Distribuição da rede ferroviária brasileira em meados do século 20 e 21

Em São João del Rei (MG), o Museu Ferroviário preserva a história da antiga Estrada de Ferro Oeste de Minas, criada em 1872. Seu percurso ligava a cidade de Sítio (atual Antônio Carlos) à Estrada de Ferro D. Pedro II (posteriormente, Central do Brasil), partindo daí para São João del Rei. Com novas concessões, a ferrovia Oeste de Minas se estendeu a outras cidades e ramais, alcançando, em 1894, um percurso total de 684 km, e foi considerada a primeira ferrovia brasileira de pequeno porte. 

As dificuldades e desafios para implantar estradas de ferro no Brasil eram muitos. Procurando atrair investidores, o governo implantou um sistema de concessões, que se tornou característico da política de infra-estrutura do período imperial. Entre o final do século XIX e início do século XX os recursos, sobretudo dos britânicos, alavancaram a construção de linhas férreas.

A expansão ferroviária, além de propiciar a entrada de capital estrangeiro no país, tinha, também, o objetivo de incentivar a economia exportadora. Desta forma, as primeiras linhas interligaram os centros de produção agrícola e de mineração aos portos diretamente, ou vencendo obstáculos à navegação fluvial. Vários planos de viação foram elaborados na tentativa de integrar a malha ferroviária e ordenar a implantação dos novos trechos. Entretanto, nenhum deles logrou êxito em função da política de concessões estabelecida pelo governo brasileiro. 

Distribuição da rede ferroviária brasileira em meados do século 20 e 21

Distribuição da rede ferroviária brasileira em meados do século 20 e 21


  •   Menu

    • Jornalismo
    • Notícias
    • Opinião
    • Editorial
    • Logística e Conhecimento
    • Portopédia
    • Cursos
    • E-books
    • TCCs
    • Dragagem
    • Webinar
    • Feira-Global
    • Guia do Mercado Global
    • Áreas Portuárias
    • Comunidades Portuárias
    • Condomínios Logísticos
    • Websummit
    • Vagas de Emprego
    • Agrobusiness
    • Prosa Logística
    • Júridico
    • Mar Jurídico
    • ESG
    • Plus Sustentável

Portogente

  • NOTÍCIAS

    NOTÍCIAS

  • DIA A DIA

    DIA A DIA

  • OPINIÃO

    OPINIÃO

  • CURSOS

    CURSOS

  • COND LOGÍSTICOS

    COND LOGÍSTICOS

  • PORTOPÉDIA

    PORTOPÉDIA

  • MATERIAIS EDUCATIVOS

    MATERIAIS EDUCATIVOS

  • FEIRA-GLOBAL

    FEIRA-GLOBAL

  • NOTÍCIAS CORPORATIVAS

    NOTÍCIAS CORPORATIVAS

  • NOTÍCIAS
  • DIA A DIA
  • OPINIÃO
  • CURSOS
  • COND LOGÍSTICOS
  • PORTOPÉDIA
  • MATERIAIS EDUCATIVOS
  • FEIRA-GLOBAL
  • NOTÍCIAS CORPORATIVAS

Ferrovias brasileiras: conheça os fatos históricos mais curiosos

DetalhesCaroline Braga Patrocínio de SouzaCategoria: Portopédia23 de Novembro de 2019 às 15:11

Distribuição da rede ferroviária brasileira em meados do século 20 e 21

 A primeira ferrovia no Brasil foi inaugurada em 1854 pelo Imperador Dom Pedro II e possuía uma extensão de 14,5 km, conhecida como Estrada de Ferro de Mauá. Ao longo dos anos as ferrovias passaram por várias expansões e também sofreram com o abandono e o esquecimento. O transporte ferroviário é um dos mais utilizados no mundo e conhecer a sua origem é essencial. Leia sobre a história das ferrovias brasileiras e fique por dentro do assunto.

A Primeira ferrovia do Brasil 

A história das ferrovias começa no Brasil em 1854 com a inauguração da Estrada de Ferro Mauá, inaugurada por Dom Pedro II, mas concebida graças à genialidade de Irineu Evangelista de Souza (Barão de Mauá). Com uma extensão de 14,5 quilômetros, o trecho saia da cidade do Rio de Janeiro até Petrópolis.

A Estrada de Ferro Mauá  trouxe integração entre o transporte aquaviário e o ferroviário. Sua operação foi considerada o primeiro transporte intermodal no Brasil. As embarcações atracavam no Porto no fundo da Baía de Guanabara e, então, a carga passava para o transporte ferroviário. Essa ferrovia foi operada pela empresa “Imperial Companhia de Navegação a Vapor e Estrada de Ferro Petrópolis”, do Visconde de Mauá.

Distribuição da rede ferroviária brasileira em meados do século 20 e 21
Fonte: Foto do Arquivo Nacional do Brasil

Expansão Durante o Brasil Império

A segunda ferrovia brasileira foi inaugurada em 1858 e previa a ligação da cidade de Recife até o rio São Francisco, mas o seu objetivo não foi atingido. Contudo, essa ferrovia ajudou a trazer desenvolvimento as cidades por onde passavam. No mesmo ano é implementada a Estação da Corte a Queimados, no estado do Rio de Janeiro, é considerada a terceira ferrovia do país, e possuía um trecho de 47,210 km de extensão, sua construção foi realizada pela Companhia Estrada de Ferro D. Pedro II. Ao longo dos anos passou por expansões e ganhou conexão com outras ferrovias em diversos Estados. Com a proclamação da República a ferrovia passa a se chamar Estrada de Ferro Central do Brasil (Aenfer,2018).

