É lógico que os EUA devem fazer o que lhes for possível para ajudar a promover o retorno ao poder econômico?

Terminada a Segunda Guerra Mundial, as duas potências vencedoras dispunham de uma enorme variedade de armas, muitas delas desenvolvidas durante o conflito.
Tanques, aviões, submarinos, navios de guerra constituíam as chamadas armas convencionais. Mas os grandes destaques eram as chamadas armas não-convencionais, mais poderosas, eficientes, difíceis de desenvolver e extremamente caras. A principal dessas armas era a bomba atómica. Só os EUA tinham essas armas, que aumentava em muito seu poderio bélico.
A União Soviética iniciou então seu programa de pesquisas para também produzir tais bombas, o que conseguiu em poucos anos. Mais pesquisas foram feitas, tanto para aperfeiçoar a bomba atómica quanto para produzir novas bombas. Em pouco tempo os EUA fabricaram a bomba de hidrogénio, seguidos pela União soviética.
Essa corrida armamentista era movida pelo receio recíproco de que o inimigo passasse a frente na produção de armas, provocando um desequilíbrio no cenário internacional. Se um deles tivesse mais armas, seria capaz de destruir o outro.

A construção de uma nova ordem mundial, após a Segunda Guerra Mundial, contou com a participação da União Soviética, cuja importância estendeu-se até sua desintegração em 1991.

Sobre o período mencionado no texto, pode-se afirmar corretamente que

Origem: PUC-Camp

a) o desaparecimento de Joseph Stalin (1953), acompanhado da ascensão de Malenkov, conduziu a um recrudescimento da Guerra Fria, instigando a participação soviética em disputas por áreas como a Letônia e o Vietnã.

b) o Governo de Kruschev (1955-64) correspondeu a uma época de críticas às práticas políticas do stalinismo e à negação, por parte da URSS, da inevitabilidade da guerra com os países capitalistas do Ocidente.

c) a ruptura das relações entre os Partidos Comunistas da URSS e da China (1959) consagrou a liderança política internacional russa submetendo a China a seus interesses e autoridades.

d) a chegada de Brejnev ao poder favoreceu o estouro de um movimento de reformas liberalizantes que reestruturam o Estado soviético, extinguindo a censura interna e abrindo o país aos estrangeiros.

e) a administração de Andropov (1982-84) provocou um endurecimento do regime com a volta das perseguições políticas, prisões em massa e a revitalização das forças armadas russas.

Usa-se o nome Guerra Fria para designar

a) a tensão militar existente entre Inglaterra e Alemanha, no final do século XIX, motivada pela disputa, entre os dois Estados Nacionais, pelo controle do comércio no Mar do Norte.

b) o problema diplomático surgido entre França e Portugal, no início do século XIX, que provocou a vinda da família real portuguesa para o Brasil e a posterior transformação da colônia em Reino Unido.

c) a invasão francesa na Rússia, no início do século XIX, com a decorrente derrota dos invasores e o fim do período napoleônico.

d) o conjunto de tensões entre Estados Unidos e União Soviética, resultante da disputa, entre ambas, por uma posição hegemônica no contexto internacional do pós Segunda Guerra Mundial.

e) a disputa entre Rússia e Japão, no período imediatamente anterior à Primeira Guerra Mundial, por territórios no extremo oriente da Ásia e pelo controle do comércio marítimo no Pacífico.

Circo russo na cidade: não alimentem os animais.

Graffiti nos muros de Praga em 1968.

Os conselhos eram: ignorem os soviéticos, tratem-nos como coisas, beijem e namorem sob seus narizes. Vivam. Mas façam em torno deles barragens invisíveis.

GODFELDER, S. A primavera de Praga. São Paulo: Brasiliense, 1981.

A indisposição dos tchecos em relação aos soviéticos na circunstância indicada pelas citações anteriores era devida

a) à grande presença, em território nacional, de dissidentes soviéticos asilados pelo Estado, os quais gozavam de privilégios não desfrutados pelos cidadãos tchecos.

b) à interrupção, por parte da URSS, do fornecimento de gêneros alimentícios e material bélico, para que a Tchecoslováquia mantivesse sua superioridade frente aos poloneses.

c) à histórica discriminação dirigida pelos tchecos aos povos eslavos e que foi reativada com a atuação da Igreja Ortodoxa russa.

d) à intervenção militar praticada pelo governo soviético na Tchecoslováquia, como resposta a uma tentativa da sociedade tcheca de ampliar as liberdades individuais no interior de um regime comunista.

e) à iniciativa tcheca de romper com o regime comunista e negar a influência da URSS, optando pela aliança com o governo americano e pela reorientação da economia, no sentido de sua estatização.

  • O que foi o Plano Marshall?

O Plano Marshall, desenvolvido pelo general estadunidense George C. Marshall, consistiu na aplicação de medidas de política econômica para reconstrução da Europa após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) – o que passou a ser feito a partir de 1947. O nome oficial do plano era European Recovery Program(Programa de Recuperação Europeia). De 1948 a 1952, os Estados Unidos aplicaram cerca de 12, 6 bilhões de dólares nos países europeus, sobretudo na Grã-Bretanha, França e Holanda.

