Que adaptações Algumas plantas possuem para sobreviver em ambientes com pouca água?

Veja quais são as adaptações dos caules e a função de cada uma delas.

Que adaptações Algumas plantas possuem para sobreviver em ambientes com pouca água?

As adaptações caulinares podem ser classificadas em espinhos, gavinhas e cladódios

O caule é uma estrutura muito importante para o vegetal, pois, além de ser a estrutura onde folhas e raízes estão inseridas, promove a troca de substâncias orgânicas entre esses órgãos.

Algumas espécies de vegetais, ao longo de sua evolução, tiveram que se adaptar aos locais onde viviam para que conseguissem sobreviver e algumas dessas adaptações ocorreram em seus caules.

Os espinhos são uma das adaptações de algumas plantas. Eles são estruturas curtas, muito resistentes e de ponta bem afiada, que servem para proteger a planta, afastando animais que poderiam estragá-la. É importante lembrar que os espinhos encontrados nas roseiras, paineiras, entre outras, são chamados de acúleos e não são caules, mas formações epidérmicas da planta que não possuem nenhum tipo de vaso condutor de seiva. Os acúleos não têm posição definida no caule, enquanto que os espinhos se formam na axila da folha. Podemos encontrar os espinhos em plantas como limoeiros e laranjeiras.

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Outra adaptação que podemos ver em algumas plantas são chamadas de gavinhas, que podem ser encontradas em plantas trepadeiras. As gavinhas crescem inicialmente em linha reta e, ao encontrarem um suporte, elas se enrolam, fixando-se. Essas adaptações podem ser encontradas em plantas como chuchu, maracujá,videiras, etc.

Que adaptações Algumas plantas possuem para sobreviver em ambientes com pouca água?

Além dos espinhos e das gavinhas, alguns vegetais apresentam uma adaptação chamada de cladódios. Os cladódios são encontrados em plantas que perderam suas folhas durante sua evolução, com o objetivo de evitar a perda de água para o ambiente, principalmente em regiões que têm o clima muito seco. Por possuir cladódios ao invés de folhas, o vegetal consegue economizar a água que seria perdida por evaporação. Os cladódios são caules que se parecem com folhas e comumente são verdes e achatados. Geralmente suas folhas são transformadas em espinhos, como nos cactos.

Que adaptações Algumas plantas possuem para sobreviver em ambientes com pouca água?


Por Paula Louredo
Graduada em Biologia

Mestre em Ecologia e Recursos Naturais (UFSCAR, 2019)
Bacharel em Ciências Biológicas (UNIFESP, 2015)

Ouça este artigo:

Existem muitas espécies vegetais adaptadas para viver no ambiente aquático, tanto dulcícola quanto marinho. Essas plantas aquáticas, ou hidrófitas, podem ocorrer submersas ou na superfície da água e apresentam uma série de modificações morfológicas em relação às plantas terrestres. Macroalgas, por não serem vascularizadas, não são consideradas hidrófitas.

A diversificação de plantas aquáticas está diretamente interligada com o surgimento das angiospermas. Registros fósseis indicam a presença de espécies de lírios d’água no final do Cretáceo, período em que a radiação e ocupação dos mais variados nichos por plantas com flores deve ter acontecido. As flores dos fósseis são muito similares morfologicamente as flores do lírio d’água gigante da Amazônia, porém com tamanho reduzido. Esta semelhança pode apontar a ocorrência das primeiras relações de polinização com insetos já sendo estabelecidas há mais de 90 milhões de anos.

A modificação mais comum entre as plantas aquáticas é a presença do aerênquima. Este tecido especial é extremamente poroso, preenchido com canais de ar, e pode ocorrer nas folhas, raízes e caule. É através do aerênquima que as trocas gasosas entre as porções aérea e submersa do corpo vegetal ocorrem.

