Qual a importância das chuvas para a geração de energia no Brasil?

Com a chegada do período de estiagem na maior parte do país, os reservatórios de água que concentram algumas das principais hidrelétricas sofrem esvaziamento, o que torna a produção energética mais difícil e cara. Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a escassez de chuvas no país para a geração de energia é a pior em 91 anos.

Alguns dos principais reservatórios para a produção energética do país, localizados no Centro-Oeste e no Sudeste, estão no pior nível em 22 anos. São eles: Marimbondo e Água Vermelha, em São Paulo e Minas Gerais, na bacia do rio Grande; Nova Ponte (MG); Itumbiara e São Simão, no rio Parnaíba, entre Goiás e Minas Gerais.

Marcelo Seluchi, meteorologista do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), explica sobre esse recorde de escassez. Ele afirma que o nível de chuvas vem diminuindo ano após ano e que outro grande problema que contribui para o baixo nível nos reservatórios é a falta de chuva, especificamente nas bacias dos rios.

“A vazão média dos rios mais importantes para gerar energia é a mais baixa em 91 anos. Esse dado não é sobre seca e, sim, sobre essa vazão. A bacia do Rio Paraná, por exemplo, está muito baixa, sendo uma das mais importantes para a geração de energia. Estamos em uma sequência de anos bem secos, estamos no oitavo ano consecutivo em que a estação chuvosa é muito abaixo da média”, comenta.

Segundo o meteorologista, a escassez de chuvas é causada, entre outros fatores, pela temperatura do oceano Atlântico, próximo ao Equador, no extremo norte – que, explica ele, foi desfavorável, prejudicando assim as chuvas no Nordeste. Ele pontuou que a maior parte do país que gera energia elétrica teve chuvas abaixo da média no último período chuvoso.

“Diferentemente de outras secas, essa não foi tão severa como a de 2014, porém foi generalizada. Estamos nessa situação porque tivemos muitos anos consecutivos com chuvas abaixo da média e, nos últimos oito anos, este foi o ano com menor volume de chuvas. O sistema hídrico do país está em uma situação complicada”, ressaltou.

Já Andrea Ramos, meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), afirma que houve, neste ano, fortes impactos do El Niño (fenômeno de aquecimento anormal das águas superficiais do Oceano Pacífico Equatorial). “Tivemos esse fenômeno em 2016 e 2017, que criou um sistema de baixo volume de chuvas que ocorreu em praticamente todo o Brasil. E os últimos sete anos, conforme a Organização Meteorológica Mundial, estão sendo os mais quentes e menos chuvosos. Ou seja, há menos chuvas e aumento da temperatura”, detalha.

Energia mais cara

O aumento da conta de energia para os consumidores se deve também à dependência do Brasil das matrizes de energia hidrelétricas. Cerca de 63% dos recursos energéticos são provenientes dessas matrizes, além disso, a utilização de outras fontes de energia a curto prazo são opções mais caras, resultando em preços mais altos nas contas.

Isso porque, com a falta de água, é preciso concentrar a produção em usinas termelétricas para atender à demanda do país. Elas são mais caras e funcionam com base na queima de combustíveis. O Ministério de Minas e Energia estima que, este ano, o acionamento de termelétricas resultará em um custo de R$ 9 bilhões ao consumidor, que deverá ser repassado no ano que vem, com um aumento de 5% no total da tarifa de luz.

“É mais um peso nas costas do cidadão e do setor produtivo. O resultado recai sobre o consumidor brasileiro, que paga uma taxa cara de energia. Soma-se o aumento da inflação, preços altos do gás e da gasolina, mais uma notícia ruim para a economia”, analisa Riezo Almeida, coordenador de graduação em economia, gestão pública e financeira no Iesb.

