Qual a melhor lente de contato gelatinosa ou de hidrogel?

Para quem não gosta de óculos, as lentes de contato são uma solução indispensável. Discretas, resistentes e confortáveis, elas conseguem ajudar um amplo espectro de pacientes. Mas você sabia que existem 2 tipos de lente? Sim: ao adquirir o seu par, você terá que escolher entre as rígidas ou as gelatinosas.

Cada tipo de lente atende a uma necessidade. Portanto, é preciso entender como cada uma funciona e o que as lentes oferecem às suas necessidades. Neste texto, você vai entender melhor as diferenças entre lentes de contato rígidas e gelatinosas. Confira!

O que são lentes de contato rígidas?

Indicadas para graus mais altos, córneas irregulares ou com cicatrizes, as lentes de contato rígidas, famosas no passado por não serem confortáveis como as gelatinosas, regularizam a superfície corneana, melhorando substancialmente a qualidade da visão e fornecendo excelente oxigenação à córnea. Hoje, devido ao avanço dos desenhos e a melhora do material, houve aumento do conforto e da estabilidade destas lentes nos olhos.

Sabia que existem lentes rígidas com conforto de gelatinosas? São as lentes esclerais, elas apoiam na esclera, não se movimentam e não se deslocam dentro do olho.

Embora sua rigidez torne a adaptação um pouco mais difícil, as lentes rígidas são muito seguras e estão associadas a menores taxas de complicações por alergia ou infecções se comparadas às gelatinosas. Além disso, uma vez que o paciente consegue se adaptar, dificilmente tentará outro tipo de recurso para melhorar seu problema de visão.

Outro detalhe interessante é que existem diferentes tipos de desenho de lente rígida. Portanto, peça auxílio ao seu oftalmologista para escolher o melhor modelo para você.

O que são lentes de contato gelatinosas?

Mais confortáveis, as lentes de contato gelatinosas são feitas com silicone e hidrogel. Portanto, a maleabilidade facilita sua adaptação. Mas, como dito, elas não são indicadas para altos graus de astigmatismo — o ideal é ter no máximo 1 grau para o uso dessas lentes, mas isso varia entre os pacientes. 

Existe um tipo especial de lente gelatinosa, chamada lente tórica, que corrige também o astigmatismo. Já para o ceratocone, o mais indicado, devido à irregularidade da córnea, seriam as lentes rígidas.

Uma informação essencial sobre as lentes de contato gelatinosas é que elas causam muito mais alergias que as rígidas, podendo acarretar a síndrome do olho seco. Isso ocorre porque elas precisam ficar umedecidas durante todo o tempo, e acabam “chupando” a hidratação do olho.

Para deixar mais claro: quem já usou lentes gelatinosas sabe que se esquecê-las fora do estojo, ela ficarão secas e enrugadas. Para que se mantenham no formato original, precisam ser constantemente hidratadas. Então, enquanto estiverem em uso, vão dividir a lágrima dos olhos.

Se o paciente produzir uma boa qualidade de lágrimas, não vai sofrer nenhum problema. Mas se a lubrificação for pouca, as lentes vão “roubar” as lágrimas que mantêm os olhos umedecidos, causando a irritação.

Lentes rígidas x gelatinosas: quais são as melhores?

Depende do seu caso e da finalidade de uso. Se você precisa ajustar poucos graus, tem olhos bem lubrificados e quer conforto imediato, as gelatinosas vão suprir suas necessidades. Já quem sofre com graus mais altos, precisa usar lentes por longos períodos e produz poucas lágrimas, vai se adaptar melhor às lentes rígidas.

Mas engana-se quem pensa que é só comprar as lentes e pronto, acabou a preocupação com problemas nos olhos. Independentemente do tipo de lentes de contato, é essencial ir ao consultório médico a cada seis meses. Em longo prazo, o uso de lentes adquiridas em um estabelecimento qualquer e sem adaptação ou orientação médica pode provocar alterações na superfície ocular, como vascularização anormal na córnea, úlceras ou outros problemas que levam à perda de visão.

Se você quer fazer suas lentes de contato, precisa contar com especialistas no assunto. O Donato Hospital de Olhos tem uma equipe especializada e uma estrutura exclusiva para adaptação dos diferentes tipos de lentes, atendendo as demandas particulares de cada paciente. Então, não espere mais: conheça o Donato e marque uma consulta com um especialista!

Qual a melhor lente de contato gelatinosa ou de hidrogel?

A determina��o da lente depende quase que inteiramente do perfil do paciente (foto: SXC.hu / Banco de Imagens )

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Enxergar bem � primordial. Os que sofrem com problemas de vis�o, como miopia, por exemplo, se sentem nus e at� mesmo desorientados sem os instrumentos que os ajudam a ver melhor. As op��es s�o in�meras, os tipos de �culos dispon�veis no mercado s�o dos mais variados, desde os mais modernos e chamativos at� os mais discretos e tradicionais. Mas e as lentes? Poucas pessoas conhecem todos os aspectos que devem ser analisados na hora de escolher o produto, tamb�m visto como equipamento m�dico, uma vez que tem por objetivo corrigir falhas na sa�de ocular.

