Quais diferenças entre o crédito rural de custeio e de investimento?

O agronegócio é uma atividade muito importante para a economia brasileira, movimentando cerca de  27% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. Nesse sentido, o crédito rural é vital para as iniciativas nesse setor. 

Como os projetos nesse ramo são muito diferentes entre si, existem várias opções de financiamento, cada uma com suas particularidades.

Grandes empresas, por exemplo, demandam muito mais recursos. No entanto, como conseguem oferecer mais garantias de pagamento, isso aumenta o seu poder de barganha e facilita o acesso a produtos diferenciados no mercado de crédito.

Já as fazendas menores e os produtores familiares encontram um cenário diferente, nem sempre conseguindo os recursos de que precisam. É nesse sentido, aliás, que as cooperativas de crédito cumprem um papel fundamental.

A partir de agora, vamos entender melhor quais são as possibilidades oferecidas no crédito rural e como acessar cada uma delas. Você também vai conhecer uma alternativa de financiamento baseada nos seus investimentos pessoais. Vamos começar?

O que é?

Crédito rural é o financiamento focado em bancar o custeio, a comercialização e os investimentos em atividades ligadas ao agronegócio.

No Brasil, esse setor é tão importante para a economia que, todos os anos, o governo destina parte de seu orçamento para fomentar a produção agrícola. 

Isso acontece por meio do Plano Safra, que tem validade a partir do dia 1º de julho de cada ano até junho do ano seguinte. 

Os recursos são usados por bancos públicos e privados para realizar empréstimos para pessoas físicas, jurídicas (empresas) e cooperativas de produtores. O dinheiro é distribuído conforme o perfil e as necessidades de cada produtor rural. 

Existem cinco divisões para os programas de crédito relacionados ao Plano Safra. São eles:

  • PRONAMP: para os pequenos e médios agricultores familiares;
  • PRONAF: investimento e custeio da propriedade;
  • INOVAGRO: inovação tecnológica;
  • PCA: ampliação, modernização e reforma da capacidade de armazenamento;
  • MODERAGRO: modernização e expansão da produtividade.

Os recursos para os empréstimos vêm do próprio sistema financeiro do país: depósitos à vista nos bancos, poupança rural, investimentos em Letras de Crédito do Agronegócio (LCA), financiamentos do BNDES e assim por diante.

Em todas as modalidades, os recursos podem ser direcionados para pessoas físicas, jurídicas e cooperativas de produtores. 

Cada banco tem autonomia para identificar o perfil de quem pede um empréstimo e definir os custos das operações: taxa de juros, seguros e outros encargos.

No entanto, o dinheiro não pode ser usado para pagar dívidas ou financiar atividades que dão prejuízo, chamadas de deficitárias.

Quais as vantagens?

Taxas de juros reduzidas

O crédito rural tem recursos controlados pelo Estado e costuma ter taxas menores. Em geral, a variação anual de juros é de 0,5% a 7,5%. Algumas taxas de serviço ainda podem ser dispensadas. 

Prazos e pagamentos facilitados

Os prazos de pagamento geralmente são de 1 a 2 anos. Há também o financiamento do BNDES, em que o prazo pode chegar a 10 anos.  

Além disso, no Plano Safra é possível ter acesso a linhas de crédito rural como o PCA, com juros que variam entre 5% e 7% ao ano e prazos de pagamento de até 12 anos. 

Quais diferenças entre o crédito rural de custeio e de investimento?

Modalidades adequadas para cada finalidade

Os recursos devem ser destinados a finalidades específicas, como financiamento ou investimento rural. Algumas das categorias disponíveis são:  

  • Pronamp;
  • Pronaf;
  • Inovagro; e
  • Moderfrota.

Possibilidade de expansão das operações

O crédito para financiamento agrícola permite que os produtores rurais elevem a produtividade e obtenham mais retorno financeiro. 

Além disso, contribui para que os agricultores e suas famílias tenham uma renda melhor, aumentando assim a qualidade de vida. 