No ano de 1867, o projeto do Barão de Mauá com o engenheiro britânico James Brunlees foi inaugurado, a Estrada de Ferro São Paulo Railway. A ferrovia ligava Jundiaí ao Porto de Santos. Ela foi a primeira ferrovia do Estado de São Paulo e passava por diversas cidades e ainda percorria a Serra do Mar. O seu principal objetivo era facilitar o escoamento do café produzido no interior paulista.

Em 1877 foi realizado a ligação entre as cidades do Rio de Janeiro e São Paulo. Outra inauguração importante foi a Estrada de Ferro Dona Teresa Cristina, implantada em 1884 com uma extensão de 112 km.

O ápice e o declínio

A evolução das ferrovias continuou no século XX, em 1900 o Brasil expandiu sua extensão da malha ferroviária para 15,316 quilômetros totais. No ano de 1919 o país já possuía 28.128 quilômetros de ferrovias. O Estado de São Paulo foi o que obteve maior expansão, nessa fase ele passou a ter 18 ferrovias, com isso o crescimento industrial e agrícola paulista foi gigantesco (Ministério da Infraestrutura, 2016).

A evolução das locomotivas de mecanismo a vapor para a tração elétrica ocorreu na década de 1920 e posteriormente em 1938 surge a tração diesel-elétrica. Além disso, outras importantes ferrovias foram criadas entre 1900 e os anos 30, são elas:

  • 1903  Estrada de Ferro Vitória a Minas;
  • 1912  Ferrovia Madeira-Mamoré;
  • 1917  Expansão das ferrovias no sul do país ligando os portos de São Francisco do Sul e Paranaguá;
  • 1935  A ligação da cidade de Ourinhos (SP) até Londrina (PR).
Distribuição da rede ferroviária brasileira em meados do século 20 e 21
Fonte: Foto do Arquivo Nacional do Brasil

 

Notícias Corporativas: *Seminário debate cenário da ferrovia no Brasil e no mundo

Na década de 30, durante o primeiro governo de Getúlio Vargas, cresce a priorização das rodovias colocando as ferrovias em segundo plano. Por conta disso o Governo Federal inicia um processo de estatização da malha férrea, que até então era operada por empresas de capital estrangeiro, com o intuito de impedir que as ferrovias declinassem. Contudo, a falta de planejamento governamental acarretou a precarização das linhas férreas. A expansão passa a ocorrer a passos lerdos, entre 1940 e 1948  as ferrovias só expandiram 1.371 quilômetros.

No ano de 1957 o presidente Juscelino Kubitschek assina a Lei 3.115, que criou a Rede Ferroviária Federal S.A., uma empresa de economia mista e administração indireta do Governo, passando a administrar as estradas de ferro de propriedade do Governo Federal.

O governo de JK intensificou os investimentos em ferrovias, e em 1960 a linha férrea brasileira chega  ao seu ápice com 38.287 quilômetros totais. No período da ditadura militar as ferrovias têm o seu maior encolhimento, em 1964 inicia o “plano de erradicação de trechos deficitários”, caindo a malha ferroviária para 29.184 km.

A era da privatização

Em 1990 se inicia a era da privatização através do Programa Nacional de Desestatização (PND), criado pelo Governo Federal com o objetivo de melhorar os serviços e investimento no setor. Hoje a extensão das ferrovias no país é de 30.485 quilômetros, onde 29 deles são administrados por concessão público privada (ANTF,2018).

O Brasil possui 13 malhas regionais privatizadas, operadas por concessionárias privadas ou empresas públicas de capital aberto como a VALEC - Engenharia, Construções e Ferrovias S.A.. As ferrovias privatizadas são:

  • Ferrovia Tereza Cristina;
  • Estrada de Ferro Paraná Oeste;
  • Rumo Malha Norte;
  • Ferrovia Norte Sul (trama norte);
  • Ferrovia Norte Sul (trama central);
  • Estrada de Ferro Vitória a Minas;
  • Estrada de Ferro Carajás;
  • MRS;
  • Rumo Malha Oeste;
  • Rumo Malha Paulista;
  • Ferrovia Transnordestina;
  • Ferrovia Centro-Atlântica; e
  • Rumo Malha Sul.

No início do ano de 2019 o Governo Federal retomou o plano de privatização. O primeiro passo foi a realização de leilão de concessão da ferrovia Norte-Sul, que liga o município de Estrela D'Oeste (SP) ao município de Porto Nacional (TO), passando por diversos estados brasileiros e que possui extensão total de 1.537 km, a empresa vencedora foi a Rumo Logística, com lance de 2.719 bilhões de reais.

O que ocorreu com o sistema ferroviário em meados do século 20?

A evolução das ferrovias continuou no século XX, em 1900 o Brasil expandiu sua extensão da malha ferroviária para 15,316 quilômetros totais. No ano de 1919 o país já possuía 28.128 quilômetros de ferrovias.

Como é a distribuição da rede ferroviária brasileira?

O país possui hoje 30.000 km de ferrovias para tráfego, o que dá uma densidade ferroviária de 3, 1 metros por km²; é bem pequena em relação aos EUA (150m/km²) e Argentina (15m/km²). Apenas 2.450 km são eletrificados. As ferrovias apresentam-se mal distribuídas e mal situadas, estando 52% localizadas na Região Sudeste.

Qual a importância das ferrovias no século XIX?

Palavras-chave: Ferrovias; Fronteiras; Estrada de Ferro Leopoldina. O transporte ferroviário desempenhou um papel fundamental no desenvolvimento do capitalismo industrial do século XIX, visto que possibilitou a circulação de mercadorias e a realização do capital em uma velocidade jamais experimentada anteriormente.

Como se deu a evolução da estrutura ferroviária no Brasil?

No Brasil, as linhas férreas também tiveram essa característica, principalmente por conta do ciclo do café, principal produto de exportação do país durante a segunda metade do século XIX e início do século XX.