Quanto a prescrição de exercícios para indivíduos com insuficiência mitral?

Por: - Médico Cardiologista - CRM/SC 4101 RQE 1132
Publicado em 19/04/2018 - Atualizado 08/02/2019

Quanto a prescrição de exercícios para indivíduos com insuficiência mitral?

Os exercícios físicos para quem tem problemas cardíacos são prescritos de forma individualizada. Dessa forma, evita-se que a pessoa com alguma cardiopatia pratique um exercício que a prejudique mais do que a ajude.

Dependendo do caso, os exercícios de baixa intensidade podem ser uma opção melhor do que os que exigem maior disposição cardíaca. Há uma lista do que é recomendado escolher em cada situação. E, dentre esses exercícios físicos para quem tem problemas cardíacos, é possível optar por aquele que mais agrada.

Não tem jeito! A partir da existência de uma cardiopatia, pode ser necessário abandonar alguns hábitos ou predileções, como o tipo de exercício que se gosta de praticar, em benefício da saúde. A orientação do médico cardiologista e de um educador físico pode ser o mais adequado para essa adaptação à nova condição. E, quem sabe, um novo prazer pode ser descoberto a partir daí.

Conheça os exercícios físicos para quem tem problemas cardíacos, conforme o caso

Exercícios para quem já sofreu infarto

Após um infarto, é muito importante que a pessoa pratique um exercício físico. Isso ajuda na recuperação. Sair para caminhar, cuidando para que os batimentos cardíacos não excedam a frequência de 150 batidas por minuto, estão liberadas. Andar de bicicleta também. Tanto um como outro são bons porque ajudam a elevar a capacidade cardiorrespiratória. Mas atenção! Deve-se estabelecer com o médico a intensidade e a duração do exercício. Para algumas pessoas, o cardiologista pode recomendar, também, a musculação, para que haja ganho de força, ou a corrida.

Exercícios para quem convive com a insuficiência cardíaca

Ao contrário do que era recomendado até pouco tempo atrás, de que a pessoa com insuficiência cardíaca permanecesse em repouso, agora, a prática de um exercício físico é um dos principais “remédios” prescritos para pessoas que convivem com insuficiência cardíaca. A musculação e a corrida são algumas das práticas recomendadas.

Material escrito por: Harry Correa Filho
Médico Cardiologista - CRM/SC 4101 RQE 1132

Diretor técnico da Unicardio, o Dr. Harry Correa Filho é formado em medicina pela UFSC e especialista em cardiologia pelo Instituto de Cardiologia de Santa Catarina, onde já foi diretor. É professor de cardiologia na Unisul e Pesquisador de estudos clínicos, como EMERAS, ISIS 4, PARAGON, PLATO e TRILOGY.

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Quanto a prescrição de exercícios para indivíduos com insuficiência mitral?
Exerc�cio f�sico e reabilita��o cardiovascular

Quanto a prescrição de exercícios para indivíduos com insuficiência mitral?

 

*Fisioterapeuta formada pela Universidade Jos� do Ros�rio Vellano � Unifenas

**Fisioterapeuta mestranda em Ci�ncia do Movimento Humano

Universidade Estadual de Santa Catarina � UDESC.

(Brasil)

Luisa Pereira Parreiras*

Ang�lica Cristiane Ovando**

 

Resumo

          Reabilita��o cardiovascular define-se como processo de restabelecer o indiv�duo com problemas card�acos ao seu n�vel m�ximo de atividades, compat�vel com a capacidade funcional do seu cora��o. O exerc�cio f�sico � aceito como parte integrante do tratamento para recupera��o de um indiv�duo que sofreu algum tipo de doen�a coronariana e/ou vascular. Este estudo apresenta uma revis�o de literatura da anatomia e fun��o do sistema cardiovascular e dos princ�pios da reabilita��o cardiovascular. Foram abordados conceitos e defini��es incluindo cora��o e vasos sang��neos, os efeitos fisiol�gicos causados pelos exerc�cios f�sicos, os princ�pios da reabilita��o cardiovascular, bem como a descri��o de cada uma de suas fases e seus objetivos.