Valores adequados à necessidade do produtor rural

Geralmente, os valores de crédito disponibilizados aos produtores rurais atendem às suas necessidades.  

Assim como outras modalidades de crédito, as quantias liberadas variam conforme a capacidade de pagamento do produtor. Outros pontos também pesam, como a viabilidade econômica e acessibilidade do produto a ser cultivado. 

Quem pode usar?

Como mencionamos, o crédito rural é destinado a pessoas e empresas que exerçam atividades relacionadas à cadeia do agronegócio

Podem ser produtores, cooperativas ou empresas que produzam itens agrícolas, prestem serviços ou realizem pesquisa e desenvolvimento de tecnologias nesse setor.

Como se trata de um segmento regulado pelo governo, existem algumas exigências para que um empréstimo seja liberado. 

Entre as principais estão a apresentação de projetos detalhados para a utilização do dinheiro e reembolso dos valores, além do compromisso com as recomendações sobre áreas de preservação.

Para conseguir um empréstimo nessas condições, é preciso consultar a instituição financeira de sua preferência e entender quais são as opções oferecidas. Elas variam conforme o perfil de quem toma o crédito, o destino dos recursos e as garantias oferecidas.

Cooperativas de crédito: como funcionam?

Uma cooperativa de crédito é uma instituição formada a partir de uma sociedade entre pessoas com a finalidade de oferecer serviços financeiros a esse grupo. Além de empréstimos, uma cooperativa pode ter conta-corrente, cartões, investimentos e assim por diante.

As cooperativas nasceram como alternativa aos grandes bancos para focar no público sem acesso a essas instituições. Hoje em dia, seus serviços conquistam até mesmo os adeptos dos bancos digitais.

A principal diferença entre uma cooperativa de crédito e uma instituição financeira convencional é o tratamento dos clientes, os chamados cooperados. Como sócios, eles participam do lucro e do prejuízo das operações, tendo assim uma alternativa de renda.

Entre as principais cooperativas de crédito no Brasil estão:

  • Sicoob;
  • Sicredi;
  • Unicred;
  • Viacredi.

Se você tem dinheiro investido, sabia que pode usá-lo para obter financiamento para seus projetos? O Crédito com Garantia de Investimentos (CGI) é uma forma de colocar os seus planos em prática.

Essa é uma modalidade relativamente nova no Brasil, mas que promete mudar a forma como as pessoas lidam com o seu planejamento financeiro.

Quem tem aplicações financeiras como CDB, LCI, LCA, ações, BDRs, ETFs e FIIs pode usar esses ativos como garantia de um empréstimo, acessando as taxas mais baixas do mercado.

Além disso, o dinheiro aplicado continua rendendo normalmente e oferecendo os mesmos direitos (como o recebimento de dividendos e rendimentos mensais).

A Nobli é a primeira fintech do mercado a oferecer esse tipo de serviço de maneira independente. Antes, ele estava restrito apenas à prateleira dos grandes bancos e aos investidores do Private Banking.

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Qual é a diferença entre custeio e investimento?

Diferenciando assim, vislumbra-se que as despesas decorrentes de custeio são necessárias à prestação de serviços e à manutenção da ação da administração e as decorrentes de investimento representa os valores gastos com a aquisição de bens como máquinas, equipamentos e na construção de obras primárias.

O que é crédito de investimento?

Crédito de investimento é um empréstimo feito para tornar um negócio mais produtivo e geralmente está associado ao universo do agronegócio. Os recursos podem ser usados para comprar máquinas, espaços ou mesmo outras empresas.

O que é um custeio rural?

O custeio agrícola (ou custeio rural) é uma modalidade de Crédito Rural voltada para custear as despesas normais da produção da agricultura e da pecuária. Ele é oferecido por bancos e instituições financeiras, e possui diversas linhas de crédito.

Como funciona o crédito de custeio?

As linhas de crédito de custeio financiam as despesas do ciclo de produção em qualquer período da atividade. Além disso, você pode contratar operações de Custeio Digital no aplicativo do BB no seu celular.