As plantas aquáticas podem ser classificadas como:

  • Plantas submersas – são aquelas em que toda a planta fica debaixo d’água. Elas ficam fixas ao fundo através das raízes e todo o caule e folhas ficam submersos. As estruturas reprodutivas são a única parte da planta que aparece acima da superfície da água. Comumente encontradas em áreas de charco rasos e no litoral, elas possuem uma taxa de crescimento lenta e podem ficar expostas caso seu habitat sofra com secas ou períodos de maré baixa. Um exemplo é a Lobellia dortmanna, um vegetal de hábito herbáceo;
  • Plantas parcialmente submersas (ou helófitas) – são aquelas em que a raiz se fixa no fundo, porém parte do caule e as folhas ficam rigidamente expostos acima da linha d’água, como observado em Lysichiton americanus. Algumas plantas, como a família das Nymphaeaceae, apresentam raiz fixadora no fundo, mas suas folhas flutuam livremente na superfície, acompanhando o fluxo da água. O exemplo mais conhecido deste grupo são as vitórias-régias, que podem ser pequenas ou chegar a medir até dois metros de comprimento foliar;

Que adaptações Algumas plantas possuem para sobreviver em ambientes com pouca água?

Vitória régia. Foto: Grigory Kubatyan / Shutterstock.com

  • Plantas flutuantes – são aquelas que não possuem fixação e se movem juntamente com o fluxo da água. Sua porção submersa é pequena, e suas folhas e caules possuem uma grande quantidade de aerênquima, permitindo a flutuação. A alface d’água (Pistia stratiotes) é comum nos rios brasileiros e é usada para fins religiosos.

As hidrófitas são um componente importante dos ecossistemas aquáticos, servindo como recurso alimentar e também como habitat para muitos componentes da fauna e da flora (plantas epífitas podem utiliza-las como suporte). Apesar de possuírem uma baixa relevância econômica, elas são utilizadas para fins paisagísticos e também como alimento em algumas culturas. Estudos recentes têm apontado o valor destas plantas como bioindicadores da qualidade da água e também seu possível uso para captação de poluentes e tratamento de resíduos.

Referências:

Gandolfo, M.A., Nixon, K.C. and Crepet, W.L., 2004. Cretaceous flowers of Nymphaeaceae and implications for complex insect entrapment pollination mechanisms in early angiosperms. Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America, 101(21), pp.8056-8060.

James, C., Fisher, J., Russell, V., Collings, S. and Moss, B., 2005. Nitrate availability and hydrophyte species richness in shallow lakes. Freshwater biology, 50(6), pp.1049-1063.

Lienard, A., Boutin, C. and Esser, D., 1990. Domestic wastewater treatment with emergent hydrophyte beds in France. In Constructed wetlands in water pollution control (pp. 183-192).

Tiner, R.W., 1991. The concept of a hydrophyte for wetland identification. BioScience, 41(4), pp.236-247.

Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/biologia/plantas-aquaticas/

Quais adaptações as plantas podem sofrer para sobreviver em lugares com pouca água?

Possuem epiderme com cutícula espessa, rica em ceras impermeabilizantes ou em pelos que ajudam a reter a umidade do ar, o que diminui a transpiração: estômatos pequenos dentro de cavidades da folha (criptas), o que também diminui a perda de água por transpiração; raízes muito desenvolvidas, que aproveitam a água das ...

Quais são as adaptações das plantas a falta de água?

Adaptações vegetais para tolerância à seca As plantas podem desenvolver áreas foliares reduzidas e apresentar folhas pequenas ou agulhas. Outras plantas apresentam folhas grandes, mas têm “canaletas” nas folhas para reduzir sua área foliar.

Quais são as principais adaptações que as plantas apresentam nesse ambiente?

Para a sua adaptação ao meio terrestre, as plantas desenvolveram algumas estratégias como a presença de cutículas, estômatos e raízes.

Como algumas plantas se adaptam em ambientes que não são tão vantajosos para elas?

Os seres vivos tendem a possuir adaptações de acordo com o ambiente em que vivem. Plantas de clima quente e seco, geralmente, têm suas folhas diminuídas, ou até mesmo modificadas em espinhos, como forma de reduzir a superfície de contato e evitar, assim, a transpiração.