          Unitermos:

Reabilita��o cardiovascular. Exerc�cio f�sico.  
Quanto a prescrição de exercícios para indivíduos com insuficiência mitral?
http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - A�o 13 - N� 127 - Diciembre de 2008

Quanto a prescrição de exercícios para indivíduos com insuficiência mitral?

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Introdu��o

    A reabilita��o cardiovascular � designada como o processo de restabelecer o indiv�duo com problemas card�acos ao seu n�vel m�ximo de atividades, compat�vel com a capacidade funcional do seu cora��o (FARDY e YANOWITZ e WILSON, 2004).

    Atualmente, o treinamento f�sico � aceito como parte integrante do tratamento utilizado para recupera��o de um indiv�duo que sofreu algum tipo de doen�a coronariana. H� evid�ncias cient�ficas significativas de que a atividade f�sica aer�bica regular reduz o risco de doen�a cardiovascular e de que o est�mulo de vida � freq�entemente considerado um dos cinco maiores fatores de risco para doen�a cardiovascular (MARQUES, 2004).

    O benef�cio fisiol�gico mais importante � a melhoria da capacidade funcional. Isto significa que aumenta o limiar para sintomas como a angina de peito, a dispn�ia, a fadiga e o esgotamento, e um aumento na capacidade para o trabalho (LONGO, A; FERREIRA, D.; CORREIA, M. J., 1995).

    Este trabalho tem por objetivo realizar uma revis�o de literatura sobre a anatomia do sistema cardiovascular, efeitos fisiol�gicos dos exerc�cios e descrever as etapas da reabilita��o cardiovascular promovida por exerc�cios f�sicos em solo.

1.     Anatomia e fisiologia do sistema cardiovascular

1.1.     Cora��o

    O cora��o � uma bomba muscular c�nica envolvida por um saco fibroso � o peric�rdio. Seu tamanho � associado ao tamanho e massa corporal, com dimens�es que se assemelham ao punho fechado do indiv�duo. Encontra-se posicionado no centro do peito, atr�s da metade inferior do esterno. A maior por��o do cora��o est� � esquerda da linha que marca a metade do esterno, com o �pice encontrando-se aproximadamente a nove cent�metros � esquerda no quinto espa�o intercostal (FROWNFELTER e DEAN, 2004,).

    O cora��o � dividido em metades direita e esquerda por um septo obl�quo que se coloca verticalmente. Cada metade tem duas c�maras � o �trio, que recebe sangue das veias, e o ventr�culo que ejeta sangue nas art�rias (FIG. 1). A veia cava superior, veia cava inferior e as veias intr�nsecas do cora��o depositam sangue venoso no �trio direito, que passa para o ventr�culo direito. O ventr�culo direito projeta o sangue nas art�rias pulmonares ( que s�o as �nicas art�rias do corpo que cont�m sangue desoxigenado). As veias pulmonares devolvem o sangue para o �trio esquerdo e da� para o ventr�culo esquerdo. Do ventr�culo esquerdo ele � ejetado na principal art�ria do corpo � a aorta (FROWNFELTER e DEAN, 2004).

    Cada ventr�culo tem duas valvas, uma de entrada e outra de sa�da que controlam a dire��o do fluxo do sangue pelo cora��o. A valva do lado direito do cora��o � denominada tric�spide e � esquerda, mitral ou bic�spide. As valvas de sa�da ou semilunares s�o as pulmonares e a�rtica. Todas as valvas apresentam tr�s folhetos, exceto a mitral que possui dois. Elas s�o formadas pela duplica��o do endoc�rdio refor�ado por tecido fibroso e por umas poucas fibras musculares (DOWNIE, 1987).

    O cora��o � dividido em tr�s camadas � o epic�rdio, o mioc�rdio e o endoc�rdio. A camada mais externa, o epic�rdio, � um peric�rdio visceral geralmente infiltrado com gordura. O sangue dos vasos coronarianos que supre o cora��o corre por esta camada antes de adentrar o mioc�rdio. O mioc�rdio consiste em fibras musculares card�acas. A espessura das camadas de fibras musculares card�acas � diretamente proporcional com a quantidade de trabalho que elas realizam. Os ventr�culos trabalham mais que os �trios, e suas paredes s�o mais espessas. A press�o na aorta � maior que no tronco pulmonar. Isto requer um esfor�o maior do ventr�culo esquerdo, logo suas paredes s�o duas vezes mais espessas que as do ventr�culo direito. A camada mais interna, o endoc�rdio, � um fino revestimento do interior do cora��o (FROWNFELTER e DEAN, 2004, p. 36).


