número de faces de um sólido que apresenta 10 arestas e 6 vértices. O sólido possui, portanto, 6 faces.
Qual é o poliedro que apresenta 6 faces 10 arestas e 6 vértices?O sólido que é constituído por 10 arestas 6 faces 6 vértices é a pirâmide pentagonal. A pirâmide pentagonal trata-se de um sólido geométrico que trata-se de uma pirâmide com base pentagonal, de modo que são erguidos cinco faces triangulares que se conectam em um ponto.
Quantas faces tem um poliedro convexo com 6 vértices?Exercício 1. Determine o número de faces em um poliedro com 9 arestas e 6 vértices. Resposta correta: 5 faces.
Quantas faces tem um poliedro de 10 arestas?Resposta: o poliedro possui 6 faces.
|