O bloqueio continental afetou também outros países além da inglaterra

Questões sobre essa polêmica e importante decisão tomada por Napoleão Bonaparte. Publicado por: Rainer Gonçalves Sousa

Explique as relações políticas entre a França Napoleônica e o restante da Europa no início do século XIX.

Em que medida a Inglaterra era a grande rival de Napoleão Bonaparte ao longo de seu governo?

Explique o que foi o Bloqueio Continental. Quais os objetivos dos franceses com tal medida?

Em que medida o Bloqueio Continental influenciou na transferência da Família Real Portuguesa para o Brasil?

(PUC-SP) O Bloqueio Continental, decretado por Napoleão, tinha como um de seus principais objetivos:

a) dificultar o comércio britânico, levando a Inglaterra à crise econômica.

b) impedir a vinda da Família Real portuguesa para o Brasil.

c) facilitar a invasão da Espanha.

d) dificultar ao Império austríaco a aquisição de mercadorias.

e) derrotar a Rússia, impedindo-a de comprar armas e alimentos na Europa Ocidental.

respostas

Nessa época, as monarquias da Europa tentavam frear o movimento revolucionário francês, que se consolidava por meio do triunfo político e militar do imperador Napoleão Bonaparte. Para tanto, as diversas monarquias europeias mobilizaram forças para derrubar o governo francês e, desse modo, restaurar a autoridade monárquica da França.

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Entre todas as nações que se opunham ao governo de Napoleão, a Inglaterra era a nação que tinha maior poder econômico e que tinha uma força marítima que não poderia ser vencida pelos franceses. De tal modo, o governo britânico assumia uma posição de liderança como a nação provida por recursos que poderiam interromper os avanços e as conquistas francesas.

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Foi um decreto expedido por Napoleão Bonaparte em que todas as nações da Europa estariam expressamente proibidas de estabelecer relações comerciais com a Inglaterra. Por meio dessa ação, Napoleão Bonaparte procurava enfraquecer a economia inglesa, afetando, consequentemente, o poderio militar britânico nos conflitos envolvendo as duas nações.

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Sendo uma nação que dependia efetivamente dos produtos ingleses, Portugal não respeitou as imposições do Bloqueio Continental. Com isso, a França de Napoleão decidiu invadir o território lusitano. Com isso, sem ter outra opção e aceitando um acordo britânico, a Família Real Portuguesa decidiu transferir a sede do governo para o Rio de Janeiro, então capital da colônia.

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Letra A. Tendo a Inglaterra como sua principal rival militar e econômica, a França tinha por intenção empregar o Bloqueio Continental como mecanismo capaz de desestabilizar o quadro financeiro do país em um curto prazo de tempo. Além disso, Napoleão pretendia fazer com que a França assumisse o papel econômico britânico junto a outros países.

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O bloqueio continental afetou também outros países além da inglaterra

Leia o artigo relacionado a este exercício e esclareça suas dúvidas

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O bloqueio continental afetou também outros países além da inglaterra

O Bloqueio Continental foi a proibição imposta pelo imperador Napoleão Bonaparte, com a promulgação, a 21 de novembro de 1806, do decreto de Berlim, que consistia em impedir o acesso a portos dos países então submetidos ao domínio do Primeiro Império Francês (1804-1814) a navios do Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda.

Objetivos e extensão[editar | editar código-fonte]

O bloqueio continental afetou também outros países além da inglaterra

A situação da Europa em 1811. As cores indicam (do roxo-escuro ao claro) os países: - Membros do Império; - Satélites; - Os que aplicam o bloqueio.

O objetivo do bloqueio era atingir a economia britânica. Com a derrota em Trafalgar, a França não teria mais condições de contestar o domínio inglês dos mares nem teria a possibilidade de invadi-la com uma expedição de tropas transportadas via marítima. Depois da incursão naval inglesa na Dinamarca de agosto de 1807, o Bloqueio foi estendido também aos portos do mar Báltico e, em novembro e dezembro do mesmo ano, foi radicalizado com os dois Decretos de Milão.

Com o primeiro, de 23 de novembro de 1807, foram listadas algumas mercadorias, entre elas as provenientes das colônias, que seriam consideradas a priori como provenientes do Reino Unido. Além disso, qualquer navio, não apenas os britânicos, que atracassem num porto sujeito ao Bloqueio vindo de um porto do Reino Unido seria sujeito ao confisco da carga. Com o segundo decreto, de 17 de dezembro de 1807, estabeleceu-se que os navios neutrais provenientes de pontos britânicos seriam considerados sem nacionalidade e, portanto, passíveis de captura em alto-mar por parte de navios franceses. Depois de tais decretos, também a Rússia do czar Alexandre I adotou o bloqueio e convenceu a Áustria a também fazê-lo.