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Figura 1. Anatomia do cora��o

Fonte: http://www.msd-brazil.com/msdbrazil

1.2.     Circula��o sang��nea

    Os tipos de circula��o abaixo foram descritos por D�ngelo e Fattini em 1998:

  • Circula��o pulmonar ou pequena circula��o, tem in�cio no ventr�culo direito, de onde o sangue � bombeado para a rede de capilares dos pulm�es. Depois de sofrer hematose, o sangue oxigenado retorna ao �trio esquerdo. Em s�ntese, � uma circula��o cora��o-pulm�o-cora��o (Fig. 2).

  • Circula��o sist�mica ou grande circula��o, tem in�cio no ventr�culo esquerdo, de onde o sangue � bombeado para a rede de capilares dos tecidos de todo organismo, e ap�s as trocas o sangue retorna pelas veias ao �trio direito. Em resumo, � uma circula��o cora��o-tecidos-cora��o (Fig. 2).

  • Circula��o colateral. Normalmente existem anastomoses (comunica��es) entre ramos de art�rias ou de veias entre si, e variam de tamanho dependendo da regi�o do corpo. No caso de haver uma obstru��o (parcial ou total) de um vaso mais calibroso que participe da rede anastom�sica, o sangue passa a circular ativamente por estas variantes, estabelecendo-se uma efetiva circula��o colateral.

  • Circula��o portal. A veia portal interp�e-se entre duas redes de capilares, sem passar por um �rg�o intermedi�rio.

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Figura 2. Grande e Pequena Circula��o

Fonte: http://agmarrazes.cce,s.pt/agmcna

1.3.     Sistema de condu��o

    O controle da atividade card�aca � feito atrav�s do nervo vago (atua inibindo) e do nervo simp�tico (atua estimulando). De acordo com a fig. 3, estes agem sobre uma forma��o, situada na parede do �trio direito, o n� sino-atrial, considerado como o �marcapasso� do cora��o. Da� ritmicamente o impulso espalha-se ao mioc�rdio, resultando em contra��o. Este impulso chega ao nodo �trio ventricular, localizado na por��o inferior do septo-atrial e propaga aos ventr�culos atrav�s do feixe �trio-ventricular. Este, ao n�vel da por��o superior do septo interventricular, emite os ramos direito e esquerdo, e assim, o est�mulo alcan�a o mioc�rdio dos ventr�culos. Ao conjunto destas estruturas do tecido especial � dada denomina��o de sistema de condu��o (BRAUNWALD, 1991).

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Figura 3. Atividade el�trica do cora��o

Fonte: http://br.geocities.com/equipecv/fisiologia/ativeletrica.htm

1.4.     Vasos sang��neos

    H� quatro tipos principais de vasos sang��neos: art�rias, arter�olas, capilares e veias (Fig. 4). Com exce��o dos capilares, os vasos sang��neos s�o descritos como tendo camadas, t�nica advent�cia (externa), a qual consiste principalmente de tecido fibroso organizado longitudinalmente, a t�nica m�dia, ou camada m�dia que consiste de fibras musculares lisas e de fibras el�sticas dispostas circularmente, e a t�nica �ntima, consistindo de uma camada uniforme de c�lulas endoteliais planas sobre uma camada subendotelial formada por fibras de elastina e de col�geno (DOWNIE, 1987).

    As grandes art�rias que deixam o cora��o, particularmente a aorta, armazenam o sangue durante a contra��o dos ventr�culos para a distribui��o quando n�o houver mais sangue deixando o cora��o. Conseq�entemente, suas paredes s�o finas, e cont�m mais tecido el�stico do que tecido muscular, permitindo que elas se expandam e se retraiam (DOWNIE, 1987).