  • Doutrina Truman e contenção do comunismo

A ideia original do general Marshall era incluir todos os países da Europa no programa, incluindo aqueles pertencentes à União Soviética. Mas, em 1947, Josef Stalin, que, durante os anos finais da guerra, havia lutado ao lado dos aliados (comandados por Inglaterra e Estados Unidos) contra a Alemanha, Itália e Japão, negou-se a aceitar a ajuda dos EUA. A recusa se deu por motivos ideológicos e estratégicos e acabou por desencadear o início da Guerra Fria. Como forma de rivalizar com o Plano Marshall, a URSS criou seu próprio plano de reconstrução econômica dos países do Leste Europeu que estavam sob a sua influência: o Comecon (Conselho mútuo para assistência econômica).

Dado esse acirramento político-ideológico, o então presidente dos EUA, Harry Truman, e o diplomata George F. Kennan perceberam que o programa do general Marshall não poderia tornar-se efetivo sem um outro programa de contenção de um possível avanço do comunismo nos países arrasados pela guerra. A ameaça desse avanço era real e poderia ser promovida tanto diretamente pela URSS, quanto pelos próprios partidos comunistas desses países. A saída encontrada ficou conhecida como “Doutrina Truman”: a diplomacia americana passou a se articular com políticos europeus de orientação social-democrata, contrários ao comunismo, mas com grande aceitação popular. Como dizem os pesquisadores Demétrio Magnoli e Elaine Senise Barbosa, no livro “O leviatã desafiado”:

Na contenção do Plano Marshall, os estrategistas americanos não tinham preferência por parcerias com governos conservadores. Na verdade, os mais argutos visualizavam nos social-democratas os melhores parceiros. Eles eram ideologicamente receptivos aos conceitos de planejamento e cooperação. Mais importante ainda, representavam a esquerda democrática e dividiam com os comunistas a influência sobre os sindicatos. Nos anos 1950, além de Attlee e Bevin, líderes social-democratas como o belga Paul-Henri Spaak, o francês Guy Mollet, o holandês Willem Drees e o norueguês Einar Gerhardsen cimentaram a ponte transatlântica entre a Europa e os Estados Unidos. [1]

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A articulação da reconstrução econômica com a politica social-democrata seguiu em grande parte também as orientações do keynesianismo, pensamento econômico desenvolvido pelo economista britânico John Maynard Keynes.

  • Desdobramentos: OECE e OTAN

Alguns desdobramentos importantes do Plano Marshall foram a criação da OECE (Organização para Cooperação Econômica Europeia) e da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte). A primeira entrou em vigor em 16 de abril de 1948, e teve o objetivo de coordenar a distribuição dos fundos empregados pelos EUA e integrar os países europeus diretamente envolvidos com os investimentos. Em 1957, com o Tratado de Roma, a estrutura da cooperação econômica europeia evoluiria para o Mercado Comum Europeu e, depois, para a União Europeia.

Já a OTAN, criada em 4 de abril de 1949, era uma aliança militar que tinha por objetivo integrar militarmente e consolidar a estrutura dos Estados-Nação europeus financiados pelo Plano Marshall. Quando sobreveio a Guerra da Coreia e a consequente Guerra Fria, com o acirramento da disputa entre soviéticos e americanos, os países-membros da OTAN reservaram-se do pacto que definia a agressão a uma das nações como sendo agressão a todas.

NOTAS

[1] BARBOSA, Elaine Senise; MAGNOLI, Demétrio. “O leviatã desafiado”. In: Liberdade versus igualdade (vol. 2). Rio de Janeiro: Record, 2013. p. p.100-101.


Por Me. Cláudio Fernandes

O que foi o Plano Marshall e qual era seu objetivo?

Plano Marshall, ou Plano de Recuperação Europeia, foi um programa de ajuda econômica dos EUA aos países da Europa Ocidental após a II Guerra Mundial. O objetivo do plano era reconstruir economicamente os países europeus ocidentais que foram destruídos ou que sofreram perdas com a ocorrência da guerra.

O que fizeram os Estados Unidos para dificultar o avanço do comunismo na Europa e na Ásia?

Os Estados Unidos idealizaram o Plano Marshall para reconstruir financeiramente a Europa logo após a Segunda Guerra Mundial, com o objetivo de atrair os países europeus para a zona de influência norte-americana, evitando o avanço soviético sobre o Ocidente.

O que é o Plano Marshall é a Doutrina Truman?

A Doutrina Truman e o Plano Marshall praticamente inauguraram a Guerra Fria. A expressão se referia às tensas relações entre EUA e URSS, que eram baseadas na busca permanente pela manutenção e expansão das respectivas áreas de influência.

Quais eram os interesses dos Estados Unidos em sua implementação?

Os objetivos dos Estados Unidos eram reconstruir regiões devastadas pela guerra, remover barreiras comerciais e modernizar a indústria, melhorar a prosperidade europeia e impedir a disseminação do comunismo.