Por quê as articulações estalam

Cidade que mais vai perder será Porto Murtinho: R$ 10,6 milhões por ano; outros 12 municípios perdão R$ 5,3 milhões cada um

O repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) vai cair em R$ 74,7 milhões para 13 cidades  sul-mato-grossenses este ano por causa do atraso do Censo 2022.

Doze localidades vão perder R$ 5,336 milhões cada e em Porto Murtinho a redução será maior ainda, R$ 10,6 milhões. Em todo o país são 863 cidades afetadas com  perdas que chegam a R$ 5 bilhões.

Esta redução vai ocorrer porque sem concluir a contagem populacional, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) entregou no final do ano passado prévia com estimativas apontando redução de moradores nestas localidades. 

A constatação da perda de recursos do FPM  faz parte de estudos elaborado pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM) após analisar a decisão do dia 29 de dezembro do Tribunal de Contas da União (responsável por calcular a distribuição do FPM) que desconsiderou a Lei Complementar (LC) 165/2019, que congela perdas de coeficientes do Fundo até divulgação de novo Censo Demográfico.

Reconhecendo novos atrasos, o IBGE divulgou na última semana de dezembro que não concluiria o Censo em 2022. Segundo a Nota Metodológica do próprio IBGE, “frente aos atrasos ocorridos no Censo Demográfico de 2022, não foi possível finalizar a coleta em todos os Municípios do país a tempo de se fazer essa divulgação prévia dos resultados da pesquisa”.

Mesmo sem estas informações precisas, o Tribunal definiu a divisão dos recursos baseado na projeções feitas pelo  Intituto de que a população brasileira cresceu menos nos últimos 10 anos.

Para o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski , “o movimento municipalista reforça que não se trata de Censo concluído.

A expectativa é que os dados sejam finalizados no primeiro trimestre de 2023”, explicando que “diante da situação, a CNM oficializou o TCU, nesta sexta-feira, 30 de dezembro,  solicitando ao Tribunal a revisão imediata dos coeficientes divulgados, reforçando a necessidade de considerar a LC 165/2019 e manter os coeficientes”. Para ele, “eventuais perdas de coeficiente do Fundo só deveriam ocorrer a partir de 2024”.

Se o TCU manter a decisão, 863 municípios em todo o país serão afetados e terão perdas que chegam a R$ 5 bilhões, de acordo com nota técnica atualizada da Confederação, divulgada ontem.

Em um primeiro levantamento da Confederação foi constatado que seriam afetados 702 municípios, com perdas de R$ 3 bilhões.

Em Mato Grosso do Sul vão perder R$ 74,7 milhões os municípios de Corumbá, Maracaju, Ponta Porã, Anastácio, Bela Vista, Camapuã, Coronel Sapucaia, Ladário, Naviraí, Paranhos, Porto Murtinho, Ribas do Rio Pardo e Sonora.

A redução será de R$ 5,336 milhões para cada um, sendo que Porto Murtinho vai perder R$  10,6 milhões uma vez que, segundo o IBGE, sua população era a mais superdimensionada.

A decisão do TCU  já afeta a parcela do repasse que será realizado na próxima terça-feira,  dia 10.

Crescimento

Se por um lado 13 cidades do Estado perdem recursos, outras sete vão ter incremento por terem aumento populacional acima da estimativa dos últimos 10 anos.

São Água Clara, Bataguassu, Bonito, Costa Rica, Ivinhema, São Gabriel do Oeste e Três Lagoas. Cada uma vai receber R$ 5,336 milhões a mais este ano, segundo a CNM.

Causas

No final do ano passado, o IBGE divulgou uma nova projeção para a população brasileira: 207,8 milhões de habitantes.

Chamou a atenção por ter 7 milhões a menos que a projeção populacional de 215 milhões de habitantes, feita pelo próprio IBGE, com base na última edição do Censo, de 2010.

O número menor do que a projeção já era esperado, devido à pandemia, à migração de brasileiros para o exterior e à gradativa redução no número de nascimentos.

O fato de a projeção estar 12 anos distante do último Censo e de não ter sido realizada uma contagem populacional prevista para 2015, também contribuíram para a discrepância entre os números.

Critérios

Ao fim de todos os anos, por obrigação legal, o IBGE encaminha ao TCU a relação da população de cada um dos municípios brasileiros. Os dados são usados para calcular o rateio do FPM para o ano seguinte.

Assim, se um município perde população e, com isso, muda de faixa, ele acaba perdendo recursos.

Isso afeta particularmente os municípios menores, que têm populações pequenas demais para gerar arrecadação própria e têm no FPM sua principal fonte de receita.

Em anos em que não há Censo, o IBGE envia ao TCU a projeção populacional. Em 2022, no entanto, com o Censo ainda incompleto, o instituto optou por uma estimativa a partir dos dados parciais da pesquisa.

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O corpo humano é cheio de curiosidades, e uma delas são os estalos das nossas articulações. Você já parou para pensar por que isso acontece? Independentemente de o som vir das mãos, dos pés, do pescoço ou do tornozelo, ele pode ter diversas causas.

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Segundo os especialistas, esses estalos vêm das articulações, onde há o líquido sinovial, que contém gases. O que acontece é que quando uma pessoa estala ou dobra uma articulação, estica-se a cápsula articular e o gás é liberado rapidamente, já que se formam bolhas com esse movimento. Isso também explica por que não conseguimos estalar a mesma articulação duas vezes consecutivas: é preciso esperar até que os gases retornem.

Os especialistas ressaltam que o barulho também pode vir quando uma articulação se move e muda o percurso de algum tendão ou ligamento, dependendo da angulação, e quando o tendão retorna à sua posição original, o ruído acontece. Além disso, você pode ouvir um som de estalo quando seus ligamentos se tensionam conforme você move suas articulações. Isso geralmente ocorre em seu joelho ou tornozelo.

É válido perceber que os estalos não fazem mal, mas se aparecem com frequência, pode ser sinal de artrose. Quanto a isso, você deve estar se perguntando: e estalar os dedos, faz mal? Bom, geralmente não, desde que não seja dolorido e nem seja feito com frequência. Para o ortopedista Rodrigo Nakao, do Hospital das Clínicas Luzia de Pinho Melo, gerido pela Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM), “estalar os dedos com muita freqüência pode causar lesões na cápsula articular, com a inflamação da mesma, podendo provocar o engrossamento das articulações dos dedos”.

Fonte: Library of Congress, SPDM

Como acabar com os estalos nas articulações?

Para isso, recomenda-se o uso de medicamentos (anti-inflamatórios e/ou condroprotetores), fisioterapia e prática de atividades físicas que promovam a perda de peso e fortalecimento muscular.

Como evitar estalos nas articulações?

Para prevenir e tratar a osteoartrite é fundamental adotar as principais medidas indicadas no tratamento, como fortalecimento da musculatura no entorno das articulações e combate ao sobrepeso para proteger essas estruturas do impacto.

O que faz as articulações estalam?

“Nas articulações existe o líquido sinovial (um líquido que se parece com um lubrificante e que contém gases). Quando estalamos ou dobramos uma articulação, esticamos a cápsula articular e este gás é liberado rapidamente, já que formam-se bolhas com esse movimento”, explica Rodrigo Nakao.

Porque o corpo fica estalando?

Os estalos que ouvimos nos dedos, punhos, cotovelos, ombros, pescoço, costas, quadril, joelhos e tornozelos, normalmente, são bolhas de gás estourando nas articulações. Algo simples, mas que ao se tornar frequente e vier acompanhado de inchaço, dor ou limitação do movimento, requer atenção.