    Geralmente, as arter�olas abrem-se em uma rede capilar intercomunicante. A este n�vel ocorre a troca de gases e de subst�ncias atrav�s da parede capilar, a qual consiste de uma s� camada de c�lulas endoteliais achatadas sobre uma fina membrana basal. Para exercer esta fun��o, o leito capilar est� interposto entre as art�rias e veias. Entretanto, em v�rios locais do corpo h� direta conex�o entre art�rias e veias pequenas, que s�o chamadas de anastomoses arteriovenosas. Se este vaso de conex�o estiver aberto, o sangue desvia da rede capilar e se o vaso estiver fechado, o sangue flui atrav�s dos capilares. Desta maneira, ocorre a regula��o do sangue. As veias transportam o sangue de volta para o cora��o e como as art�rias, as veias s�o descritas tendo uma parede composta por tr�s camadas. A diferen�a b�sica est� na t�nica m�dia, que cont�m somente pouco tecido muscular ou el�stico resultante em vasos de paredes mais finas. Estes vasos s�o adequados para conduzir o sangue a uma press�o muito menor (DOWNIE, 1987).

    O retorno do sangue ao cora��o � realizado por uma s�rie de for�as. As veias profundas correm nos planos fasciais entre grupos musculares onde elas est�o sujeitas � contra��o e relaxamento do m�sculo. Isto � particularmente importante nos membros inferiores, onde as veias profundas da panturrilha encontram-se entre o s�leo e os m�sculos gastrocn�micos, freq�entemente referidos como bomba muscular da perna (bomba solear). A f�scia densa, inel�stica dos membros inferiores torna a bomba muscular mais eficiente. O sangue da cabe�a e do pesco�o � auxiliado a voltar para o cora��o pela for�a da gravidade. As altera��es da press�o intrator�cica e da press�o atmosf�rica para a press�o subatmosf�rica (negativa) t�m efeito de suc��o sobre o sangue nas veias pr�ximas ao cora��o e conseq�entemente auxilia o retorno sang��neo (NESRALTA, 1994).

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Figura 4. Vasos sang��neos

Fonte http://agmarrazes.ccems.pt/agmcna

1.5.    D�bito card�aco (DC)

    O DC � o volume de sangue bombeado do ventr�culo direito ao ventr�culo esquerdo por minuto. Os componentes do DC s�o o volume de eje��o (VE) e a freq��ncia card�aca (FC), que �, DC = VE x FC. O volume de eje��o � a quantidade de sangue ejetado do ventr�culo direito durante cada s�stole ventricular ou batimento card�aco e � determinado pela pr�-carga, distensibilidade e contratilidade mioc�rdica e pela p�s-carga (FROWNFELTER e DEAN, 2004).

1.5.1.     Pr�-carga

    � o comprimento da fibra do m�sculo ventricular ao final da di�stole antes da eje��o sist�lica, e reflete o volume diast�lico final do ventr�culo esquerdo (VDFVE). O VDFVE � dependente do retorno venoso, do volume sang��neo e da contra��o atrial esquerda. Um aumento no volume ventricular distende as fibras do mioc�rdio e aumenta sua for�a de contra��o (Efeito Starling) e volume ejetado (FROWNFELTER e DEAN, 2004).

1.5.2.     P�s-carga

    A p�s-carga � a resist�ncia � eje��o durante a s�stole ventricular. A p�s-carga do ventr�culo esquerdo � determinada primariamente por quatro fatores: a capacidade de distens�o da aorta, resist�ncia vascular, prolapso da v�lvula a�rtica e a viscosidade do sangue (FROWNFELTER e DEAN, 2004).

2.     Princ�pios do condicionamento cardiovascular

    Treinamento f�sico � o desempenho de exerc�cio repetitivo para aumentar a capacidade de trabalho f�sico e para induzir condicionamento f�sico. Ele deve ser de consider�vel custo energ�tico em rela��o ao n�vel de aptid�o do indiv�duo e efetuado regularmente durante um per�odo prolongado de tempo (DELISA, 2002).

    A fim de alcan�ar benef�cios, deve-se obedecer aos quatro princ�pios do condicionamento fisiol�gico (DELISA, 2002).