Todavia, o Bloqueio Continental foi pouco respeitado, principalmente pela corrupção (mediante suborno) de oficiais franceses que deveriam fiscalizar a aplicação de todos os decretos (o de Berlim e os de Milão). No final, tomar os portos, fazer garantir o Bloqueio e punir quem não o cumpria acabou sendo extremamente dispendioso para França, o que pode ter contribuído para acelerar sua derrota na guerra.[1]

A reação britânica[editar | editar código-fonte]

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A reação do Reino Unido não tardou: em janeiro de 1807 foram emitidas algumas ordenanças que institucionalizaram o comportamento de facto da Marinha Real Britânica com relação aos navios neutrais que tinham como destino portos franceses. Os navios abordados em alto-mar transportando mercadorias eram capturados e vendidos em leilão, além de ter a carga sequestrada. A potência da marinha britânica pôde tornar tal medida muito mais eficaz que o bloqueio imposto por Napoleão Bonaparte. Como resultado, as mercadorias coloniais simplesmente desapareceram dos mercados dos países sujeitos ao Bloqueio Continental. A ação dos britânicos levou a que os Estados Unidos, uma das nações neutras, aprovassem a Lei de Embargo de 1807 contra os britânicos e que, em última instância, levaria a Guerra de 1812.

Efeitos do bloqueio[editar | editar código-fonte]

O Bloqueio Continental revelou-se um "tiro pela culatra" para Napoleão. O bloqueio era mal visto pelas nações "aliadas" à França e isto contribuiu para reduzir em grande medida o prestígio de Napoleão nas terras por ele conquistadas. O desrespeito ao bloqueio exigiu que a França tomasse várias medidas contra as populações por ela administradas, incluídas ações de repressão militar, significando um grande dispêndio de recursos econômicos e humanos, que ao fim e ao cabo mostrou-se fatal.

A intervenção contra Espanha e Portugal (outro país que, como os Países Baixos, vivia do tráfico marítimo, não se podia permitir ganhar a inimizade da primeira potência marítima do mundo à época) do período 1807-1809 teve como objetivo impor às duas nações o respeito ao Bloqueio e a Campanha da Rússia de 1812, que posteriormente levará Napoleão à ruína, foi a resposta ao ultimato do czar Alexandre I da Rússia de 27 de abril de 1812, no qual intimava Napoleão à remoção do Bloqueio em seu país.

Napoleão não se conformou com a derrota para os ingleses, e criou o bloqueio continental para prejudicar a economia Inglesa, Portugal recusava-se a aderir ao bloqueio devido à aliança com a Inglaterra. Como o reino estava decadente, Portugal não tinha como enfrentar Napoleão. Essa é uma das razões que levou à transferência da Corte portuguesa e o príncipe regente D.João, para o Rio de Janeiro, em 1808.[2]

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • BORGES DE MACEDO, Jorge - "O Bloqueio Continental". Editora Gradiva, Lisboa, 1990
  • CARPENTIER, Jean; LEBRUN, François. História da Europa. Lisboa: Editorial Estampa, 1996. ISBN 972-33-1085-6
  • CERVO, Amado Luiz. História da política exterior do Brasil. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2008
  • CHANDLER, David G. Le Campagne di Napoleone. Milão: R.C.S. Libri S.p.A., 1998. ISBN 88-17-11577-0
  • MAUROIS, André. Storia degli Stati Uniti. Milão: Arnoldo Mondatori Editore, 1953

Referências

  1. Francois Crouzet, "Wars, blockade, and economic change in Europe, 1792-1815." Journal of Economic History (1964) 24#4 pp 567-588 in JSTOR.
  2. CERVO, Amado Luiz. História da política exterior do Brasil. 3ª edição. Brasília - Editora Universidade de Brasília, 2008.

Quais países tinham que obedecer o Bloqueio Continental?

Ouça este artigo: O Bloqueio Continental foi um decreto datado de 21 de novembro de 1806, que consistia em impedir o acesso a portos dos países dominados pelo Império Francês a navios do Reino Unido da Grã Bretanha (Inglaterra) e Irlanda.

Como o Bloqueio Continental afetou a Inglaterra?

O Bloqueio Continental foi uma medida imposta pelo imperador francês Napoleão Bonaparte, em 1806, a partir da qual os países europeus estavam proibidos de manter qualquer relação comercial com a Inglaterra. O objetivo desse bloqueio era arruinar a economia inglesa e expandir o domínio da França sobre a Europa.

Quais foram as consequências do Bloqueio Continental?

A principal consequência para o Brasil do Bloqueio Continental foi a vinda da Família Real Portuguesa para o Brasil.

Qual foi o país que decretou o Bloqueio Continental?

O Bloqueio Continental foi um decreto assinado pelo imperador francês Napoleão Bonaparte em 1806. Essa resolução proibia países europeus de comercializarem produtos ingleses. Napoleão Bonaparte foi imperador da França e decretou o Bloqueio Continental para arruinar a economia da Inglaterra.