Atualmente quais são os maiores fluxos de imigração no Brasil e no mundo

Países com maior emigração e maior imigração entre 2015 e 2020, artigo de José Eustáquio Diniz Alves

[EcoDebate] A Divisão de População da ONU divulgou, em 2019, as novas projeções populacionais para todos os países do mundo, com dados demográficos sobre a população e a estrutura etária e os componentes natalidade, mortalidade e migração. A tabela abaixo mostra os 36 países com as maiores taxas de fluxo de saída (emigração) e de fluxo de entrada (imigração) de pessoas.

Atualmente quais são os maiores fluxos de imigração no Brasil e no mundo

Segundo a Organização Mundial de Migração existem mais de 200 milhões de pessoas residindo fora do país de origem atualmente, correspondendo a 3,1% da população mundial.

A projeções da ONU utilizam o indicador taxa líquida de migração (por mil habitantes) que permite revelar os países com maior fluxo de saída (emigração) e de entrada (imigração) de pessoas.

No quinquênio 2015-20, Porto Rico liderou a lista de maior percentagem de emigração, pois está passando por uma grande crise econômica e foi atingido pelo furacão Maria – que provocou grande número de mortes e elevada destruição. Como os cidadãos porto-riquenhos possuem praticamente entrada livre nos Estados Unidos a emigração cresceu muito nos últimos anos.

A Síria tem também alta proporção de emigrantes em decorrência de uma guerra que já dura 8 anos. Mas há países que perdem população devido a problemas climáticos – como Samoa, Tonga, etc.) ou por problemas econômicos e alta incidência de pobreza – como Timor-Leste, Nicarágua, Somália, etc.). A Venezuela é um caso de desastre econômico e politico sem precedentes.

Entre os países receptores, aqueles que apresentam o maior saldo líquido de imigração são nações pequenas e com grande produção de petróleo (Bahrain, Omã, Qatar e Kuwait) ou países ricos como Luxemburgo, Alemanha, Canadá, Singapura, etc. Ainda cabe destaque as duas cidades chinesas: Macau e Hong Kong. Entre os grandes países do mundo, o destaque para receber migrantes, fica com os Estados Unidos. O Brasil apresenta taxa líquida de migração muito próxima de zero.

José Eustáquio Diniz Alves
Colunista do EcoDebate.
Doutor em demografia, link do CV Lattes: http://lattes.cnpq.br/2003298427606382

in EcoDebate, ISSN 2446-9394, 14/02/2020

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Brasília, 22/08/19 – Haitianos, venezuelanos e colombianos são as três principais nacionalidades que formam o grupo de imigrantes no Brasil de 2018. Os dois primeiros tiveram o maior número de carteiras de trabalho emitidas. Esses são alguns dos dados apresentados nesta quinta-feira (22), no Ministério da Justiça e Segurança Pública, no lançamento do Relatório Anual do Observatório das Migrações Internacionais – OBMigra 2019. O ministro Sergio Moro destacou a importância do relatório para formular políticas públicas.

Para a secretária Nacional de Justiça, Maria Hilda Marsiaj, a presença de imigrantes, solicitantes de refúgio e refugiados no Brasil traz desafios não somente para os formuladores e gestores das políticas públicas migratórias, mas também aos diversos atores da sociedade civil que cumprem papel histórico na acolhida de imigrantes e refugiados. “O conhecimento rigoroso da imigração, a partir de relatórios como hoje lançado, é ferramenta imprescindível para a formulação de políticas públicas e para a tomada de decisões de ações específicas que permitam a inserção e contribuição dos migrantes para o desenvolvimento do país”. Ela ressaltou, ainda, que o monitoramento estatístico, amparado para análise sociodemográfica e socioeconômica é tarefa do Estado e recomendação da comunidade internacional.