O oftalmologista Jonathan Lake, do Oftalmed — Hospital da Vis�o, explica que as primeiras lentes de contato, usadas nas d�cadas de 1970 e 1980 no Brasil, eram r�gidas, feitas de acr�lico. “Eram desconfort�veis, de dif�cil adapta��o e tinham um pre�o bem elevado”, afirma. Hoje, essa categoria ainda existe, mas n�o lembra em nada os modelos antiquados.

O produto se divide em duas grandes categorias: r�gidas e gelatinosas. O chefe do Setor de Lentes de Contato do Hospital Universit�rio de Bras�lia (HUB), Guilherme Andrade Nascimento Rocha, afirma que as r�gidas s�o as melhores lentes dispon�veis no mercado. “Oferecem a menor chance de contamina��o e t�m durabilidade maior, al�m de permitirem a transmiss�o de oxig�nio para nutrir a c�rnea”, afirma. Jonathan Lake esclarece que hoje, diferentemente do que acontecia com o material de acr�lico, as lentes r�gidas s�o feitas de gases perme�veis (veja abaixo).

O m�dico do HUB afirma ainda que a constitui��o das lentes r�gidas varia de acordo com a marca. “Existem v�rios tipos de materiais que transmitem diferentes taxas de oxig�nio, mas isso depende muito de cada fabricante”, explica. Esse coeficiente de transmiss�o � chamado de DK pelos especialistas. Quanto maior o DK da lente, que vem especificado na embalagem do produto, maior o grau de transmiss�o de oxig�nio. A taxa mais elevada indica que � mais saud�vel para a c�rnea.

A maior desvantagem desse modelo � a dificuldade de adapta��o. Por sua estrutura mais dura, a lente costuma incomodar e � desconfort�vel para a maioria dos pacientes, que n�o conseguem passar muitas horas usando o produto.

Especialista em lentes de contato e membro da diretoria da Sociedade Brasileira de Oftalmologia, Cl�ber Godinho explica que a estrutura das r�gidas � mais desconfort�vel por conter pouca �gua em sua estrutura molecular. “Apesar disso, fornecem qualidade de vis�o melhor do que a gelatinosa. Corrigem todos os problemas de vis�o, como miopia, hipermetropia, astigmatismo e vista cansada”, complementa o m�dico.

Mais conforto, mais cuidado

Outra op��o s�o as lentes gelatinosas. Segundo o gerente de Produtos da CooperVision Brasil, Tarc�sio Melo, atualmente, 95% do mercado � composto por lentes gelatinosas. “Hoje, a tend�ncia mundial s�o os modelos de descarte di�rio, aquelas que o paciente coloca de manh�, remove � noite e, em seguida, joga fora”, acrescenta o especialista. Os modelos coloridos, usados com objetivo apenas est�tico e sem corre��o de grau, tamb�m se enquadram nessa categoria das gelatinosas.

Elas s�o compostas, em grande maioria por hidrogel e cont�m em seu interior muita �gua e l�grima, o que leva mais conforto aos olhos, afirma Cl�ber. Tarc�sio acrescenta que as gelatinosas, apesar das varia��es de material entre as marcas, podem ser subdivididas entre as que s�o de hidrogel e as que levam em sua composi��o silicone e hidrogel, sendo a segunda categoria, mais moderna. “S�o mais vantajosas com rela��o aos outros materiais por serem mais confort�veis”, explica.

Entre as lentes de silicone e hidrogel, existem ainda as de 1ª, 2ª e 3ª gera��es. As �ltimas s�o compostas de um produto modificado que atrai as mol�culas de �gua e faz com que elas “grudem” na lente, hidratando mais o olho e causando uma sensa��o maior de conforto.

Apesar de todos os benef�cios que a lente gelatinosa traz em termos de adapta��o, os oftalmologistas t�m algumas ressalvas. “N�o s�o ruins, mas a grande quantidade na sua composi��o favorece a prolifera��o de bact�rias. Ela exige muito mais cuidados”, destaca Cl�ber.

Dessa preocupa��o, surge a validade das lentes gelatinosas: elas podem ser de descarte di�rio, quinzenal, bimestral ou anual, com algumas varia��es. Quanto menor a durabilidade da lente, menor a chance do surgimento de problemas, desde que o paciente use o produto somente no per�odo indicado. “Teoricamente, quanto menor a durabilidade menor o cuidado. Se voc� usa a di�ria, coloca no come�o do dia e joga fora quando chega em casa, requer menos cuidado com a limpeza”, explica Guilherme. Os riscos aumentam quando o paciente usa a lente por mais tempo do que o indicado. Com rela��o as que duram mais tempo, a higiene � fundamental para evitar infec��es. Apesar de trazerem mais riscos, s�o mais em conta financeiramente.

Para o m�dico, a �nica vantagem das gelatinosas � o conforto. “Ela traz mais chance de contamina��o, exige mais cuidado, tem menor durabilidade e em geral, menor transmiss�o de oxig�nio, mas � a ela que a maioria dos pacientes consegue se adaptar”, completa.