Princ�pio da sobrecarga

    Um exerc�cio, para ser eficaz em aumentar o condicionamento, precisa ser a um n�vel de trabalho maior do que aquele no qual o indiv�duo usualmente desempenha.

Princ�pio da especificidade

    Cada tipo de exerc�cio produz uma adapta��o metab�lica e fisiol�gica espec�fica que resulta em um efeito espec�fico de treinamento. Todos estes tipos de treinamento s�o importantes em reabilita��o para melhorar o desempenho nas atividades de vida di�rias e relacionado ao trabalho.

Varia��o individual

    O treinamento deve ser individualizado de acordo com as capacidades e necessidades da pessoa.

Reversibilidade

    Os efeitos ben�ficos do treinamento n�o s�o permanentes. As melhoras atingidas come�am a desaparecer apenas duas semanas depois da cessa��o do exerc�cio, e a metade dos ganhos pode ser perdida em apenas 5 semanas.

3.     Efeitos fisiol�gicos do exerc�cio

    Segundo Longo et al (1995), os efeitos fisiol�gicos do exerc�cio f�sico podem ser classificados em agudos imediatos, agudos tardios e cr�nicos. Os efeitos agudos, tamb�m denominados respostas, s�o aqueles que acontecem em associa��o direta com a sess�o de exerc�cio e, os efeitos agudos imediatos, os que ocorrem nos per�odos pr� e p�s-imediato do exerc�cio f�sico e podem ser exemplificados pelos aumentos de freq��ncia card�aca (FC), ventila��o pulmonar e sudorese, habitualmente associados ao esfor�o. Por outro lado, os efeitos agudos tardios s�o observados ao longo das primeiras 24 horas que se seguem a uma sess�o de exerc�cio e podem ser identificados na discreta redu��o dos n�veis tensionais, especialmente nos hipertensos, e no aumento do n�mero de receptores de insulina nas membranas das c�lulas musculares. Por �ltimo, os efeitos cr�nicos, tamb�m denominados adapta��es, s�o aqueles que resultam da exposi��o freq�ente e regular �s sess�es de exerc�cio, representando os aspectos morfofuncionais que diferenciam um indiv�duo fisicamente treinado de um outro sedent�rio. Dentre os achados mais comuns dos efeitos cr�nicos do exerc�cio f�sico est�o a hipertrofia muscular, melhora da aptid�o c�rdio-pulmonar e o aumento do consumo m�ximo de oxig�nio.

    A atividade f�sica aumenta a capacidade funcional e reduz a demanda de oxig�nio pelo mioc�rdio, diminui a press�o sist�lica e diast�lica, altera favoravelmente o metabolismo de lip�dios e carboidratos. Aumenta a performance f�sica, o limiar da angina em pacientes com doen�a arterial coronariana sintom�ticos e melhora a perfus�o mioc�rdica. Na reabilita��o card�aca de pacientes com doen�a arterial coronariana, a melhora da perfus�o mioc�rdica tem sido atribu�da pela media��o do treinamento com exerc�cio f�sico na corre��o da disfun��o endotelial coron�ria (NERY e BARBISAN e MAHMUD, 2007).

    O aumento da perfus�o na microcircula��o coronariana deve-se ao recrutamento de vasos colaterais durante o exerc�cio (NERY e BARBISAN e MAHMUD, 2007).

4.     Objetivos da reabilita��o cardiovascular

    O maior objetivo de um programa de reabilita��o cardiovascular amplo � o alcance de uma condi��o de sa�de �tima para cada paciente. Assim como a manuten��o dessa condi��o n�o somente f�sica e psicol�gica, mas tamb�m social, vocacional e econ�mica (MARQUES, 2004).

    Os objetivos mais espec�ficos de uma reabilita��o cardiovascular incluem tratamento eficiente e efetivo dos sintomas e modifica��o dos fatores de risco card�aco, para prevenir o in�cio e progress�o da doen�a card�aca tanto quanto poss�vel (PRYOR e WEBBER, 1998).