As análises dos dados inéditos sobre imigração e refúgio no país foram feitas com base na série histórica de 2010 a 2018 a partir de cinco bases de dados do governo federal: da Polícia Federal (Sistema de Tráfego Internacional e Sistema Nacional de Registro Migratório); do Ministério da Justiça e Segurança Pública (Coordenação Geral de Imigração/ Conselho Nacional de Imigração) e do Ministério da Economia (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados/ Carteira de Trabalho e Previdência Social).

Atualmente quais são os maiores fluxos de imigração no Brasil e no mundo

Com a transferência da migração laboral do antigo Ministério do Trabalho para o Ministério da Justiça e Segurança Pública, a pasta assume todo ciclo da política migratória do país, conforme pontuou o secretário-executivo, Luis Pontel. “Por isso, os dados são importantes para maior governança da área”, explicou.

O relatório revela que de 2010 a 2018 foram registrados no Brasil 774,2 mil imigrantes, considerando todos os amparos legais. Desse total, destacam-se 395,1 imigrantes de longo termo (cujo tempo de residência é superior a um ano), composto principalmente por pessoas oriundas do hemisfério sul. Ao longo da série, os haitianos figuram como a principal nacionalidade registrada no Brasil e no mercado de trabalho brasileiro. Os nacionais da Venezuela, fluxo migratório que teve crescimento exponencial a partir de 2016, obtiveram o primeiro lugar em número de registros no país em 2018. Outras nacionalidades do hemisfério sul também tiveram destaque ao longo da série: bolivianos, colombianos, argentinos, chineses e peruanos, entre outras. Confira aqui o resumo do relatório 

A produção do OBMigra constitui ferramenta imprescindível para a formulação de políticas migratórias. Segundo o coordenador-geral de Imigração Laboral da Secretaria Nacional de Justiça do MJSP, Luiz Alberto Matos dos Santos, os dados apontam que vincular o fluxo migratório exclusivamente a uma vertente econômica é incorrer numa limitação teórica e política. “As migrações não se dão unicamente pelo viés economicista. Os motivos da mobilidade humana são múltiplos e variados”, explica.

“Com a produção do OBMigra, é possível analisar e monitorar a chegada de migrantes de diversas origens e, com isso, pensar na combinação de diversas políticas, aqui incluídas as voltadas para o mercado formal de trabalho, com a proteção de direitos, transformando, assim, a migração em um ativo para o desenvolvimento do Brasil”, concluiu.

DataMigra – Ferramenta dinâmica, que terá sua versão expandida lançada hoje, permite que gestores públicos, pesquisadores e o público em geral possam criar suas próprias tabelas e gráficos, a partir de dados oficiais sobre a imigração regular no Brasil, de forma interativa, com cruzamento de dados, tanto na sua vertente sociodemográfica, quanto socioeconômica.

 

Atualmente quais são os maiores fluxos de imigração no Brasil e no mundo

Quais são os maiores fluxos de imigração no Brasil e no mundo?

Atualmente 1,3 milhão de imigrantes residem no Brasil. Em dez anos, de 2011 a 2020, os maiores fluxos foram da Venezuela, Haiti, Bolívia, Colômbia e Estados Unidos. O número de novos refugiados reconhecidos anualmente no país saiu de 86, em 2011, para 26,5 mil em 2020.

Quais são os maiores fluxos de imigração no mundo atualmente?

Os principais destinos da migração internacional são os países industrializados, entre eles estão: Estados Unidos, Canadá, Japão, Austrália e as nações da União Europeia. Os Estados Unidos possuem o maior número de imigrantes internacionais – dos 195 milhões, 39 milhões residem naquele país.

Quais são os maiores fluxos de imigração do Brasil?

Em 2019, os principais imigrantes de longo termo foram os nacionais da Venezuela e Haiti. Entre 2010 e 2019, as principais regiões a receber imigrantes de longo termo foram: Região Sudeste (276.761) representou 44% do total de registros, concentrados principalmente no Estado de São Paulo (209.764).

Quantos imigrantes vieram para o Brasil em 2022?

Brasília, 30/08/2022 - Entre janeiro e junho de 2022, o Brasil concedeu refúgio a 1.720 pessoas que buscam segurança fora de seu país de origem.