O diagnóstico das afecções do quadril e da pelve é baseado em história clínica detalhada, exame físico e exames comple-mentares adequados para cada afecção. A radiografia simples ainda constitui o exame inicial de escolha e, diante da sua im-portância, existe a necessidade da realização de estudos radio-gráficos padronizados, tanto na sua execução quanto nas séries radiográficas, de acordo com as diferentes afecções. O objetivo deste artigo é propor a padronização das principais incidências radiográficas do quadril e da pelve, realização de séries espe-cíficas para diferentes afecções e orientação técnica quanto à realização das mesmas.Descritores - Quadril/patologia; Quadril/radiografia; Pelve/pa -tologia; Pelve/radiografia. Show 1 - Professor Assistente Doutor; Assistente do Grupo de Quadril da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo - São Paulo, SP, Brasil. 2 - Médica Ortopedista; Ex-Estagiária do Grupo de Quadril da Faculdade de Ciências Médicas da Santa
Casa de São Paulo - São Paulo, SP, Brasil. INTRODUÇÃO O
diagnóstico das afecções do quadril e da pelve é baseado em história clínica detalhada, exame físico e exames complementares adequados para cada afecção. A radiografia simples ainda constitui o exame inicial de escolha, apesar da tomografia computadorizada e da ressonância nuclear magnética serem úteis para confirmação diagnóstica(1,2). Diante da importância da radiografia, existe a necessidade da realização de estudos radiográficos padronizados, tanto na sua execução quanto nas séries radiográficas, de acordo com as diferentes afecções. O objetivo deste artigo é propor a padronização das principais incidências radiográficas do quadril e da pelve, realização de séries específicas para diferentes afecções e orientação técnica quanto à realização das mesmas. INCIDÊNCIAS RADIOGRÁFICAS A) Série não traumática - Paciente em decúbito dorsal ou posição ortostática
2) Falso perfil de Lequesne(9): Figura 4 - Radiografia falso perfil de Lequesne, denominado falso perfil pois corresponde ao perfil da cabeça e do fêmur proximal, e não do acetábulo. Figura 5 - Radiografia falso perfil de Lequesne. Observar posicionamento do paciente com o membro inferior esquerdo acometido mais distante do chassi. Paciente em posição ortostática, com o dorso inclinado 65° anteriormente em relação ao chassi do filme, ambos membros inferiores em rotação externa, sendo o acometido perpendicular em relação ao chassi e o contralateral paralelo ao chassi. Figura 6 - Radiografia falso perfil de Lequesne executada com técnica correta. Observar a distância entre as duas cabeças correspondente a um diâmetro das mesmas. 3) Perfil de Ducroquet: - Paciente posicionado em decúbito dorsal, quadril acometido com flexão de 90° e abdução de 45° (portanto, precisa de boa mobilidade do quadril para a realização) (Figura 7); 4) Perfil cirúrgico de Arcelin ou cross table: - Paciente em decúbito dorsal com flexão de 90 graus do quadril contralateral;
5) Radiografia de bacia Lauenstein (posição de rã): - Paciente em posição supina com dupla abdução dos membros inferiores; raio incidente na linha mediana, logo acima da sínfise púbica, orientado verticalmente (Figura 11). B) Série traumática 1) Alar(14): - Paciente em posição supina com rotação de 45° sobre o lado acometido; raio centrado verticalmente na raiz da coxa (Figura 12);
Figura 11 - A) Radiografia de bacia Lauenstein. Paciente em posição supina com dupla abdução dos membros inferiores; raio incidente na linha mediana, logo acima da sínfise púbica, orientado verticalmente. B) Radiografia de bacia Lauenstein.
Figura 13 - Radiografia de bacia em incidência alar do quadril esquerdo. 2) Obturatriz ou foraminal(14): - Paciente em posição supina rodado 45° sobre o lado não acometido; raio centrado verticalmente na raiz da coxa (Figura 14); 3) Inlet ou de entrada da pelve(17); - Paciente em decúbito dorsal horizontal, com raio incidente no sentido crânio-caudal com angulação de 60° (Figura 16); 4) Outlet ou de saída da pelve(17): - Paciente em decúbito dorsal horizontal, com raio incidente no sentido caudo-cranial com angulação de 45° (Figura 17); Figura 14 - Incidência oblíqua foraminal da bacia. Paciente em posição supina com rotação de 45° sobre o lado não acometido; raio centrado verticalmente na raiz da coxa.
C) Sugestões de incidências por afecção 1) Coxartrose: A radiografia de bacia em AP continua sendo o principal exame, sendo possível classificar o grau de artrose. Outra incidência muito útil, principalmente para casos iniciais de artrose, é o falso perfil de Lequesne, pois evidência pinçamento anterossuperior e medial, muitas vezes não observados claramente na incidência em AP (Figura 18), o que pode levar a indicações e cirurgias inadequadas. 2) Alterações na morfologia e profundidade acetabular: A radiografia de bacia em AP permite visibilizar alterações na versão do acetábulo, displasia, protrusão acetabular e coxa profunda.
protrusão acetabular quando a cabeça femoral ultrapassa tal linha (Figura 19). 3) Impacto femoroacetabular: Com a radiografia em AP podemos avaliar a presença de deformidade na porção proximal do fêmur, alterações na versão do acetábulo e displasia.
Como descrito anteriormente, a
incidência de Dunn e a de Ducroquet são úteis para a mensuração do ângulo alfa, importante no estudo do impacto tipo CAME. a) Pelve - AP, inlet e outlet;
REFERÊNCIAS 1. Clohisy JC, Carlisle
JC, Trousdale R, Kim YJ, Beaule PE, Morgan P, Steger- May K, Schoenecker PL, Millis M. Radiographic evaluation of the hip has limited reliability. Clin Orthop Relat Res. 2009;467(3):666-75. Recebido em Janeiro de 1 de 1. Quais as incidências utilizadas na rotina do exame radiográfico da perna?Duas incidências de raio X podem ser obtidas da perna: uma de frente (imagem anteroposterior, ou AP) e uma de lado (imagem lateral). Por que este exame é feito? Um exame de Raio X da perna pode ajudar a encontrar as causas de sintomas tais como dor, edema ou deformidade da extremidade.
Como deve ser realizada a incidência perfil de perna?O exame deve ser realizado com o usuário posicionado em decúbito ventral mantendo suas pernas estendidas. Deve-se centralizar a região da patela com a linha central da mesa, mantendo a perna da região de interesse alinhada e paralela ao plano do receptor de imagem.
Quais são as incidências de rotina?São realizadas como rotina duas incidências mamográficas ortogonais em cada mama: as incidências mediolateral-oblíqua (MLO) e craniocaudal (CC). Os motivos para a realização de duas incidências são: aumento da sensibilidade pela diminuição das áreas não expostas ou áreas cegas.
Qual a rotina radiográfica para o exame da coxa?364 ☐ Rotina radiográfica básica A rotina para o es- tudo radiográfico da coxa consiste nas incidências ântero-posterior (AP) e o perfil externo (PExt); Filme radiográfico (tamanho) Pode ser usado para cada incidência o tamanho 30cm x 40cm ou 35,6cm x 43,2cm.
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