    A chave para conseguir resultados ben�ficos dos exerc�cios nos v�rios sistemas do organismo � o planejamento e implementa��o de um programa de exerc�cio aer�bico em termos de intensidade, dura��o e freq��ncia. O treinamento aer�bico deve proporcionar uma sobrecarga cardiovascular suficientemente capaz de estimular aumentos no volume de eje��o e no d�bito card�aco. Essa sobrecarga circulat�ria central deve ser realizada exercitando os grupos musculares espec�ficos para determinado desporto de forma a aprimorar sua circula��o local e seu maquinismo metab�lico (O�SULLIVAN e SCHMITZ, 1993).

5.     Descri��o e fases

    A reabilita��o cardiovascular est�, tradicionalmente, dividida em diversas fases, seq�enciadas como FASE I, FASE II e FASES III e IV (MARQUES, 2004).

5.1.     Fase I

    Inclui os exerc�cios para o paciente internado, que se inicia assim que as condi��es do paciente tenham sido estabilizadas. O m�dico respons�vel deve indicar o melhor momento para iniciar essa fase. Os pacientes s�o encorajados a movimentar seus membros inferiores e alimentar-se sozinhos com o objetivo de diminuir a estase venosa (MARQUES, 2004).

    Exerc�cios de baixa intensidade durante a interna��o hospitalar tem-se mostrado seguros, pratic�veis e ben�ficos, embora n�o seja observada nenhuma melhora na aptid�o cardiovascular com atividades de baixa intensidade (FARDY e YANOWITZ e WILSON, 2004).

    Antes de iniciar um n�vel mais elevado, o paciente � examinado, mensurando-se a freq��ncia card�aca, a press�o arterial, realizando eletrocardiograma e avaliando as limita��es m�sculo-articulares, tonteira, apar�ncia e sintomas (MARQUES, 2004).

    Os objetivos dessa fase incluem reduzir o tempo de perman�ncia hospitalar e diminuir os problemas de descondicionamento associados com o repouso prolongado no leito, como atrofia muscular, hipotens�o postural e deteriora��o circulat�ria geral (FARDY e YANOWITZ e WILSON, 2004).

5.2.     Fase II

    � um programa de exerc�cios supervisionado baseado em uma prescri��o individualizada, especificando intensidade, dura��o, freq��ncia e estilo de atividade. O manuseio e as modifica��es do estilo de vida devem acompanhar a atividade f�sica, sendo assim, um processo cont�nuo (MARQUES, 2004).

    Os objetivos dessa fase incluem (FARDY e YANOWITZ e WILSON, 2004):
  • Melhorar a fun��o cardiovascular, a capacidade f�sica de trabalho, for�a, e flexibilidade;

  • Detectar arritmias e outras altera��es durante o exerc�cio que contra indiquem a atividade f�sica;

  • Educar os pacientes quanto a atividade f�sica;

  • Trabalhar com o paciente e seus familiares em um programa adequado de manuseio e modifica��es do estilo de vida;

  • Melhorar o perfil psicol�gico dos pacientes

5.2.1.     Prova de esfor�o m�ximo limitada por sintomas

    � uma avalia��o eletrocardiograficamente monitorizada do consumo m�ximo de oxig�nio de uma pessoa durante trabalho din�mico (exerc�cio), utilizando grandes grupos musculares. A prova come�a com esfor�o subm�ximo, d� tempo para adapta��es fisiol�gicas e aumenta progressivamente a carga de trabalho, at� que sejam determinados pontos finais de fadiga individualmente determinados ou ocorram sinais ou sintomas limitantes (IRWIN e TECKLIN, 1994).

    Segundo Kappert (1978), essa prova � talvez a avalia��o mais definitiva para um paciente antes de entrar em um programa de reabilita��o card�aca. � utilizada na previs�o da gravidade da doen�a. A prova fornece dados importantes na hora de prescrever o plano de reabilita��o, porque fornece parte dos dados �teis para a decis�o sobre a freq��ncia das atividades.

5.2.2.     Intensidade

    A intensidade do exerc�cio prescrito tem base nos resultados do teste de esfor�o. Uma intensidade de treinamento adequada cai dentro de 60 a 80 por cento da absor��o m�xima de oxig�nio pelo paciente, ou da capacidade de trabalho f�sico (ARAKAKI e MAGALH�ES, 1996).