Para o economista e pesquisador da Unicamp Felipe Queiroz falta, ainda, uma mentalidade de investimento em alternativas viáveis à geração de energia por meio de hidrelétricas, para evitar crises como esta. “A alternativa, depois que a crise está instalada, é quase como enxugar gelo. Por isso, devemos questionar qual é, realmente, a verdadeira alternativa. É preciso ter planejamento energético e mudança da matriz elétrica brasileira, com investimentos em energia limpa, com a energia solar e a energia eólica”, pontuou.

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No Dia Mundial da Água cabe destacar a sua importância para a geração de energia e desenvolvimento do país em todos os âmbitos.

Segundo a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), a maioria das sedes dos municípios brasileiros (4.624) são abastecidas por sistemas isolados, o que atende uma população em torno de 96 milhões (52% do total). Desse total, 2.126 sedes usam mananciais unicamente subterrâneos, já 1.707 usam somente mananciais superficiais. O abastecimento de 943 municípios (17% do total) é realizado por sistemas integrados, os quais atendem uma população em torno de 89 milhões de habitantes (48% da total). Os sistemas de produção de água possuem capacidade total instalada de 750,1 m³/s, que atendem a 7.828 sistemas com a seguinte distribuição: 425,7 m³/s para 7.550 sistemas isolados e 324,4 m³/s para 278 sistemas integrados.

Na geração de energia, a água é o combustível das usinas hidrelétricas, além de ser usada em outras usinas como a eólica, por exemplo.

Quando utilizada nas pequenas centrais hidrelétricas, é totalmente reutilizável para outras atividades humanas como, agricultura, abastecimento da população etc.

A Itaipu Binacional elenca 10 motivos para promover a hidroeletricidade, são eles:

1. Hidreletricidade é uma fonte renovável de energia;

2. viabiliza a utilização de outras fontes renováveis;

3. promove a segurança energética e a estabilidade dos preços.

4. contribui para o armazenamento de água potável;

5. aumenta a estabilidade e a confiabilidade do sistema elétrico;

6. ajuda a combater mudanças climáticas;

7. melhora o ar que respiramos;

8. oferece contribuição significativa para o desenvolvimento;

9. é energia limpa e barata para hoje e amanhã.

10. é um instrumento fundamental para o desenvolvimento sustentável.

Ainda segundo a Itaipu Binacional, as hidrelétricas representam a maior parte (67,5%) da geração de energia do sistema.

Hidrelétricas são flexíveis, mantêm os níveis de tensão do sistema e restauram o fornecimento rapidamente após um blecaute. A energia elétrica gerada por uma hidrelétrica é injetada no sistema com mais agilidade que outras fontes energéticas.

A Tradener, ciente da importância da água para o setor elétrico, gera energia por meio de pequenas centrais hidrelétricas e já tem em sua carteira 4 usinas desse tipo: PCH Rondinha, PCH Tamboril, PCH Gameleira e PCH São Bartolomeu.

Qual a importância da chuva para a produção de energia elétrica?

A primeira condição para produção de energia nas hidrelétricas, e a mais importante, é a vazão do rio, ou seja, o volume de água disponível. Isso quer dizer que em períodos de chuva, quando há aumento significativo do volume de água, a produção de energia nas hidrelétricas aumenta.

Qual a importância da água para a geração de energia no Brasil?

Na geração de energia, a água é o combustível das usinas hidrelétricas, além de ser usada em outras usinas como a eólica, por exemplo. Quando utilizada nas pequenas centrais hidrelétricas, é totalmente reutilizável para outras atividades humanas como, agricultura, abastecimento da população etc.

Por que a chuva é importante para manter as usinas hidrelétricas?

A água da chuva é um dos principais alimentadores de rios que desembocam em represas de usinas. O volume de água nestes rios é crucial para a manutenção das operações em força normal das hidrelétricas. Sendo assim, períodos de estiagem são extremamente prejudiciais para a produção energética do país.

Porque a falta de chuva compromete a geração de energia elétrica no Brasil?

Um dos principais problemas que a chuva pode causar depois do padrão de entrada é o rompimento dos cabos, mas também pode ocorrer fuga de corrente devido aos danos na isolação dos condutores e etc.