Fique atento
Os cuidados que precisamos ter com as lentes de contato s�o in�meros. Para os f�s do produto, que quando o usam sentem como se tivessem a vis�o perfeita e sem a necessidade de corre��o, fica o grande alerta: n�o � recomendado usar os artigos por um grande per�odo de tempo ininterrupto. A limpeza tamb�m � muito importante, segundo o especialista em lentes de contato e membro da diretoria da Sociedade Brasileira de Oftalmologia Cl�ber Godinho. Estudos demonstram que 85% dos problemas est�o relacionados a m�os e estojos sujos. Confira alguns dos cuidados indicados pelos especialistas:

  • Antes de manipular as lentes � necess�rio lavar as m�os com �gua e sab�o
  • Enquanto usa a lente, evite ao m�ximo levar as m�os aos olhos
  • N�o passar dias usando a lente. � importante remov�-las diariamente
  • N�o dormir com a lente
  • N�o tomar banho ou nadar usando lentes de contato
  • Usar os produtos corretos na higieniza��o, como soros espec�ficos
  • Trocar a solu��o das lentes toda vez que for guard�-las no estojo
  • Trocar o estojo de tr�s em tr�s meses
  • Descartar as lentes no per�odo indicado pelo fabricante

Como escolher?
Apesar de analisar com cuidado aspectos positivos e negativos de cada lente, os m�dicos afirmam que a determina��o da lente depende quase que inteiramente do perfil do paciente.

Jonathan explica que a indica��o tem rela��o direta com o formato da c�rnea, o problema de vis�o que apresenta, o grau, a qualidade da l�grima e at� mesmo o espa�o existente entre o olho e a p�lpebra.

Ele explica que o grau de complexidade � grande e a escolha n�o pode se limitar apenas ao conforto. “No caso da dist�ncia da p�lpebra e da c�rnea, � importante porque a lente n�o pode apertar o olho, o que impede a oxigena��o e pode levar � cegueira.”

O m�dico acrescenta que a maioria das pessoas que tem uma indica��o para lente r�gida sofre de altera��es na c�rnea e n�o consegue usar as gelatinosas pelo desconforto ou por apresentam astigmatismo alto. Nesses casos, a corre��o funciona apenas nas r�gidas. Guilherme confirma a explica��o dada pelo colega e acrescenta: “Alguns pacientes precisam se adaptar �s r�gidas se quiseram usar lentes, pois existe uma limita��o quanto aos graus que a gelatinosas corrigem”.

Guilherme pondera ainda quanto ao objetivo do paciente. “Quem usa apenas para pr�ticas esportivas, por exemplo, o ideal � a gelatinosa e descart�vel. Quando o paciente s� usa de vez em quando, o produto pode ficar muito tempo sem uso, esquecido no potinho e isso facilita a contamina��o.”

Apesar de as lentes gelatinosas oferecem mais risco de infec��o, s�o descart�veis e, por durarem menos, oferecem menos risco aos usu�rios mais displicentes, grupo no qual a maioria dos m�dicos enquadra os adolescentes, que t�m menos paci�ncia para os cuidados com a limpeza da lente.

Tarc�sio reconhece que os pacientes precisam ter consci�ncia de que as lentes s�o artigos m�dicos e n�o est�ticos. “Est� diretamente ligado � sa�de e esse � o principal crit�rio que as pessoas precisam ter em mente. Se voc� vai usar, deve fazer da forma mais saud�vel e cuidadosa poss�vel”, completa.

As diferen�as

Gelatinosas

  • S�o mais confort�veis
  • A adapta��o � mais r�pida
  • T�m mais �gua em sua composi��o
  • O per�odo de uso � menor
  • Tem custo menos elevado
  • S�o mais propensas � contamina��o
  • Exigem mais cuidados com a higieniza��o


R�gidas

  • S�o menos confort�veis
  • Precisam de um per�odo maior de adapta��o
  • A dura��o � maior, pois s�o de materiais mais resistentes
  • Trazem menos riscos de infec��o
  • T�m custo mais elevado
  • Permitem uma maior permeabilidade de oxig�nio
  • Promovem uma qualidade de vis�o maior

Qual a melhor lente de contato gelatinosa ou hidrogel?

As gelatinosas tóricas são específicas para casos de correção de astigmatismo e podem ter associação com a miopia ou hipermetropia. Já as de silicone hidrogel lubrificam os olhos durante o tempo de uso e são bem confortáveis.

Qual a diferença entre lente hidrogel e silicone hidrogel?

As lentes de contato de hidrogel de silicone são feitas de material hidrogel comum, mas contêm silicone resistente à água, portanto, ao contrário das lentes de hidrogel comuns que têm afinidade com a água, permite maior permeabilidade ao oxigênio através da córnea.

Qual a lente de contato mais resistente?

LENTES ANUAIS As lentes de contato anuais podem ser usadas por um ano até serem descartadas, já que são mais resistentes.

Qual é o melhor tipo de lente de contato?

A melhor lente de contato é aquela que se adequa perfeitamente aos olhos do paciente corrigindo os problemas de visão e aumentando sua qualidade de vida. Ela será indicada pelo seu médico oftalmologista que também poderá ajuda-lo durante o período de adaptação.