5.2.3.     Dura��o

    As sess�es de tratamento dever�o ter dura��o total de aproximadamente uma hora e dever�o ser realizadas tr�s vezes por semana, em dias alternados (REGENGA, 2000).

5.2.4.     Freq��ncia

    A freq��ncia, em parte, � tamb�m dependente da intensidade e da dura��o. S�o recomendadas tr�s a cinco sess�es de exerc�cios (regularmente espa�adas) por semana. A prescri��o do exerc�cio � baseada em atividades f�sicas com gastos energ�ticos conhecidos que ficam dentro da capacidade do paciente, determinado pelo teste de esfor�o m�ximo (IRWIN e TECKLIN, 1994).

5.2.5.     Etapas de tratamento

    O programa de treinamento f�sico envolve tr�s etapas, sendo uma de aquecimento, outra de treinamento e uma outra de desaquecimento. Deve-se fazer um registro di�rio do programa, das respostas de freq��ncia card�aca e press�o arterial e dos sinais e sintomas apresentados durante as sess�es de tratamento (REGENGA, 2000).

    Ap�s a chegada do paciente ao setor, dever�o ser aferidos e registrados os valores press�ricos e de freq��ncia card�aca antes da sess�o de atendimento. Isso � necess�rio pois, a partir de um certo per�odo, se pode tra�ar o perfil de cada paciente, o que permite modificar ou n�o o protocolo de tratamento previsto, caso percebida alguma altera��o da freq��ncia card�aca e press�o arterial anteriormente � sess�o (REGENGA, 2000).

Aquecimento

    Dever� ter dura��o de 5 a 10 min, sendo efetuados exerc�cios de alongamento, din�micos aer�bios e de coordena��o, associados a exerc�cios respirat�rios. Essa fase tem por objetivo preparar os sistemas musculoesquel�tico e cardiorrespirat�rio para a fase de condicionamento propriamente dito. No final, afere-se freq��ncia card�aca do paciente (REGENGA, 2000).

    Segundo Oliveira, et al (2002) o aquecimento tem como principais efeitos fisiol�gicos: promover o aumento da temperatura corporal, proporcionando um maior relaxamento do tecido col�geno, que � o principal componente do tecido conectivo muscular, diminuindo assim os riscos de les�o; diminuir as concentra��es de lactato sang��neo e aumentar o fluxo sang��neo local, afim de oxigenar os m�sculos e tamb�m remover mais r�pido os elementos catab�licos formados pelo metabolismo celular.

Condicionamento

    Tem como objetivo exercitar o paciente a uma freq��ncia card�aca programada a fim de obter efeito de treinamento. A intensidade do esfor�o deve ser aumentada gradualmente at� o n�vel de treino programado. Os exerc�cios aer�bicos, r�tmicos e din�micos s�o enfatizados e planejados de maneira a exercitar os grupos musculares das extremidades superiores e inferiores (MARQUES, 2004).

    Essa etapa poder� ser composta por trotes, caminhadas ou outra modalidade de exerc�cio f�sico em bicicleta e esteira ergom�trica ou em outro tipo de equipamento que permita aferir freq��ncia card�aca e press�o arterial sist�mica durante sua realiza��o. A dura��o total varia at� cerca de 40 min (REGENGA, 2000).

Desaquecimento e relaxamento

    A atividade f�sica deve ser mantida com baixa intensidade de esfor�o, mantendo em atividade particularmente os m�sculos mais trabalhados durante a sess�o, para facilitar a remo��o do �cido l�ctico (produto do metabolismo) desses m�sculos e beneficiar a circula��o sist�mica atrav�s de um massageamento. Deve-se manter um d�bito card�aco adequado atrav�s do aumento do retorno venoso pela a��o de massageamento das veias atrav�s da contra��o e relaxamento muscular (MARQUES, 2004).

    Quando exerc�cios intensos s�o subitamente interrompidos, principalmente se o indiv�duo permanece de p�, h� uma tend�ncia do sangue em estasiar nos membros inferiores, resultando em uma diminui��o do retorno venoso ao cora��o. Em conseq��ncia disso h� eleva��o da freq��ncia card�aca e aumento da demanda mioc�rdica de oxig�nio. Hipotens�o arterial, hipofluxo cerebral com cefal�ia, tonteira ou desmaio tamb�m podem ocorrer como conseq��ncia (FARDY e YANOWITZ e WILSON, 2004).

    Os exerc�cios de relaxamento podem ser realizados no final do desaquecimento, e reduzir a freq��ncia card�aca, a press�o arterial e a incid�ncia de arritmias card�acas (MARQUES, 2004).

    Se o paciente apresentar hipertens�o arterial logo � chegada, dever�o ser aplicados somente exerc�cios de relaxamento por um per�odo de maior dura��o. Se o quadro persistir, ele dever� ser encaminhado ao m�dico antes da pr�xima sess�o (REGENGA, 2000).

5.3.     Fase III e IV

    S�o programas a longo prazo que enfocam a aptid�o f�sica e manuten��o do ganho funcional. Ap�s o t�rmino bem sucedido da fase II, o paciente passa para a III, que pode ser realizada em casa, cl�nicas especializadas, programas comunit�rios ou em outro local com supervis�o. Durante a fase III a prescri��o de exerc�cios deve ser revista periodicamente, incorporando os ganhos obtidos (MARQUES, 2004).

    Em contraste, a fase IV � geralmente considerada um programa de manuten��o, quando a maioria dos par�metros f�sicos e fisiol�gicos est�o estagnados. Representa um compromisso com a pr�tica regular de atividade f�sica e controle do estilo de vida, construindo h�bitos que necessitam ser levados para toda a vida. Esta fase � tamb�m apropriada para indiv�duos sedent�rios sem doen�a card�aca, cujo objetivo � melhorar a aptid�o f�sica e prevenir problemas de sa�de associados � inatividade f�sica. Para estes indiv�duos, a fase IV destaca primeiro os ganhos funcionais, o condicionamento e a sua manuten��o posteriormente (MARQUES, 2004).

    As duas fases apresentam como objetivos (FARDY e YANOWITZ e WILSON, 2004):

  • Melhorar o condicionamento f�sico seguido de manuten��o

  • Reduzir fatores de risco de doen�as coronarianas

  • Aumentar a auto-estima e a confian�a quando novas atividades s�o introduzidas e quando o paciente for adaptado progressivamente fora do ambiente de supervis�o

  • Introduzir atividades seguras e diversificadas que possam ser realizadas pelos m�todos usuais de aptid�o e recrea��o

  • Melhorar o conhecimento da habilidade de auto monitorizar

6.    Considera��es finais

    N�o h� duvidas que o exerc�cio f�sico melhora a qualidade de vida, por trazer conseq��ncias f�sicas e ps�quicas. Previne doen�as, otimiza o condicionamento f�sico e as fun��es card�aca e muscular. Por outro lado, � muito importante especialmente para pacientes card�acos, porque al�m dos benef�cios cardiovasculares diretos, a atividade f�sica alivia a ansiedade o sentimento de desamparo.

    Um programa de reabilita��o card�aca eficaz e seguro precisa ser fundamentado na avalia��o cont�nua e objetiva de suas respostas. Cada altera��o no programa de exerc�cio do paciente precisa ser baseada em uma detalhada avalia��o objetiva. A chave para conseguir resultados ben�ficos dos exerc�cios nos v�rios sistemas do organismo � o planejamento e implementa��o de um programa de exerc�cio aer�bico em termos da intensidade, dura��o e freq��ncia. O treinamento aer�bico deve proporcionar uma sobrecarga cardiovascular suficientemente capaz de estimular aumentos no volume de eje��o e no d�bito card�aco. Essa sobrecarga circulat�ria central deve ser realizada exercitando os grupos musculares espec�ficos para determinado desporto de forma a aprimorar sua circula��o local e seu maquinismo metab�lico.

    O exerc�cio atua diminuindo a progress�o da aterosclerose coronariana atrav�s da redu��o dos fatores de risco; melhora o equil�brio entre o suprimento e a demanda de oxig�nio mioc�rdico em parte como resultado do aumento da circula��o colateral; diminui��o da tend�ncia a formar trombos coronarianos devido ao aumento da atividade fibrol�tica e diminui o t�nus vasomotor coronariano resultando em menor tend�ncia para espasmo.

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